Fanfic: Você Me Fez

Bem algumas semanas se passaram, a uma semana estou brigada com o Pietro, e adivinhem porquê? Porque sai com o Arthur mais poxa, somos só amigos agora, não quero mais nada além de amizade com ele – Não garanto que com ele também seja assim – Mas vocês conhecem meu querido namorado, ele só acredita no que convém ele. Desde domingo não conversamos, sei lá parece até que não namoramos mais. Porque ele não anda me dando a mínima e isso tem me deixado bem chateada, sabe estava tudo dando tão certo entre a gente. O meu irmão finalmente admitiu que o Pietro mudou e ele tem me feito tão bem. Falta menos de uma semana pro meu aniversário, e duas semanas para o final do ano letivo, apesar da troca-troca de colégio, vou conseguir passar de ano sem sufoco, os professores e o Pietro, me ajudaram bastante, já fizemos quase todas as provas. E nas férias pretendo viajar, só não sei pra onde, queria uma viagem igual a pra Búzios em outubro, foi tão perfeitamente bom. Mas não sei se vou ter um namorado para viajar, o Lipo? Agora vive de amores pela Gabi. Sinto ciúmes sim, confesso. Mas acho uma graça o namoro deles, ela nem tem ciúmes de mim. Ótimo, porque nem precisa. Bem, hoje estamos no último dia de novembro, meu aniversário é na próxima sexta feira, 8 de dezembro. Não quero nada demais, digamos que já ganhei presentes demais esse ano, não ando podendo abusar né. Mas sei lá, sinto que andam me escondendo alguma coisa, pelo menos eu acho. O Bruno, o Felipe até mesmo o Pietro – que mesmo com raiva de mim – andavam meio estranhos, mas não consegui descobrir nada. #Frustrada.

                Bem a aula acabou de terminar, estou indo embora sozinha, com um baita bico, porque vi o Pietro conversando com a Amanda, tudo bem que era mais ela conversando com ele, mas isso parecia ser o Pietro me dando o troco pelo final de semana. Tá eu sai com o Arthur mas, a Laís e o Guilherme também estavam lá. Mas vocês acham que isso aliviou alguma coisa? Não. O Pietro ficou falando com deboche, que estávamos saindo de casal. Eu ainda mato ele com esse ciúmes imbecil dele. Enquanto ia embora, passei pela praça o imprestável do Felipe estava lá, sozinho. Isso ultimamente tem sido raro:

- Lipo – Abracei ele

- Pequena como vai? – Ele sabia como eu estava – O Pietro ainda está com raiva?

- Sim, acho que vou socar a cara dele

- Ei não fica assim, logo passa

- Espero porque já tem mais de uma semana que ele está emburrado, sabe que sei lá, desde que voltamos é a primeira vez que brigamos, e tem uma semana que a gente está nesse impasse, nossa Lipo, estou me sentindo muito sozinha

- Ei Fernanda, você tem a mim, você sempre teve, você sabe disso

- Sei sim, mas agora você está namorando, não é justo eu roubar o namorado dos outros porque o meu tá de pirraça

- Antes deu ser namorado da Gabriela, sou seu amigo, que tal irmos na praia hoje à tardinha?

- Pode ser, bem agora vou indo, quero dormir um pouco

- Tudo bem, mas melhora essa cara, até mais tarde – Ele me deu um beijo na testa e eu fui embora. Assim que cheguei em casa fui direto pro meu quarto, tomei um banho, vesti um short jeans larguinho e uma regata, fiz um coque desajeitado no meu cabelo e fui me deitar, fiquei ouvindo música e mexendo no meu celular, até pegar no sono. Mas não consegui dormir muito e desta vez nem fui acordada por algum individuo infeliz, me levantei fiz minhas higienes, ajeitei meus cabelos, peguei meu skate e desci.

- Fernanda, antes de sair para levar seu skate para passear, come alguma coisa

- Não valeu, volto mais tarde. Tchau

- Fernanda... – Eu sai e fui andar por ai, coloquei apenas meus fones de ouvido e comecei a passear com meu skate pelas avenidas daqui da cidade. Fiquei andando pela orla da praia, mas parei assim que vi uma briga entre 4 caras, bem uma briga nada justa estava 3x1, e aquele um que estava se ferrando era/é o meu namorado, não sei, não entendi o porquê daquilo, não sabia o que fazer sai correndo, para tentar apartar aquilo.

- Soltem ele...

- Ora, ora, uma bonequinha para salvar o mocinho – Eles me pegaram como se pega um saco vazio e me tacaram pra longe. Eu sai pra um pouco longe dali e liguei pra polícia, bem sempre tem uma equipe perto da praia, por causa destes tipos de marginaizinhos então eles logo chegaram para apartar aquilo, e então voltei pra perto do Pietro de novo:

- Ei, você está bem? Não, não está. Porque eles fizeram isso com você? – Abracei ele forte. Ele me abraçou

- Ei garoto, precisamos levar você no hospital e depois, precisamos que deponha na delegacia

- Eu vou com você

- Não Fernanda, vai pra casa

- Não estou nem ai que você está com raiva de mim, eu vou com você e pronto – Ele revirou os olhos e eu quase mandei ele pra merda, por isso. Ajudei ele a se levantar e fui com ele pra viatura, ai ele está muito machucado – Porque fizeram isso com você?

- Não sei direito, eles já me abordaram na porrada, aquilo foi injusto 3 contra 1. O que você estava fazendo por ali Fernanda?

- Resolvi sair pra dar uma volta, precisava da espairecida na cabeça

- Entendi – Assim que chegamos no hospital, ele passou por alguns exames e eles limparam os machucados que ele estava com ele, ficamos cerca de 1h por lá, mas estava “tudo bem” com ele. Depois ele passou na delegacia e os policiais nos levaram pra casa dele.

- Pietro o que aconteceu com você?

- Uns caras pegaram ele na porrada perto da praia

- Porque meu filho?

- Não sei mãe, vou subir

- Eu vou com você

- Não Fernanda, vai pra casa

- Só porque você quer, anda logo – Apoiei ele em mim e fui pro quarto dele com ele. Ele se sentou na cama, tadinho estava cheio de dor – Caramba!

- O que?

- Deixei meu skate na praia com aquela confusão, droga. Mas tudo bem. Como você está?

- Dolorido, regassado e querendo ficar sozinho Fernanda

- Não vou insistir Pietro, eu não vou ficar aqui pra você continuar me tratando com indiferença, me tratando como se eu fosse uma estranha, eu sei que não fiz nada de errado, mas se você quer ficar assim, como se fossemos estranhos, tudo bem – Tirei minha aliança e coloquei no criado mudo dele – Use com alguém que você confie – Dei um beijo rápido nele, provavelmente isso não vai acontecer de novo, não tão cedo
 

– Se cuida – E sai correndo do quarto, passei pela mãe dele que ficou sem entender nada e fui pra casa, estava meio suja, com resto de sangue do Pietro na minha roupa o que fez minha mãe ficar assustada:

- O que houve, Fernanda?

- Uns caras pegaram o Pietro na porrada, mas ele está bem, estou no meu quarto, tomar um banho

- Come alguma coisa

- Estou sem fome, mas tarde faço um lanche – Subi pro meu quarto tomei um longo banho, coloquei uma camisa grande do Felipe que tinha lá em casa, coloquei um short de malha e me deitei. O meu celular estava tocando fazia um tempo, era o Lipo, mas eu não quero conversar com ninguém. Desliguei meu celular e afundei minha cabeça no travesseiro, mesmo não conseguindo dormir – o que é um milagre, vamos e convenhamos – fiquei ali quietinha o resto da tarde (...)