Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde
Capítulo 23 – Disritmia.
Anahi...
Loucura.
A palavra que melhor definia aquela situação toda era: loucura.
Eu estava em uma festa lotada de alunos e professores. Mas não estava na sala, junto de todos. Estava no quarto. Com Dulce.
Beijando.
Sentindo as carícias se intensificarem a cada segundo. Sem conseguir parar. Sem conseguir desgrudar daqueles lábios quentes e envolventes. E foi assim por longos e deliciosos minutos. Entre beijos, amassos e abraços.
Até baterem na porta...
Nos desgrudamos rapidamente. Dulce escondeu-se. Eu abri.
Maite.
-- O... Oi, Any. – Ela disse com a voz falha e tímida. Eu senti meu rosto ficar corado. Ela olhou para dentro do quarto, ainda escuro e continuou: – Eu vim procurar a Dul... Ela...
-- Estou aqui, Mai. – Dulce saiu de onde estava escondida e veio até a porta, acabando com as possíveis dúvidas de Maite do que se passara ali, deixando-me ainda mais constrangida.
Afastei-me, deixando as duas conversando. Entrei no banheiro, tentando me recompor. Olhava no espelho e via a minha imagem refletida. Por alguns segundos, nem a reconheci. Só conseguia me olhar e repetir mentalmente:
`` Loucura... Poderia ter sido qualquer pessoa. Algum outro aluno. Até um professor. Meu Deus... Onde estou com a cabeça?! ``
Passei uma água no rosto e senti o contraste entre a água gelada e o rosto quente. Quando abri os olhos, vi a imagem de Dulce refletida no espelho. Virei-me para perguntar como tinha sido a conversa com Maite e quando me preparei para fazer, a imagem sumiu. Suspirei cansada.
`` Só essa que me faltava. Ficar enxergando coisas. ``
Voltei para o quarto e elas continuavam lá, na porta. Com a diferença de que agora, a luz estava acesa. Dulce olhou para trás e me viu. Sorriu. Abaixei a cabeça, visivelmente sem graça. Logo voltamos para junto de todos. Sem falar nada. Quando estávamos quase chegando na sala, Maite puxou-me pela mão e me abraçou. Sussurrando em meu ouvido:
-- Cuida bem dela, Any...
Sorriu.
Sorri de volta, acenando com a cabeça. E concordando com o seu pedido. E o restante da festa passou sem mais acontecimentos. Dulce e eu só trocamos olhares. Em um mútuo entendimento de que terminaríamos o que começamos naquele quarto, em um outro quarto. Em um outro dia...
-- Dul, calma.. A gente já está chegando no motel. – Ela tinha urgência em me beijar. Mas os beijos eram calmos. Doces. E estavam tirando, totalmente, minha concentração – Você não me deixa dirigir desse jeito.
Ela só parou quando entramos no lugar.
Um mês havia se passado. E, Dulce e eu, continuávamos a nos encontrar.
A cada encontro, eu descobria algo novo ao lado dela. Por incrível que pareça, Dulce, com sua pouca idade, ensinava-me mais do que eu a ela.
E hoje, especialmente, eu sentia algo diferente em seu toque. Diferente do que eu estava acostumada.
Após entrarmos no quarto, ela não tirou minha blusa com urgência e nem me beijou com pressa.
Fez ao contrário. Sentou-se na cama e puxou-me para seu colo. Segurou meu rosto com ambas as mãos e o puxou para junto do seu, colando nossas testas.
Eu sentia sua respiração bem próxima da minha. Sua boca roçando suavemente.
Até que ela sussurrou baixinho:
-- Adoro ficar assim, respirando o mesmo ar que você.
Abri os olhos e vi tanta ternura nos seus. Sorri. Ela beijou-me devagar. Saboreando e explorando cada canto da minha boca e língua.
Tirou minhas roupas e as suas. Sem deixar de me olhar. Seu olhar estava turvo. Profundo.
Deitou-me cuidadosamente na cama e cobrindo meu corpo com o seu, passou a movimentar-se lenta e cuidadosamente.
Sentia seus lábios percorrendo meu pescoço. O ombro.
Ela aumentou o ritmo. Seu sexo cada vez mais em contato com o meu.
Eu arranhei suas costas. Apertei o bumbum, trazendo seu corpo para mais junto, fundindo-se com o meu.
Ela mordia a orelha e ameaçava sussurros, mas não os dizia...
Eu já sentia meu corpo convulsionando-se, numa lenta e torturante espera pelo gozo.
Até que ele veio. Tranqüilo, mas intenso. Sem pressa, mas urgentemente saboreado.
Dulce apoiou o peso de seu próprio corpo nos braços e afastou-se, de maneira que pudesse me olhar melhor.
E olhou...
Olhou com um brilho nos olhos tão intenso que eu tive vontade de perguntar o motivo.
E eu o faria se ela não tivesse me calado com um beijo terno. Lento.
Sua mão deslizou vagarosamente pelos meus seios. Apertou e massageou um. Logo depois, fez o mesmo com o outro.
Passou pela barriga, em um carinho suave, e desceu até meu sexo. Já molhado. Exigente. Pulsante.
Acariciou.
Eu gemi.
Ela desgrudou os lábios dos meus e beijou toda a extensão de meu rosto.
Até o lóbulo da orelha. Mordeu. Beijou e sussurrou com a voz quente. Rouca. Louca.
-- Me apaixonei, Any. Me apaixonei por você.
Ela disse e logo me penetrou rapidamente. Não tive tempo de associar as palavras. Minha mente tentava me alertar, mas a urgência, a febre do corpo não deixava.
Até que ela, após movimentos rápidos e lentos. Fortes e fracos. Saciou a sede de prazer que meu corpo sentia.
Deixou que seu corpo pesasse sobre o meu e, repetiu baixinho:
-- Estou completamente apaixonada por você, Any...
Fechei e apertei os olhos. Não querendo ouvir. Prendi a respiração e me contrai, sem saber o que fazer ou falar.
-- Não precisa dizer nada, Any. – Ela disse enquanto deitava ao meu lado. – Eu só precisava te dizer.
-- Desde quando, Dul?
-- Acho que desde a primeira vez que realmente te vi. – Fechei os olhos enquanto ela falava. Senti seus dedos trêmulos acariciando meu rosto. – Você é perfeita, Any. Me encantou. Me hipnotizou desde a primeira vez.
Abri novamente os olhos e sentei-me na cama. Ela fez o mesmo.
-- Dul, eu não quero te magoar. Acho melhor a gente parar por aqui. – Eu disse, preocupada. Assustada. – Isso tudo já foi longe demais e ...
-- Shii... – Ela tocou meu lábio com o dedo. – Não fala nada. Eu não quero que você se sinta pressionada. Não quero que me responda e nem faça nada. Eu só precisava compartilhar esse sentimento contigo. Não agüentava mais guardar pra mim.
-- Mas eu...
-- Não vai mudar nada, Any. O acordo é o mesmo. Só não fala nada, deixa eu te amar. Eu preciso.
Sem saber como agir, eu deixei. Me entreguei.
E ela amou. Se entregou. E doou. A noite inteira.
Sentia paixão em cada toque. Em cada beijo.
Sentia seu coração bater na boca que acariciava. Nas mãos que tocavam.
Sentia o meu bater acuado. Descompassado.
O silêncio do quarto era ocupado com o som de gemidos e corações batendo.
Disritmia.
`` Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo.
Que bom é ser fotografado, mas pelas retinas dos seus olhos lindos.
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia. ``
Disritmia – Composição Martinho da Vila – Interpretado por Zeca Baleiro
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47
Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*
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claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47
Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.
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angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19
Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*
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annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28
Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^
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annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31
Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!
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Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59
A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais
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lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48
Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu
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dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15
Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*
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dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22
Posta mais, estou amando a web ><
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annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05
Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..