Fanfics Brasil - Vinte e sete: Pagando a aposta A aposta - Vondy - ADP

Fanfic: A aposta - Vondy - ADP | Tema: Vondy


Capítulo: Vinte e sete: Pagando a aposta

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Finalmente a chuva prometida despenca dos céus, mas ninguém arreda o pé da quadra, todos aguardam ansiosos pelo desfecho do desafio. E que disputa meus amigos! Ucker luta em busca de ar. Não ousa comemorar a vitória para não piorar ainda mais a situação. Imagina que Dul esteja furiosa e não quer acordar o furacão que existe dentro dela. Do outro lado da quadra, a garota olha para o nada, apática. Seus braços estão caídos rentes ao corpo, a cabeça da raquete tocando o saibro. Inconformada, ela solta o equipamento e arranca as munhequeiras. A chuva é fininha e morna, mas não lava a alma de Dul. Desconsolada, ela mira as mãos trêmulas após o vigoroso esforço. Não se conforma por ter perdido o jogo. A turma invade a quadra, cobrando o pagamento da aposta. Dulce ouve o murmurinho lá longe, como se estivesse a quilômetros de distância. Bem que ela gostaria de estar. Anaí estende uma garrafa d’água.
— Não acredito que perdi. – Dul solta a frase num tom de desabafo.
— Você lutou até o fim, nunca vi um jogo desses na minha vida. – Mai toca o ombro da amiga, consolando-a.
— Beba essa água. É para dar coragem. – Any incentiva.
— Any! – Mai estressa.
– Você não está ajudando!
— A Any tem razão. Agora terei que pagar a aposta. – sem parar para respirar, Dul mata todo o conteúdo da garrafa. Ainda não teve coragem de olhar para Ucker. Sente como se o mundo estivesse em suspenso, aguardando. Bem, se o mundo está aguardando eu não sei, mas eu e toda essa galera estamos!
— Acabe logo com isso. – Any pega a garrafa vazia das mãos de Nina. – Vá lá e pague logo essa aposta.
Vencida, destroçada e humilhada, Dul se põe a caminhar, cabisbaixa. Ucker do outro lado da rede, joga a cabeça para trás e deixa a água da chuva eliminar o excesso de suor do rosto. Ele sente como se tivesse sido atropelado por um Hummer.
Dul se aproxima e lhe estende a mão, como adversários costumam fazer. O cumprimento de Ucker é frouxo. Assim como Dul, ele também está com todos os músculos enfraquecidos.
— Nunca vi ninguém jogar como você. – Ucker afirma, apoiando-se no ombro de Poncho.
— Não foi o suficiente. – ela faz uma força descomunal para não sair correndo. Bem, como poderia? Suas pernas não obedeceriam ao comando “corra, agora”.
— O que querem fazer? A aposta precisa ser paga e a galera está impaciente. – Poncho limpa a garganta, temeroso com a reação de Dul.
— Aposta é aposta. E eu costumo cumprir minha palavra. – Dul deseja que um raio lhe caia na cabeça nesse exato momento.
— Tem certeza disso? Olhe, se você não quiser, por mim tudo bem. – Ucker se apressa em dizer.
— Eu tenho palavra, Ucker. Fiz a besteira de apostar, não foi? Agora cumprirei minha parte no acordo. Anahí puxa Poncho de lado. A chuva pinica a pele e todos estão ensopados. Um raio abre o céu em duas partes, iluminando-o de maneira fantasmagórica. Logo o barulho do trovão se faz ouvir, retumbando fundo e sacudindo as estruturas.
— Dê espaço a eles. Mantenha essa galera fora da quadra. – Any sussurra no ouvido do pirata.
— Concordo. – Poncho então providencia o que Any pediu. Dul e Ucker se encaram, demoradamente. Ela sente como se seus ossos tivessem se transmutado em gelatina. O rosto pega fogo e as mãos estão geladas, ainda trêmulas. O coração batuca acelerado e os joelhos bambeiam quando ela pensa no que acontecerá nos próximos minutos.
— Se não quiser pagar a aposta, não precisa. – Ucker reitera.
— Se eu tivesse ganhado o jogo, você pagaria a aposta, certo? E olhe que eu pensei em fazer barbaridades com você. – Dul força um sorriso.
— Sério mesmo? Bom – Ucker faz uma pausa –, eu aguentaria a pressão. — Também aguentarei. Não quebro fácil, Ucker, acho que já provei isso. Após enxotar a turma para fora da quadra, Poncho mira o relógio de pulso. Meninos e meninas permanecem de pé na arquibancada, num entusiasmo que não foi visto durante o jogo. Esse pessoal adora um babado forte.
— Vai mesmo levar isso adiante? – Any pergunta para uma abatida Dul.
— Não sou de fugir, você me conhece. – a amiga responde, tristemente.
— Um minuto, correto? – Poncho aperta uma tecla no relógio de pulso, acendendo o cronômetro.
— Um minuto. – Any confirma, sentindo-se fraquejar.
— Ok. Em suas marcas. – Poncho aguarda.
Any se aproxima de Lex o suficiente.
– Preparar. – Ucker abaixa a cabeça e sente um frio esquisito na barriga. Os lábios estão tão próximos que Dul inspira a expiração dele. – Já!
As bocas se tocam. No início, de maneira tímida, comportada. Os lábios de Ucker a envolvem com doçura e Dul sente choques elétricos percorrerem toda a extensão de pele. A barba por fazer massageia o rosto de Dul, sem arranhar. Passados alguns segundos, a garota é tomada por uma força do além e ela deseja mais, anseia por tudo. Ucker sente o mesmo frenesi. As mãos que estavam ao lado do corpo, rasgam a chuva e se enlaçam à cintura dela, trazendo-a para mais perto. Dul envolve o pescoço dele, seus dedos se agarrando fortemente aos cabelos ensopados do garoto. É para ser um beijo de língua, confere? Sim! As línguas invadem a cena num duelo intenso e Dul vasculha cada centímetro da boca de Ucker, sentindo-se preenchida, completa. O cara está maluco, a ponto de entrar em combustão espontânea. Arqueia o corpo para frente e tomba a cabeça de lado, buscando aplacar a sede intermitente. Ávido, selvagem, inflamado. E os segundos vão passando. Dul se esquece por completo da plateia. Neste momento só os dois existem. A chuva continua a cair, tão fininha que não chega a atrapalhar. Ucker investe mais fundo e Dul sente o corpo em chamas. O coração enlouquece dentro do peito e ela se dá conta de que está frágil, entregue, completamente perdida. Ucker a segura como se não fosse soltar nunca mais. Ele não quer que acabe, não quer que o minuto passe. Mas passará e tudo voltará a ser como era antes. Ou não?
— Ok. Aposta cumprida! – Poncho grita e a galera vaia, querendo mais, muito mais! É difícil pararem de se beijar. Dul precisa se afastar um pouquinho e Ucker, ainda de olhos fechados, arfa em busca de ar. Ela ouve um gemido? Sim, ele deixa um gemido escapar da garganta. Quando seus olhos finalmente se abrem, encara Dul, desconcertado. O melhor beijo da vida dele acaba de acontecer. E se fizermos uma continha básica, Dul está com tudo hein! O cara já beijou trinta e duas bocas até hoje. Finalmente a ficha cai e a garota retorna para a Terra. Seus olhos se umedecem e ela cambaleia, abalada. Ainda com os braços entrelaçados ao pescoço de Ucker, Dul esconde o rosto no ombro dele. Ele a abraça mais forte quando a escuta soluçar.
— Poncho, tire essa galera daqui. – Ucker cola os lábios à testa de Dul, cerrando as pálpebras.
— Considere feito, man. – Poncho parte para o alambrado, aos gritos. – Acabou o show, moçada, todos voltando para os quartos! Tomem banho direitinho que já é hora do jantar, beleza? Bora, galera, mexendo esses traseiros aí. E, Bárbara, pare de fotografar, o show acabou, não ouviu?
— Vá se ferrar, Cabeçudo!
Anahí e Maite se entreolham, petrificadas. Não sabem o que fazer para ajudar a amiga. Talvez não haja nada a ser feito. Dul e Ucker continuam abraçados, ela soluçando e ele apertando-a com mais força contra o peito, sentindo um nó na garganta.
— Me desculpe. – ele sussurra.
— Eu fui humilhada. – ela diz para si mesma, o som de sua voz abafado pela camiseta dele.
— Não foi humilhada. – ele discorda.
— Não acredito que deixei isso acontecer. – Dul se afasta e soca o peito de Ucker.
— Pare com isso. – ele segura as mãos dela, delicadamente.
— Você foi cruel, Ucker. – Dul se desvencilha daqueles braços fortes, enxugando as lágrimas com raiva. – Eu odeio você. Dul assume uma postura endurecida, mas a verdade é que está se sentindo vulnerável. Ucker a prende com os olhos e ela precisa fazer uma tremenda força para se soltar. Any se aproxima, enganchando-se no braço da amiga, puxando-a para longe de Ucker:
— Venha, vamos sair daqui. — Foi uma aposta, Dul, mas você tinha escolha. – desolado, ele afirma acima do barulho da chuva.
— É, eu sei, sou uma idiota. – Dul fala por sobre os ombros, dirigindo-se para a saída da quadra.
O garoto pega a raquete do chão e encara o equipamento fixamente. O olhar matador do cara já diz tudo e Poncho recua alguns passos, não quer correr o risco de tomar uma raquetada nas ideias.
— Ucker?
— Ela vai me odiar para o resto da vida. – ele divaga num balbucio.
— É claro que não. Foi uma aposta, cara. E você deu alternativas, ela beijou porque quis.
— Não é bem assim, eu peguei pesado. – Ucker passa a raquete de uma mão para a outra.
— Na boa, essa aposta não foi nada do outro mundo. Amanhã isso já estará esquecido, confie em mim.
– Poncho tenta confortar.
— Tudo isso é culpa dessa maldita Kibi dos infernos. trincando os dentes e reunindo a pouca força que lhe resta, Lex lança a raquete longe. O objeto gira no ar e a ponteira finca como uma estaca no alambrado verde.
— Puta merda! Que tiro certeiro, meu irmão!
— Não serei mais chantageado, Cabeção. Essa história termina hoje mesmo!



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Autor(a): Sophi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 106



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  • menininha_uckermann Postado em 05/09/2016 - 17:53:16

    Nem acredito que consegui encontrar essa fanfic de novo AAAAAAAAAH

  • stellabarcelos Postado em 08/01/2016 - 13:18:53

    Amei muito muito muito! A história é tão diferente do que eu esperava! Surpreendente, linda, engraçada e muito bem escrita! Amei

  • larivondy Postado em 07/12/2013 - 19:12:19

    AMEEEEI a web!! sério, maravilhosaa *-*

  • ingred Postado em 02/12/2013 - 17:47:51

    Pelo amor o quando venho aparecer... É que eu estava bem sem tempo... Mas prometo acompanhar a segunda temporada fervorosamente e sua nova fic tbm =D

  • samelarbdporsiempre Postado em 21/11/2013 - 22:22:09

    EU SABIA QUE VC NÃO IA ME DEIXAR TRISTE OU ME DECEPCIONAR :') TO MUITO ORGULHOSA DE VC KKKK AMOO SUA WEB,ELA É UMA DAS MINHAS PREFERIDAS :3 POSTA MAIS *_*

  • vondymary Postado em 21/11/2013 - 11:07:02

    AiMeuDeus!!! Sabia que você não ia decepcionar!!! *-------* Já olhando a outra para favoritar!

  • dudasouzavondy Postado em 21/11/2013 - 09:31:46

    aameeeei o final , a web foi simplesmente perfeita e uma das minha prediletas , parabéns voce escreve muito ! ansiosa para a Aposta 2 !

  • vondyiocampos Postado em 20/11/2013 - 18:53:01

    Obv que deve continuar flor necessito de msis amo a web esperando por mais vou começar a ler poçao de amor bjinhos

  • fanyyrbd Postado em 20/11/2013 - 17:16:03

    oh eu deus ,continua,eu maei a web do começo ao fim,posta mais!

  • luanavondy Postado em 20/11/2013 - 11:54:59

    continua com a segunda temporada, sua web é um máximo.


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