Fanfic: Caminhos do Coração | Tema: Levyrroni

Maite andava animadamente pelos cantos da casa, sorriu meiga ao ver seus pais se abraçando e sorrindo um para o outro. Era uma cena típica, porém ela adorava ver eles assim, e sonhava em um dia encontrar um amor parecido aos de seus pais. Logo seus pais a olharam e ela sorriu envergonhada.

- Filha, você estava ai! – dizia sua mãe sorridente ainda abraçada com seu pai. – Eu e seu pai vamos a capital hoje à noite, chamamos Dulce, mas ela não quis ir, então você vem Maite? – Maite ficou feliz, pois adorava ir a capital, principalmente para ir à grande biblioteca que tinha lá ela adorava ler.

- Claro que vou! – sorriu alegremente. – Eu vou apenas pegar minha bolsa e já volto! – Seus pais assentiram e ela foi ao quarto e pegou uma pequena bolsa tiracolo e foi ao encontro dos pais. – Estou pronta. – sorriu e logo adentraram ao carro, estava tudo indo tão bem até o pai de Maite perder o controle do carro e o carro bateu em um animal que estava no meio da estrada, a mãe de Maite morreu na hora.

Maite estava deitada na cama do hospital, estava com os olhos abertos, porém estava tudo escuro não enxergava nada, estava desesperada logo começou a gritar e escutou a voz de seu pai.

- Filha o que houve? – soluçou ao ouvir a voz de seu pai, ele se aproximou dela e a abraçou forte. – Fale! – pediu com carinho enquanto enxugava as lágrimas do rosto da filha, que desciam cada vez mais.

- Papai, eu estou cega! – seu choro era apenas o que escutava no quarto, logo ela começou a soluçar e de repente se calou.

- Me perdoe Maite! – disse seu pai olhando a filha que agora não o veria mais nunca. – Eu sou o culpado pelo acidente, sua mãe morreu e agora você ficou cega e é tudo por minha culpa. – ele gemeu baixinho, para sempre carregaria aquela culpa infeliz nas suas costas.

- Não papai, não precisa ficar assim, eu vou me acostumar á ser cega. – soluçou baixinho. – Eu te amo muito pai, não me deixe sozinha, tenho muito medo, pois tudo o que vejo agora é só escuridão. – seu pai a abraçou mais forte novamente e juntos ficaram ali e aquele dia mudara o rumo de uma história.

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Maite limpava a casa em silêncio, mesmo sendo cega ela cuidava das atividades da casa junto com sua irmã mais velha Dulce Maria, que agora adentrava fazendo barulho com suas botas de couro, Dulce era uma bela mulher de 26 anos que fazia qualquer um suspirar com sua beleza mística, ela era ruiva, tinha os olhos castanhos amendoados e um corpo escultural. Maite tinha vergonha de ficar perto dos amigos de Dulce se sentia inferior, pois era cega.

- Maite! – exclamou Dulce vindo do portão dos fundos da casa. – Onde você está? – berrou e Maite sorriu aquela era Dulce Maria uma mulher autêntica e original.

- Estou aqui na sala! – logo escutou os passos de Dulce, que agora estava na frente dela. – Porque grita tanto Dulce? – perguntou rindo e Dulce sorriu ao ouvir o riso de Maite, apesar de tudo amava Maite mais que tudo e torcia pela felicidade da irmã.

- Bom... – suspirou. - Vim te chamar para irmos a capital, para fazer algumas compras que o papai pediu, e então? – Maite sorriu, não era muito de sair, mas adorava ir á capital, principalmente as feiras, as praças, a biblioteca.

- Claro que vou. – sorriu meigamente e abraçou Dulce. – Vamos?

- Vamos! – sorriu e foram de carona, logo chegaram à cidade e Maite pode sentir aquele aroma, de repente se sentiu mais livre e solta. Aproximou-se de Dulce e a ouviu conversar com alguém de repente, Maite então decidiu sair um pouco para explorar enquanto Dulce conversava.

Andou, Andou e escutou uma voz feminina, uma voz velha, uma voz madura, que a chamava...

- Menina! Venha aqui! – ordenou e Maite virou-se para tentar se aproximar da mulher, foi se guiando com o som da voz e sentiu que estava próxima a pessoa. – Meu nome é Maria e quando eu te vi senti algo especial, você é muito bonita menina, qual é o seu nome? – Maite sorriu meigamente.

- Meu nome é Maite, e eu sou cega senhora. – a mulher a interrompeu.

- Nunca se ache inferior as pessoas por conta disso menina, você pode ser o que quiser, não fique mais triste... – Maite abaixou a cabeça e derramou uma lágrima solitária.

- Desde que fiquei cega, tento ser feliz... – suspirou tentando conter as lágrimas. – Cada sorriso que dou é com muito esforço, eu não sou mais a de antes, eu consegui me acostumar a ser cega, mas a ferida nunca vai se cicatrizar... – a velha senhora sentiu pena daquela pobre moça.

- Você vai conseguir e agora você vai sorrir, pois é uma bela moça e tem muita coisa para viver, acredite... – Maite sorriu e a senhora também. – Seu sorriso é tão lindo menina! – Maite riu e sentou-se ao lado daquela senhora.

Dulce conversava animadamente com William Levy o fazendeiro que morava perto de sua casa, por acaso se encontraram e ele prometera a carona de volta. William era o fazendeiro mais rico e cobiçado de toda a cidade, além de ser muito bonito, era alto, másculo, loiro e sexy. Dulce sempre tivera uma queda por aquele belo homem, e não dispensaria uma carona. Logo procurou Maite por todos os lados e não encontrava a irmã se desesperou, será que havia acontecido algo ruim?

- William, a Maite estava comigo e sumiu. – dizia desesperada e ele tentava acalmar Dulce. – Me ajude a procura-la, por favor... – ele assentiu e Dulce foi procurar em um lugar e ele em outro, depois de muito andar avistou Maite sorrindo e conversando com uma velha senhora em um banco na praça. Ele suspirou bravo, desde que conhecera Maite Perroni não tinha paz, aquela menina o deixava com raiva só com um simples olhar apesar de ser cega ela era muito bonita e William reconhecia isso. Aproximou-se delas e encarou Maite que sorria para a senhora que agora o encarava. 

- Maite! – Ela encarou-o e ele ficou sério, pois sabia que Maite conhecia a sua voz. – Dulce está a sua procura! – dizia com a voz dura e Maite suspirou fortemente e abraçou a senhora.

- Quando eu vir a cidade procurarei a senhora, e vera que estarei mais feliz. – sorriu e a senhora segurou na mão de Maite.

 - Vai com Deus minha filha! – Maite andou e William foi à direção dela.

- Você é maluca? Nem conhecia aquela mulher como pode confiar assim nas pessoas? – perguntou sério e Maite parou em frente a ele.

- Eu acredito nas pessoas William, às vezes uma simples palavra pode mudar o seu dia e quem sabe te fazer mais feliz. – se virou, mas ele a segurou pelo pulso.

- É muito ingênua Maite, seu lugar é ficar isolada de todos, pois sua tristeza pode espalhar entre as pessoas. – Maite mordeu o lábio inferior. – Você nunca, mas será como antes Maite! – ela tentou se soltar, porém em vez disso seu corpo colou-se junto ao dele, ela suspirou baixinho e colocou a mão no peito dele, logo os lábios foram se aproximando e William a beijou, logo depois a soltou e a encarou com desprezo se arrependeu tanto por tê-la beijado. Logo viu Dulce que sorriu aliviada e se aproximou de Maite.

- O que deu em você Maite? Quer me matar? – Dulce berrou e Maite apenas ficou calada ainda tensa pelo beijo que havia dado em William e apesar de ser cega sentia que ele a encarava.

- Calma Dulce está bem, só porque sou cega você fica assim. – murmurou brava.

- Maite me promete que nunca mais vai fazer isso? – Maite suspirou.

- Prometo! – falou baixinho e Dulce sorriu e abraçou a irmã.

- Agora vamos o William vai nos levar para casa. - disse a ruiva e Maite deu de ombros.