Fanfic: Você Me Fez

Lavei e sequei meus cabelos, passei uma maquiagem leve, vesti roupas leves também. E assim que terminei de me aprontar, o Arthur chegou:

- Ei princesa – Disse ele entrando no meu quarto

- Ei amor – Ele me abraçou e me beijou – Como você está?

- Estou bem e como você está, Fê?

- Ainda dolorida, mas melhor, bem melhor

- Só não vale abusar em moça

- Relaxa. Hoje a gente vai num luau com o Felipe, aqui perto de casa mesmo

- Tá e a senhorita vai andando?

- Não né amor, ainda é exigir muito do meu tornozelo, mesmo sendo perto, o Felipe vai nos buscar de carro

- Você está bem já?

- Ruim eu vou ficar se eu continuar enfurnada nesse quarto

- Você tem razão, agora vem cá – Ele sentou na minha cama, me puxando pra sentar no seu colo – Estava sentindo sua falta

- Também, espero que tenha se comportado direito estes dias sem mim, Arthur

- Comportei sim princesa, mas você sabe que quem quer nos separar vai fazer inferno né?

- Eu não acredito em nada do que venha da Priscila, Arthur

- Bom saber que confia em mim

- Confio, você nunca me deu motivos pra não acreditar, não confio na Priscila, mas quando um não quer dois não fazem

- Claro – Ele me beijou.

E ficamos ali, até o Felipe chegar pra nos buscar. Reajeitei meus cabelos e com a ajuda do Arthur desci as escadas:

- Fernanda cuidado tá – Mãe

- Mãe, eu tenho dois cães de guarda, estou segura, pode deixar

- E não demora

- Tchau mãezinha, o Bruno vai estar lá também, eu acho. Ele e a ... Qual o nome da namorada dele mesmo?

- Luana – Felipe

- É com a Luana. Af, estou igual uma velha gaga – Bufei

- Relaxa Nanda, você logo se recordara das coisas, acalme-se – Felipe

- É frustrante sabia

- Imagino pequena, mas agora vamos, não quero perder o luau

- Vamos – Saímos de casa, entramos no carro da mãe do Felipe e seguimos até a praia, coisa que foi em menos de 5min. Com a ajuda do Arthur desci do carro e fomos pra onde acontecia o luau. Com o apoio do Arthur, novamente, me sentei na areia, e ele se sentou atrás de mim, me encoxando, o Felipe se sentou do nosso lado. Começamos a escutar os sons, os meninos bebiam, eu não, porque estou tomando remédioL.

 

“Parece que foi ontem que tudo terminou e todo tempo é pouco nada modificou. E então ficou e todo aquele instante e nada se explicou, e então pirou e uma parte inteira não se conformou (...)’’ (♫)

 

“E agora, eu sei que não é hora de te abraçar bem forte e fazer o que eu não fiz, e a distância já não tem importância agora se nem sei se é você quem eu sempre quis”(♫)

 

“E quando o sol se pôr, lembre que eu estarei aqui, se aquela paz se for, lembre que eu estarei aqui. Depois de você, depois de você. Sei que olhar pra trás é ver que os outros, foram só os outros. (...)” (♫)

 

Podia ser paranoia minha, já que a minha cabeça não anda muito boa estes dias, mas aquele garoto cantava aquelas músicas pra mim, ele olhava no fundo dos meus olhos e cantava aquelas palavras, e aquilo estava irritando o Arthur, podia sentir sua respiração quente e rápida na minha nuca, mas preferi não dizer nada, entanto, o Felipe aparentemente advertiu o garoto, apenas com um olhar.

 

“Vi os meus olhos refletidos pelos seus, e as imagens de um futuro que já aconteceu. Qualquer canto pode ser a nossa casa. O nada, o tudo, o todo, o tudo e o nada.”  (♫)

 

“Corre pra varanda e vem cá ver, faça sol ou chuva um lindo dia vai nascer, no seu em dégradé” (♫)

 

“E agora vem dizer, morena que você não quer ser mais a minha pequena e que prefere dormir e acordar nos braços de outro alguém. E agora vou dizer, morena. Que o passado não é mais nenhum problema. Estou fadado a sonhar acordado, pensando em te ver sorrir.” (♫)

 

- Qual foi Felipe? Ele vai continuar fazendo declarações pra Fernanda? – Arthur. Eles falavam tão baixo que eu mal consegui decifrar o que disseram

- É eu já reprimi ele, mas ele não entendeu, ou fingi que não – Novamente o Felipe olhou sério pro garoto que cantava, e suas músicas sinalizadoras, se alternaram entre outras. Até o final do luau.

- Gostou princesa?

- Gostei, tá que aquele garoto que cantava era estranho, me olhava como se fosse te atacar e me comer depois, mas fora isso amei, sabe como eu adoro essas musicas

- Sei sim, amor – Ele me deu um beijo no rosto – Vem, vamos lá no seu irmão – Ele se levantou e me ajudou a me levantar, até um grupo de garotos/garotas da minha idade nos parar

- Fernanda, amiga – A menina um pouco mais alta que eu de cabelos pretos lisos, me abraçou. Oi? Te conheço? Olhei pro Arthur, que me apertou contra si – Como você está?

- É... Estou bem

- O Felipe nos contou do acidente, fiquei tão preocupada com você

- Desculpa... Quem é você?

- Ah amiga, você é tão engraçada – Ela sorria, mas eu realmente não sabia quem era ela

- Mirelle... Ela realmente não se lembra de você – Felipe

- Como assim não se lembra?

- A Fernanda perdeu parte da memória, por causa do acidente

- Fernanda?

- Desculpa, mas não me lembro de você, nenhum de vocês

- Nem de mim? – O garoto que estava cantando apareceu do nada

- Desculpa, mas por acaso eu tinha que me lembrar mais de você do que deles?

- Ei não força a barra com ela, ela ainda está frágil com tudo isso

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – Bravejei

- Nanda, deixa eu te apresentar, estes são alguns amigos: Mirelle, Bianca, Diego, Michel e Pietro

- Prazer – Sorri simpática – Sei que provavelmente, deveria ter me lembrado de vocês, mas não consigo, desculpem

- Como você não se lembra da gente, mas se lembra do Arthur? Do Felipe? – O tal Diego disse

- Bem o Arthur é meu namorado, como vou esquecer dele? E o Lipo é o meu melhor amigo, ele tem um tchan a mais

- Namorado? – Diego

- É, vai fazer uma semana.

- Uau – Mirelle – Como as coisas mudam em uma semana, Fernanda, é sério você não se lembra da gente?

- Não desculpem, é tão frustrante isso, mas não me lembro

- E isso tem cura?

- Tem, o médico disse que logo vou me recordar das coisas, pouco a pouco

- Espero que se lembre de nós logo – Bia

- De verdade, que eu também. Mas agora temos que achar o meu irmão, até mais – Eles me deram um tchau desanimado. E eu fiquei ainda mais frustrada. – Felipe, eles eram quem?

- Seus primeiros amigos Nanda, as primeiras pessoas que você conversou quando chegou no colégio, antes de voltar pro internato

- Porque então não consigo me lembrar deles?

- Nanda, é passageiro, logo você vai se lembrar deles, de tudo, vai até querer esquecer algumas coisas

- Porque você não é mais claro?

- Porque eu não acho que você esteja boa o bastante pra isso, eu me preocupo com você

- Eu sei – Abracei ele – Vamos atrás do Bruno – E fomos, andamos um pouco até encontrar ele com a tal namorada dele, a Luana

- É oi – Disse acanhada

- Ei Fê, o que foi? Já se meteu em confusão?

- Não. Eu sou tão chave de cadeia assim?

- Não é não, Fê – Ele me puxou pra si

- Ei namorada do Bruno

- Ei Nanda, como você está?

- Ainda uma amostra grátis de uma caixa de lápis de cor roxo, lerda e esquecida como uma velha gaga, e um pouco manca, fora isso estou ótima

- O Bruno me disse que você deu branco, poxa até de mim você esqueceu

- Desculpa, é que acho que minha lerdeza triplicou com este acidente

- Relaxa, Nandinha, seremos boas amigas daqui em diante

- Espero – Sorri – Bem meninos acho que quero ir embora estou cansada

- Tudo bem Nanda, vamos?

- Vamos? – Despedi do Bruno e da Lu. E segui com os meninos até o carro. O Arthur foi na frente com o Lipo. E logo chegamos em casa. Subimos os três pro meu quarto:

- Meninos, amores, lindos da minha vida

- O que você quer, Nanda? – Felipe

- Vamos assistir filme?

- Vamos mulher. Qual?

- Escolhe ai – Disse enquanto me jogava na minha cama

- Folgada – Ele escolheu um filme qualquer lá e deitamos os três na minha cama, ficou até engraçado. Tipo dona flor e seus dois maridos. Meus loves