Fanfic: Quimera... | Tema: Original
Luiz acordou assustado, fora mais uma noite turbulenta em que pesadelos o deixara preocupado.
Levantou e olhou o relógio, se xingou por acordar tão cedo em um final de semana, permaneceu deitado por mais alguns instante e logo levantou, foi ao banheiro, e se olhou no espelho, se xingou novamente por estar com uma aparência tanto abatida.Embora tivesse um corpo com musculos definidos, não se sentia bem desse jeito, seus cabelos arrepiados louros estavam bagunçados após uma noite de sono, seus olhos verdes dividiam espaço com grandes olheiras profundas que brotavam eu seu rosto, a barba por fazer, lhe dava um aspecto de desleixo. Escovou os dentes, respirou fundo, e depois vestiu-se para tomar café. A empregada de sua família ainda estava pondo a mesa do café da manhã.
- Sr. Luiz, ainda estou pondo a mesa - disse a empregada
- Soraia, não precisa me chamar de senhor - respondeu
Soraia assentiu.
Luiz sempre achava estranho sua empregada lhe chamar de uma maneira formal, quando ele tinha apenas 16 anos.
Pensou em ligar para Lara, sua namorada, mas lembrou-se que estava no início da manhã e que sua namorada estaria dormindo e provavelmente iria xingá-lo de muitos nomes por acordá-la. Seus pais ainda estavam dormindo, e apenas ele e Soraia estavam acordados. Não costumava puxar muitos assuntos com a empregada, Luiz semrpe fora tão quieto e de poucas palavras.
- Como vai seus filhos, Soraia? - perguntou
- Estão bem Sr..
Luiz a olhou com repreensão pro chamá-lo novamente de senhor
- Digo, estão bem Luiz - respondeu rindo
- Quantos anos eles tem mesmo? - perguntou
- Meu menino tem a sua idade e a menina tem 18 anos
- Por que nunca os trouxe aqui? - perguntou
- Estou no meu ambiente de trabalho e não sei se seus pais aprovariam - respondeu
- Eles não ligam, além do mais, gostaria de conhecê-los melhor.
- Assim que puder, pedirei que eles venham me buscar aqui e você os conhece melhor
Luiz deu um sorriso assentindo
Não demorou muito sua mãe acordou, e saiu de seu quarto bocejando.
- Já acordado, filho? Aconteceu alguma coisa? - perguntou
- Noite mal dormida - respondeu
- Aconteceu algo? - insistiu a mãe novamente
- Nada - respondeu
Luiz sempre tivera que desviar das perguntas de sua mãe que era psicóloga, sua mãe acha que sempre há motivo para uma terapida caseira no sofá.
Após o café da manhã, Luiz foi correr pelo quarteirão, enquanto sua mãe ia ao mercado fazer as compras semanal da casa. Colocou sua bermuda de corrida, uma camisa regata de cor clara, acreditava que se usasse roupas com cores claras o calor seria ameno. O verão do Rio de Janeiro era sempre extremo, as temperaturas máximas atingiam índices altos, e chegava a ser insuportável. Logo depois de alguns minutos de corrida, Luiz já estava suando, e ficou satisfeito, sinal de que conseguiria resultado rápido.
Depois de dar algumas voltas no quarteirão, voltou para casa e tomou uma ducha. Se olhou no espelho, e viu que sua aparência estava um pouco melhor.
- Nada como uma boa corrida - sussurrou para si mesmo
Em seguida, pegou seu celular e ligou para Lara.
- Bom dia flor do dia - disse assim que ela atendeu
- Bom dia, acabei de acordar - respondeu ao telefone
- Tive aqueles pesadelos de novo, acordei cedo - disse
- Luiz, você deveria falar com a sua mãe sobre esses pesadelos, ela vai te ajudar
- Lara, minha mãe provavelmente me fará frequentar inúmeras sessões com um terapeuta e não, não quero.
- Pelo menos me conte como foi o pesadelo dessa noite
- Eu estava por alguma aqui em Ipanema, era madrugada, estava sozinho e voltando de algum lugar que não lembro. Eu estava de pijama, de repente comecei a correr de algo que não conseguia enxergar por mais que eu olhasse para trás e gritasse por socorro. Nada acontecia, meu grito era mudo.
Então, algo me alcançou mas eu não enxergava, era apenas uma sombra, e apontou uma faca em meu pescoço, continuei gritando por socorro, mas nada acontecia. Então, consegui dar um golpe naquela coisa e a faca caiu no chão, eu corri, consegui pegar a faca e eu ia jogá-la para longe, mas quando a sombra veio pra cima de mim, em um reflexo eu esfaqueei a sombra que caiu no chão e eu vi que era um rosto desconhecido, fiquei desesperado com a situação e corri. Quando dei por mim, estava acordado no meu quarto e... - Luiz se interrompeu
- Luiz, continua - respondeu Lara; - Luiz? - chamou novamente
Luiz deixou o celular cair, estava espantado com o que via. A faca de seu pesadelo, estava na sua escrivaninha, com sangue ao redor.
Autor(a): heyhugs
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