Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde
Capítulo 10 – Você vai lembrar de mim..
Dulce...
Coração acelerado. Mãos trêmulas. Boca seca. Pernas Bambas.
Sentia-me assim desde que vi Anahi entrando pela porta da sala de teatro. Não ouso descrever a sensação de alívio quando a vi chegando.
Os cabelos molhados de quem acabara de sair do banho. A roupa informal, deixando-a com ares relaxados e confortáveis.
O sorriso doce. A postura séria. O olhar firme. Os gestos delicados. Any e Anahi. Contraste. Dualidade. Simetria...
Linda! Simplesmente linda.
Horas depois, no barzinho perto da faculdade, eu ainda sentia os mesmos sintomas. Já estava no terceiro chopp e bebia goles consideráveis, mas a boca continuava seca.
Aos poucos, eu começava a ter noção da bebida exata para saciar minha sede. Desviei meus olhos do copo e a olhei novamente...
Anahi estava sentada, de frente para mim, e conversava animadamente com Maite. Eu não conseguia desviar meus olhos. Ela sabia.
Sabia que eu a olhava, analisando-a atentamente. Sem deixar escapar nenhum detalhe. Vez ou outra nossos olhares se encontravam. Eu mantinha. Ela desviava.
O brilho dos olhos. A boca. O sorriso. O modo com que passava a mão pelo cabelo, jogando-os para trás.
A risada. A convicção ao defender seus argumentos. A firmeza nas palavras. Os gestos. O conjunto. Tudo... Magnetismo. Ímã.
O garçom trouxe meu quarto chopp. Ignorei o olhar reprovador das duas mulheres à minha frente e continuei apreciando a bebida.
Já estava me sentindo mais relaxada. A alegria tipicamente alcoolizada começava a surgir em meu peito. Crescente.
Chegou a um ponto que eu não conseguia mais disfarçar. Olhava. Cobiçava. Ela correspondia, depois negava...
-- Tô te achando muito calada, Dul... – Maite disse, voltando sua atenção para mim, fazendo com que eu desviasse meus olhos de Anahi. – E quando é assim, tenho medo.
Sorri. Maite sabia muito bem o motivo do meu silêncio. Encarei seus olhos, que escondiam um brilho levemente irônico, e respondi:
-- Não tenho nada a acrescentar sobre esse assunto, prefiro não participar.
-- Não gosta de falar de amor, Dul? – Anahi perguntou-me, mas deixou transparecer o tom de desafio na voz.
Aproveitei a saída de Maite que, após receber uma chamada do namorado, afastou-se para atender, e respondi a sua pergunta. Jogando. Atacando...
-- Não, professora... – Fiz uma pausa e deixei a resposta sair lentamente. Incompleta. – Prefiro usar outro verbo.
-- Qual? – ela perguntou-me reticente, pareceu ter medo da resposta e do caminho pelo qual a conversa se encaminhava
-- Fazer. – Sorri maliciosamente antes de responder – Fazer amor é muito melhor, não acha?
Ela desviou os olhos, sem responder. Eu sorri...
Lentamente, fui deslizando minha mão pela mesa. Até encontrar a dela... Toquei com a ponta dos dedos. Levemente.
Ela, que tinha a face virada, olhando um ponto qualquer na outra extremidade do bar, virou-se e olhou-me surpresa.
Quando ia puxar a mão, quebrando o contato, segurei mais forte... Minha mão agora envolvia a sua. Por completo.
-- Há quanto tempo é casada? – Perguntei tocando e rodeando sua aliança.
-- Quatro anos. – Ela respondeu observando meu gesto.
-- Era noiva quando teve o Mateus? – Continuei segurando sua mão, agora, olhando diretamente em seus olhos...
-- Sim...
-- E é feliz? – Perguntei e continuei com meus olhos fixos nos seus, ansiosa pela resposta...
Ela abriu a boca para responder, mas não chegou a completar. Apenas tirou sua mão da minha e continuou em silêncio, olhando para alguém atrás de mim.
Olhei na direção de seu olhar e vi que Maite se aproximava.
-- Meninas, vou ter que abandonar vocês. O Dado chegou de viagem e eu pretendo matar a saudade o quanto antes – Disse sorrindo, visivelmente feliz. Guardou o celular na bolsa e completou em seguida: – Vai comigo ou vai ficar, Dul?
-- Eu vou ficar, não quero ser empata foda. – Falei em tom de brincadeira – Depois pego um táxi.
-- Pegar táxi? Te deixo em casa, Dulce. – Anahi, que se mantinha calada, manifestou-se.
-- Assim fico mais tranqüila, Any... – Maite suspirou aliviada – Não gosto que a Dul fique andando de táxi essa hora. É perigoso!
-- Tá bom, mãe. – Sorri achando graça – Obrigada pela preocupação, mas eu já sou bem grandinha. Sei me cuidar.
-- Você bebeu quantos chopps, Dul? – Maite perguntou-me desconfiada. Eu ri, levemente divertida e embriagada?! – Sua voz ta até pastosa...
-- Acho melhor a gente ir também. – Anahi levantou-se e imitando o gesto de Maite, apanhou as comandas e dirigiu-se ao caixa. Tentei argumentar e fazer com que ficássemos mais alguns minutos, mas ela estava irredutível.
Despedimos de Maite, que seguiu pelo caminho aposto, e entramos no carro de Anahi.
-- Nossa! – Exclamei enigmática, após acomodar-me no banco do passageiro.
-- Que foi? – Ela perguntou, olhando-me interessada.
-- Seu perfume... Tá bem mais forte aqui dentro.
Falei como se fosse a descoberta mais interessante e intrigante dos últimos tempos. A verdade é que o carro tinha e estava com o cheiro dela. Fechei os olhos e respirei fundo, com a intenção de deixar aquele cheiro impregnado em mim. Abri-os novamente e a fitei. Ela sorriu e balançou a cabeça negativamente. Aparentemente, sem entender. Anahi manteve-se quieta por quase todo o percurso, apenas pediu-me para explicar o caminho de casa. E eu já não agüentava mais tanta apatia...
-- Liga o rádio, Any... – Pedi após longos minutos de silêncio.
-- Já estamos chegando na sua casa, Dul.
-- Mas eu quero ouvir música... – Pedi manhosa. – Liga!
Ela ligou e a música ecoou pelo ambiente...
http://www.youtube.com/watch?v=byJFiJ4D_TM
- Você Vai Lembrar De Mim - Nenhum de Nós.
Quando eu te vejo
Espero teu beijo
Não sinto vergonha
Apenas desejo...
Fechei os olhos, recostei a cabeça no banco e preparava-me para curtir a música, quando ela estacionou. Olhei pela janela e vi meu prédio.
-- Chegamos! – Ela disse divertida, certamente zombando-me pelo curto espaço de tempo com o rádio ligado.
-- Nem ouvi a música direito – Reclamei contrariada.
-- Ninguém mandou lembrar da música na parte final do caminho. – Ela respondeu, mantendo o humor no seu tom de voz. Achei lindo o modo com que ela sorriu ao final da frase. Resolvi arriscar...
-- Any, preciso de um favor seu. E é sério...
-- Que foi? – Ela perguntou preocupada e eu comemorei internamente.
-- Vê se eu ainda estou com cheiro de álcool... – Ela fez uma expressão confusa e eu continuei, explicando melhor... – É que a minha mãe não gosta que eu beba e, certamente, vai perceber se eu estiver cheirando a álcool.
-- Ela não gosta e você bebeu mesmo assim, Dul? – Ela disse chateada e ainda completou, repreendendo-me – Que irresponsabilidade...
Inclinei meu corpo e me aproximei dela. Deixando nossos rostos e lábios próximos...
-- E aí? – perguntei baixinho, com os olhos fixos ora em seus olhos ora em seus lábios.
-- O que?
-- To com cheiro de álcool?
-- Só um pouquinho... – Ela sussurrou, após encostar o nariz levemente em meu rosto, sentindo o cheiro.
-- E gosto?
-- Gosto? – perguntou-me sem entender...
-- É... vê se eu tô com gosto!
Disse e não dei tempo para que ela pensasse, apenas encostei meus lábios nos seus. Anahi tentou afastar-se, mas segurei sua nuca e aprofundei o beijo, fazendo com que minha língua invadisse sua boca.
Apertei sua nuca e a trouxe para ainda mais perto de mim. Envolvi minha língua com a sua. Ela, enfim, correspondeu... Fazendo com que elas bailassem juntas, numa sincronia perfeita. Levando-me ao delírio.
Mordia e puxava seus lábios. Explorava sua boca intensamente. Sentia seu gosto. Mel... Doce, como mel. Sôfrego. Desejado.
A música continuava tocando. Marcando, Ritmando o momento que se seguia..
Minha boca encosta
Em tua boca que treme
Meus olhos eu fecho
Mas os teus estão abertos...
Separamos nossas bocas longos minutos depois... Ainda mantinha-me próxima o suficiente para sentir sua respiração alterada.
Segurei seu rosto com ambas as mãos, acariciei com o polegar e contemplei sua face serena.
Anahi abriu os olhos e fitou-me...Suspirando e fechando-os novamente, quando, lenta e carinhosamente, rocei meus lábios nos seus.
Antes de tomar sua boca e iniciar outro beijo, sussurrei baixinho, quase encostada em seus lábios:
-- Você é linda, Any... Linda.
Mais você lembra,
você vai lembrar.
Vai lembrar sim,
você vai lembrar de mim.
Autor(a): lunaticas
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Capítulo 11 – Fato Consumado – Ou quase... Anahi... -- Chega, Dul... – Eu disse ofegante, separando nossas bocas. – Preciso ir embora. -- Não, Any... – Ela dizia, negava e voltava a beijar-me. Já estávamos assim há algum tempo, que eu não sei dizer quanto exatamente. Mai ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47
Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*
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claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47
Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.
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angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19
Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*
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annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28
Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^
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annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31
Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!
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Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59
A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais
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lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48
Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu
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dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15
Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*
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dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22
Posta mais, estou amando a web ><
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annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05
Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..