Fanfics Brasil - 58 Céu sem Estrelas (FINALIZADA)

Fanfic: Céu sem Estrelas (FINALIZADA) | Tema: AyA


Capítulo: 58

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No balcão, vendia-se café em grão, biscoitos e pães.
— Que aroma delicioso, não acha?
Maite olhou para Christian com vivacidade. Ele retribuiu com um breve sorriso, e seus olhos
adquiriram uma estranha coloração sob a luz das lamparinas vermelhas do salão. Encontraram
uma mesa vaga para quatro, embaixo de uma tenda com adornos de ferro batido.
Annie olhou ao redor e sua memória reavivou-se. O local tinha mudado pouco durante todos
aqueles anos e, quando examinou o cardápio, ela encontrou vários pratos que já provara,
principalmente as famosas sardinhas na brasa.
— Bem. o que querem tomar? — perguntou Alfonso. — Eu vou tomar uma dose dupla de rum.
— Eu prefiro um coquetel de pisco com limão — pediu Christian
— Não é muito azedo? — quis saber Maite
— Faz meu gênero
— Será que eu vou gostar, Christian?
Annie notou que Maite pronunciara o nome do rapaz com uma certa hesitação, como se ela
tivesse a intuição de que ele não era tão acessível quanto os outros homens.
— Se quiser, experimente. Mas eu acho que uma sangria seria melhor para seu gosto.
— Que gosto você pensa que eu tenho?
Fazendo aquela pergunta, tornou-se ligeiramente corada, como ficam as moças quando estão
interessadas por alguém. Annie ficou aliviada por Alfonso não poder ver as reações da irmã.
Mas seus ouvidos sensíveis já deviam ter captado o tom insinuante de sua voz.
— Você é muito jovem — disse Christian, com indulgência. — Na sua idade, as coisas doces da
vida ainda não tiveram tempo de azedar.
— É o que você pensa…
Ficou claro que ela estava se lembrando do guitarrista e do amor frustrado.
— Pois eu gostaria de tomar uma sangria — disse Annie. — Engraçado, a palavras espanholas
soam tão bem! Como é tão mais bonito dizer, por exemplo, hermano do que irmão!
— Também acho — concordou Christian. — Estou admirado, pois você tem muito pouco sotaque
estrangeiro. Posso chamá-la de Annie, não posso?
— Claro que sim! É que aprendi espanhol quando vinha a Bayaltar. nos tempos de estudante
— Então você… ah, entendo!
Depois disso. Christian emudeceu, e quando o garçom aproximou-se para atender à mesa
dirigiu-se diretamente a Alfonso. A bengala branca estava escondida ao longo do banco que
ele compartilhava com Annie — O que vão pedir señor?
Alfonso virou-se, procurando localizá-lo, e Annie percebeu que ele estava muito orgulhoso e
satisfeito por ter sido julgado uma pessoa normal. Pediu as bebidas sob o olhar apreciativo de
Christian.
Repentinamente o rapaz encarou Annie ansiosamente, como se tivesse tido uma súbita
suspeita de que Alfonso lhe revelara o que tinha acontecido com ele. Annie percebeu e
resolveu tomar a iniciativa da conversa:
— Em que lugar da Espanha você mora? — ela perguntou, mantendo a fisionomia neutra.
— Tenho um apartamento em Madri, mas minha família vive em Andaluzia, numa estância de
muitos alqueires.
— Ouvi dizer que Andaluzia tem um encanto especial e ainda não foi contaminada pelo
“progresso”, como as outras partes da costa espanhola.
— De fato, é uma região perdida no tempo. Assemelha-se muito a Bayaltar. A influência moura
ainda permanece inalterada, dando-lhe um toque de mistério. O sol lá é muito quente e
luminoso, as fontes são frescas e repousantes, e as mulheres ainda usam véus para cobrir o
rosto.
— Que é que você acha desse costume? — perguntou Maite.
— Faz parte do cenário. E você, Alfonso, qual é a sua opinião?
— Para mim, atualmente, todas as mulheres se escondem por detrás de um véu!
— Oh, perdão! Não tive intenção…
Christian estava constrangido e pesaroso por ter falado sem pensar.
— Ora, deixe disso amigo, prefiro que as pessoas esqueçam que sou cego, portanto fique
despreocupado.
— Depois destas férias, você vai ter de voltar para o hospital?
Maite estava falando com Christian e olhando para ele como se estivesse hipnotizada, sem
lembrar-se de que, até há pouco, declarara estar perdidamente apaixonada por outro homem.
Apoiara um cotovelo sobre a mesa e o queixo na palma da mão.
— Não. Tudo o que puderam fazer por mim já fizeram. — Havia uma ponta de ironia em sua
voz.
— E você, sente-se melhor? — Maite parecia ansiosa. — Pelo menos, sua aparência está ótima.
— Sinto-me bem, obrigada. — Pareceu aliviado quando o garçom aproximou-se com os
drinques e colocou-os sobre a mesa. — Chegaram na hora. Estou com muita sede!
Com muito tato, da maneira mais natural e espontânea possível, Annie colocou o copo de rum
na mão de Alfonso.
— Salud! — Ele ergueu o copo, tomando um longo gole. — Que tal está a sangria?
— Parece o néctar dos deuses!
Realmente estava uma delícia. Era uma mistura de vinho tinto, conhaque, pedaços de laranja e
abacaxi, suco de limão e gelo moído.
Durante o almoço, os dois homens conversavam sobre as várias experiências pelas quais
tinham passado e Maite ficou muito atenta ao diálogo, como se quisesse saber tudo sobre
aquele homem que entrara em sua vida tão inesperadamente.
Deus do céu!, pensou Annie, a irmã de Alfonso terá problemas reais caso se envolva
sentimentalmente com Christian Chavez. Mesmo que ele se enamorasse dela, nunca poderia
proporcionar-lhe um relacionamento normal, de homem e mulher. Duvidava muito que
Alfonso fosse encorajar um romance entre eles sem contar ao pai a que risco Maite estaria
expondo-se. Com Christian, a irmã não poderia ter filhos, e mesmo que Alfonso considerasse o
outro um grande amigo era certo que terminaria a amizade, caso Maite se apaixonasse por ele.
Alfonso era um homem muito sensual e considerava o amor carnal importante, tanto para o
homem como para a mulher, e nunca permitiria que Maite fizesse um casamento desse tipo.



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Autor(a): Lari AyA

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Annie meditou sobre isso, muito quieta. Mesmo com aquele verdadeiro banquete, nãoconseguiria livrar-se da sensação de depressão. Parece que Alfonso adivinhou seu estado deânimo, pois pediu ao garçom uma garrafa de vinho de uma marca especial que, como disseele, tinha o poder de afogar qualquer tristeza.— Vamos sair daqui trocand ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 88



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  • daninha_ponny Postado em 09/06/2014 - 17:20:04

    ami ami amei é só o que a dizer :-)

  • franmarmentini Postado em 09/02/2014 - 17:38:32

    amei a web!!!!!!!!!!!!! de mais pena que no final foi muito rápido :( e que não tem continuação...fazer o q né kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk mesmo assim amei a web!!! vou sentir saudades dela!!!! bjus :)

  • belle_doll Postado em 08/02/2014 - 02:45:55

    Cadê? Estou curiosa para saber o final!

  • belle_doll Postado em 06/02/2014 - 22:56:56

    Será que o desejo do Poncho vai ser realizar? Ele nunca quis viver desse jeito! NO NO NO. Deus o livre se mais alguma coisa ruim acontecer. Posta mais!

  • mahvondy Postado em 05/02/2014 - 20:50:22

    Posta logo o final !!! To louca pra saber o que vai acontecer

  • belle_doll Postado em 05/02/2014 - 15:52:32

    Fico agoniada quando eles negam o próprio sentimento por serem orgulhosos! Anahí deveria mandar o Christopher pastar de uma vez. Não sei porque ficar se enganando desse jeito. E o Poncho deveria parar de ser cabeça dura.

  • belle_doll Postado em 05/02/2014 - 15:49:06

    Ai, Que aflição!

  • steph_maria Postado em 05/02/2014 - 12:55:36

    Essa web é tãoo linda não vejo a hora de ver o final *--*

  • franmarmentini Postado em 05/02/2014 - 10:33:18

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  • franmarmentini Postado em 05/02/2014 - 10:33:05

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