Fanfic: A aposta - Vondy - ADP | Tema: Vondy

Após a reunião com os pais dos alunos do último ano, ficou acordado que Belinda e Bola estavam expulsos. Os pais dos garotos, extremamente envergonhados, pediram desculpas aos presentes e resolveram assumir sozinhos os encargos da destruição do hotel. O pai de Dulce, nessa mesma reunião, decidiu acatar o pedido da filha e desistiu do processo judicial. Em que esse processo poderia melhorar as coisas? Os pais de Belinda e Bola pareciam ser boas pessoas e, bem, que melhor escola do que a vida, não? Esses dois garotos tomariam muitas bordoadas se não mudassem de atitude. Dul ainda não deu sua resposta com relação a morar no exterior. Após deliberar com Any e Mai, decidiu pensar um pouco mais. Essa é uma oportunidade de ouro e não se pode desprezar algo assim. Dul também foi levada ao hospital para fazer novos exames de sangue. O que quer que havia em seu sistema foi expelido, de maneira natural. Não há qualquer traço da substância que ingeriu e isso foi um tremendo alívio para os pais da garota. O laudo do exame de sangue dela já saiu e está nas mãos da polícia.
Hoje é segunda-feira, o primeiro dia das duas últimas semanas no Prisma. O diretor deu um salvo-conduto para Dulce. Se ela não quiser frequentar as aulas, estará dispensada sem maiores problemas. Mas esse seria um atestado de fraqueza e Dul não quer parecer fraca. Anahí e Maite prometeram não falar sobre Paris com ninguém. Esse será um segredo muito bem guardado. Dul chega ao colégio, estacionando a moto na vaga de sempre. Tira o capacete e pega a mochila e a bolsa, dirigindo-se para a entrada. No meio do caminho encontra Any e outras garotas com o olhar abismado, mirando algo ao longe. Os olhos de Dulce são imediatamente atraídos para lá. Ela empalidece no mesmo instante. Mas que merda! O outdoor, em frente ao colégio, sustenta algo que faz com que Dulce feche os olhos por alguns segundos. Quando torna a abri-los, descobre que é real. Any se aproxima, balançando a cabeça em negativa. Isso é ruim, muito ruim. As duas se encaram por alguns segundos antes de Dul começar a dizer:
— Nós sabíamos que algo assim aconteceria.
— É, nós sabíamos. – Any encara o outdoor novamente, absorta.
— Até que a Belinda tem talento, essa foto está ótima. – Dulce brinca com a situação, tentando desanuviar.
— É, a imagem está ótima mesmo. – Any concorda. – É uma pena que você está seminua.
— É uma pena mesmo. – Dul está com vontade de chorar, mas tenta dominar suas emoções.
— E o Ucker está com as mãos nos seus…
— É, ele está. – Dulce admite, pesarosa.
— Até que o layout do outdoor ficou legal. – Any zomba, para que a amiga não se sinta tão mal.
— É, ficou interessante.
O imenso outdoor na porta do colégio está tomado por uma imagem de Dulce e Ucker, naquele Centro de Arborismo, no último dia na ilha. Sem a parte de cima do biquíni, Dulce está montada sobre o cara. Ele, por sua vez, está com as duas mãos nos seios da garota, tapando-os de olhares indiscretos. O título em negrito anuncia: “Ucker, o vencedor da Grande Aposta.” O subtítulo, também em negrito, arremata: “Dulce Maria Espinoza, a biscate do ano.”
Angel chega correndo, esbaforida. Traz algo em mãos e começa a gritar, completamente surtada:
— Aquela galinha, Dulce! Se eu cruzar com ela na rua, juro que atropelo!
— O que foi agora? – Any revira os olhos.
— Ela pagou dois garotos para distribuírem isso! – Angel estende um DVD na direção das meninas.
É Anahí quem o pega das mãos de Angel. Dul olha por cima dos ombros da amiga e o que vê revira o seu estômago. Na capa do DVD, a mesma imagem do outdoor está impressa, com os dizeres: Ucker versus Dulce, o pornô mais quente do ano. Apreciem sem moderação.
— Certo, ela foi longe demais. – os olhos de Dul umedecem automaticamente.
— O diretor precisa recolher esse material. Temos que falar com ele agora! – Any faz menção em quebrar a mídia ao meio, mas Dul não permite.
— Não! Deixe eu guardar esse. – ela pega o DVD com fúria e o joga dentro da bolsa.
— Dul, volte para casa, aceite a dispensa que o diretor lhe deu. – Any aconselha.
— Não farei isso. Esse é o teste para saber se sou mesmo inquebrável como penso.
— Não será fácil encarar essa galera. – a amiga salienta.
— Não, não será. – Dulce enxuga uma lágrima com as costas da mão.
— Estarei ao seu lado. – Any ajeita uma mecha do cabelo de Dulce atrás da orelha. – Se alguém fizer uma piadinha, eu juro que mato!
— Deixe que façam piadas, eu não ligo. Nós sabemos o que realmente aconteceu na ilha e é isso o que importa.
O celular de Any toca, insistentemente. Ela o retira do bolso traseiro do jeans, desliza o indicador sobre a tela e há uma nova mensagem.
— É da Mai. – Any abre a mensagem. – SOS?
— SOS? – Dul olha para a mensagem, intrigada.
— Por que a Mai pediria socorro? – Angel vinca a testa.
— Ai. Meu. Deus. – a ficha de Anahí cai, ruidosamente. – O Dan iria passar na casa da Mai hoje de manhã para trazê-la ao colégio! amiga, ele deve ter visto o outdoor! – Any está aos gritos, com os olhos saltando das órbitas.
Um nome escapa dos lábios trêmulos de Dulce: — Ucker.
~~***~~
Ela corre, mas não é rápida o bastante. Quando chega à entrada do colégio, o tumulto já está armado. Dan está sendo contido por Hulk, Edgard, Nando e um cara do primeiro ano. Poncho está ajoelhado ao lado de Ucker, que aliás, sangra como um porco recém-abatido. Dul sente um nó se formar na garganta e seus olhos se encontram com os de Mai. A amiga está aos prantos, tentando acalmar Dan a todo o custo. Deixando o orgulho ferido de lado, Dul larga a bolsa e a mochila aos pés de Angel e Any, abrindo espaço entre as pessoas, distribuindo cotoveladas para todos os lados. Quando finalmente alcança a clareira, ajoelha-se ao lado de Ucker, verificando visualmente os ferimentos. O cara está estendido no chão, com o nariz sangrando e Poncho segura a cabeça do amigo com uma das mãos. Os olhos de Ucker se encontram com os dela, prendendo-os como sempre acontece.
— Dulce, se afaste desse cara! – Dan grita, tentando se desvencilhar das mãos que o seguram firme.
— Desculpe por isso, Christopher. – Dul não consegue desviar o olhar daqueles raios solares hipnóticos. – Meu irmão é um pitbull.
— Eu mereci. – Ucker geme baixinho.
— Dulce, eu tô falando sério, porra! – Dan luta em vão enquanto é arrastado para fora do colégio.
Os professores chegam trotando em direção a muvuca. O diretor leva as mãos à cabeça, pedindo que Dul e Poncho conduzam Ucker à enfermaria.
— Não precisa vir. – Ucker passa o braço ao redor do pescoço de Poncho, levantando-se um tanto quanto cambaleante. Quando o garoto tomba para o lado oposto, Dul o escora com o próprio ombro. Ela não responde quando Ucker repete “não precisa vir”. Apenas faz sinal para que Poncho comece a andar em direção à enfermaria. Curiosos vão seguindo com o olhar, enquanto Any e Angel recolhem os pertences de Dul do chão. Dan está gritando, mas a irmã o ignora. Vão ganhando terreno, subindo os quatro degraus, até chegarem à entrada principal do colégio.
~~***~~
Uma multidão se forma no corredor da enfermaria. Ucker, Dul e Poncho aguardam a chegada da enfermeira, que aliás, está presa no congestionamento. Dul abre um armário de vidro e pega um pacote de gaze e um spray antisséptico. Borrifa um pouco do conteúdo e começa a limpar o rosto de Ucker, fugindo dos olhos do cara.
— Não precisa fazer isso. – ele segura a mão de Dul.
O simples toque de peles a faz arrepiar da cabeça aos pés.
— Meu irmão não deveria ter descontado em você. – Dul analisa os ferimentos.
O nariz de Ucker sangra e a boca está cortada por dentro. Dois socos, talvez três. Dul não sabe dizer quantos foram e não quer perguntar.
— Você viu o DVD? – Poncho pergunta, contendo a multidão de curiosos que querem invadir a enfermaria a todo custo.
— Estou com um na minha bolsa. – Dulce revela, umedecendo os lábios. – Se meu pai souber disso, a coisa vai ficar muito feia.
— A Kibi foi longe demais. – o tom de Poncho denota fúria.
— O estrago já está feito. – Dulce diz em tom de desabafo.
— Ai. – Ucker reclama quando a gaze desliza pelo canto da boca.
— Desculpe. – ela alivia a pressão.
— Temos que conversar. – UCker se perde dentro dos olhos de Dul, mas a garota está evitando encará-lo.
— Não estou pronta. – ela admite.
— Me deixem passar. – a enfermeira finalmente alcança a porta e Poncho desbloqueia a entrada.
— Está em boas mãos agora. – Dul, sem olhar para ele, atira a gaze suja de sangue em direção ao lixo. – Mais uma vez, desculpe pelo meu irmão.
— Dul. – Ucker a segura pelo braço.
— Como eu disse, ainda não estou pronta para essa conversa. – e então, Ucker afrouxa a pegada e Dul passa voando por Poncho, saindo porta afora.

--------------------------------------------------------------------------------------------

cherrybomb: Noooooooooooooooossa!!! Oo

mais seu vizinho esta bem né??

vondyiocampos: quem bom que esta gostando!! obrigada!

samelarbdporsiempre: calma mulher!! se eu postar logo tudo de uma vez  acaba logo.... kkkkkkkkkkkkkkk

dudasouzavondy: porra... tbm acho q a Dul tinha q quebrar a cara dessa filadamãe... chateadany