Fanfic: Você Me Fez

Depois que o Arthur saiu, eu fui colocar meu biquíni, fiz um rabo de cavalo, passei protetor solar, vesti um short jeans.

 

E quando eu estava saindo meu celular começou a tocar, era o Pietro. Naquele momento meu coração gelou, com certeza o Felipe contou pra ele do meu namoro com o Arthur, pensei em não atender, mas poderia ser pior quando nos víssemos no final de semana:

- Alô

- Fernanda?

- Eu mesma, o que você quer Pietro?

- Só ter certeza

- Do que?

- Que você e o pelinha estão namorando?

- Sim Pietro eu e o Arthur estamos namorando

- Porque?

- Porque ele gosta de mim e eu gosto dele, é por isso que as pessoas namoram, porque se gostam

- Não estou acreditando nisso

- Porque Pietro? Todo mundo disse que estava na cara que eu e o Arthur íamos dar em namoro, não entendo a surpresa

- Fernanda eu te amo

- Pietro, infelizmente, eu já não posso dizer o mesmo pra você

- Não vai me dizer que você já ama o Arthur, porque eu não vou acreditar, isso não é muito o seu estilo

- Não eu não amo ele, mas gosto dele e muito, e nós merecemos essa chance, eu já cansei de sofrer por sua causa Pietro e sua atitude do final de semana, me fez ter a certeza que a gente nunca vai dar certo, então melhor parti pra outra

- Você não pode estar falando a verdade

- Estou, e bem, acho que agora você e a Amanda podem viver o relacionamento de vocês sem machucar mais ninguém

- Fernanda, não...

- Pietro, o Arthur está me esperando. Adeus – Desliguei o telefone e por um momento tentei me manter forte, mas não consegui. Me doía cada palavra que disse pra ele, mas isso é passado. Sequei minhas lágrimas e desci pra piscina, o Arthur já me esperava impaciente na beira da piscina:

- Ei Fernanda o que aconteceu? Porque você demorou? Fernanda, você estava chorando? – Ele me abraçou

- Não é nada Arthur, me desculpa a demora

- Fernanda, antes de ser seu namorado eu sou seu amigo, o que aconteceu? É o Pietro? É ele? – O abracei ainda mais forte

- Desculpa Arthur

- Ei princesa, acalme-se. O que aconteceu?

- O Pietro me ligou, o Felipe contou que a gente está namorando

- E?

- E que eu disse coisas que eu sei... Que por mais que fossem verdades, ainda doem

- Ei acalme-se, eu sabia que você vinha com essa história na bagagem, e eu quero ser além de seu namorado seu amigo, como eu sou desde que você veio pra cá

- Obrigado e desculpa, não acho que seja justo eu chorar pelo meu ex namorado com meu atual, não é justo com você

- Ei eu estou nessa com você, de verdade, eu só não quero te ver assim – Abracei ele de novo

- Obrigado, obrigado Arthur. Você com certeza é o melhor namorado amigo que existe

- Isso já me faz muito feliz, agora vem, vamos pra água – Pulamos, mergulhamos e brincamos dentro d’água, depois ficamos abraçados encostados na beira da piscina. E ele ficou me acariciando.

- Ô casal, não desgruda mais não? – Laís

- Ah falou a que ficou a tarde toda, em cima, literalmente, do namorado, né Laís?

- Quem coloca essas coisas na cabeça dessa menina?

- A sua safadeza amiga, somente isso

- Engraçadinha, mais está tudo bem? Com vocês?

- Sim, está tudo ótimo. – Aninhei o cabelo do Arthur. – Arthur vamos sair hoje?

- A onde você quer ir?

- Em qualquer lugar, só preciso distrair um pouco

- Tudo bem, tudo bem. Vocês vem casal medroso?

- Não – Laís disse

- A Lá, seria uma boa a gente sair também, distrair um pouco

- Não Gui, é perigoso, vai que somos suspensos também?

- Ai Laís tem que arriscar um pouco, vamos amiga?

- Ah não sei, não sei

- Ai Lá, deixa de ser cagona, e vamos? – Arthur

- Ai tudo bem, mas se a gente for suspenso

- Pelo menos vai ter valido a pena, velha coroca

- Idiota, vamos nos arrumar?

- Está cedo Laís, deixa eu aproveitar a piscina com meu namorado

- Nossa quanto amor, desde quando ela está assim?

- Eu que não vou reclamar que ela está assim, daqui a pouco ela volta com o velho humor dela e acabou tudo

- É não acostume-se não

- Boba – Ele me apertou contra seu corpo. Ficamos conversando os quatro, até quando estava anoitecendo que eu e o Arthur começamos a congelar dentro da piscina. Cada um foi para seu alojamento, eu tomei meu banho primeiro, por que estava congelando, e enquanto me vestia a Laís tomava seu banho.

Terminamos de nos arrumar era quase 20h, e descemos pra encontrar os meninos no coreto:

- Vamos aonde?

- Pensei em irmos ao shopping, depois passar naquela praça que você gostou aquele dia

- Por mim tudo bem

- Pra gente também, até porque vocês entendem muito disso de fugir do colégio - Gui

- Então vamos? – Arthur – Todos concordamos. E seguimos para o fundo do colégio, observando se a Priscila não estava atrás. E primeiro o Arthur pulou, e eu pulei em seguida. Logo veio a Laís com um drama bem a cara dela, e em seguida o Gui também pulou. E pegamos o táxi que já nos esperava. E seguimos até o shopping.

(...)

O shopping estava vazio, por ser segunda feira. Fomos no cinema, assistimos uma comédia nacional, o que com certeza me distraiu. Depois comemos uma porção na praça de alimentação, que estava divinamente deliciosa.

E então fomos pra tal praça que eu gostei, os mesmos meninos estavam lá, logo o menino que me emprestou o skate no outro dia me reconheceu, e veio até nós, dizendo que eu e o Arthur havíamos sumido, tipo como se fosse íntimos e me perguntou se eu não queria andar com eles, hoje de novo:

- A Fernanda andando de Skate pago pra ver – Gui

- O Pior é que ela realmente sabe, e manda muito bem Guilherme – Arthur

- Duvido

- Não costumo me exibir, pra provar nada a ninguém, mais como eu sou chegada em um skate, com licença senhores – Segui até na rampa com os meninos de lá, peguei um skate emprestado e comecei a me exibir, mas sem o Felipe definitivamente não tem graça. Andei um pouco apenas, e depois voltei pra perto dos meus amigos:

- Então Guilherme?

- Se eu não visse não acreditava

- Você poderia simplesmente falar, mandou bem Nanda

- Mandou bem, marrenta – Ele me abraçou – Vamos voltar?

- Sério? Assim, sério mesmo? – Disse

- Fê, já está bem tarde, melhor voltarmos

- Nossa, vocês são muito paias, já estamos perto do colégio, vamos ficar só mais um pouquinho, por favor

- Não dá Nanda, outro dia a gente volta amor – Ele foi me puxando pela cintura, chegando na avenida comecei a correr dele, porque toda hora ele queria me puxar, pra andar com eles, era só uma brincadeira, eu gosto de irritar o Arthur. Mas em uma dessas brincadeiras, fui acertada em cheio por um veículo que veio em alta velocidade, o Arthur até tentou me puxar antes, mais não deu. O Carro me acertou e eu cai desacordada na avenida.