Fanfic: Você Me Fez

Acordei era umas 11h, sozinha. Estranhei o fato do Arthur não ir me acordar. Com uma pequena dificuldade me levantei, fiz minhas higienes, fiz um coque desajeitado. Vesti um short jeans e uma regata. E fui até o quarto de hospedes, e lá estava o Arthur dormindo, de bunda pra cima – adoro – Cheguei perto dele e dei uma mordida na bunda dele, que acordou assustado:

- Bom dia, amor

- Bom dia, princesa – Ele se virou – Ótimo jeito de acordar, com uma dentada nos glúteos

- Bundudo, dormiu bem?

- Dormi e você? Deve né, nem terminou de assistir ao filme

- É esses malditos remédios que estão me dopando e eu já não gosto de dormir

- Imagina se gostasse

- Eu hibernaria, igual urso – Sorri

- Bem sua cara – Ele veio pra me beijar – Ei o que foi?

- Seu porco, vai escovar dente, anda

- A Fernanda

- Nem A nem B, vai levanta, se quer beijo

- Também não vou

- Também não beijo – Fiz beiço

- Tá venceu – Ele se levantou, pegou a escova na sua mochila. E foi até o banheiro no corredor. E logo voltou, com o rosto um pouco molhado. Guardou a escova na mochila e veio em mim e me beijou – Agora sim, bom dia Princesa

- Bom dia, vem vamos descer

- Espera pelo menos eu vestir uma blusa? Não sou igual você que está em casa e pode ir andando de pijama

- Mas eu nem estou de pijama

- Só é tão curto quanto

- Bonitinho – Mordi ele – Veste logo e vamos tomar café da manhã

- Almoço né?

- Não amor, eu vou tomar café da manhã

- Chata – Ele me beijou de novo, vestiu sua blusa e descemos. Casa vazia. Oba. Tomamos café da manhã e eu fui ligar pro Lipo, combinamos de nos encontrar na praça. Aproveitar um pouco do sábado, do que eu consigo aproveitar dele. O Arthur e eu fomos andando devagarinho até a praça, de mãos dadas. Nunca tive um namorado antes do Arthur e acho até bacana andar assim com ele. Tá eu não sou um doce de garota, mas gosto dessas coisas com ele. Chegamos na praça, o Lipo estava conversando, sério com aquelas pessoas que disseram me conhecer ontem.

- Olá todos – Disse sem graça – Ei Lipo – Abracei ele

- Ei dorminhoca nem esperou o filme ontem, como você está?

- É os remédios Felipe, querem me fazer hibernar. Estou bem, até consegui andar um pouco, só escorando no Arthur

- Detalhe, e ai – Ele e o Felipe se cumprimentaram. – Oi todos

- Oi – Disseram em uníssimo som. Mas o Arthur e o Pietro, acho se fuzilavam.

- Está tudo bem Arthur? Você vai queimar o menino com o olho – Ele desviou o olhar pra mim e sorriu

- Não é nada não, princesa – Ele me beijou

- E como está o namoro de vocês? – Diego

- Está bom, ela ainda não me matou em uma semana de namoro

- É que eu não fiquei no colégio essa semana né

- É princesa – Ele me abraçou por trás, ficando de frente pros outros do grupo

- Vocês fazem até um casal bonitinho – Todos os demais fuzilara, a tal que acredito ser a Bianca. Não entendi

- Obrigado, Bianca né?

- É Fê, Bia

- Bia – Sorri sem graça

- Sério Fê, você não se lembra mesmo da gente? – Mirelle

- Sério, desculpa gente, mas minha cabeça deu branco bonito, lembro de algumas coisas só, essa amnésia seletiva, na verdade ela só selecionou do que lembrar, porque esqueci muita coisa

- O médico deu previsão de quando você pode recuperar a memória?

- Na verdade não, disse que com o tempo eu me recordo. E bem, não sei como era antes, mas estou bem com as memorias que eu tenho, desculpa, sei que vocês obviamente faziam, voltaram a fazer provavelmente parte da minha vida, mas é que ela está boa ultimamente, não sei se quero me lembrar de muita coisa

- Pode ter certeza, que muita você não precisa lembrar amor – Arthur

- Está insinuando algo Arthur? – Pietro

- Você sabe do que eu estou falando

- Mas eu não, do que você está falando Arthur?

- Nada que você precisa se lembrar, algo que só te fez mal princesa

- Algo que poderia arriscar o namoro de vocês? – Pietro

- Não creio que não, se fosse algo importante eu me lembraria, Pietro né? Não acho que exista algo que eu tenha esquecido que faça algum mal pro nosso namoro, eu gosto dele e ele gosta de mim, e boas é por isso que estamos juntos

- Com licença, não tenho estomago pra isso – Ele disse e saiu.                                   

- Alguém por favor me explica isso?

- Não é nada, Fernanda. – Miguel – Ele só anda esquentadinho

- Hum, muito por sinal – Revirei os olhos – Arthur vamos na praia?

- É perto?

- É preguiçoso

- Oh marrenta, estou falando por causa do seu tornozelo

- Eu sei, besta. Vocês vão? – Chamei a todos – Você não tem opção Felipe

- Gracinha – Ele me abraçou

- Não sei, vamos? – Mirelle

- Claro, ela esqueceu da gente, não a gente dela – Diego

- É andem – Fui seguindo na frente com o Arthur, mas depois inverteu nós que ficamos pra trás. Chegamos na praia e nos sentamos na areia e ficamos conversando, eles me contaram um pouco das coisas que já havíamos feito. Eles eram legais, não sei porque esqueci deles, aparentemente eles me faziam muito bem. Estava rindo muito com eles. Até minha mãe me ligar:

- Onde você está?

- Praia

- Fazendo o que na praia, Fernanda?

- Surfando mãe

- Fernanda, deixa de ironia

- Ai mãe, estou aqui com o Arthur, o Felipe e uns amigos do Felipe, mas alguma coisa?

- Depois reclama que a gente não te dá atenção

- Vishe. Tá mãe, relaxa. Tô viva e com meus dois cães de guarda aqui

- Não quero que se esforce muito, você tem que está bem pra voltar pra escola na segunda-feira

- Ai mãe eu estou bem, andei só um pouco, relaxa tá, na hora do almoço eu chego ai

- Fernanda já é a hora do almoço

- Mais tarde eu chego ai, mãe. Beijos, te amo, tchau – Desliguei o telefone

- Coisas mudam, menos o seu carinho com a sua mãe – Diego

- Pois é – Sorri – As nossas conversas irônica também não

- Notei que você falou pra ela que estava surfando – Eles riram

- Uai ela me perguntou o que eu estou fazendo na praia, manca, surfando que não era – Af

- Mal andar de skate você sabe, imagina surfar em Fernanda – Miguel

- Ei eu sei andar sim, fala pra ele Lipo que eu mandou muito bem

- Manda, claro que manda – Ele disse negando com a cabeça e eu bati no ombro dele – Tô brincando princesa, você é ótima pra uma aprendiz

- Felipe, vai a merda

- Não, ai Nanda foi só uma brincadeira – Ele me abraçou

- Eu sei até porque eu mando muito bem, rapaz

- Convencida – Arthur

- Realista é diferente, amor – Ficamos á tarde toda conversando ali na praia, nem pro almoço fomos pra casa. Eles eram legais, a Mirelle é a mais engraçada, a Bianca á mais meiga. O Diego e o Miguel são muito sinceros, pra ser direta, mas eram bem legais também. Quando estava anoitecendo fomos embora. O Arthur ainda iria voltar pra casa dele. Chegamos na minha casa, ele foi tomar um banho e eu também. Vesti uma roupa fresca. Fiz um rabo de cavalo e fui pro quarto onde o Arthur estava ficando. – Arthur

- Oi? – Disse ele sentado na sua cama

- Vai não

- Não tenho muitas escolhas Fernanda, sabe como meus pais estão comigo por causa da nossa última aventura

- É eu sei – Disse cabisbaixa

- Mas relaxa, amanhã vamos nos ver, certo?

- Claro. Meus pais já vão me mandar pro colégio de qualquer jeito, graças ao Bruno que não deixou eles me tirarem de lá

- Ai como eu gosto do seu irmão – Ele me beijou

- Ei... Não tem essa de gostar do meu irmão, você tem que gostar é de mim

- É claro, você eu mais eu gosto Nanda

- Eu sei – Sorri

- Deixa eu terminar de me arrumar, senhorita

- A vontade, senhor

- Boba – Mandei um beijo pra ele, e fiquei mexendo no seu celular, ele que deixou, só pra constar – Um... Whatsapp...Priscila

- Pode ler bobona, não tem nada demais ai

- Sério Arthur? Nada demais?

- Sério

- “Oi lindo saudades de você, dos seus abraços, dos seus carinhos, dos seus beijos”

- Fernanda não é nada disso que você está confabulando na sua cabecinha não

- É o que então Arthur?

- Eu te disse que a Priscila vai fazer de tudo pra separar a gente

- E?

- E isso é coisa que ela está arrumando, por imaginar que você ia mexer no meu celular, pode ver que eu nem respondi

- Porque não deu tempo, ela acabou de mandar

- Fernanda, sério? Você vai acreditar na Priscila?

- Não... não, mas Arthur, você e ela já ficaram?

- Antes deu te conhecer sim, mas desde o dia que você entrou naquele colégio eu só tenho olhos pra você, Fernanda

- Posso bloquear ela então?

- Se você acha que é melhor, pode sim – Ele me deu um beijo na testa – Só confia em mim, eu nunca te trairia

- Desculpa – Abracei ele – Vai terminar de se arrumar, anda – Ele terminou e ligou pro táxi. Descemos ele se despediu dos meus pais, do Bruno e ficamos esperando o táxi sentados no portão de casa. Assim que o táxi chegou, nos despedimos e ele foi embora.