Fanfic: Céu sem Estrelas (FINALIZADA) | Tema: AyA
CAPÍTULO VII
Annie estava tomando chá gelado com limão, sentada à sombra de um jacarandá todo florido,
num dos recantos do pátio. Através da folhagem, e logo abaixo do platô onde fora erguida a
Casera de Nusta, pequenas luzes rebrilhavam sobre a água do mar, como se fossem lantejoulas.
A Casa da Virgem do Sol fora o nome dado ao lugar pelo primeiro Carlos Herrera que ali
fundara seu lar, após o retorno de viagens sucessivas, feitas num dos navios do rei Felipe da
Espanha, como capitão de esquadra. Com ele, trouxera a noiva, uma jovem de sangue peruano,
em cuja homenagem batizara a casa.
O atual clã dos Herrera era descendente direto dessa união e todos eles apresentavam, cada
um a seu modo, uma impetuosidade e uma força férrea que nunca diminuíra através das
gerações.
Até mesmo Christopher, que enveredara pelo caminho da indústria cinematográfica, após sua
volta à ilha, mostrava ser a personificação dos antigos conquistadores, quando Drake, durante
o reinado da rainha Elizabete I, fora incumbido de derrotar e desbaratar as galeras da Armada
Espanhola. A vitória britânica havia sido parcial e relativa. Apesar de ter afundado inúmeros
navios, ele não pudera dobrar o orgulho dos espanhóis, um povo que acreditava
convictamente na lealdade, solidariedade e união da família. Christopher tinha, de forma
evidente, esses traços em sua personalidade.
Decidira que Alfonso poderia muito bem voltar a praticar alguns de seus esportes favoritos,
tais como cavalgar, pescar em alto mar e talvez exercitar-se no arco e flecha.
— Você deve estar tão louco quanto esses personagens de seus filmes — objetou Alfonso. —
Como poderei saber onde estou levando o cavalo ou para onde estou atirando as flechas?
— Com o tempo você aprenderá — assegurou Christopher. — O principal é praticar. Isso não é uma
olimpíada e quem vai estar lá ligando se você acertar ou não no alvo? Essa idéia não o
entusiasma?
Alfonso dera um sorriso e o coração de Annie disparara na expectativa de que ele aceitasse.
— Pois muito bem — ele concordara. — Nessa brincadeira, vou acabar quebrando o pescoço,
mas será melhor do que morrer numa cama.
Annie não esqueceria a cara de mártir que ele fizera ao dizer isso, nem do olhar de inquietação
que Christopher lhe lançara.
— Cristo! Eu deveria dar-lhe um soco no queixo quando você fala dessa maneira! Nenhuma
droga de bomba terrorista vai conseguir matá-lo, Alfonso. Você precisa acreditar nisto.
— Já que você acredita tanto, acredite também por mim. Aliás, você e Annie.
O gelo tilintou no copo de Annie e ela tomou mais um gole de chá. A brisa vinda do mar
alvoroçou as folhas dos eucaliptos e passarinhos voaram. Ela olhou ao redor do pátio e seus
olhos pousaram na esguia torre de vigia que se entrevia mais ao longe, entre as copas das
tílias.
Desde que Christopher chegara, Alfonso o instigava constantemente a fazer companhia a Annie. “Por
que você e Annie não vão caminhar um pouco na praia?”, ou então: “Hoje à noite bem que
vocês dois poderiam ir até a cidade”.
— Por favor Alfonso! — ela reclamara. — Seu irmão é adulto o suficiente para escolher suas
próprias companhias.
Mas Christopher parecia ter prazer na companhia dela, e Annie tinha de admitir que ele era um
sedativo para os sofrimentos que Alfonso lhe infligia. Christopher era encantador, mas não era nem
um pouco presunçoso. Tinham dançado no El Moroco e velejado no Catalina — a escuna de
don Carlos —, gostava dela e não fazia segredo disso, enquanto Annie escondia seu próprio
segredo no fundo da alma. Em Maite ela podia confiar, mas ultimamente a jovem se
esgueirava para dentro e para fora da casa, com olhar ausente e sonhador. Não contara a
ninguém que estava se encontrando com Christian, mas para Annie era claro que os dois se viam
com freqüência.
Em certa ocasião, o jornalista viera jantar na residência e don Carlos ficara muito bem
impressionado com ele. Alfonso não fizera comentários, mas Annie notara a tensão de seus
maxilares. Sabia que Alfonso gostava de Christian, mas se fosse necessário, não hesitaria em
dizer ao amigo que Maite merecia um amor pleno e gratificante. Seria tão severo e rude com
Christian quanto era consigo mesmo.
Autor(a): Lari AyA
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Annie continuava ali, sentada na espreguiçadeira de vime, com os pensamentos zumbindo emsua cabeça como as abelhas que pousavam nas flores do pátio. Não ouvia nada a não ser o ecodas palavras de Alfonso. Não sentia nada, a não ser a mistura de dor e prazer das últimassemanas passadas ao lado dele.Suspirou e desejou arde ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 88
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daninha_ponny Postado em 09/06/2014 - 17:20:04
ami ami amei é só o que a dizer :-)
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franmarmentini Postado em 09/02/2014 - 17:38:32
amei a web!!!!!!!!!!!!! de mais pena que no final foi muito rápido :( e que não tem continuação...fazer o q né kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk mesmo assim amei a web!!! vou sentir saudades dela!!!! bjus :)
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belle_doll Postado em 08/02/2014 - 02:45:55
Cadê? Estou curiosa para saber o final!
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belle_doll Postado em 06/02/2014 - 22:56:56
Será que o desejo do Poncho vai ser realizar? Ele nunca quis viver desse jeito! NO NO NO. Deus o livre se mais alguma coisa ruim acontecer. Posta mais!
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mahvondy Postado em 05/02/2014 - 20:50:22
Posta logo o final !!! To louca pra saber o que vai acontecer
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belle_doll Postado em 05/02/2014 - 15:52:32
Fico agoniada quando eles negam o próprio sentimento por serem orgulhosos! Anahí deveria mandar o Christopher pastar de uma vez. Não sei porque ficar se enganando desse jeito. E o Poncho deveria parar de ser cabeça dura.
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belle_doll Postado em 05/02/2014 - 15:49:06
Ai, Que aflição!
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steph_maria Postado em 05/02/2014 - 12:55:36
Essa web é tãoo linda não vejo a hora de ver o final *--*
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franmarmentini Postado em 05/02/2014 - 10:33:18
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franmarmentini Postado em 05/02/2014 - 10:33:05
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