Fanfic: Entre a Luxúria e o Amor (Finalizada) | Tema: (AyA)

    Alfonso abriu a cerca bem na hora em que os ponteiros marcavam 2h da manhã. Antes que ele desligasse o carro, Betty abriu a porta de tela,os cabelos avermelhados brilhando sob a luz da varanda. Veio apressada pelo caminho que levava até o portão e os recebeu com um sorriso largo e acolhedor.

Anahi: Oi (disse Anahi,saindo do carro. Betty era alta,tinha quase 1,80m e brincava que não tinha se casado porque nunca encontrara um namorado à sua altura. Anahi achava que era porque ela era muito teimosa e independente para suportar o casamento) Você não precisava ter ficado,eu me arranjava.

Betty: Ah,claro. Como se eu fosse conseguir dormir. Estava louca para vê-la. Olha só! (admirou-se,pegando nas mãos dela e as afastando para poder examinar o vestido) Olha só como ela está bonita de rosa. Mas estou me sentindo péssima por ter tirado você e Rodrigo da festa. (ela se abaixou para olhar dentro do carro) Rodrigo,eu... (ela viu que não era Rodrigo quem estava ao volante,e virou-se para Anahi confusa)

Anahi: Betty,este é Alfonso (apresentou Anahi,resignada) Alfonso,esta é Betty.

Alfonso: Oi Betty! (saiu do carro e a cumprimentou) Prazer em conhecê-la. E antes que você chegue a qualquer conclusão,Anahi e eu somos apenas bons amigos. (Betty riu)

Betty: Sei,sei. Acho difícil de acreditar e seu pai também vai achar. O que aconteceu com Rodrigo?

Anahi: Que Rodrigo? (perguntou Anahi,com pouco caso, e as sobrancelhas de Betty arquearam)

Betty: Ah,já entendi. O que foi que ele fez? Não quis trazê-la até aqui?

Anahi: Não pedi para ele. Nós terminamos.

Betty: Ah,querida,não foi uma grande perda. Se serve de consolo,nunca fui com a cara dele. Nem seu pai.

Anahi: Mas você o achava charmoso.

Betty: E era. Mas era só casca.

Alfonso: Com certeza (concordou Alfonso,fazendo Anahi,olhar para ele)

Anahi: Desculpe-me,mas o roto está falando do esfarrapado (ela se voltou para Betty) Não liga para ele não,Betty. Você sabe como são os amigos. Vivem brigando,mas no fundo se amam.

Betty: Sei como é. Eu e seu pai somos do mesmo jeito.

Anahi: Sim, e por falar nisso,como ele está? Quanto tempo ele vai ficar no estaleiro?

Betty: Algumas semanas. Mas vai sobreviver. Depois que você ligou e eu disse que você viria,ele concordou finalmente em tomar os analgésicos que o médico passou. Está dormindo agora. Mas,amanhã,quero ter uma conversa séria com ele. Você e eu sabemos,Anahi,que não é mais lucrativo manter esta fazenda. Seu pai só consegue mantê-la funcionando graças ao dinheiro que você manda. Mas já está na hora de vender. È muito trabalho para ele. Ele recebeu uma oferta de uma dessas companhias multinacionais. Acredito que ele não quer vender porque acha que você é muito ligada à fazenda.

Anahi: Eu? (ela sempre detestara a fazenda) Não sei porque ele pensa isso.

Betty: Talvez por causa de sua mãe. Ele diz que o quintal traz a você boas lembranças dela.

Anahi: Ah,sei (Anahi nunca tinha dito ao pai,mas a mãe nunca gostara da fazenda,nem da casa. Nunca. Simplesmente suportava porque amava o marido. O quintal era seu único prazer) Vou ver o que consigo.

Betty: Sabia que podia contar com você. Boa garota,essa Anahi,não é mesmo? (perguntou Betty a Alfonso)

Alfonso: Com certeza (respondeu ele,sarcástico)

Anahi: Mas onde papai iria morar?

Betty: Acho que em Moss Vale. Ele não ia querer sair da região e ficar longe dos amigos.

Anahi: Amigos? Meu pai não tem amigos,só você.

Betty: Você ficaria surpresa mocinha, se visse seu pai no clube de boliche ultimamente.

Anahi: Meu pai? Num clube? Não acredito!

Betty: Não gostava,agora gosta. Fiquei cansada de vê-lo sozinho,depois que você foi embora no Natal, e decidi arrastá-lo para o clube. Ele gostou tanto que virou sócio. fez muitas amizades,fez muito bem para ele. È pena ter acontecido isso com o tornozelo,logo agora. Eu ia levá-lo a um barbeiro decente e depois a uma loja para que ele comprasse roupas novas. Vamos ter de esperar.

        Anahi teve de rir. Betty adorava transformar patinhos feios em graciosos cisnes. Ela fizera maravilhas com uma adolescente gordinha tempos atrás,mas transformar um caipira turrão num bom partido seria um milagre. Moderno,ele nunca seria. Era estranho ele concordar em ir ao clube a fazer novas amizades. As voltas que o mundo dá...

Betty: Bom,a conversa está muito boa mas acho que um lanchinho cairia bem depois de uma viagem dessas. Acabei de tirar do forno uns muffins de amora.

Alfonso: Fantástico! (exclamou ele,esfregando as mãos) Estou morrendo de fome.

Anahi: Não precisava se preocupar,Betty (observou ela)

Betty: Tinha de fazer alguma coisa para ficar acordada. Por um acaso,Alfonso,você sabe jogar cartas?

Alfonso: Se eu sei jogar cartas? Sou o campeão de cartas da vizinhança! Mas sou mais conhecido pelo número de muffins que consigo devorar de uma vez. Por isso,Betty,me leve para  cozinha. Mas amanhã,se prepara. Eu sou implacável no jogo.

         Anahi achava que ele era implacável em outros assuntos também. Era um campeão nato,o que poderia explicar o motivo da perseguição dele até Sidney.

Alfonso: Vamos Anahi? (disse ele,pegando seu braço,Betty já estava distante)

Anahi: Preciso pegar minha bolsa

Alfonso: Deixe que eu levo.

Anahi: Não,obrigada! Deixar você carregar minhas bolsas foi o que me causou problemas.

Alfonso: Você acha que eu sou um problema?

Anahi: Eu sei que você é um problema! Aliás eu tenho certeza que você é um problema. (séria)

Alfonso: E o que você acha que é para mim?

Anahi: Um desafio.

Alfonso: Nunca pensei nisso,mas acho que tem razão. Gosto de desafios.

Anahi: Se não for isso,sou um estímulo diferente para seu cansado paladar sexual.

Alfonso: Um estímulo diferente?

Anahi: Isso mesmo. Você acredita que pode me ensinar umas brincadeirinhas novas.

Alfonso: E será que eu consigo?

Anahi: Sem dúvida.

Alfonso: Mas você vai deixar?

Anahi: Não,se eu puder evitar.

Alfonso: Porque não?

Anahi: Porque não quero me magoar.

Betty: Como é,vocês dois aí,não vão entrar? (Betty chamou,segurando a porta aberta)

Alfonso: Estamos indo (respondeu ele) Não vou magoar você. Prometo! Não vou fazer nada que você não queira.

      Ela riu. Era esse justamente o problema. Não existia nada que ela não queria que ele fizesse.