Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy

Dulce engoliu em seco, perguntando-se onde o outro Christopher estava escondido, aquele que era dominador e prepotente, e que exigia que ela cumprisse seu dever, se não por livre e espontânea vontade, pelo bem dos países deles.

Entretanto, ela não queria que o outro Christopher aparecesse, porque este ao seu lado a fazia se sentir tão bem... não apenas porque acordava todos os seus sentidos, mas porque falava de suas necessidades e desejos, e tocava-a em lugares secretos, cuja existência Dulce nunca conhecera.

— Você tem um irmão gêmeo do mal?— perguntou Dulce num impulso, lembrando-se de outra conversa em que ele implicara o mesmo sobre ela, porque precisava de alguma coisa para suavizar o tom da conversa e dispersar a intensidade que sentia se construindo em seu interior.

Christopher sorriu.

— Não que eu saiba.

Ela também sorriu e fitou-lhe os olhos escuros, imaginando se seria algum tipo de pecado se quisesse apreciar este outro Christopher apenas um pouco mais.

— Não estou totalmente convencida. Porque este gêmeo eu não me importaria de conhecer melhor. Isto é, se eu achasse que ele fosse permanecer por um tempo.

Os olhos de Christopher pareceram quase torturados.

— Não tenho certeza se isso é possível— replicou ele, olhando para sua boca.— Porque neste momento, eu quero beijar você. E não sei se deveria. Não estou certo com qual dos gêmeos você acabaria.

— Talvez— murmurou ela, ofegante, observando a boca dele se aproximar -, só haja um jeito de descobrir. Talvez devêssemos arriscar.

Os olhos escuros se tornaram ardentes.

— Acho que você tem razão.

Ele abaixou a cabeça, segurou-lhe o pescoço e puxou-a para mais perto, pausando a meros centímetros de distância, as respirações deles se misturando como um prelúdio para a dança iminente.

Então ele cobriu-lhe os lábios com os seus. E o primeiro toque o fez lembrar... o gosto de mel, canela e pimenta. Mas havia tantas outras coisas.

Pois esta noite, Dulce tinha gosto de luar e promessas, de noites amenas no deserto e segredos sussurrados. Gosto de mulher.

Ele gemeu contra sua boca, envolveu-a no círculo de seus braços. Ela aceitou o convite de bom grado, até que os seios pressionassem o peito de Christopher, o corpo delgado moldado ao seu, enquanto ele explorava-lhe a boca sensual. E quando sentiu as mãos delicadas em suas costas, as unhas roçando-lhe a pele através da camisa, ele quis levantar a cabeça e gritar em triunfo, pois a deusa seria sua esta noite.

Exceto que não queria parar de beijá-la.

Dulce estava se afogando. Um toque dos lábios de Christopher, e o ar tinha evaporado de seus pulmões, e agora sensações incríveis a inundavam, como onda após onda de deleite.

Desejo.