Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy
Não pessoal? Talvez por isso, Dulce detestasse tanto a ideia. Porque não era pessoal. E ela sonhara... oh, como sonhara... que, o fato de ser mulher, e de estar tão longe da linha da coroa, garantiria que nunca seria submetida às restrições do primeiro ou segundo filho homem. Observara seus irmãos com tutores, vendo quão pouca liberdade eles possuíam. E observara sua irmã, que recebera liberdade em excesso, enquanto toda a atenção estava nos filhos homens e seus futuros. Dulce havia sido tola o bastante para pensar que escaparia da loucura da realeza e levaria uma vida quase normal. Até mesmo tivera a esperança de que se casaria por amor.
Christopher observou-a sentada ali, tentando absorver a enormidade da situação que ela confrontava. Mas isso não era o fim do mundo. Seria ele no trono, uma posição para a qual nunca tinha sido preparado, enquanto Dulce passaria de princesa para rainha, um emprego para o qual fora treinada durante a vida inteira. O que era tão difícil sobre aquilo?
Eles poderiam ter um casamento decente, se ambos quisessem. Dulce era uma linda princesa, com um corpo delgado e pele sedosa. Não seria sacrifício algum dormir com ela para tentar os herdeiros que Al-Jirad queria. E ela possuía um fogo queimando sob o exterior frio, um fogo sobre o qual ele estava curioso para explorar.
Por que não podia dar certo, pelo menos na cama? E, se não desse, sempre havia meios de contornar tais situações. Um herdeiro e um filho excedente, e ambos teriam cumprido seu dever; poderiam procurar opções diferentes. Portanto, um casamento entre os dois não seria uma sentença de morte.
Dulce meneou a cabeça, levantando-se e alisando a calça.
— Então, casar-me com você será meu destino, decidido por algum pedaço de papel que tem centenas de anos?
— O pacto estabelece o que deve acontecer no evento de uma situação como essa.
— E é claro que todos devem fazer o que diz o pacto.
— O pacto é a pedra de fundação da constituição de nossos países... sabe disso. Você é tão contra cumprir o seu dever, como uma princesa de um destes dois países?
— Sim! É claro que sou, se isso significa que meu destino é me casar com você ou Mustafa!
— Então, talvez seja bom que você não tenha escolha na questão.
— Eu me recuso a acreditar nisso. E se eu me recusar ao casamento com qualquer um de vocês? E se eu tiver outros planos para minha vida, que não incluem estar casada com um déspota que acha que pode reivindicar uma mulher apenas por causa de um acidente de nascimento dela?
— Esse acidente de nascimento, como você coloca, lhe dá muita riqueza e muitos privilégios, princesa. Mas também vem com responsabilidades. Sua irmã escolheu ignorá-las. Sendo o único outro membro da família real de Jemeya que pode satisfazer os termos do pacto, você não tem essa opção.
— Você não pode me obrigar ao casamento. Eu ainda posso dizer não, e digo não.
— Como falei, esta não é uma opção disponível para você.
Ela gritou, um som amargo e exasperado, as mãos cerradas em punhos em suas laterais. Christopher bocejou e consultou seu relógio. A qualquer momento agora, esperava que ela batesse os pés, talvez até mesmo se jogasse no chão e socasse o piso de mármore como uma criança mimada. Não que isso adiantaria alguma coisa.
— Ouça— começou Dulce, o brilho nos olhos lhe dizendo que ela pensara em outro plano de ataque. Ela abriu as mãos e respirou fundo. Até mesmo sorriu.
— Isso é tudo tão desnecessário. O pacto tem séculos de idade, e nós progredimos tanto desde então. Deve haver algum mal-entendido.
— Você acha?
— Eu sei.— Ela ergueu as mãos, como se estivesse pregando. Talvez achasse que estava, porque subitamente parecia animada com seu novo argumento, os olhos brilhantes, as feições vivas. Christopher mais uma vez ficou impressionado pela beleza da princesa, pelas feições delicadas, a boca carnuda. Seu baixo ventre enrijeceu.
— Meu pai me ama. Ele nunca me obrigaria a me casar com um homem que eu não amo. Por nenhum motivo.
Christopher arqueou uma sobrancelha.
— Nem mesmo pela continuidade da aliança entre nossos dois países?
— Então, talvez seja hora de elaborarmos um novo acordo. Os tempos mudaram. O mundo progrediu. Nós poderíamos liderar nossos países para um novo futuro, com uma aliança nova e melhor, algo mais aplicável à era moderna, que cobrisse comunicação, Internet e o mundo de hoje, em vez de um mundo que não existe mais.
Ele cruzou os braços, assentiu, reprimindo um sorriso enquanto fingia pensar seriamente sobre aquilo.
— Um novo acordo? Posso ver como isso seria atraente.
Ela não notou, ou escolheu ignorar o sarcasmo nas palavras dele.
- Além disso, há meu trabalho em Jemeya. Meu pai não esperaria que eu abandonasse meus deveres lá.
— Ah, sim, seu trabalho. E claro, alguém como você consideraria trabalho sentar-se com um bando de crianças sem teto e ler contos de fadas para elas. Um trabalho muito valioso, sem dúvida. Algo que lhe dá boas oportunidades de ser fotografada, ouso dizer.
O sorriso desapareceu do rosto da princesa.
— Eu ensino nosso idioma às crianças! Eu as ensino a ler e escrever!
— E mais ninguém em Jemeya pode fazer isso? Encare os fatos, princesa. Você é tão necessária para Jemeya quanto uma verruga é para um dedo.
— Como ousa?
— Eu ouso, porque alguém tem de lhe dizer. Jemeya não precisa de você, e quanto antes encarar os fatos, melhor. Você tem dois irmãos mais velhos, um deles herdará o trono, o outro é um substituto, caso ocorra algo com o primeiro. Então, você é uma princesa desnecessária. Pode ser útil ao seu país, casando-se comigo.
Os olhos de Dulce agora brilhavam com raiva gelada.
— Eu lhe disse... não me casarei com você, e meu pai não irá me obrigar. Por que alguém em seu juízo perfeito iria querer desposá-lo? Você me deixou acreditar que eu tinha sido resgatada por um homem louco, quando, o tempo inteiro, estava planejando outro tipo de sequestro. Talvez seja hora de você encarar os fatos... é um homem arrogante e intimidador, e está tão ansioso para ser o próximo rei de Al-Jirad que nada o deteria para obter o trono. Eu não me casarei com você agora, e não faria isso nem se você fosse o último homem da face da Terra!
Sangue pulsou nas têmporas de Christopher, enquanto fúria o envolvia. O que tinha feito de tão errado em vidas passadas para merecer esta princesa egoísta como esposa? Que deuses insultara algum dia, para que eles pusessem esta pequena bruxa em seu caminho? Pois se tivesse escolha agora, se não soubesse que Mustafa obteria a coroa, ele a levaria de volta para aquele acampamento no deserto e a deixaria lá.
— Você realmente acredita que eu quero ser rei? Acha que quero me casar com alguém que não sabe que está recebendo a melhor parte de um acordo? Acha mesmo que quero me casar com uma bruxa mimada e egoísta?
— Cretino!— Ele ouviu o estalo, sentiu o ardor do tapa em seu rosto, e sangue ferveu em suas veias.
Christopher capturou-lhe o pulso, puxando-a para si.
— Você pagará por isso!— Ela tentou desvencilhar o braço, e quando ele não a soltou, Dulce socou-lhe o peito com a mão livre.
— Solte-me.
— De jeito nenhum.
Ele agarrou-lhe o outro pulso, e ela gritou e lutou tanto para se libertar que seus cabelos se soltaram da fivela e cascatearam desalinhados.
— Solte-me!
— Por quê?— perguntou Christopher entre dentes.— Para que você possa me bater de novo?
Mas de alguma maneira, ela conseguiu liberar um dos braços, e ergueu-o para esbofeteá-lo novamente.
Ele segurou-lhe o pulso a tempo, dessa vez, e puxou-a para mais perto, prendendo-lhe o braço sob o seu, e trazendo-lhe o rosto para centímetros de sua boca. Dulce estava ofegando, os olhos fuzilando, os lábios entreabertos, mostrando dentes perfeitos e brancos, cuja mordida ele ainda podia sentir em sua mão.
Ele olhou para a boca carnuda e imaginou que gosto teria. Então desviou o olhar e percebeu que ela o estava observando encará-la, as pupilas tão dilatadas que tornavam os olhos quase pretos.
— Eu odeio você!— exclamou ela, contorcendo o corpo contra o dele, fricção se transformando em calor, calor se transformando em desejo.
— Eu sei— replicou Christopher, ofegando tanto quanto ela.— Eu também a odeio— murmurou, antes de cobrir-lhe a boca com a sua.
E, embora Dulce tivesse enrijecido em choque, ele sentiu o ardor dela no beijo, e lá, no meio do gosto de mel, canela e pimenta, provou a promessa de uma mulher sob a princesa.
E quis mais.
Autor(a): bahzzinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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jacquevondy Postado em 12/03/2014 - 17:08:13
Aii nao to triste pq acabou assim?? Rola segunda temporada?? Eu ainda tinha esperança de ler sobre os babys vondy kkk!! Mais a fic foi perfeita amoree parabéns!! Espero mais fic's sua viu rsrs!! Até mais...
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crisslucas Postado em 23/02/2014 - 16:45:06
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!! estamos contigo nas próximas.... esperando...
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bahzzinha Postado em 20/02/2014 - 22:16:26
Não deixem de ler o último capítulo da nossa linda web amanhã. Venham se emocionar e acompanhar a estreia da próxima web adaptada. Bjussss
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crisslucas Postado em 19/02/2014 - 21:29:18
ain que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! os bbs são lindos!!!!! românticos.... esperando com ansiedade o fim dessa web e quem sabe o começo de outra....
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bahzzinha Postado em 19/02/2014 - 20:50:54
Não percam o fim da web amanhã. Bjusss
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crisslucas Postado em 18/02/2014 - 11:22:41
ain amix tem gente lendo sim...a tua web é muito boa....só que as pessoas naum gostas de coments.... nem eu gosto, mas faço às vezes o impossível.... esperando....
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bahzzinha Postado em 17/02/2014 - 22:18:06
Criss não postei pq não tinha comentários. :) Então achei q ninguém tava interessado.
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crisslucas Postado em 17/02/2014 - 09:02:12
bom é reviravolta da web....aguardando mais posts.....por favor naum demore tanto na próxima....rsrsr
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bahzzinha Postado em 13/02/2014 - 13:00:10
Ninguém quer ler mais é isso? Se tiver comentários hj a noite tem post.
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bahzzinha Postado em 09/02/2014 - 19:43:50
Adoro quando vcs comentam kkkkkkk. E foi bem rude msm. Daqui a pouco tem mais. bju