Fanfics Brasil - Trinta e seis: Véu de Noiva A aposta - Vondy - ADP

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Capítulo: Trinta e seis: Véu de Noiva

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Lá pelas duas da tarde, os monitores reuniram a turma num local chamado Canto da Sereia. De lá partirá a comitiva a caminho da Cachoeira Véu de Noiva. Antes da saída, o monitor-chefe dá as instruções:
— A trilha é de quinze minutos, supertranquila e plana. Aqueles que quiserem, poderão descer a cachoeira de rapel ou tirolesa. Os que não forem adeptos dos esportes radicais, poderão seguir por outra trilha. Permaneçam juntos e vamos em busca de aventuras!
O caminho é ladeado por árvores frondosas de copas largas, carregadas de um colorido suntuoso. Apesar do forte calor, a sombra das árvores refresca os estudantes e o aroma de natureza intocada é revigorante.
Dulce, Maite e Anahí puxam a fila, caminhando logo atrás dos monitores. Um deles vai nomeando as espécies nativas ao redor. Um passeio para lá de cultural, já que Dul não conhece a metade da flora que lhe é apresentada. Numa bifurcação, os estudantes se dividem em dois grupos: os Pés no Chão e os Amantes de Adrenalina. Óbvio que Any segue entre os Pés no Chão e Dul e Mai optam pelos Amantes de Adrenalina. Ambas escolheram a tirolesa e já se preparam para saltar, numa queda de trinta e seis metros de adrenalina na veia. Mai é a primeira da fila e dá um grito quando salta. O monitor checa o equipamento de Dul, posicionando-a. Ela será a próxima. O coração quer sair pela boca, mas a garota é corajosa. Ucker se aproxima, com um sorriso de deboche.
— Vai mesmo encarar?
— Não conheço o medo, Ucker.
— Encontro com você lá embaixo. – o tom dele muda, denotando apreensão.
Ucker está com medo por ela? Pouco provável. Ou estou enganada?
— Está pronta? – o monitor termina a checagem do equipamento, atrelando-o à corda.
— Prontíssima. – Dulce fita Ucker por um segundo. Cadê o sorriso debochado? O que ela vê é uma expressão receosa e um olhar sério.
– Ei, eu não quebro, lembra?
— Chegue inteira lá embaixo, está bem?
Ucker testa o equipamento de Dul, dando pequenos trancos para verificar se ela estará em segurança.
— Quer apostar? – Ucker morde o lábio e não responde a provocação.
— Ok, Ucker, fique tranquilo. Vejo você lá embaixo. – dito isso, ela se joga em direção ao nada, sentindo tudo ao mesmo tempo. – Uhuuuuuuuuuuuuuuuu.
~~***~~
Caramba, o que dizer sobre a cachoeira? O lugar é um pedaço do paraíso na Terra, com um lago esverdeado e límpido, cercado por formações rochosas e muito verde. A água cai aos montes lá de cima, abrindo-se num véu que bate com força no deck natural de pedra calcária. Dul e Mai nadam até a margem, onde Any está sentada com um livro em mãos. O mesmo livro que Poncho cedeu quando o seu ficou ensopado.
— Any, venha nadar! – Mai chama.
— Ah, gente, vocês sabem que eu não curto esse tipo de coisa. O fundo é lamacento e tem bichos estranhos aí dentro. – Any marca a página do livro e o fecha. – Eu prefiro ficar aqui, sendo comida pelos borrachudos.
— Você deve ter o sangue doce. Os borrachudos não ousam se aproximar de mim. – Dulce brinca, saindo da água.
— Certo, pessoal, para aqueles que se aguentam nas próprias pernas, atrás da queda d’água existe uma gruta incrível. São quatro câmaras desenhadas pela natureza. Quem estiver a fim, que me siga! – o monitor mergulha e poucos o seguem. Nenhuma das meninas encara passar por debaixo da queda d’água.
— Mai? – Dul aponta com a cabeça para a cachoeira.
— Ai, será? Não sei não. – Mai não está muito disposta a encarar a fúria da natureza.
— Sozinha eu não vou. – Dul está muito a fim de conhecer a tal gruta.
— Vou com você. – a voz de Ucker se faz ouvir quando ele sai da água.
— Não, obrigada. – Dulce rebate, com descaso.
— Qual é, vamos lá, será divertido. – Poncho se aproxima, colocando pilha nas garotas. Ucker topa ir com Poncho, mas só depois de Anahí dar um ok com a cabeça. Ucker espera por uma resposta de Dulce.
— Vá lá, Dul. – Any incentiva.
— Talvez não seja boa ideia. A força dessa água vai arrancar o meu biquíni e eu deixei a camiseta na praia.
— Sinceramente, adoraria que a água arrancasse o seu biquíni. Quanto à camiseta, pode usar a minha. – Ucker tira a camiseta ensopada da cintura, estendendo-a para ela. — Como você é engraçadinho. – Dul estreita os olhos, metralhando-o.
— Vá logo, Dulce. – Any empurra a amiga para cima de Ucker.
— Dê logo essa camiseta aqui. – ela puxa a vestimenta, analisando os prós e contras.
— Não pense, apenas vá. Ou depois, vai se arrepender de não ter ido. – Any então retoma a leitura.
Vestindo a camiseta de Ucker, ela o segue a nado até a cachoeira. A força da água é surpreendente e Dulce tem dificuldades para respirar. Ucker sobe no deck com uma facilidade extrema e lhe estende a mão. A água pesa toneladas e massageia ferozmente os ombros e a cabeça. Dul sente os joelhos arquearem e Ucker a puxa de uma só vez para dentro da gruta. O chão está escorregadio e ela se apoia no ombro dele. Ucker a enlaça pela cintura e os dois avançam com muito cuidado. Mai e Poncho seguem mais a frente, um amparando o outro para não caírem.
— Está escorregando muito. – Dul caminha com cautela.
— Enquanto estiver nos meus braços, estará segura. – ele solta a pérola.
— Rá, rá! Como você é presunçoso.
— Olha quem fala.
Avançando vagarosamente, finalmente chegam a uma segunda câmara. O monitor explica como aquela gruta foi formada e Dul não consegue prestar atenção, sua mente não processa as mais simples palavras. Ucker está próximo demais. O toque dele em sua cintura, o calor que ele emana, as gotículas de água que escorrem pelo seu tórax, a forma como ele tomba a cabeça de lado, os olhos da cor do sol, a barba dourada por fazer, os dentes brancos que agora mordem o lábio. Dul se pega relembrando o gosto que ele tem, a forma como ele a segura ao beijá-la, aquele sorriso debochado nos lábios… ele nem imagina, mas ela se derrete por dentro quando ele sorri. O monitor leva a turma para outra câmara e ao invés de seguir o pessoal, Dul estaca, sentindo que precisa sair correndo dali agora mesmo. Há uma ânsia que abre caminho por suas veias, uma vontade absurda e incontrolável de sentir os lábios de Ucker contra os seus.
— O que foi? – ele pergunta quando percebe que há algo errado.
— Nada. – Dul acaba de corar, abaixando a cabeça para que Ucker não perceba.
Está tudo bem?
— Tudocerto. – ela responde tão rápido que o “tudo certo” pareceu uma palavra só. – Eu… eu vou voltar.
— Por quê? – Ucker suspende o queixo de Dulce com o polegar. – Não fiz nada errado, fiz?
— Não. – ela se apressa em responder. – Por incrível que pareça, você não fez nada errado.
— Então?
— Não é nada, só quero voltar. – ela desliza os pés pelo chão rochoso e vai se arrastando, sem conseguir se firmar.
— Tudo bem, eu ajudo você. – ele a segura pela cintura e os dois seguem rumo à saída da gruta.
Avançando sem prudência, Dul dá um passo maior do que deveria. O pé de apoio não a sustenta e Ucker a ampara, usando a parede rochosa para escorá-la. Tão próximos, tão perigosamente próximos! Eles se encaram por alguns segundos. Dul sente o coração pulsar mais rápido e teme cometer uma loucura a qualquer momento. E não é que ela comete? Indo contra sua natureza congelante, ela agarra o rosto de Ucker num ímpeto desenfreado, trazendo-o para si, para sua boca. A garota perde o controle, o chão, a noção. Ucker não se afasta, pelo contrário. Ele a gruda no paredão, num desespero causticante. A conexão entre os dois é imediata. Tudo ao redor perde a importância, o significado. Dulce sabe que deveria se afastar, mas não consegue, os sentimentos gritam e tomam espaço com uma força avassaladora. As mãos de Ucker ganham terreno, subindo pelas curvas de Dul, levantando a camiseta molhada até o meio das costas. Ele tomba a cabeça de lado e se agarra aos cabelos dela, completamente ensandecido. Esses dois estão pegando fogo e Dul não consegue apagar o incêndio. Uma de suas pernas se enlaça aos quadris de Ucker e o garoto está a ponto de entrar em ebulição. Infelizmente eles não veem, mas eu vejo:


Bola, escondido nas sombras, lança mão da câmara a prova d’água de Belinda e clica esse momento tão íntimo. Com um sorrisinho lateral, o cara se afasta, doido para ganhar mais um beijinho.


 


 


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ingred - Que bommmm, ainda bem que vcs estão gostando!!


 


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Autor(a): Sophi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 106



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  • menininha_uckermann Postado em 05/09/2016 - 17:53:16

    Nem acredito que consegui encontrar essa fanfic de novo AAAAAAAAAH

  • stellabarcelos Postado em 08/01/2016 - 13:18:53

    Amei muito muito muito! A história é tão diferente do que eu esperava! Surpreendente, linda, engraçada e muito bem escrita! Amei

  • larivondy Postado em 07/12/2013 - 19:12:19

    AMEEEEI a web!! sério, maravilhosaa *-*

  • ingred Postado em 02/12/2013 - 17:47:51

    Pelo amor o quando venho aparecer... É que eu estava bem sem tempo... Mas prometo acompanhar a segunda temporada fervorosamente e sua nova fic tbm =D

  • samelarbdporsiempre Postado em 21/11/2013 - 22:22:09

    EU SABIA QUE VC NÃO IA ME DEIXAR TRISTE OU ME DECEPCIONAR :') TO MUITO ORGULHOSA DE VC KKKK AMOO SUA WEB,ELA É UMA DAS MINHAS PREFERIDAS :3 POSTA MAIS *_*

  • vondymary Postado em 21/11/2013 - 11:07:02

    AiMeuDeus!!! Sabia que você não ia decepcionar!!! *-------* Já olhando a outra para favoritar!

  • dudasouzavondy Postado em 21/11/2013 - 09:31:46

    aameeeei o final , a web foi simplesmente perfeita e uma das minha prediletas , parabéns voce escreve muito ! ansiosa para a Aposta 2 !

  • vondyiocampos Postado em 20/11/2013 - 18:53:01

    Obv que deve continuar flor necessito de msis amo a web esperando por mais vou começar a ler poçao de amor bjinhos

  • fanyyrbd Postado em 20/11/2013 - 17:16:03

    oh eu deus ,continua,eu maei a web do começo ao fim,posta mais!

  • luanavondy Postado em 20/11/2013 - 11:54:59

    continua com a segunda temporada, sua web é um máximo.


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