Fanfic: Presos nos lençois | Tema: Erotismo

Assim que recuperei minhas forças - com muita dificuldade - levantei da cadeira e dei dois passos, me afastando de William. Eu estava nua, vermelha e o meu estado pós-goza não era nada bom. Vi meu vestido atirado no chão e o peguei, um pouco sem jeito. Eu sabia que William estava me olhando e quando fui procurar minha calcinha, ele gargalhou. Deus, ele gargalhou pra mim. De mim. Mas para mim.

Lá estava ela: ao seu lado; encostada no seu pé. Droga!

- William... - murmurei sem jeito - Você pode pegar a minha calcinha, por favor? - Senti-me mais vermelha do que já estava, mas não fui capaz de encarar aquele homem à minha frente. Ele já havia guardado seu "material" e eu estava tentando cobrir o meu, porém sem sucesso.

- Claro. - Ele abaixou, pegou minha calcinha lentamente e a guardou em seu bolso. Finalmente olhei em seus olhos e arqueei uma sobrancelha. Ele sorriu. - Você quer ajuda com o vestido? - Perguntou, vindo até mim.

- Quero a minha calcinha. - Ele enrugou o vestido nas mãos e o vestiu em mim por cima. Segurou as costas das minhas mãos e nós dois puxamos a barra do vestido para baixo. Ele me soltou e deu dois tapas na minha bunda.

- Mais tarde eu devolvo.

- Não, William. Eu preciso trabalhar. Preciso da minha calcinha! - Estreitei meus olhos e ele sorriu irônico.

Aquele homem era um alguém absurdo! Como assim ele pegou a minha calcinha, a guardou no bolso e teve a audácia de dizer que só me entregará mais tarde? Tudo bem que ele fosse William Bonner, mas aquela era a minha calcinha.

- Eu não vou devolver agora. Quero ver como você irá se sair sem a sua calcinha. Além disso, se você quiser realmente, sabe onde encontrá-la. - Ele provocou, segurou minha mão e colocou dentro da sua calça. Seu membro ainda estava ereto!

- Por favor... - Pedi, como em um sussurro. Olhei fundo em seus olhos e o acariciei por cima da cueca. Ele alargou mais o seu sorriso e se encostou na minha mesa, me levando junto. Eu sorri e ele fez menção de enfiar minha mão dentro da sua cueca, mas eu a tirei depressa. - Não. Eu quero a minha calcinha.

- Tudo bem, então passa na minha sala mais tarde pra gente conversar! - Ele se afastou e eu o vi indo embora.

O homem dos meus sonhos havia acabado de transar comigo na minha sala, em horário de expediente. William Bonner, aquele grisalho do pênis grande me queria e me teve! E eu simplesmente não consigo pensar nisso sem salivar.

- Que horas? - Perguntei e ele parou no meio da sala, virando para mim. Sorriu e piscou um dos olhos. Tão alegre, tão despojado, tão... meu!?

- A hora que você quiser! - Virou e foi embora.

Vê-lo indo embora cortou o meu peito em duas partes. Massageei onde doía e quando a porta se fechou atrás dele, joguei um beijo no ar. Certamente, se ele não estivesse com a minha calcinha no bolso, eu estaria chorando com medo de jamais ser dele novamente.

Estava na minha sala, com os olhos vidrados no computador quando Stela entrou.

- Senhora?

- O que foi, Stela? - Ela veio caminhando até mim lentamente, com duas pastas coloridas na mão. - Que pastas são essas?

- A secretária do senhor Bonner pediu para que eu entregasse à senhora. E parece que o senhor Bonner tem urgência. - Estremeci inteira por dentro. Estou trabalhando sem calcinha há mais de uma hora e meia e tudo por causa desse homem, que está com a minha calcinha. Estendi a mão para Stela e ela me entregou as pastas.

- Mais alguma coisa?

- Na verdade é só isso, senhora.

- Então muito obrigada, Stela. Qualquer coisa eu chamo você. - Ficar perto da minha secretária, tendo transado ali mesmo com o meu chefe e estando sem calcinha não era algo nada saudável para mim. Assim que ela abriu a porta, o vento entrou e se chocou diretamente com a minha intimidade, apesar de eu estar com as pernas cruzadas. Sorri saudosa e abri a primeira pasta.

Ela era verde e parecia um catálogo de modelos. Logo nas primeiras páginas, todas eram magérrimas, a maioria loiras e de pele branca. Mais para o final, haviam as famosas "modelos plus size", onde eram todas mulheres lindas e acima do peso. Apesar de ter um conteúdo ótimo, não entendia o motivo daquelas pastas irem parar na minha mesa.

Folheei a outra - que era roxa - e nela havia um catálogo masculino. Homens muito bonitos logo na primeira página, todos loiros, brancos e malhados. Fui folheando e conforme ia passando, o estilo dos homens ia mudando - assim como aconteceu com a pasta das mulheres. Ao fim, uma foto do William Bonner desfilando lindamente e, aparentemente, sorrindo e vindo até mim. Tirei sua foto do saco plástico que a envolvia e comecei a acariciar a volta do seu sorriso. Seus dentes brancos bem alinhados numa perfeita combinação entre a sua pele e seus olhos. Sua famosa falha na sobrancelha e suas pernas torneadas. Todo vestido de branco, numa pureza contrária à sua última imagem que tenho em minha mente.

Ah William!

Pisco rapidamente para a foto quando me dou conta do que estou fazendo. Quando vou colocá-la no saco novamente, percebo que há uma folha de papel dobrada no mesmo saco. A retiro dali e a abro.

É uma carta! Uma carta do William!

Querida Fátima

 Imagino que esteja sendo difícil trabalhar sem sua calcinha, mas já que não veio em minha sala buscar, penso que posso levá-la para casa. Saiba que fiquei incrívelmente bem depois de ter comido você aí na sua sala, então a senhorita não imagina a minha vontade de comê-la novamente em outro lugar.

 Você deve estar se perguntando sobre essas duas pastas que pedi para que lhe entregassem e este é, na verdade, um mimo que me preocupei em lhe dar. Talvez agora a senhorita tenha mais tempo para mim, já que todos esses modelos estarão disponíveis para você à hora e à maneira que quiser. Deste modo, creio que não há motivos para atrapalhar meus futuros planos.

A pasta verde é a melhor, na minha opinião. Mas se eu souber que a senhorita deu maior atenção à pasta roxa, declaro que arrumarei um jeito de lhe punir. Qualquer contato íntimo com um modelo dessa pasta resultará em sofrimento, destruição e morte. E eu não estou brincando!

Passe aqui na minha sala antes de ir embora para nos despedirmos de maneira correta. Aguardo-lhe ansiosamente.

Com carinho, William Bonner.

Ponho a carta junto ao meu peito e sorrio, feito uma criança. Encosto-me na minha cadeira e sou capaz de sentir o seu perfume. Ele está me provocando e fez isso da maneira mais despudorada - e melhor - possível. Minha intimidade começou a umidecer e eu senti um calor enorme perto da minha nuca. Me recompus e dobrei a carta novamente, pondo-a do lado do meu computador. Coloquei a foto do William no saco novamente e fechei as duas pastas. Quando levantei da cadeira e terminei de arrumar o meu vestido, o telefone tocou.

- Senhora, o senhor William Bonner está na linha dois. - Stela comunicou. Senti meu corpo inteiro se arrepiar e bem no meio das minhas pernas algo se fechou profundamente.

Ai meu Deus!

Troquei a linha e ouvi uma voz grossa e rouca do outro lado.

- Já viu as pastas? - Ele perguntou, me fazendo tremer inteira.

- Vi, sim. Obrigada pela ajuda senhor Bonner, fico muito grata. Seja certo de que a partir de agora terei mais disponibilidade para os seus futuros planos.

- Ótimo, fico feliz. Vejo que a senhorita também viu a última foto. - Ele provocou e eu podia jurar te-lô visto mordendo o lábio.

- Vi, sim. Aquele modelo também está disponível para mim?

- Principalmente aquele modelo. Qualquer hora e qualquer lugar...

- Porém caso eu me envolva com ele, isso resultará em sofrimento, destruição e morte. Certo?

- Certo. - Até onde ele estava brincando? - Mas não se preocupe que com o tempo você aprenderá a separar as coisas. - Tempo? Oi? - Bem, está quase na hora da senhorita ir embora e você ainda não veio buscar sua calcinha. Sendo assim acho que posso levá-la para casa.

- Não. - Me antecipei em dizer. - Eu estava indo na sua sala antes de você me ligar.

- O senhor. - Ele me corrigiu e então sentei novamente. Até pelo telefone esse homem é capaz de me seduzir e me intimidar profundamente. - Então sugiro que não demore.

- Sim, senhor. - E desliguei o telefone. 

Levantei desajeitada da cadeira e alisei meu vestido. Estava um pouco trôpega, confusa com o misto de sensações que sentia, mas tive certeza de que conseguiria ir até sua sala.

Além disso eu sabia por que estava indo até sua sala.