Fanfics Brasil - Trinta e oito: O início do quinto dia na ilha A aposta - Vondy - ADP

Fanfic: A aposta - Vondy - ADP | Tema: Vondy


Capítulo: Trinta e oito: O início do quinto dia na ilha

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Ucker e Dul não conversaram depois do que rolou na gruta. Ela esquiva-se, não quer confrontá-lo de maneira alguma. Sente como se estivesse no olho de um furacão, sem saber para onde correr. Dulce teme enfrentar seus sentimentos, não considera a possibilidade de descortinar o que está por trás das sensações que invadem seu corpo quando Ucker está por perto. Não quer descobrir que Anahí estava certa, não suporta a ideia de estar apaixonada. Justamente ele? Depois do café-da-manhã, os monitores reúnem os estudantes na praia, com uma disputa para lá de divertida. Será uma espécie de Iron Man, onde as mesmas duplas da Caça ao Tesouro deverão cumprir várias tarefas, a fim de cruzarem no menor tempo a linha de chegada. O desafio inclui: caiaque, mergulho, corrida, escalada, arborismo e outras coisinhas mais. Dul olha para o céu, pedindo socorro. Agora não terá como escapar de Ucker. Até pensa em não participar do desafio, mas por sorte, ela tem Any e Mai como amigas. Ambas não permitem que ela desista e Mai é mais contundente ainda:
— Como saberá se está apaixonada se não encarar a situação de frente?
— Talvez seja melhor eu não saber. – Dulce reflete.
— Ah, fala sério! Você é uma mulher ou uma barata? – Any incita. – Você não tem medo de nada, lembra? Cadê a sua coragem? Ou tudo não passa de encenação?
— Estou com a Any. Você vai participar do desafio sim. Se fugir, juro que lhe dou um soco. – Mai sacode Dul pelos ombros. – Esconder-se não ajudará em nada. Enfrente a situação, coloque seus sentimentos à prova, descubra o que está havendo entre vocês.
— Eu amo vocês duas, já disse isso alguma vez? – Dul as puxa para um abraço grupal.
— Não, você nunca disse isso. – Any responde, um tanto emocionada. – E, por favor, pare de ter medo de ser feliz.
~~***~~
A primeira parte do desafio é a seguinte: a dupla pegará um caiaque e remará até o local indicado com uma imensa boia vermelha. Nesse ponto, um dos competidores mergulhará para resgatar uma bandeira com o logotipo do hotel. Feito isso, as duplas voltam para as areias e a segunda parte do desafio será liberada.
— Para deixá-los com água na boca, o prêmio será um almoço inesquecível preparado pelo Chef Louis, com direito à camarões gigantes, lagosta, risoto de salmão e tudo o mais que puderem imaginar. “Um bangalô será montado na praia e os perdedores terão que comer a gororoba do restaurante do hotel – ok, a parte da gororoba é uma mentira já que a comida do lugar é fantástica. “Os vencedores também ganharão um passeio em volta da ilha, a bordo da nossa lancha super ultra mega veloz. – o monitor encara aqueles olhinhos brilhantes antes de arrematar. – Quem quer vencer?
Uma debandada de pássaros arranha os ouvidos quando a galera se manifesta aos gritos de forma desordenada. Dulce está apática, não esboça qualquer reação. Ainda não teve coragem de olhar para Ucker que está a alguns passos de distância. Vou dizer: Se esses dois trabalharem juntos, podem vencer a disputa com facilidade. São atletas bem preparados, possuem um fôlego invejável e ambos são competitivos ao extremo. Eu aposto nessa dupla, e vocês?
— Ok, crianças, procurem o seu par e estejam a postos em cinco minutos. O desafio já vai começar! – quem grita é Margareth, a professora de educação física. Mai e Any se despedem de Dul, que fica sozinha no meio da multidão. Ucker se aproxima, um tanto temeroso, nunca sabe o que esperar. É possível que ela o enforque. Porventura o morda. Ou talvez ele leve outro chute no meio das pernas. Nada disso acontece.
— Está pronta? – ele pergunta.
— Hum, hum.
— O que acha de vencermos? Adoro camarão. – Ucker tenta quebrar o gelo.
— E eu adoro lanchas. – Dulce desvia o olhar dos chinelos trançados para fitar os olhos dourados de Ucker. – Acho que deveríamos vencer.
— Está comigo? – Ucker estende a mão.
— Estou com você. – ela bate na palma da mão dele e o trato está feito.
~~***~~
Já sabendo do desafio de antemão, Dul optou por um maiô preto, mais comportado e fechado. Está usando uma saia de Tac Tel branca, daquelas que secam bem rápido. Passou uma generosa camada de protetor solar na pele e da dúzia de óculos de sol que trouxe, escolheu um esportivo, perfeito para o dia de hoje. Ucker está sem camisa – oh, que novidade! –, vestindo apenas uma bermuda preta Billabong e um boné cinza. Ele e Dul estão ao lado do caiaque vermelho com lugar para duas pessoas, aguardando o apito de largada. Ucker joga o boné na areia e no lugar, posiciona a máscara de mergulho. Os dois combinaram que é ele quem vai para a água quando chegarem ao local marcado. O apito soa e a bagunça começa. Ucker pega o caiaque pela frente e Dul empurra por trás. Quando a pequena embarcação flutua no mar, os dois se acomodam e remam juntos.
As remadas são sincronizadas e a canoa desliza suave sobre as águas cristalinas. O dia está quente, ensolarado e não há uma nuvem sequer no céu. A boia vermelha se aproxima e Ucker mergulha quando atingem o ponto mais próximo. Enquanto o garoto está debaixo d’água, Dulce gira a embarcação em direção à praia. Por sorte, já navegou antes e sabe como manejar os remos. Outros competidores se enrolam e uns poucos ainda nem saíram das areias da praia. Ucker vem à tona com uma bandeira vermelha em mãos. Dul equilibra a embarcação para que ele suba sem derrubá- los. E então, são os primeiros a chegarem na praia, ao som de vociferações de quem ainda não conseguiu resgatar a bandeira. Tiram o caiaque do mar e correm em direção ao monitor-chefe. Ele lhes dá duas garrafas d’água e um papel pardo, que contém a explicação da próxima parte do desafio. Dul lê em voz alta, enquanto Ucker sorve metade da água: “Corram até as rochas e escalem até o cume da montanha. Lá encontrarão um monitor e novas instruções. Apressem-se.”
— Certo, vamos! – Ucker se coloca a correr e Dulce emparelha com ele, tentando seguir o forte ritmo que ele impõe. Correr na praia não é tão simples assim. Estão descalços e a areia é fofa, o que a torna um obstáculo natural, impedindo que aumentem a velocidade. Ucker olha para trás algumas vezes, certificando-se de que estão abrindo vantagem sobre os outros competidores. Ucker alcança as rochas e inicia a subida. Ele progride fácil e Dulce tem maiores dificuldades, mas não pede ajuda, ela é orgulhosa demais para isso. Nas pedras, o cuidado precisa ser redobrado. As rochas estão revestidas de limo e escorregam um bocado. Um passo em falso e a brincadeira poderá chegar ao fim. Ucker esbarra num ponto críticdo e interrompe a subida, estudando melhor o terreno. As ondas batem com força nas pedras, lançando água para todos os lados. Dul faz cara de nojo ao detectar algumas baratas do mar. Eca! Ucker opta por fazer um desvio e se pendura em um rocha pontiaguda, erguendo o corpo com facilidade. Dul nota quando os músculos do cara se contraem, devido a força que ele emprega. As costas dele são perfeitas, para dizer o mínimo. Ucker estende a mão e Dulce a aceita, relutante. Ele a puxa para cima como se ela não pesasse nada. De onde estão, ambos enxergam uma praia vizinha, praticamente deserta. Um barco veleiro está ancorado e pescadores trabalham em uma rede, à beira- mar. A subida recomeça e Dulce segue Ucker de perto, pisando onde ele já pisou, só por garantia. Uma gaivota passa voando por suas cabeças e a garota se distrai, desequilibrando-se quando já estão quase no alto da montanha. Ela bate as mãos para trás, como se tivesse asas, tentando se reequilibrar. Ucker, num raciocínio rápido, consegue segurá-la pelo cós da saia, trazendo-a para junto de si.
— Ei, onde pensa que vai? – ele debocha, atrelando-a pela cintura.
— Foi a gaivota! Ela tinha que gaivotar justamente agora?
— Hahahahaha. Gaivotar foi ótimo. – Ucker umedece os lábios.
– Você está bem?
— Estou. – Dulce revira os olhos, tirando as mãos de Ucker de sua cintura.
— Estamos chegando, hein, seus manés! – é Hulk quem grita, aproximando-se rapidamente.
— Vamos em frente. – Ucker deixa Dulce passar e segue atrás, vencendo os últimos metros.
No topo da montanha, a garota engole um suspiro. A paisagem é asfixiante de tão incrível. Mas Ucker não permite que Dulce perca o foco e a puxa pela mão, correndo em direção ao monitor.
— Vocês são os primeiros, por enquanto. – o monitor aponta para o alto do farol. – Subam juntos até o topo e acenem para mim. Só então peguem a bandeira. Quando descerem, eu lhes direi qual a próxima etapa. – o monitor dá uma risadinha e Ucker e Dulce se apressam.
O farol, pintado em vermelho e branco, possui uma única entrada. A porta está aberta e eles entram, olhando para cima e bufando. Os degraus são estreitos e a escada vai até o alto, em forma de espiral. Dulce fecha os olhos, maldizendo a própria sorte.
— Por que não colocam um elevador nesse lugar? É sério, terei um troço na metade do caminho. – ela diz, arqueando o corpo para a frente.
— Pense na lancha. Estou pensando nos camarões.
Ucker sobe os degraus de dois em dois. Dul vai logo atrás, sentindo que a qualquer momento os pulmões serão expelidos pela boca ressequida. Na metade do caminho ela começa a arfar e precisa de água, urgentemente. Ucker, que está com as duas garrafas nos bolsos laterais, passa uma para Dul. Se precisam de motivação, o estímulo chega. Quatro vozes sobem a escada e Ucker agarra o pulso dela, vencendo os degraus tão rápido quanto possível. Acenam para o monitor e Ucker pega a bandeira. Dulce precisa de um tempo para se recuperar. As pernas queimam, latejando. Enxuga o suor da testa com o antebraço e bebe mais um gole d’água.
— Como faremos para descer? Só passa um por vez nessa escada. – Dulce recosta na grade, recuperando o fôlego.
— Podemos usar o corrimão. Só tenha cuidado, tá legal?
— Certo.
Iniciam a descida e vou dizer: é muito mais fácil do que subir. Hulk tenta atrasá-los, mas Dulce ameaça jogá-lo lá de cima. O cara, que já foi atirado num balde de gelo, recua, deixando que eles passem. E dá-lhe Dulce! Na saída do farol, esbarram com várias duplas, mas ainda estão na frente quando Ucker entrega a bandeira ao monitor. As novas instruções revelam: “Pedalem pela trilha até alcançarem o Centro de Arborismo. Lá encontrarão um monitor e uma nova instrução. Boa viagem.” Ucker enxerga várias bicicletas ao longe. Os dois correm em disparada, buscando manter a dianteira. As bikes estão equipadas com pedaleiras de borracha, ou seja, nada de pé doendo. A trilha é cheia de altos e baixos. Por sorte, a maior parte é descida e não precisam efetivamente pedalar. Nina aproveita para relaxar, curtir a paisagem e tomar mais uns goles d’água.
— Precisamos conversar. – Ucker grita.
— Estou focada na lancha. – Dulce retruca.
— Vamos vencer e teremos um almoço inteiro para conversarmos.
Dul congela sobre a bicicleta, não tinha pensado sobre isso. Se vencerem, almoçarão juntos e depois, farão um passeio de lancha, também juntos. Ela não terá mais como fugir de Ucker
— Estamos chegando. – Ucker aponta para o Centro de Arborismo. – Preparada?
— Talvez. – Dulce está em dúvida se deve ou não vencer o desafio.
— Dul?
— Ok, vamos vencer essa bagaça!



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Autor(a): Sophi

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Já passa do meio-dia. O Centro de Arborismo, como o próprio nome diz, é um local repleto de árvores estrondosas, de troncos grossos e muito verde ao redor. Pouca luminosidade solar atravessa as copas das árvores, o que torna o clima do lugar mais úmido e ameno. Ucker acaba de ler as instruções. Pela primeira vez no desafio, os dois irão para lados opostos. Um monitor iça Dul ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 106



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  • menininha_uckermann Postado em 05/09/2016 - 17:53:16

    Nem acredito que consegui encontrar essa fanfic de novo AAAAAAAAAH

  • stellabarcelos Postado em 08/01/2016 - 13:18:53

    Amei muito muito muito! A história é tão diferente do que eu esperava! Surpreendente, linda, engraçada e muito bem escrita! Amei

  • larivondy Postado em 07/12/2013 - 19:12:19

    AMEEEEI a web!! sério, maravilhosaa *-*

  • ingred Postado em 02/12/2013 - 17:47:51

    Pelo amor o quando venho aparecer... É que eu estava bem sem tempo... Mas prometo acompanhar a segunda temporada fervorosamente e sua nova fic tbm =D

  • samelarbdporsiempre Postado em 21/11/2013 - 22:22:09

    EU SABIA QUE VC NÃO IA ME DEIXAR TRISTE OU ME DECEPCIONAR :') TO MUITO ORGULHOSA DE VC KKKK AMOO SUA WEB,ELA É UMA DAS MINHAS PREFERIDAS :3 POSTA MAIS *_*

  • vondymary Postado em 21/11/2013 - 11:07:02

    AiMeuDeus!!! Sabia que você não ia decepcionar!!! *-------* Já olhando a outra para favoritar!

  • dudasouzavondy Postado em 21/11/2013 - 09:31:46

    aameeeei o final , a web foi simplesmente perfeita e uma das minha prediletas , parabéns voce escreve muito ! ansiosa para a Aposta 2 !

  • vondyiocampos Postado em 20/11/2013 - 18:53:01

    Obv que deve continuar flor necessito de msis amo a web esperando por mais vou começar a ler poçao de amor bjinhos

  • fanyyrbd Postado em 20/11/2013 - 17:16:03

    oh eu deus ,continua,eu maei a web do começo ao fim,posta mais!

  • luanavondy Postado em 20/11/2013 - 11:54:59

    continua com a segunda temporada, sua web é um máximo.


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