Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy

As flores caíram de sua mão quando ela se virou e se deparou com o vizir fazendo uma reverência respeitosa.

— Uma das criadas a viu andando. Está procurando por alguma coisa em particular, princesa?— Ele olhou na direção da piscina, e Dulce seguiu-lhe o olhar, para onde os quatro homens estavam agora reunidos na extremidade mais próxima, rindo, os quatro bronzeados e musculosos, com feições fortes, cada um deles impressionante de sua própria maneira. Mais uma vez, ela imaginou se eram os mesmos homens que a tinham ajudado a fugir de Mustafa na noite anterior. Seu olhar retornou para o enigma que era Christopher. Havia alguma coisa sobre ele que fazia seu coração disparar.— Você está a um longo caminho de sua suíte.

Dulce voltou sua atenção para o vizir.

— Eu fui encantada pelo jardim— disse ela, envergonhada por ter sido pega espiando os homens na piscina.

— Não sabia para onde o caminho me levaria. Eu estava prestes a voltar.

Ele assentiu.

— Maite levou sua refeição. Talvez você permita que eu a acompanhe até sua suíte?— murmurou ele, e ela sabia que não era uma pergunta. Também sabia que não ia recusar.

— É claro— replicou Dulce, querendo estar o mais longe possível do mistério que era Christopher... do bárbaro risinho de pele dourada, do homem que seria seu marido amanhã.

— Princesa!

Tarde demais.

O som do seu nome sendo chamado lhe causou uma onda de culpa por ter sido descoberta, não somente pelo vizir, mas agora pelo próprio Christopher.

Imaginou quanta mais humilhação era possível sofrer num único dia, pois no momento o suprimento parecia infinito. E desta vez, ela não podia culpar ninguém, exceto sua própria curiosidade.

Ele ficaria zangado por que ela o espionara? Ou riria e zombaria dela, como tinha feito antes, usando aquele sorriso inconfundivelmente irônico?

Qualquer que fosse o caso, Dulce o detestava ainda mais por isso. E detestava a si mesma por não ter ido embora no instante que percebera que ele estava lá. Detestava que ele a fazia se sentir tão desequilibrada e insegura. Detestava que Christopher afetava tanto seu julgamento.

Respirou fundo e virou-se, preparando-se para o confronto.

Mas nada poderia tê-la preparado para o impacto daquele corpo quase nu se aproximando. Sua boca secou, seu coração bombeou freneticamente, e Dulce não sabia para onde olhar. Ele era tão grande, pingos de água brilhando na pele dourada, pelos pretos descendo numa trilha ao longo do torso poderoso.

Ela não ousou olhar mais para baixo. Em vez disso, focou na toalha branca que ele pegara, e que agora usava para enxugar o rosto, enquanto pingos de água continuavam a escorrer dos cabelos pretos. Mas a brancura da toalha só serviu para realçar o rico tom da pele cor de oliva, e teria sido muito mais útil para Dulce se ele a enrolasse em volta da cintura.

— Você deveria ter trazido seu maiô, se queria nadar— disse ele, dispensando o vizir com um gesto breve, antes de olhar para a blusa fina dela, os braços desnudos.

Dulce percebeu que ele não estava zangado, mas rindo dela novamente. Naquele momento, ela teria preferido a raiva.

— A menos, é claro, que você prefira nadar au naturel?

— Não! — A exclamação em tom puritano escapou antes que ela pudesse detê-la, assim como não podia mais impedir o rubor em suas faces. O pensamento de estar ainda mais exposta ao escrutínio de Christopher do que já estava fez sua pele se arrepiar. Mas o pensamento de estar nua na mesma piscina que ele lhe despertou uma reação inteiramente nova e potente. Podia imaginar a sensação da água fria contra seus mamilos rijos, entre suas coxas quentes...