Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy
Além disso, ele era seu pai, e ela o amava, então Dulce fez o possível para descongelar o rosto e sorrir-lhe de volta, incerta se tinha conseguido.
O outro homem era bem mais alto, e ela quase tropeçou ao ver a evidência de suas unhas ainda no rosto dele. Então, encontrou-lhe os olhos e uma onda de calor a percorreu diante do que viu ali.
Oh, ainda havia ressentimento, assim como satisfação por ter conseguido o que necessitava para se tornar rei. Mas foi o ardor selvagem que Dulce viu brilhando naqueles olhos que esquentou sua pele. Um desejo selvagem.
Por ela.
Seu olhar baixou para o chão enquanto ela dava os passos finais. Não conseguia respirar. Mal podia pensar. Teve vaga ciência quando a música parou, exceto pela bateria, apenas para perceber que era seu próprio coração que estava ouvindo. E então alguém... o vizir... murmurou alguma coisa, pegou sua mão direita pintada de henna e posicionou-a na palma de seu pai. Após breves palavras, seu pulso foi erguido e passado para Christopher, e, simplesmente assim, ela estava casada.
Houve o estrondo de um rojão do lado de fora, enquanto música recomeçava do lado de dentro, num ritmo mais rápido e mais alegre agora, sinalizando o fim das formalidades e o começo das celebrações.
Ela estava casada.
Eles foram conduzidos aos seus assentos. Dulce andava como se estivesse entorpecida, e, durante o tempo todo, Christopher segurava sua mão, os dedos quentes entrelaçados nos seus, quase como se temesse que ela fugisse se ele a soltasse. Homem tolo. Devia saber que Dulce não tinha para onde fugir agora.
Não havia escapatória.
Estava casada.
Mas não o olharia, temendo testemunhar, mais uma vez, aquele olhar ardente, e sentir a reação potente em seu próprio corpo.
O polegar de Christopher acariciou-lhe a mão, e ela fechou os olhos, tentando parar o calor que o toque enviou ao longo de seu braço. Por que ele fazia aquilo?
Dulce não queria se sentir assim. Detestava-o. Todavia, sua pele formigava e queimava, seus seios estavam pesados, e havia uma dor estranha entre suas coxas...
Isso não era justo. E enquanto ela lutava com as reações de seu corpo traidor, mal tinha ciência, staff vindo de todas as direções, preenchendo copos, e trazendo travessas, até que a mesa estivesse repleta de comidas que deviam ter cheiro e gosto deliciosos. Mas Dulce não sentia cheiro de nada, não tinha vontade de experimentar nada.
— Talvez você deva sorrir.— Christopher inclinou-se para mais perto.
Através dos sentidos entorpecidos, ela ouviu a censura na voz dele, e isso a tirou de seu estupor. Era Christopher ao seu lado, o sheik bárbaro. Se Dulce testemunhara desejo nos olhos dele, era o desejo de possuí-la para obter a coroa de Al-Jirad. Era isso que vira naqueles olhos gananciosos. Nada mais.
Tirou a mão da dele, e usou-a para pegar sua água.
— Talvez eu não veja motivo para sorrir.
— Este é o dia de nosso casamento.
Ela o fitou então, permitindo que seus olhos transmitissem o ressentimento e raiva que sentia por ser forçada àquela posição.
— Precisamente!— replicou Dulce.— Então não há motivo para sorrir.
Um músculo saltou no maxilar de Christopher. Os olhos escuros se tomaram gelados, e ela soube, naquele momento, que ele a odiava, e ficou satisfeita por isso. Não haveria mais carícias em sua mão, se ela pudesse evitar.
Dulce deu um gole de sua água, celebrando sua boa sorte, mas seu sucesso e a fúria de Christopher foram de curta duração, as feições dele se suavizando quando ele pegou um pêssego maduro da bandeja de frutas.
— Oh, eu não sei— murmurou ele, deslizando os dedos sobre a casca aveludada do pêssego, quase como se estivesse acariciando a fruta, levando-a ao nariz e inalando o aroma doce.— Sempre há a expectativa da noite de núpcias para colocar um sorriso no rosto dos noivos, não acha?
E Christopher mordeu o pêssego, suco escorrendo pelo queixo, os olhos fixos nela. Desafiando. Zombando.
— Você é repulsivo!— declarou ela, levantando-se para sair dali, incapaz de continuar ao lado dele por mais um momento.
Ele segurou-lhe o pulso, sorrindo.
— E você é minha princesa. Não se esqueça disso.
— Que esperança há de que eu esqueça?
— Nenhuma, se depender de mim. Agora, sente-se e sorria. Você está atraindo atenção.
Dulce olhou ao redor e viu cabeças viradas na sua direção, os rostos curiosos ou intrigados, exceto pelos três homens que estavam sentados a uma mesa próxima, e pareciam estar quase apreciando o show, os mesmos homens que haviam estado na piscina com Christopher na noite anterior.
— Quem são aqueles homens?— perguntou ela, sentando-se para desviar a atenção das pessoas deles. Funcionou. Logo, todos voltaram para a festa e para as conversas.
— Que homens?
— Os três com quem você estava ontem à noite. Aqueles sentados ali, parecendo falcões que capturaram a lebre.
Christopher sabia a quem ela se referia, antes de seguir-lhe o olhar para ver seus amigos conversando, abertamente divertidos pelos eventos.
— Eles são meus amigos.
— Eram eles que estavam com você na noite que foi ao acampamento de Mustafa?
Ele a olhou, divertido pela escolha de palavras de Dulce.
— Quer dizer, na noite que nós a resgatamos?— O olhar raivoso que ele recebeu foi merecido.— Sim, eram eles. À esquerda, é Bahir, no centro, Rashid, e o que está à direita é Kadar.
Dulce estreitou os olhos.
— Kadar é o que tem as cicatrizes nas costas?
— Sim, é ele.
Christopher esperou que ela pedisse por detalhes, como a maioria das mulheres fazia, mas Dulce apenas assentiu, surpreendendo-o ao perguntar:
— E você é o único casado?
— A partir de hoje.
— Por quê?
— Como assim, por quê?
Ela deu um gole da água, antes de responder:
— Oh, não sei. Eu vejo três homens que estão claramente na idade de se casar, e todos parecem muito decentes sem roupas. Seus amigos estão todos em forma...
Ela parou, deixando-o lidar com o desconfortável conhecimento de que ela admirara a aparência de seus amigos sem roupa. Ele não gostou disso. Não queria Dulce olhando para eles.
— E, é claro— continuou ela - todos vocês parecem muito amigáveis.
— O que isso significa?— perguntou ele, já suspeitando para onde aquilo estava indo.
Pela primeira vez, ela escolheu encará-lo diretamente. Arqueou uma sobrancelha, os olhos brilhando com inocência fingida.
— Naturalmente, eu estava imaginando se vocês não são gays, ou algo assim? Não que isso seja um problema. Mas isso explicaria porque nenhum de vocês tem esposas ou mulheres.
Christopher não podia acreditar no que estava ouvindo. Se estivesse em qualquer outro lugar, que não no meio de um salão lotado, onde eles eram o centro da atenção, teria levantado as saias douradas de Dulce e lhe mostrado, ali mesmo, o quanto estava longe de ser gay.
Mas não precisava apelar para tais meios, não considerando a breve história cheia de eventos dos dois. Ela não podia já ter esquecido.
— Pareço me recordar de certo incidente na biblioteca ontem. No qual você estava presente. Realmente tem motivo para imaginar se eu sou gay?
Ela deu de ombros e pegou uma uva de um cacho, o primeiro alimento que ele a vira pegar.
— Então talvez você goste dos dois sexos— disse ela, a expressão tão ousada quanto a língua.— Como posso saber? Afinal de contas, foi você quem falou que nunca queria uma esposa. E só se casou comigo para ganhar o trono de Al-Jirad. O que espera que eu pense disso?
Christopher gemeu, olhando para os convidados, que estavam comemorando alegremente, e imaginou se alguém notaria se ele a arrastasse para algum canto sombreado e acabasse com as dúvidas de Dulce sobre sua sexualidade de uma vez por todas. O pensamento o excitou, e não pela primeira vez hoje. No momento que ela entrara no salão de bailes, naquelas túnicas douradas, parecendo mais uma deusa do que qualquer mulher que ele já vira, Christopher desejara remover cada camada daquele traje e véus, até deixá-la nua diante de si.
— Deixe-me tranquilizá-la— disse ele, ciente dos três pares de olhos estudando-os intensamente, julgando a interação deles, em vez de assistirem às dançarinas, como todos os outros, sem dúvida, esperando por mais faíscas para entretê-los.— Você não precisa ter preocupações quanto a isso.
— E posso sugerir uma coisa?— acrescentou ele, vendo-a comer a segunda uva.
— O quê?
— Você deveria comer alguma coisa mais substancial. Considerando a minha virilidade, precisará de sua força esta noite.
A uva desceu pelo canal errado, as dançarinas acabaram seu número, e, graças aos aplausos, quase ninguém a ouviu tossir ou percebeu que ela estava engasgada.
Cretino!
Seu pai alcançou sua água, mas Dulce já estava de pé, uma das criadas se aproximando para ajudá-la com as túnicas.
— Aonde você vai?— Christopher exigiu saber, levantando-se ao seu lado.
— Ao banheiro. Se isso for permitido, Vossa Arrogância?
Desta vez, ele a liberou, e Dulce se retirou. Ela passou reto pelo banheiro, precisando andar ao longo dos corredores, até que finalmente parou diante de uma janela aberta, com vista para outro jardim. Respirou o ar fragrante, rezando por força. Precisava de espaço. Espaço daquele bárbaro com quem agora estava casada. Espaço do conhecimento de que esta noite, ele esperaria tomá-la sua esposa em cada sentido da palavra.
Autor(a): bahzzinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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jacquevondy Postado em 12/03/2014 - 17:08:13
Aii nao to triste pq acabou assim?? Rola segunda temporada?? Eu ainda tinha esperança de ler sobre os babys vondy kkk!! Mais a fic foi perfeita amoree parabéns!! Espero mais fic's sua viu rsrs!! Até mais...
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crisslucas Postado em 23/02/2014 - 16:45:06
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!! estamos contigo nas próximas.... esperando...
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bahzzinha Postado em 20/02/2014 - 22:16:26
Não deixem de ler o último capítulo da nossa linda web amanhã. Venham se emocionar e acompanhar a estreia da próxima web adaptada. Bjussss
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crisslucas Postado em 19/02/2014 - 21:29:18
ain que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! os bbs são lindos!!!!! românticos.... esperando com ansiedade o fim dessa web e quem sabe o começo de outra....
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bahzzinha Postado em 19/02/2014 - 20:50:54
Não percam o fim da web amanhã. Bjusss
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crisslucas Postado em 18/02/2014 - 11:22:41
ain amix tem gente lendo sim...a tua web é muito boa....só que as pessoas naum gostas de coments.... nem eu gosto, mas faço às vezes o impossível.... esperando....
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bahzzinha Postado em 17/02/2014 - 22:18:06
Criss não postei pq não tinha comentários. :) Então achei q ninguém tava interessado.
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crisslucas Postado em 17/02/2014 - 09:02:12
bom é reviravolta da web....aguardando mais posts.....por favor naum demore tanto na próxima....rsrsr
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bahzzinha Postado em 13/02/2014 - 13:00:10
Ninguém quer ler mais é isso? Se tiver comentários hj a noite tem post.
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bahzzinha Postado em 09/02/2014 - 19:43:50
Adoro quando vcs comentam kkkkkkk. E foi bem rude msm. Daqui a pouco tem mais. bju