Fanfics Brasil - Capitulo 7 O Dever e a Paixão

Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 7

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A expressão de Christopher era feroz, os olhos selvagens. Ela se preparou para a explosão, sabendo que estava procurando por um desastre, entretanto, experimentando uma deliciosa euforia por tê-lo tirado de equilíbrio. Mas a explosão que esperava não aconteceu. Christopher, de alguma maneira, conseguiu se controlar, apesar da raiva emanando dele em ondas.


— Isso é algum tipo de brincadeira?


— Eu nunca brincaria com uma coisa dessas— respondeu ela com firmeza.— Falo mortalmente sério.


— Mas você é minha esposa!— protestou ele, rígido de fúria.— Deixe-me lembrá-la do fato, caso a cerimônia de hoje tenha fugido de sua mente.


Desta vez, Dulce teve de rir.


— Realmente acha que eu poderia esquecer, quando fui entregue a você como pouco mais que uma peça de móvel?


— Oh— murmurou ele, andando pelo tapete persa que cobria metade do quarto, antes de parar e roçar o queixo com o polegar, como se estivesse contemplando alguma questão complexa.— Entendo seu problema. Acha que devia ter sido tudo sobre você, a pobre princesa forçada a cumprir seu dever, uma vez na vida? Acha que deveríamos nos ajoelhar e agradecê-la por ter se sacrificado no altar do martírio? Por ter concordado, tão generosamente, a cumprir seu dever?


Ela fechou os olhos e respirou fundo, usando os insultos para dar combustível à sua resolução. Se tinha um problema, este estava parado bem à sua frente.


— Não, eu não acho isso. Embora não seja nada agradável me encontrar como uma peça de jogo... um logo, parece, onde me descubro perdedora desde o começo... realmente não acho que sou eu quem tem um problema aqui.


— Você precisava de uma esposa... uma princesa, não menos... para se tornar rei, e hoje tem uma. Então já pode ser coroado rei de Al-Jirad. Tem as minhas mais sinceras congratulações.— Ela olhou em direção à porta— E agora, se você não se importa em sair, sheik Christopher, eu terminarei minha correspondência.


Ele permaneceu no lugar, balançando a cabeça.


— Você está se enganando se pensa assim, princesa. Acha que isso acaba aqui? Sabe que Al-Jirad precisa de um herdeiro. Dois herdeiros, no mínimo, antes que seu dever possa ser considerado cumprido.


Dulce ergueu mais o queixo.


— Eu reconheço que meus serviços são requeridos como algum tipo de égua parideira. Apesar de desgostar da idéia, eu a aceito.


Os olhos dele brilharam na luz.


— Então, por que está aqui, e não em minha suíte?


— Simples— replicou ela, recusando-se a se acovardar.— Eu não conheço você. Não dormirei com um homem que não conheço, mesmo que ele acredite que tem algum direito legal sobre meus serviços de parideira.


Christopher se aproximou então, carregando seu cheiro másculo e fazendo-a experimentar uma onda de calor. Dulce teve de se controlar para não sair correndo dali, e apenas em parte, por medo da raiva dele. A outra parte era por medo que seu corpo a traísse mais uma vez e reagisse à masculinidade potente.


Engoliu em seco. Mas ele certamente não tentaria nada ali, em sua suíte? Certamente não seria tão rude de ir lá para tomar o que ela lhe negara em outro lugar?


— Você não me conhece, princesa?— Ele deslizou um dedo pelo rosto dela, fazendo a pele de Dulce se arrepiar.— Nem um pouco?


— Não— respondeu ela, detestando quando ele desceu a mão para a curva de seu pescoço.— Eu não sei praticamente nada a seu respeito. E para ser honesta, não gosto do pouco que vi.


— Estranho— murmurou Christopher.— Eu tinha tanta certeza que havia uma conexão entre nós.— Ele angulou a cabeça.— Você não sentiu tal conexão, quando nós nos beijamos?


— Não senti nada além de repulsa!


— Então eu estou enganado. Talvez eu estivesse com sua irmã gêmea sensual em meus braços, na biblioteca; Aquela mulher era ardente e disposta, e possuía um fogo interior que eu desejei extinguir.


Dulce virou-se, desconcertada por aquelas palavras. Envergonhada, porque elas estavam muito perto da verdade.


— Você está muito enganado!


— É você quem está enganada, princesa, pensando que tem escolha sobre isso, escondendo-se num quarto como algum tipo de virgem à procura de santuário, quando já deveria estar deitada sobre as costas, trabalhando para providenciar os herdeiros que Al-Jirad requer.


O sangue de Dulce ferveu de raiva.


— Você faz isso parecer tão tentador, sheik Christopher. Pinta uma imagem na qual qualquer mulher seria louca em não querer um papel de estreia... deitada sobre as costas, pronta para servir o sheik bárbaro!


Ela virou-se, incapaz de continuar olhando-o por mais um momento, incapaz de banir as imagens indesejadas se formando em sua mente... e a onda de calor que as acompanhava... precisando de ar e de espaço, e sendo que sabia que não encontraria naquele casamento, onde estava presa a ele para sempre.


Uma mão se fechou em seu ombro e virou-a.


— Do que você me chamou?


Dulce olhou para a mão em seu braço, depois para ele.


— Apenas do que você é. Um bárbaro.


Ele sorriu então, como um animal selvagem mostrando os dentes antes de atacar sua presa, os olhos antecipando cada movimento dela.


— Pareço me recordar de você me chamando de bárbaro uma vez antes, princesa— murmurou ele, puxando-a para mais perto, alisando-lhe a extensão do braço lentamente.— Talvez você esteja certa. Talvez eu seja apenas um bárbaro... o bárbaro pessoal da princesa? A ideia a excita? Esquenta seu sangue, como aconteceu ontem na biblioteca?— Ele olhou por sobre o ombro dela, para a cama enorme e convidativa do outro lado do quarto, e quando a fitou novamente, seus olhos brilhavam com propósito.— É por isso que você ficou aqui no seu quarto?— perguntou, tocando o colarinho do penhoar branco, e provavelmente imaginando como seria fácil descartá-lo.— Por isso, removeu seu traje de noiva, de modo que quando eu chegasse e ficasse zangado, como você sabia que aconteceria, não seria desafio rasgar sua camisola e seu penhoar e desnudá-la diante de meu olhar?


— Você se ilude— sussurrou ela, a respiração se tornando ofegante. Sentia-se tão confusa... odiava-o, e ele estava sendo um monstro, entretanto, excitação a percorria, o toque de Christopher acordando um desejo enterrado em seu interior.


— Será?— Ele tocou o polegar em seus lábios entreabertos, e Dulce tremeu e o viu sorrir em resposta.


— Pois, considerando que sou um bárbaro, eu poderia tomá-la agora e poupar o trabalho de carregá-la até minha suíte.


O sorriso predador se ampliou. Ele se aproximou mais, soltou-lhe o braço e usou ambas as mãos para lhe segurar a nuca, sob o peso dos grossos cabelos ruivos.


— Você gostaria disso, princesa?


Ela engoliu em seco, tendo de pôr as mãos contra o peito largo para se impedir de tombar contra ele.


— Você não ousaria.— Mas ela não apostaria nisso.


— E talvez fosse melhor dessa forma.— Christopher ergueu-lhe o queixo.— Pois alguns dizem que familiaridade cria desprezo. Talvez devêssemos consumar este casamento agora, antes que você decida que me odeia.


O rosto de Christopher se aproximou, e ela lembrou-se de todas as razões pela qual isso não deveria acontecer, lembrou-se da promessa que fizera para si mesma.


— Eu já odeio você.


Os olhos escuros pareceram fuzilar, então se tornaram inexpressivos.


— Neste caso, doce princesa, de que adianta esperar? Vamos acabar com isso agora.


— Não!— Dulce empurrou-lhe o peito com toda sua força, desvencilhando-se, quase tropeçando em sua pressa de se afastar.— Saia daqui! Eu não quero isso! Não quero você!


— Você está enganando a si mesma, princesa. Mais uma vez, seu corpo a trai. Por que não terminamos o que começamos?


— Eu lhe direi por que— replicou ela.— Porque se você não for embora agora, nunca encontrará meu respeito, amor, e nem mesmo civilidade, porque eu o odiarei tanto quanto é fisicamente possível odiar alguém, se você tomar o que não é dado livremente!


Havia faíscas de raiva brilhando nos olhos dela, e as faces estavam rubras, e naquele momento, Christopher ardia de desejo... ardia pela mulher que era agora sua esposa, todavia não completamente. Seu sangue pulsava em seu membro viril, e ele precisou de todo autocontrole que possuía para não jogá-la no chão e tomá-la agora.


— Então, eu lhe dou um aviso, princesa. Não demore muito para decidir dar o que deve dar. Do contrário, pelo bem de Al-Jirad, eu arriscarei seu ódio, com satisfação!


Ele a deixou então, saindo com passos longos e determinados, fúria o envolvendo como uma coisa viva. Deveria tê-la acompanhado para sua suíte, realizado o ato de amor necessário, antes de retornar aos seus estudos. Em vez disso, perdera-se nas infinitas páginas, e dera a Dulce tempo demais, parecia. Tempo para pensar e planejar uma maneira de escapar de seu dever.


Mas aquilo não duraria.


Em três dias, ele seria coroado rei de Al-Jirad, e, gostasse ou não, até lá a princesa precisaria ser sua esposa em todos os sentidos da palavra. Christopher sabia disso, porque estudara o pacto em detalhes.


Ele voltou para a biblioteca, para os livros e o estudo. Não fazia sentido perder tempo pensando sobre uma princesa mimada e sua patética declaração: “Eu não dormirei com alguém que não conheço”.


Ela o conheceria breve o bastante.


A resistência de Dulce não duraria.


Ele não permitiria isso.



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Autor(a): bahzzinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • jacquevondy Postado em 12/03/2014 - 17:08:13

    Aii nao to triste pq acabou assim?? Rola segunda temporada?? Eu ainda tinha esperança de ler sobre os babys vondy kkk!! Mais a fic foi perfeita amoree parabéns!! Espero mais fic's sua viu rsrs!! Até mais...

  • crisslucas Postado em 23/02/2014 - 16:45:06

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!! estamos contigo nas próximas.... esperando...

  • bahzzinha Postado em 20/02/2014 - 22:16:26

    Não deixem de ler o último capítulo da nossa linda web amanhã. Venham se emocionar e acompanhar a estreia da próxima web adaptada. Bjussss

  • crisslucas Postado em 19/02/2014 - 21:29:18

    ain que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! os bbs são lindos!!!!! românticos.... esperando com ansiedade o fim dessa web e quem sabe o começo de outra....

  • bahzzinha Postado em 19/02/2014 - 20:50:54

    Não percam o fim da web amanhã. Bjusss

  • crisslucas Postado em 18/02/2014 - 11:22:41

    ain amix tem gente lendo sim...a tua web é muito boa....só que as pessoas naum gostas de coments.... nem eu gosto, mas faço às vezes o impossível.... esperando....

  • bahzzinha Postado em 17/02/2014 - 22:18:06

    Criss não postei pq não tinha comentários. :) Então achei q ninguém tava interessado.

  • crisslucas Postado em 17/02/2014 - 09:02:12

    bom é reviravolta da web....aguardando mais posts.....por favor naum demore tanto na próxima....rsrsr

  • bahzzinha Postado em 13/02/2014 - 13:00:10

    Ninguém quer ler mais é isso? Se tiver comentários hj a noite tem post.

  • bahzzinha Postado em 09/02/2014 - 19:43:50

    Adoro quando vcs comentam kkkkkkk. E foi bem rude msm. Daqui a pouco tem mais. bju


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