Fanfic: Você Me Fez

 [...] A casa estava vazia, minha mãe com certeza havia saído com uma de suas amigas, o Bruno e meu pai trabalhando, só eu como sempre nessa casa ¬¬; Me joguei no sofá, e somente tive capacidade de ligar a televisão e tirar meus sapatos, estava passando um seriado, qual nem o nome eu sabia, fiquei o assistindo até pegar no sono. [...] Havia mão mexendo no meu cabelo, mesmo no mais profundo sono, eu me despertava quando sentia alguém, mexendo com os meus cabelos. Eram toques diferentes, não me lembro de já tê-los sentido, e é claro que não, pois quem acariciava-me era o Rafael, não sei como ele foi parar ali, e muito menos o que fazia em minha casa, sabia apenas que estava amando os seus carinhos.

- O porquê da visita posso saber?

- Queria te ver, já que na escola é difícil né?

- Está falando isso por causa do Pietro né?

- Sim

- É, nós não estamos mais juntos.

- Porque não?

- Não dá para misturar as coisas

- Hum, mas é que continuo os vendo juntos

- É que ele continua sendo meu amigo, independentemente

- Intendo [...] Então queria saber, se queria sei lá, dar uma volta?

- Pode ser, se você esperar eu trocar de roupa, porque se perceber bem, ainda estou uniformizada

- A vontade - Me levantei e subi até o meu quarto, onde  vesti uma outra roupa qualquer, calcei uma sandália rasteira, ajeitei meus cabelos, e tentei disfarçar a cara de sono 

- Então vamos? - Ele se levantou do sofá e nada discretamente me analisou de cima a baixo

- Claro, e afinal [...] Você está linda - Awn seu fofo, imaginei somente, claro. Ficamos andando sem rumo, pelo menos eu não sabia aonde estávamos indo, mas ele, aparentava saber bem aonde queria ir, ele olhava fixamente para frente, enquanto segurava as minhas mãos, e conversava comigo, coisas bobas do dia-a-dia.

 

- Aonde estamos indo?

- Ah não sei, ainda estou pensando em um lugar legal, mas nada me vêm à cabeça

- Jurava que sabia, aonde estava indo, seu olhar fixo e concentrado a frente, mostrava que tinha certeza em seus passos

- Impressão sua, princesa. Mas e ai aonde quer ir?

- Por mim ficávamos aqui mesmo - Me sentei na calçada em frente a algumas pistas de skate, que estava vazia, o que era raro neste horário

- Então ficamos aqui - Ele se sentou ao meu lado, todo desastrado, o que me fez sorri - Isso fica ai rindo dos desastres dos outros

- Desculpa - Tentei conter os meus risos, e logo consegui

- Mas porque aqui?

- Estou com preguiça de andar

- Não acredito

- Mas acredite, a e aqui está vazio, ninguém vai ficar nos enchendo

- Tem razão - Ele ficou alisando minhas mãos - O que vamos fazer [...] Conversar?

- Tá ai, não sei 

- Eu sei o que podemos fazer [...] Mas não sei se vai gostar da ideia [...]

- O que é?

- Posso demonstrar além de dizer?

- Pode, claro - Ele então, aproximou nossos rostos, e sua boca a cada instante ia chegando mais perto da minha, e como já era provável ele me beijou, um beijo muito bom não posso negar, era calmo, mais ao mesmo tempo cativante e sedutor, ficaria durante muito e muito tempo ali, o que era impossível, já que fomos atrapalhados pelo meu celular que tocava insanamente, era o Pietro.

- Atende ai, vai deixar ele esperando - Ele olhou reprovando, notavelmente queria quebrar meu celular

- Ok - Atendi - Oi lindo

 

- Oi Fê, onde você está?

- Em frente à estação de skate [...]

- Fazendo o quer?

- Quer que eu fale mesmo?

- Está com o Rafael, né? - Ele mudou o timbre de sua voz, o que apertou meu coração

- Sim [...] Mas é importante?

- Não, nada demais. Aproveita, beijos - Ele desligou o celular

- Desligou?

- Sim [...] 

- Ele é apaixonado por ti né

- Nem é [...]

- Porque ele desligou o celular então?

- Não queria atrapalhar

- Claro - Senti ironia em sua voz - Quer ir embora?

- Não, porque iria querer?

- Você ficou com uma carinha triste após a ligação do Pietro, gosta dele?

- Não [...] Ele é somente meu amigo lhe disse

- Tudo bem, não vamos brigar por causa do Pietro

- Claro - Sorri, e em seguida voltamos a nos beijar, e conversar [...] beijar e conversar até o anoitecer, que foi quando fomos embora, ele me deixou na porta de casa, e se foi, assim que vi ele virar a esquina, fui para a casa do Pietro, sua mãe disse que estava com uma amiga em seu quarto, imaginei ser a Mirelle ou mesmo a Bianca, e perguntei se poderia subir, não bati a porta para entrar o que foi meu erro a amiga dele, era a Amanda, e eles á eles estavam transando, e quando me viram na porta, ficaram sem graças e a minha única reação foi sair dali correndo [...]Cheguei em casa, e subi correndo para o meu quarto e o trancando. Aquela cena não saía da minha cabeça, e a cada vez que me lembrava deles juntos, na cama, meus olhos iam se enchendo de lágrimas, cada vez mais e mais lágrimas rolavam sobre a minha face. Não entendia o porquê daquelas lágrimas, somos só amigos, eu escolhi assim, e eu estava com o Rafael, mas [...] Não, não dava para acreditar, ele disse que não tinha mais nada com ela. Eu tentava, mesmo que em vão, sessar aquelas lágrimas, mas elas de forma alguma me obedeciam, ouvir bater à porta e podia ouvir o Pietro, pedindo milhões e milhões de vezes, que eu abrisse a porta, que queria se explicar, disse até que só sairia dali quando conversasse comigo, então ele que esperasse sentado, porque essa noite não sairia mais do meu quarto, em hipótese alguma, isso era fato.

- Fê, é eu o Bruno abre - Fingi está dormindo, para não ter que responder as suas chamadas - Anda Fernanda, me explica o que está acontecendo por favor, estou preocupado - Continuei em silêncio, e ele continuou a me chamar na porta, e eu sempre o ignorava. E assim a noite se passou, não escutei mas a voz do Pietro, nem do Bruno a me chamar, agora o único som que se ouvia ali era o da minha respiração que ainda estava acelerada por conta do choro excessivo [...] tentei inutilmente parar mas não conseguia, até ser vencida pelo sono [...]

 

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