Fanfic: O Dever e a Paixão | Tema: Vondy

Por que as bandeiras eram pretas? O que tinha acontecido?

Houve uma batida à porta, e ela virou-se quando uma mulher, segurando uma bandeja, entrou.

— Oh, você está acordada, princesa.— Ela fez uma reverência, pôs a bandeja sobre a mesa e serviu uma xícara de um líquido quente e aromático.— Dormiu quase o dia inteiro. Eu trouxe chá, iogurte e frutas, caso você esteja com fome.

— Onde eu estou? E por que há bandeiras pretas em todos os mastros?

A garota pareceu não saber como responder, enquanto lhe estendia o chá. Dulce sentiu o aroma de mel, noz-moscada e canela no vapor que subia da xícara.

— Eu os informarei que você acordou.

— Informará quem?— Ela pegou a xícara.— Meu pai está aqui?

Os olhos da garota desviaram para uma porta.

— Você dormiu por muito tempo. Suas roupas estão no closet. Quer que eu lhe escolha algum traje, enquanto você toma banho?

Ela meneou a cabeça e pôs a xícara de lado.

— Não. Eu quero que você responda a minha pergunta.

A garota piscou.

— Você está em Al-Jirad, é claro.

Al-Jirad? Então, não longe de Jemeya. Não mais de trinta minutos de helicóptero da costa.

— E meu pai? Ele está aqui, ou me esperando em casa?

— Alguém virá vê-la em breve.— A garota fez outra reverência, e, parecendo desconfortável, começou a ir para a porta.

— Espere!

Ela pausou, olhando para trás.

— Sim?

— Eu nem mesmo sei seu nome.

Ela assentiu de modo obediente, as mãos unidas na frente do corpo.

— É Maite, princesa.

Dulce sorriu, tentando deixar a garota à vontade. Tinha tantas perguntas, e a garota devia saber alguma coisa.

— Obrigada pelo chá, Maite. E se eu puder perguntar...

— Sim?

— O homem que me trouxe para cá... Quero dizer, os homens que me trouxeram para cá ainda estão no palácio?

A garota olhou ansiosamente na direção da porta.

— Eu quero agradecê-los por me resgatarem.

Os olhos de Maite estavam arregalados, as mãos pequenas se contorcendo à sua frente.

— Alguém virá até você, princesa. E tudo que posso falar.— E ela quase correu para fora do quarto, fechando a porta silenciosamente.