Fanfic: A aposta - Vondy - ADP | Tema: Vondy
Dulce não consegue conversar com Ucker quando voltam do passeio de lancha. Poncho os aguarda no píer, parecendo um tanto quanto desesperado. Antes que os dois amigos sumam de vista, Ucker pelo braço.
— Nossa conversa não terminou.
— Eu sei que não. Nós vamos retomar, eu prometo. – Ucker está sendo disputado como num cabo de guerra, com Dul puxando de um lado e Poncho do outro.
— Depois vocês conversam. O que eu tenho para tratar com o Ucker é da mais alta prioridade. – Poncho puxa o amigo com mais força e Dulce o solta.
— No luau conversamos, está bem? – Ucker grita por sobre os ombros, sendo arrastado por Poncho.
— Você não vai escapar. – ela balbucia para si própria.
~~***~~
No quarto, longe de ouvidos indiscretos, Poncho anda de um lado para o outro, deixando Ucker zonzo. O cara está tentando montar o quebra-cabeças sozinho, mas está difícil pacas.
— Se não me disser o que está havendo, como poderei ajudar, Cabeça?
— Man, tem treta nessa parada.
— Fala logo, brow! – Ucker se irrita.
— Está rolando uma nova aposta no ar. E juro, meu camarada, nesse angu tem um caroção.
— Deus do céu, desembucha!
— O Bola lançou uma nova aposta hoje. É um desafio impossível, mas o cara jogou uma grana alta na roda, certo de que vai rolar. – Poncho leva o indicador ao queixo. – Como ele pode ter tanta certeza?
— Que aposta é essa?
— Bola versus Belinda.
~~***~~
As meninas já estão prontas para o luau. Desde que voltou do passeio de lancha, Dulce não viu Ucker em lugar algum. Aliás, nem Poncho. Será que o sumiço deles tem algo a ver com a aposta? Estará Dul sendo manipulada e tudo não passa de uma farsa? Ela não divide esses temores com as amigas, prefere se abster em seu próprio mundo cheio de dúvidas. Anahí está usando um vestido comportado, desses com florzinhas e detalhes fofos nas mangas. O cabelo está preso, em um rabo de cavalo alto. Nos pés, chinelinhos da coleção particular de Maite. A viciada em chinelos está usando uma saia longa, com estampa indiana e franjas laterais. Por cima do biquíni, uma blusinha canelada branca e sem mangas arremata o visual. Dulce optou por um vestido acima dos joelhos, com uma estampa indefinida em tons de verde e marrom, mangas fluidas que descem até os cotovelos e um decote V de arrasar. Por baixo, o biquíni verde fica visível, já que a vestimenta é um tanto quanto transparente. Se cuide, Ucker! Vestidas para matar, as garotas seguem rumo à praia. São dez da noite. A lua cheia está particularmente mágica, cercada por um halo brilhante e azulado. O céu se completa de forma majestosa, com milhares de diamantes no firmamento. O mar está calmo e uma brisa leve acaricia a pele de quem está por ali. O clima é perfeito para um luau. Na praia, um imenso tablado de madeira foi transformado em pista de dança e uma banda já está a postos, no aquecimento. Uma fogueira foi construída no caminho para o mar. As primeiras chamas já crepitam, um tanto disformes por culpa da brisa. Uma mesa de apoio foi disposta, com palitinhos de marshmallow e queijo coalho. Nham. Holofotes apontados para o mar estão em funcionamento e candelabros foram dispostos por todos os lados, fechando o cenário com maestria. Garçons circulam entre os estudantes com bebidas coloridas arrematadas com canudos psicodélicos, daqueles que brilham no escuro. Ucker e Poncho conversam, um pouco afastados da multidão que se forma sobre o tablado. A banda toca um reggae e a galera dança, no ritmo do Bob Marley.
— Que bom que eu não tive que arrancar essa informação da Any. – Poncho se balança em uma rede de dois lugares, presa nos coqueiros. – Cara, não acredito que a Dulce tenha passado por isso. Esse cara merecia umas porradas.
Ucker abriu o jogo com o melhor amigo, contando tudo sobre Dul e o seu passado amoroso. Ela não pediu segredo e o garoto não consegue esconder nada de Poncho.
— E você e a Any? – Ucker se joga na rede e Poncho sente o solavanco, quase caindo para trás.
— A aposta ainda está rolando, não vou chegar junto. Cara, se ela descobrir…
— Quem contará? – Ucker se altera. – Ninguém vai contar, Cabeça, eu garanto. Aproveite o luau, as estrelas, a música… esse é o momento.
— Acha isso?
— Um momento perfeito como esse, nunca mais. – Ucker dá uma geral ao redor, sentindo o clima. – Quando voltarmos para São Paulo, teremos apenas mais duas semanas de aula e game over.
— Eu tô afinzão dela, saca? Nós combinamos em tudo, já percebeu? – Poncho sussurra para que ninguém os ouça.
— Já percebi sim. – Ucker enforca Poncho, na brincadeira.
— E a Dul? Investirá nela quando voltarmos para Sampa? – Poncho ajeita o boné e mira o amigo.
— As possibilidades são altas.
— Eu sabia! – Poncho grita e logo abaixa a voz. – Eu sabia, eu sabia!
— Shhhhhhh. Ninguém deve saber sobre isso, está me entendendo? Se a Belinda desconfiar, já era. – Ucker, um tanto temeroso, olha para os lados, certificando-se de que ninguém os ouve.
— E a aposta Bola versus Belinda? – Poncho impulsiona a rede com um dos pés. – Eu tô preocupadão.
— Veremos no que vai dar. Conforme for, afogaremos o Bola para arrancar dele a história que originou isso tudo.
~~***~~
O romance está no ar. Talvez seja a praia. Porventura a lua. Acaso as estrelas. Os estudantes estão sentindo a vibração cor-de- rosa e um aroma apaixonado se espalha entre eles, abraçando-os, incitando-os a ir em frente. É nesse clima que Nando e Angel estão. Os dois dançam juntinhos, sobre o tablado de madeira. Angel não sabe sobre a aposta e Nando jurou de morte quem resolvesse abrir o bico. Os monitores, que não são bestas nem nada, dispuseram um vaso sobre o tablado, repleto de lenços de seda. A garota que quiser tirar um cara para dançar, deverá pegar um dos lenços e colocar no pescoço do dito cujo. É o que Any fará nesse exato momento.
— O que está esperando? – Mai está a ponto de ela mesma tirar Poncho para dançar com Anahí. – Está com medo de quê?
— Não estou com medo! – Any treme nas bases nesse exato segundo. – É só que… e se ele disser não? Será que eu suportaria ser rejeitada?
— Ah, fala sério! – Dul revira os olhos. – Por que ele a rejeitaria? Você é linda, inteligente, divertida e ainda por cima ri de todas as piadas dele. O que mais o Poncho poderia querer?
— Mas, e se…
— Cale a boca. Pegue esse lenço e vá lá agora! – Mai pesca um lenço lilás de dentro do vaso e entrega para Any. – Agora, Dona Anahí.
— Mas, mas…
— Nunca saberá se não for até lá. E outra, se o Poncho tiver a coragem de rejeitar você, eu quebro a cara dele. – Dulce rosna.
— Quebraria a cara dele? Por mim? – o semblante de Any é de pura admiração. – Jura mesmo?
— Ah, ela quebrará sim. E eu ajudarei. – Mai aperta os olhos e mostra os dentes.
— Respire fundo e vá até lá. Não deixe que nada a desvie do caminho. Não olhe para trás e nem para os lados. Apenas trace uma linha reta e vá. – Dul dá as coordenadas, empurrando Any na direção de Poncho. Ela vai. O coração aos pulos. O estômago retesado. Os olhos arregalados. O sangue congelado. As bochechas queimando. A respiração entrecortada. A garganta fechada. A boca seca. Os lábios trêmulos. As mãos frias. As pernas bambas. Com o lenço lilás em mãos, Any atravessa o tablado um tanto cambaleante, mas não se desvia do caminho. Seus olhos estão cravados em Poncho que, no momento, conversa com Ucker e Hulk. O cara, recostado num coqueiro, está usando bermuda preta, camiseta branca e um boné surrado da Nike, com a aba para trás. Any deixa um suspiro apaixonado escapar da garganta. Ucker é o primeiro a notar a aproximação dela. Dá uma cutucada em Poncho para o amigo se ligar.
— Que foi, man?
— Sabe dançar, Cabeçudo? – Ucker lança um sorriso debochado no ar.
— Sei. Por quê?
— Oi, gente. – Any finalmente alcança os garotos. Engole algo que não lhe parece saliva. Está mais para um pedregulho daqueles cortantes. Engasga ao falar, as palavras não saem de sua boca. Percebendo que Any está em apuros, Ucker resolve ajudar.
— O Poncho aqui estava doido para dançar com você, não é, Cabeça? – Ucker o empurra, com o cotovelo.
— Verdade? – Any pergunta, um tanto tímida, fazendo um círculo na areia com a ponta do chinelo.
Ao notar que Poncho está mais perdido do que cego em tiroteio, mais perdido do que cachorro em dia de mudança e outros ditados populares, Ucker dá um empurrão no cara:
— Não é, Poncho, meu amigão? – Ucker morde o lábio e faz um sinal com a cabeça. Finalmente o cara entende. Caraca, já não era sem tempo.
— É, Any, eu só não sabia se você… – Poncho se esquece do que iria dizer ao fitar os olhos azuis de Anahí. Tomando coragem e algo mais, o garoto declara solenemente: – Any, o negócio é o seguinte, eu adoraria dançar com você. Me daria essa honra? – e o cara, com todo o seu charme, ajoelha-se aos pés dela lhe estendendo a mão.
— Eu adoraria. – Any, delicadamente, coloca sua mão sobre a dele. Quando o pirata se levanta, com um sorriso que Ucker nunca havia visto antes, Anahí passa o lenço lilás em volta do pescoço do garoto, puxando-o como um cachorrinho para a pista de dança. Ah, o amor!
~~***~~
Dul e Mai acompanham à distância, enquanto Any puxa Poncho para o meio do tablado. Ela está tão feliz que a alegria reverbera ao seu redor. Uma aura cor-de- rosa envolve aqueles dois de maneira sublime. As amigas veem quando Poncho se aproxima de Any, passando uma mão em volta de sua cintura. A outra mão está no ar, apenas aguardando que Anahí a pegue. Ela pega. E então, ele a puxa para si e os corpos finalmente se tocam. Dul olha para Mai. Mai olha para Dul. As garotas não se contém e começam a rir, sem conseguir parar. Conhecem esses ataques de riso? Daqueles que nos arrancam lágrimas? Pois é exatamente isso o que acontece. Quando o ataque passa, após várias tentativas para ficarem sérias, Mai tomba a cabeça de lado e fixa seu olhar em Dul. Vem bomba por aí.
— E você? O que ainda está fazendo aqui?
— Não farei isso. – Nina sabe do que a amiga está falando. – Não vou tirar o Ucker para dançar.
— Por que não?
— A aposta! – Dul estreita os olhos, com uma expressão do tipo “alô?”. – Acha que vou dar esse gostinho para esses moleques?
— Ah, Dul, esquece isso. Vá lá, tire o cara para dançar. Entre uma dança e outra, ele pode finalmente revelar o porquê de ter aceitado a aposta. – Mai puxa um lenço azul de dentro do vaso e estende para amiga. – Eu desafio você.
A ficha de Dulce como um soco no estômago. Assim como Ucler também odeia ser desafiada. Não consegue se esquivar, é mais forte do que ela. Como podem ser tão iguais?
— Está jogando sujo. – Dul olha para os chinelos verdes.
— Claro que estou. Sei que não suporta ser desafiada. Eu conheço você, Dulce Maria Espinoza, ainda que há pouco tempo. – Mai bate um dos pés no chão, num ritmo constante. – Sei que quer isso, eu vejo nos seus olhos.
— Está tão na cara assim?
— Desculpe, mas está. Você não consegue mais esconder.
— E se tudo for mentira? E se o Uker estiver jogando? Como vou saber? – finalmente Dul dá voz as suas dúvidas.
— Os olhos não mentem, Nina. – Mai passa o lenço em volta do pescoço da amiga. – O Ucker está olhando para cá nesse exato momento. Aliás, ele está sempre olhando para você, desde que chegamos à ilha. Você mexe com ele, é visível. Só não vê quem não quer.
— Estou com medo. – Dul jamais afirmou isso em voz alta. Medo é uma palavra que não faz parte do seu vocabulário. Bem, não fazia parte até agora.
— Eu sei que está. Esse jogo de sedução bagunçou tudo, não foi? Essa confusão sentimental na qual está é resultado disso. Encare de frente o Ucker, enfrente seu medo. – Mai sonda os olhos de Dul, segurando-a pelos ombros. – Proteger-se para sempre não é a solução. O sofrimento existe, mas o amor também. Você precisa arriscar.
— Uau, você foi profunda agora.
— Vá lá e deixe acontecer. O que tiver que ser, será.
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Obrigada mais uma vez a quem favoritou a web, e aos comentários!!!! *0*
Bom meninas...
vou logo avisando q apartir do proximo post em diante o bixo vai pegar!!!!!!!! eu tô em choque ate hj
muitas emoções vindo por aí....
Autor(a): Sophi
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Ucker com um lenço de seda Pensativa. Na beira do mar, Dulce segura o lenço azul entre as mãos. Ele se agita suavemente, dançando com a brisa que vem do oceano. Seus pés estão cravados na areia enquanto observa, atenta, as pequenas ondas se formarem. A água chega, tocando seus pés e recua, para voltar logo a seguir. Est ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 106
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menininha_uckermann Postado em 05/09/2016 - 17:53:16
Nem acredito que consegui encontrar essa fanfic de novo AAAAAAAAAH
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stellabarcelos Postado em 08/01/2016 - 13:18:53
Amei muito muito muito! A história é tão diferente do que eu esperava! Surpreendente, linda, engraçada e muito bem escrita! Amei
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larivondy Postado em 07/12/2013 - 19:12:19
AMEEEEI a web!! sério, maravilhosaa *-*
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ingred Postado em 02/12/2013 - 17:47:51
Pelo amor o quando venho aparecer... É que eu estava bem sem tempo... Mas prometo acompanhar a segunda temporada fervorosamente e sua nova fic tbm =D
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samelarbdporsiempre Postado em 21/11/2013 - 22:22:09
EU SABIA QUE VC NÃO IA ME DEIXAR TRISTE OU ME DECEPCIONAR :') TO MUITO ORGULHOSA DE VC KKKK AMOO SUA WEB,ELA É UMA DAS MINHAS PREFERIDAS :3 POSTA MAIS *_*
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vondymary Postado em 21/11/2013 - 11:07:02
AiMeuDeus!!! Sabia que você não ia decepcionar!!! *-------* Já olhando a outra para favoritar!
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dudasouzavondy Postado em 21/11/2013 - 09:31:46
aameeeei o final , a web foi simplesmente perfeita e uma das minha prediletas , parabéns voce escreve muito ! ansiosa para a Aposta 2 !
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vondyiocampos Postado em 20/11/2013 - 18:53:01
Obv que deve continuar flor necessito de msis amo a web esperando por mais vou começar a ler poçao de amor bjinhos
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fanyyrbd Postado em 20/11/2013 - 17:16:03
oh eu deus ,continua,eu maei a web do começo ao fim,posta mais!
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luanavondy Postado em 20/11/2013 - 11:54:59
continua com a segunda temporada, sua web é um máximo.