Fanfic: Você Me Fez

1h40min de viagem. Chegamos na Serra, passei a viagem toda pensando no beijo do Pietro. Fala sério, ele acabou com meu psicológico. Assim que descemos e deparamos com aquela cachoeira de fundo, confesso ter esquecido um pouco de tudo. Que vista, cara. Os meninos foram montando as barracas. Vou dormir com o Felipe, mozão <3. Depois que eles montaram tudo, as meninas e eu trocamos de roupa e vestimos nossos biquínis. Porque tem um sol estalando no céu e uma cachoeira maravilhosa nos esperando. Esperamos os meninos se trocarem também e descemos para a agua. Ficamos brincando ali, naquela água gelada, tirando fotos. Teve uma hora que cansei e me sentei em uma das pedras enquanto eles continuaram lá, bando de crianças. Amo essas crianças. Fiquei reparando eles e, pensei, como sou sortuda por ter eles em minha vida mesmo com tudo que já aconteceu comigo e com o Pietro e, bem, eles são amigos do Pietro antes do que de mim, eles nunca me deixaram de lado por isso, nem quando comecei namorar o Rafael, eles até tentaram se enturmar com ele mas, acho que o Rafael ultimamente não anda querendo nada com nada, nem com ninguém. Minha tranquilidade acabou quando o Pietro parou na minha frente:

- Fê – Pietro.

- Você está tampando meu sol – Emburrei.

- Quero conversar com você, Fernanda.

- Pode falar.

-  A sós.

- Não vou ficar sozinha com você, Pietro.

- Como se eu mordesse.

- Você morde entre outras coisas, Pietro. – Ele sorriu malicioso;

- É, é verdade. Mas, prometo resistir em te morder, ou melhor te beijar, quero só conversar com você.

- Melhor não Pietro, acho que não temos muito o que conversar...

- Nem sobre o beijo mais cedo.

- Deixemos bem claro, que você me agarrou.

- E você gostou.

- Gostar do seu beijo é uma coisa, só não quero fazer sacanagem com o Rafael, prometi ele.

- Não acho que aquele garoto mereça sua consideração, Fernanda.

- Porque? Sei que eu e ele estamos brigando demais ultimamente, mais é fase, eu sei que é.

- E se não foi?

- E se não for, não quero ficar com ninguém, até terminar com ele. Não sou esse tipo de pessoa e você sabe bem disso, por favor, respeita isso.

- Posso até respeitar sua decisão mais não mudo de ideia, você vai voltar a ser minha Nanda...

- Pietro...

- Sem pressão, só aguarde, não vou desistir nunca de você, Fernanda. Você é o amor da minha vida, penso em você todos os segundos da minha vida. – Os meninos já estavam nos olhando de dentro d’água.

- Ai Pietro, vamos sair daqui, os meninos já estão ouvindo tudo...

- Eu te chamei né – Dei de ombros. E subimos até onde estavam as barracas e, ele voltou a falar: - Nanda...

- Pietro, por favor, sem declarações... Você já está acabando com meu psicológico, não termine com ele...

- Está balançada é Nanda? – Ele sorriu, aquele sorriso safado.

- Me erra, Pietro – Sai andando, mata a dentro, bem estamos em uma serra, tem mata preservada por todo canto, o Pietro em vinha atrás de mim mas, acabei despistando dele e entrando em uma trilha, queria ficar sozinha um pouco, pensar em tudo.  Estou bem confusa, bem balançada mesmo. De um lado, eu gosto do Rafael só que, o jeito que ele vem me tratando, sinceramente, ás vezes acho que ele enjoo de mim ou que alguém lhe contou sobre o que aconteceu com o Pietro e eu no dia do casamento mais se fosse a segunda opção ele teria estourado assim que descobriu. Por outro, tem o Pietro, tá Deus e o mundo sabe que eu amo o Pietro, né? Só que estou desgastada com tudo o que aconteceu entre a gente, caramba! Não quero mais sofrer por ele, tudo o que ele me fez passar, não foi pouco? Sinceramente, não sei o que fazer. – Fiquei tão perdida nos meus pensamentos que nem vi o tempo se fechar. Que ótimo, viemos para a serra, curtir a cachoeira com um solzão e o sol vai embora. Como assim? Resolvi ir embora antes que a chuva começasse, não queria ficar sozinha na mata, tomando chuva. Mas, foi em vão a chuva começou a cair antes mesmo de que eu achasse a trilha de volta. Ótimo. Está caindo um pé d’água. E não consigo achar a trilha de volta (...)

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A chuva aumentava cada vez mais sua intensidade, além da ventania, estava tudo escuro ali. Já faz algum tempo, que estou procurando a trilha de volta, porém tudo virou lama e não consigo encontrar o caminho de volta para as barracas. Nada, como ficar perdida, no escuro, em uma mata e, melhor, sozinha.

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 Já não estou enxergando um palmo a minha frente, tudo escorregadio, gelado, melhor estou apenas de biquíni. Já havia tomado alguns escorregões, gritava pelos meninos, mais não escutava retorno, será que estou muito perdida? Consegui ouvir o barulho de uma cachoeira, não sei ao certo se era aquela, qual estávamos em frente. Tentei seguir seu barulho. Estava chegando perto, perto. Até que escorreguei em algo e cai (...)