Fanfic: A aposta - Vondy - ADP | Tema: Vondy

O dia correu como se estivesse em uma maratona. O sol já se esconde no horizonte e os últimos raios solares pintam o céu em vários tons alaranjados. Duas batidas na porta e alguém enfia a cabeça dentro do quarto. É o monitor-chefe:
— Margareth, a turma já está reunida na sala de jogos. Mas nem sinal do Fabiano e da Belinda.
— Onde esses dois se enfiaram? – a professora rosna a pergunta. – Em algum momento eles terão que aparecer.
— Estamos esperando por vocês para a reunião começar. – o monitor avisa.
— Quero ir também. – Dulce abre os olhos e se remexe, num despertar preguiçoso.
— Não. Você não está bem. – Ucker não permite que ela se levante. – E outra, você não precisa passar por isso.
— Eu quero ir. – Dul esfrega os olhos e se senta, tomando o cuidado de não encarar Ucker nos olhos.
Apesar das imagens serem um borrão, se lembra do suficiente para ficar com vergonha pelo resto da vida.
— Ela precisa estar presente. – Any vai em favor de amiga.
— Concordo. – Mai está com os punhos cerrados desde que viu a Dul naquela situação constrangedora.
— Que seja. – Margareth concorda.
~~***~~
Um murmurinho incessante toma conta dos ouvidos de Dul. São acusações, conjecturas, especulações das mais diversas. Quando ela e Ucker entram na sala de jogos, o silêncio recai como um meteoro.
— Não me olhem assim. – Dulce pede, encarecidamente. – Não é uma droga que vai me derrubar. – os olhares são dos mais diversos e Dulce tenta não se fixar ninguém em especial, não está a fim de decifrar as expressões de pena nos rostos da turma.
Poncho se levanta do sofá de dois lugares, dando lugar para Dulce e Ucker. Ela se senta com dificuldades e ele toma lugar ao seu lado, abraçando-a quando o corpo dela se agita, tremendo de frio. Any estende a mão para Poncho e eles se recostam na parede, aguardando que a reunião comece.
— Se não se sentir bem, promete falar? – Ucker sussurra, entrelaçando seus dedos aos de Dulce.
— Prometo. – ela deita a cabeça no ombro dele.
— Ok, pessoal, o negócio é o seguinte: Ninguém sairá dessa sala hoje até que a verdade apareça. – o professor de Literatura toma a palavra. – A amiga de vocês foi drogada. O sangue já seguiu para análise e os culpados terão que aparecer.
— Nós queremos a verdade e queremos agora! – Margareth ruge com voz altiva.
— Querem a verdade? Pois eu direi a verdade. – teatralmente, Belinda faz sua aparição, emoldurada pelo batente das portas duplas da sala de jogos. O show está prestes a começar.
~~***~~
O quebra pau tem início. Acusações voam como flechas pela sala de jogos. Os professores e monitores tem dificuldades para colocar a casa em ordem. E o circo pega fogo quando Bola entra na sala. Aí a coisa fica feia. Todos os garotos querem socar o cara e ele precisa ser protegido pelos professores.
— Calem a boca todos vocês! – Margareth grita, a plenos pulmões. – Ouviremos a Belinda primeiro.
— Vai ouvir essa vaca, vagabunda de quinta? – Any se joga na direção da Kibi, querendo muito socar aquela cara de vadia. Mas Poncho a segura, abraçando-a por trás.
— Ora, ora, ora… a Anahí se revela, não? – Belinda requebra o quadril, levando as mãos à cintura. – Sua idiota, você não faz ideia, não é?
— Não faço ideia do que, sua biscate? – ela luta para se desvencilhar de Poncho, mas o cara é mais forte.
— Você é uma aposta, meu benzinho. Uma. Aposta. – Belinda degusta cada palavra, vingando-se de Poncho. – Poncho versus Any, uma das apostas do ano! – Belinda gargalha alto, deliciando-se com o momento.
Any não consegue engolir. A garganta se fecha, arranhando. Está atordoada, não acredita que isso esteja acontecendo. Ela é uma aposta?
— Eu não concordei com isso, Any, você precisa acreditar em mim. – Poncho sussurra em seu ouvido.
— Eu sou uma aposta? – ela se vira para encará-lo.
— Sim, você é uma aposta! – Belinda desdenha. – Aliás, a Angelique ali também é uma aposta, não é, Nando?
— O quê? – Angel se levanta num sobressalto. – De novo? – os olhos da garota se enchem de lágrimas. – Seu desgraçado!
Angel precisa ser contida pelas amigas. Nando tenta se explicar, mas as palavras se dissolvem no calor da discussão. Todos voltam a falar ao mesmo tempo e Margareth dá um berro para conseguir silêncio.
— Parem já com isso!
O professor de Literatura retoma a palavra, com sua voz ensebada e um tanto presunçosa:
— A Suzana nos contou que você e o Fabiano drogaram a Dulce. Isso procede? – o professor se dirige à Kibi Mor.
— Suzana… ah, Suzana. Eu avisei que se não estava comigo, estava contra mim. – Belinda mira as unhas violeta. – A Suzana é tão boazinha, não é?
— Beli, por favor. – Suze sabe o que Belinda pretende revelar. – Isso é um assunto meu.
— É seu, é? Pensei que era um assunto do Edgard também. – Belinda aponta aquelas unhas compridas na direção do garoto.
— Vamos focar no assunto central dessa reunião. – o professor tenta retomar as rédeas, sem sucesso.
— Espere, professor. Eu quero ouvir o que ela tem a dizer. – Edgard se levanta do chão, já aguardando a bomba.
— A Suze aqui engravidou de você no ano passado. E eu, como uma boa amiga – Belinda olha para Suzana e volta a encarar Edgard –, a levei para fazer o aborto.
Posso falar um palavrão? Essa Kibi é uma biscate da pior categoria! Pronto. Ok, não foi bem um palavrão, mais serviu.
É o que basta para a sala de jogos explodir em mil pedaços. Mais gritos, mais acusações, muita choradeira… Anahí desaba em lágrimas nos braços de Mai. Hulk consola Poncho que acaba de socar a parede com toda a força. Angel bate em Nando toda a vez que ele tenta se aproximar. Suzana cai prostrada no chão, levando as mãos à cabeça. Edgard olha para o nada enquanto os amigos tentam confortá- lo. Dulce está com o rosto escondido no peito de Ucker. O que virá agora? Qual a próxima bomba que Belinda jogará na turma? Como ela pode ser cruel a esse ponto? Ucker afaga os cabelos de Dulce, beijando sua testa. O corpo dela ondula de frio e o garoto a enlaça de forma vigorosa, buscando mantê- la aquecida. Apesar do lugar estar ruindo, é como se esses dois estivessem em uma outra dimensão, em segurança.
— Parem! – Margareth sobe em uma cadeira para se fazer ver e ouvir. – Não chegaremos a lugar algum assim!
— Belinda, conte logo por que você e o Fabiano drogaram a Dulce e que tipo de substância utilizaram. – o professor pega a garota pelo braço, irritado. – Agora!
— Certo, eu já iria chegar lá. – a Kibi Mor sustenta um sorriso perigoso nos lábios. O momento máximo da vingança acaba de chegar.
— Quietos! – Margareth desfere o grito, como um golpe. Finalmente o silêncio é retomado, em meio aos soluços de três garotas: Any, Angel e Suzana.
— Eu chantageei o Ucker para que ele aceitasse a aposta da Dulce. – Belinda faz uma pausa, aguardando a reação da principal interessada. E a reação vem. Dulce levanta o rosto do peito de Ucker e seus olhos trêmulos encaram os triunfantes da Kibi. – Eu o chantageei com um vídeo detalhado, em vários ângulos, mostrando a verdade sobre o acidente com a moto. Vocês se lembram do acidente, não é? Pois bem, o Ucker mentiu para o pai dele, dizendo que um caminhão havia passado por cima da motinho novinha. Não devemos mentir, não é baby? Acho que aprendeu a lição.
— Continue, Belinda! – Margareth cruza os braços à frente do corpanzil. – E se atenha apenas ao que lhe for perguntado.
— Bom, o fato foi que o Ucker aceitou a aposta de Dulce mediante a minha chantagem.
— O que você pretendia com isso? – o professor pergunta, intrigado.
— Vingança! – ela ruge, entredentes. – Todos vocês se lembram do que essa vagaba aprontou comigo, não se lembram? Eu só queria me vingar.
— O lance dos cartazes. – o professor se lembra. – E nessa vingança você fez uso de substâncias ilícitas? Você drogou a Dulce?
— Não fui eu. Foi o Bola ali. – Belinda sorri ao apontar o culpado.
— Como é? – Bola dá um pulo da cadeira. – Ei, eu não fiz isso sozinho!
Ai, meu Deus. O caos retoma a sala de jogos. Enquanto as acusações inflamam ainda mais o ambiente, Dulce e Ucker se entreolham.
— Por que não me disse? – ela o encara tristemente.
— Eu iria contar, lá no Centro de Arborismo. Mas então, deu tudo errado. – ele se defende.
— Se o seu pai assistir a esse vídeo, o que acontecerá? – Dulce pergunta e os dois conversam baixinho, como se o mundo não estivesse acabando ao redor.
— Ele não vai pagar a minha faculdade de música. Serei obrigado a trabalhar com ele e desistir da carreira. – Ucker morde o lábio, fazendo força para não chorar.
— Então foi encenação. Tudo o que aconteceu aqui foi porque você estava sendo chantageado. – Dulce afirma em voz alta, para si mesma.
— Eu realmente estou apaixonado por você, Dul.
— Desde quando? – ela engole o choro.
— Eu não sei dizer. Talvez tenha acontecido no jogo de tênis ou depois disso. Eu realmente não sei.
O silêncio recai após a tempestade de acusações. Belinda então retoma a palavra:
— O Bola, achando que iria me ajudar com a vingança, dopou a Dulce com uma substância chamada Droga da Coragem. Ele só me contou que fez isso depois que ela havia ingerido o negócio, diluído no suco de maracujá.
— Mentira! – Bola e Suzana gritam em uníssono.
— Isso é mentira. A Belinda ficou com o Bola ontem no luau para que ele dopasse a Dulce hoje! – Suzana abre a verdade.
— Suzana, o que a Belinda queria com tudo isso? – o professor pergunta, quando a turma finalmente faz silêncio.
— Ela passou a viagem inteira fotografando e filmando a Dulce e o Ucker. Eu ainda não sei onde ela usará as imagens, mas ela tem fotos realmente boas para destruir a reputação da Dulce. – Suzana faz uma pequena pausa para respirar. – E não é só isso: Ela quer acabar com o Ucker também.
— Isso é caso de polícia. – o professor sussurra no ouvido de Margareth que meneia a cabeça em confirmação. – O diretor vai enlouquecer.
— Nem me lembre disso. – Margareth sacode a cabeça e quando dá por si, uma nova confusão está armada.
Poncho parte para cima de Bola. Suzana se agarra aos cabelos da Kibi Mor. Angel morde Nando, arrancando-lhe sangue. Any está chorando, compulsivamente. Dulce olha para o nada. Ucker olha para ela. A garota está imóvel, inconsolável. A tristeza deságua sobre ela como um tsunami. Dul sente o brilho próprio se apagando, como uma estrela prestes a desaparecer. Fazendo um tremendo esforço para se erguer, ela se desvencilha dos braços de Ucker.
— Onde vai? – os lábios do garoto tremem.
— Me deixe em paz. – ela lança um olhar áspero em sua direção.
— Dulce...
— Já disse, me deixe em paz.
Dulce busca o apoio de Maite que precisa se dividir em duas, amparando as melhores amigas. Belinda percebe que Dulce está prestes a sair de cena e não perde tempo:
— Vai fugir, sua vagaba? Quem é a biscate agora, hein? Aquela droga só mostra quem você realmente é! – Belinda brada, empurrando Suzana sobre uma mesa. – Ah, e só para você saber, fui eu que mandei o Ucker levar você para o Centro de Arborismo! Euzinha aqui! E ele cumpriu as minhas ordens! – a Kibi está vermelha de tanto gritar.
— É mentira! – Ucker se desespera. – Dul, isso é mentira! – o garoto tenta conversar, mas Mai não permite.
— Vem, vamos sair logo daqui. – Mai enlaça as amigas pelos braços e as três deixam a sala de jogos para trás.

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O que acham de mais um? em alguém on? `-`

cherrybomb: Que bom q voltouuuu!!! adooro seus surtos, dou risada dmais! kkkkk pensei que tinha abandonado `-`  O pior vc ainda nem viu... a Belinda vai aprontar feio com as fotos da dul seminua....

¬¬

dudasouzavondy: Tbm tenho um ódio dessa vagaba... e o pior é q ela tem todo mundo em suas mãos, ta pior q minha vizinha, sabe todos os segredos de todo mundo

#crendeuspai

barbaraalvi: tbm fico... tudo por culpa desse bola e da Bevaca.... affs

caaceres: que bom que esta gostando!! bjokas