Fanfics Brasil - Capitulo 24 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo 24

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Capítulo 24 – Suburbano Coração.


 


Dulce...


 


Depois de ter confessado para Maite estar apaixonada por Anahi, senti que o sentimento ganhou vida e força. 
Externalizar, era o que faltava para que eu sentisse, de fato, todas as conseqüências de estar apaixonada – por um alguém `` proibido ``.
Depois da festa, Maite fez-me contar toda a história. Do começo ao fim.
Ouviu atentamente cada palavra que saia de minha boca. Com os olhos atentos. E em silêncio.
Silêncio esse, que já foi o bastante para assustar-me. Maite era dada a tudo, menos à falta de palavras.
Já havia terminado de contar e esperava que ela se pronunciasse, mas ela não o fez. Eu já sentia a angustia tomar cada canto do meu ser, até que ela, sentada ao meu lado na cama, puxou-me para seu colo e envolveu-me em um abraço apertado. Protetor. Consolador.
Eu não sabia o que dizer. Aquilo tudo era tão assustador e gigantesco. Me sentia tão miseravelmente pequena.


-- Agora você acredita no amor, Dul? – Ela perguntou divertida.


Separei-me de seu abraço e encarei aqueles olhos que, por mais que estivessem oferecendo-me apoio, não deixavam de ter um brilho de acusação. Repreensão.


-- Eu... não queria, Mai... Tô com tanto medo... Eu... Desculpa! – Eu disse com a voz embargada, tentando não fraquejar. Mas não consegui, foi mais forte que eu. Chorei. 


Chorei como uma criança desamparada e desprotegida. Chorei como há muito não chorava.
Maite abraçou-me mais uma vez e tentou me acalmar. Ela segurou meu rosto com as duas mãos e, após limpar algumas lágrimas que ainda escorriam, disse com a voz doce e preocupada:

--  Dul, o que eu preciso te falar, você não quer ouvir, mas é necessário. Você sabe, não é? – Balancei a cabeça em sinal afirmativo e ela continuou. – Ela é casada, meu amor. Tem um filho. E deixou claro só quer sexo. Não acho certo isso. Não quero que você se machuque, Dul. Me preocupo tanto com você.
-- Eu gosto de fazer sexo com ela. – retruquei emburrada
-- Mas não quer só isso, Dul. Você acabou de me confessar que está apaixonada por ela. 
-- Você sempre quis que eu me apaixonasse. Por que tá brigando comigo agora? – questionei sem entender.
-- Dul, presta atenção. – Ela ajeitou-se na cama e eu a olhei, prestando toda a atenção que eu dispunha – É a primeira vez que você gosta de alguém de verdade, não deixe que isso se torne algo negativo.
-- Ela me faz bem, Mai. Eu gosto de estar com ela.
-- Tudo bem, Dul. Mas todo esse gostar tomou uma dimensão maior a partir do momento que você se descobriu apaixonada. – ela afirmou convicta.
-- Mas quando eu estou com ela, nos nossos momentos, minha paixão é saciada. 
-- E quando sua vontade for maior que as possibilidades?
-- Querer não é poder Maite. – eu respondi orgulhosa


Ela deu um sorrisinho irônico e suspirou, parecendo cansada. E sem parecer acreditar, questionou:


-- E você pretende fazer o que agora?
-- Nada. Eu não pretendo fazer nada. Eu quero continuar curtindo a companhia dela. O jeito, o corpo.
-- Tudo bem, Dul. Eu te conheço e sei que não vai adiantar falar nada. Só espero, de coração, que o final dessa história não seja do jeito que eu penso que vai ser..


Incrível. Um mês após aquela conversa com Maite, eu me lembrava de cada detalhe e frase ditas. 
Estando ali, com Anahi, em mais um de nossos encontros. Eu tive a certeza de que minha vontade era maior que todas as possibilidades. Sentia aquele sentimento crescer e sufocar no meu peito. Eu precisava dizer. Precisava demonstrar de alguma forma.
Durante o caminho, eu a cobria de beijos, carinhos e olhares apaixonados. Queria que ela percebesse. Queria que sentisse tudo aquilo que tentei ocultar até agora.
Ao chegarmos no motel, eu não quis a pressa de sempre. Saboreei e senti cada parte de Anahi. Como se fosse a última ou a primeira vez. Tinha seu corpo entregue. Tão meu. 
Anahi havia acabado de go*zar em meus dedos. Inundando minha alma de felicidade. Felicidade por ter a chance de proporcionar prazer à mulher que eu amo.
Não resisti e deixei que meu coração falasse em forma de palavras.
Confessei, enfim, que havia me apaixonado.
E engoli a vontade de chorar, ao ver a nuvem densa e negra que cobriu os olhos, antes tão límpidos, de Anahi.
Falei sem pensar e percebi que Anahi havia se assustado. Seu corpo se retesou e senti que havia um muro de proteção entre nós. Mas eu não queria que nada mudasse, eu só queria poder sentir essa paixão. Mesmo que não correspondida.  Eu queria que Anahi sentisse. Apenas sentisse e soubesse que ela existe e ocupa uma parte recém descoberta, mas bonita e pura, de meu coração.

-- Você vai fugir de mim, Any? – Perguntei insegura, enquanto aconchegava-me em seus braços. Anahi envolveu meu corpo em um abraço tímido.
Depois da confissão e da fuga. Havíamos nos entregado novamente ao prazer latente. Dos corpos e, de forma unilateral, da alma. Ela não respondeu imediatamente. Eu sentia apenas o movimento de seu corpo, causado pela respiração ainda ofegante.


-- Eu não sei, Dul. Eu não queria. Não quero te machucar. – Ela respondeu com a voz trêmula. Insegura.
-- Você vai machucar se me deixar. –  Ergui a cabeça e encarei seus olhos. – Eu já disse que não espero nada em troca, Any. Nem quero que nada mude.
-- Eu sei, Dul. Mas não é certo. Eu não poderia ter deixado chegar tão longe, entende? Me sinto culpada.
-- Você não tem culpa por eu ter me apaixonado, Any. Quer dizer, até tem, mas não em um sentido ruim.
-- Eu não sei. – Ela forçou o corpo e eu desprendi-me de seus braços. Observei enquanto ela pegava suas roupas espalhadas pelo quarto e as vestia. – Preciso de um tempo, Dul. Pra colocar as idéias no lugar. Eu...

-- Tudo bem, Any. – A interrompi, dizendo enquanto também me vestia. – Eu espero.

Terminamos de nos vestir e fomos embora. O caminho até a minha casa foi feito em silêncio. Silêncio esse que só fora quebrado com as gotas de chuva que batiam no vidro. Contribuindo ainda mais para o aumento do clima tenso e melancólico que se instaurou.
Anahi parecia não saber o que dizer ou fazer. Eu já tinha dito mais do que deveria. O silêncio parecia mesmo a melhor canção para aquele momento constrangedor. Chegamos em frente ao meu prédio e eu sorri ao lembrar de algumas das vezes que Anahi parava o carro ali e seu Manoel esticava os olhos, todo desconfiado. 
Anahi sorriu também, parecendo compartilhar das mesmas lembranças.  Ficamos nos olhando e eu fotografei, com os olhos de quem se ama, cada traço daquele rosto.
Ela foi a primeira a desviar os olhos. Olhou para suas mãos firmes no volante, voltou seu olhar para mim e disse: 


-- Eu te procuro, Dul. É só o tempo de me organizar e... entender...
-- Eu espero! – Respondi convicta. 
-- Bom, então... – Ela parecia indecisa. Confusa.
-- É... Então até mais...


Eu aproximei meus lábios de seu rosto e toquei sua bochecha com carinho. Depositando um beijo terno. Sorri e lancei-lhe um último olhar antes de alcançar a maçaneta e abrir a porta. Quando estava com metade do corpo já fora do carro, entrei e puxei a porta novamente, avançando em sua direção e colando minha boca na sua com desespero.
Mordendo a boca. Sugando a língua. Chupando os lábios. Fazendo e sentindo naquele beijo uma infinidade de sensações. Emoções à flor da pele. Encerramos o beijo e nos despedimos sem palavras. Entrei no prédio e passei direto pelo porteiro. Chamei o elevador, mas ele estava cheio. Fui pelas escadas. Não queria ver ninguém. Parei em um andar qualquer e sentei. Constatando o óbvio, mas tão difícil de ser enxergado por quem vive e sente.
Não era paixão. Nunca foi.
Por sua intensidade e dimensão.
Não era paixão. Era amor.
Amor...
Eu a amava.
Chorei. Ainda sem conseguir acreditar.
Chorei e senti as lágrimas de sangue que saiam de um coração ferido, desaguarem na boca. Deixando um sabor amargo. 
Lágrimas. Uma das tantas que viriam. 
Sofrimento. Angústia.
Dor sem remédio. Doença sem cura. 
Que só é sentida por quem ama...


`` Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus? ``


 


portinon_vondy  Que bom q esteja gostando Riso



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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