Fanfics Brasil - Capitulo 20 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo 20

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Capítulo 20 – Bicho de Sete Cabeças.


 


Dulce...


 


Depois daquela tarde e depois de ter conhecido o lado Any da Anahi que não foge, senti que minha vida não seria mais a mesma.
Só não tinha noção do quanto estava preparada para enfrentar essa mudança. Não sabia nem se estava preparada.
Anahi chegou de repente. Em um esbarrão.
Esbarrou no meu muro de proteção e o fez cair. Esbarrou na porta trancada do meu coração e a fez abrir.


E em um esbarrão, se fez equilíbrio. Entendimento.

Mas, antes de esbarrar em mim, Anahi já tinha sido esbarrada.
Seu coração já se equilibrava por um outro alguém.
Como enfrentar e aceitar a realidade que a cerca?


Pensar nisso, fez o meu coração bater apertado. Acelerado. Anahi, que descansava em meus braços, levantou, encarando-me.


 


-- Que foi, Dul? – Ela perguntou-me curiosa


-- O que? – Devolvi a pergunta sem entender. – Foi o que?


-- No que você tá pensando?


-- Ah, em nada importante. Por quê?


-- Seu coração disparou de repente. – Ela analisou-me cuidadosamente e completou: – Eu senti. Ele bateu mais rápido.


-- Eu... eu só estou com medo, Any.


Ela saiu dos meus braços, sentando-se na cama, e eu acompanhei seu gesto. Nos encostamos na cabeceira da cama e ela, aparentemente, sem saber o que dizer, permaneceu em silêncio. Apenas encarando-me.


-- Eu... queria saber como vai ser... daqui pra frente... – Deixei escapar baixinho. Sussurrado.


-- Dul, eu não posso te prometer muita coisa. E...


-- Any, eu...


Ela interrompeu-me. E, pela primeira vez desde que a conheci, vi desespero nos olhos de Anahi.


-- Não fala. Escuta. Só escuta e me deixa falar. Me deixa tentar.


Eu não disse mais nada. Silenciei-me e esperei que ela falasse ou tentasse.


Ela suspirou longa e profundamente. Abaixou o olhar, encarando as mãos e continuou, com a voz trêmula...


-- Eu não esperava e nem planejava você na minha vida, Dul. Não poderia ter fraquejado, nem deixado acontecer aquele primeiro beijo. Sempre tive controle dos meus atos. Sempre controlei muito bem a minha vida. – Fechei os olhos, já que não conseguia fechar os ouvidos do meu coração. A voz de Anahi parecia rasgar meu corpo. Estava ácida. Ela calou-se, abri meus olhos e senti o peso dos seus. Ela continuou... – Talvez, seja essa a emoção. A contradição. Você, no primeiro momento, teve gosto de adrenalina.


-- Eu não acre...


Tentei interrompê-la. Minha cabeça trabalhava sem parar. Sem acreditar que Anahi tinha se deixado levar pela adrenalina. Pelo proibido. Queria dizer-lhe tantas coisas...
Mas ela não se deixou interromper. Tocou meus lábios com a ponta dos dedos e continuou, deixando-me sem reação. E eu não consegui resistir ao seu mais simples toque.


-- Eu te achava mais uma adolescente bobinha, Dul. Mas isso foi antes. Antes de conversar, de te conhecer mais a fundo. Você acabou me surpreendendo. Me mostrou um lado maduro, sensual. E eu acabei não resistindo. – Ela parou de falar, apenas para enxugar uma lágrima que deixei escapar sem querer. – Tenho uma família. Tenho um filho, Dul. Não deixo de me sentir culpada, mas não vou negar que gosto de estar contigo. Conversar. Transar com você. Mas não posso te oferecer mais do que isso.


 


Depois de escutar e absorver as palavras de Anahi, eu tentei me lembrar da ultima vez que havia me sentido tão frágil. 
A verdade é que mesmo não gostando e achando exagerado, eu tinha a proteção da minha família, dos amigos. As pessoas não costumavam ser tão duras comigo. 
Apesar de me sentir mimada, no fundo, eu já tinha me acostumado. E, estando ali, diante da sinceridade de Anahi, que não mentiu e nem omitiu nada para me proteger, eu me sentia frágil. Impotente. Exposta.
Sentia medo. Medo do que sentia. Ela tinha falado o que eu temia ouvir. Jogou as cartas na mesa, mas deixou para mim a escolha. 
Eu escolhi. Sem pensar. Sem sentido. Só sentindo. Sentindo a necessidade urgente e recente de ter.
De ter o mel... de ter Anahi.


-- Eu quero continuar, Any.  Eu preciso. Sei que tem pouco tempo, mas eu me sinto refém... Eu...


-- Minha refém, é?! – Ela interrompeu-me. Sua voz estava sensual. Seu olhar já exibia um brilho conhecido. O brilho do desejo. – Então está na hora de te prender, Dul. Nos meus braços. Dentro da minha boca. Entre as minhas pernas e embaixo do meu corpo.


Deixei escapar um gemido sem querer, enquanto Anahi avançava em minha direção. Ali, beijando e explorando cada canto do meu corpo, ela me mostrou, mais uma vez naquela tarde, o lado bom de ser refém.  Mas foi, horas mais tarde, parada em frente ao meu prédio, depois da tarde intensa que vivemos, que eu senti o gosto amargo de ser refém da ``metade de alguém``. 
Anahi se despedia após receber uma ligação do marido. Deixou-me em casa e se foi...


Simples assim.


Mas nada fora do combinado, certo?! Combinado que eu, conscientemente, havia aceitado e firmado. Eu não entendo. Mesmo contradizendo todos os meus conceitos e agindo de forma irracionalmente emocional e apaixonada, não consigo entender esse efeito do amor. Vai ver que é essa a graça de quem ama, não é mesmo?! Se deixar entregar e envolver por esse bicho de sete cabeças. Se entendêssemos o amor e seus mistérios, não amaríamos. E eu me sinto envolvida não por uma, duas ou três cabeças, mas pelas sete. Inacreditavelmente, sete cabeças. Assustadoramente... Sete cabeças.


 


`` Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça (Não tem ninguém que mereça)
Não tem coração que esqueça (Não tem pé, não tem cabeça)
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito (Não dá pé, não é direito)
Não tem nem talvez ter feito (Não foi nada, eu não fiz nada disso)
O que você me fez desapareça (E você fez um)
Cresça e desapareça... (Bicho de Sete Cabeças) ``



Bicho de Sete Cabeças – Zé Ramalho – Interpretado por Zeca Baleiro.


http://www.youtube.com/watch?v=n7j-0xR4hEc



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Autor(a): lunaticas

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Capítulo 21 – Bem que se quis.   Anahi...   Depois da tarde com Dulce, cheguei exausta em casa. Só não esperava me sentir a pior das criaturas quando, sorrindo, meu marido e meu filho vieram me receber, como há muito não faziam. Aqueles momentos eram preciosos. Nós três. Juntos. Como uma família.  ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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