Fanfic: Presos nos lençois | Tema: Erotismo

Foi um beijo bom, mas com um gosto diferente dos outros. Esse tinha gosto de reconciliação.

E que reconciliação!

No meio do beijo acabei gemendo e William não perdeu tempo. Tocou minhas coxas com suas mãos geladas e puxou meu vestido para cima. Me arrepiei dos pés a cabeça e sentei direito em seu colo, me encaixando no seu meio.

- Eu não queria que fosse aqui. - Ele murmura. - Mas não vou conseguir esperar. Senti tanta falta disso! - Ele puxa o tirante do meu vestido para baixo e eu mordo seu lábio.

- A gente pode fazer isso de novo em outro lugar se você quiser. - Mordo sua orelha e ele ri. Depois passa as mãos pelas minhas costas por dentro do vestido e puxe ele por cima.

- Certamente eu vou querer. - E então nos beijamos de novo.

Passo as mãos pelos seus ombros e puxo seu paletó, fazendo-o sorrir. Ele aperta minha bunda e abre o fecho do meu sutiã.

- Você tá com muita pressa hoje. - Desfaço o nó da sua gravata lentamente e a puxo, jogando-a longe. Abro os botões de sua camisa, um a um, e beijo seu peito. William fica parado, esperando que eu faça exatamente o que eu quero.

- Estou com saudades. - Ele me abraça forte e tira meu sutiã, também jogando-o longe. E enquanto estou só de calcinha, ele ainda está completamente vestido.

- Da última vez que transamos na minha sala, nessa cadeira -enfatizo-, você não me deixou gozar. - Faço uma careta e ele beija a ponta do meu nariz. Tiro sua camisa e olho pro lado. - Isso não vai acontecer agora, não é?

- Claro que não. Eu quero dar tanto prazer pra você quanto você me dá. - Ele beija minha bochecha e eu abro os botões da sua calça.

- Ótimo. E quanto a gozar dentro de mim? - Mordo meu próprio lábio e quando puxo seu membro pra fora, ele já está duro.

- Eu não tenho camisinha. - Rimos juntos e William puxa minha calcinha pra baixo. Eu o ajudo e então sento nele, bem onde devo. Ele geme e eu faço a mesma coisa, tentando fazer o mais baixo possível.

- Eu te - e antes que eu consiga completar a frase, ele me beija.

Tudo bem que ele esteja com muita pressa, mas eu entendo o real motivo dele me interromper. De certa forma ele sabe da minha frustração por não ouvi-lo dizer que me ama também. E o beijo de volta, apesar de revoltada, em forma de agradecimento pela preocupação. Ele gosta de mim. E isso é que importa.

Seguro sua cabeça com as duas mãos e faço um carinho de leve, vendo-o rir. Ele geme de novo e eu rebolo com vontade.

- Você me enlouquece! - E de novo. Rebolo lentamente e levo minha cabeça para trás. Meus cabelos estão grudados nas minhas costas, mas é bom suar. O motivo é Nobre.

Rebolo mais umas duas vezes e William perde a cabeça. Pressiona meus quadris para baixo e somente ele consegue se mexer. Ele busca meus lábios e me beija, vendo-me desmanchar em cima dele. E ainda que eu não aguente mais, ele continua se mexendo rapidamente. Poucos segundos depois é ele quem desmancha, desta vez embaixo de mim.

- Você é incrível! - O beijo e nos abraçamos, ambos molhados de suor.

- Eu sei. - Ele ri e beija o topo da minha cabeça. - Preciso voltar pra minha sala.

- Já?

- Já. Você vai almoçar comigo, não é?

- O convite ainda está de pé?

- Está sim. - Me levanto rapidamente e procuro minha lingerie. Vejo William se levantar também e apesar de estar de costas para ele, sei que me observa. Inclusive posso vê-lo morder os lábios quando me abaixo para pegar meu sutiã. - Durante essa semana, você esteve com algum homem? - Ele fecha a camisa e sua expressão é neutra.

Visto minha calcinha e pego meu vestido para me cobrir.

- Nenhum além de Michael.

- Michael. - Ele torce os lábios. - Não consigo gostar desse cara.

- Se você pretende levar nós dois adiante, você vai ter que gostar. - Visto meu vestido e o vejo botando a gravata. Vou até ele e o ajudo.

- Eu vou - ele enfatiza - levar nós dois adiante. - Me abraça e eu me sinto segura, enfim. - Eu gosto muito de você, Fátima. Você é a única coisa que eu tenho além dessa empresa. Você é a única coisa que me importa agora.

- Eu sei que você não vai dizer a mesma coisa, mas eu não me importo. Eu te amo muito, William!

- Eu sei. Nunca duvidei disso. Desde aquela festa a fantasia. - Ele ri e eu engasgo.

Como assim ele sabe que era eu?

O solto rapidamente e corro para o outro lado. De longe, procuro seus olhos.

- Você sempre soube? Quer dizer... Você sabia que era eu?

- Minha dama do século XVIII. - Ele sorri e vem caminhando lentamente até mim. - Você acha mesmo que estava irreconhecível?

- É claro que não. - Balanço a cabeça e coro. - Mas não era pra você saber quem eu era.

- Por que não? - Ele chega perto pra me abraçar, mas eu o afasto.

- Porque não. Nós nos beijamos. Mas eu não queria que você soubesse que estava beijando a mim. - Dou dois passos para trás e ele faz a mesma coisa na minha direção.

- Que bobagem, Fátima. Foi o nosso primeiro beijo. Você não sabia que era eu?

- Eu sabia que era você. Mickey não foi uma ótima fantasia.

- Esperava achar minha Minnie. - Ele me alcança e me abraça novamente. - Deixa de bobagem. Qual o problema em eu saber que era você?

- Eu tenho vergonha. Você deve ter rido muito da minha cara.

- Nem tanto. Gostei de beijar você. Depois daquele dia fiquei sonhando com seu beijo até aquele esbarrão na esquina. - Ele ri e me beija. - Beijar você é muito bom!

- Talvez beijar você seja melhor.

William me pega pela cintura e me deita em seus braços. Acaricia meu rosto e me beija, de um jeito muito bom.