Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde
Capítulo 27 – Cheiro de Amor
Anahi...
Voltei completamente desconcertada para a mesa. A conversa, que já estava chata, agora estava praticamente insuportável. Não conseguia controlar meus pensamentos.
`` Quem Dulce pensa que é pra me beijar assim?! Assim com tanto fervor e vontade. Ai, que ódio! ``
E nem a vontade que sentia de voltar naquele banheiro e receber mais daqueles beijos. Eu estava ficando louca. Completamente louca. E, pelo visto, era uma loucura visível. Visível ao ponto de Alfonso perguntar se eu estava bem. Respondi que sim e ele abrigou-me em seus braços. Me senti sufocada. Queria ir embora dali o mais rápido possível. Quando resolvi pedir para irmos embora, Alfonso comentou, parecendo gostar de observar a cena, se divertindo,:
-- Essa juventude. Olha a garota em cima da cadeira. Nessa idade eu ainda era tímido.
Virei-me para ver de quem – e de que – ele falava.
Dulce.
Estava em cima da cadeira, fazendo gestos e palavras quase indecifráveis, claramente embriagada. Maite olhou-me e eu apontei para o banheiro. Ela desceu Dulce e, com bastante dificuldade, a levou até o banheiro. Expliquei que Dulce era uma aluna e que veria se ela estava bem. Caminhei rapidamente até o banheiro. Tentei conversar, mas Dulce não me deu chances. Beijou-me. Aumentando ainda mais aquela vontade louca que eu sentia dela. Fazendo surgir uma raiva crescente e incessante. Raiva por sentir. Por querer. Por não conseguir resistir. A minha vontade era de brigar. Bater. Mas ela nem sabia direito o que estava fazendo ali, mal conseguia formular uma frase. Sai de lá, deixando-a na responsabilidade e cuidados de Maite. Ela prometeu-me cuidar e levar a garota para casa.
Eu precisava esfriar a cabeça e, principalmente, meu corpo. Dulce foi embora. Minutos depois, alegando estar passando mal, Alfonso e eu também fomos. Eu não conseguia esconder minha alteração de humor. Me sentia frustrada. Preocupada. Ele pareceu entender que a noite não havia saído como planejado. Não tentou nada além de beijos e abraços carinhosos. Esperei que ele pegasse no sono e liguei para Maite, certificando-me que Dulce estava bem. Agora sim, eu poderia – tentar – dormir tranqüila.
O final de semana passou sem mais acontecimentos. Só pensamentos... Um atrás do outro. Conflituosos e angustiantes. E nesse ritmo, também, a semana passou. Cheia de trabalho. Tentando não lembrar. Esquecendo para não ceder. Mas, qual é o limite do limite?
O limite foi uma ligação.
Eu conversava animadamente com Celeste, em sua mesa, na recepção, quando Anita, que estava em minha sala, trouxe meu celular e um recado:
-- Doutora Anahi, seu celular estava tocando sem parar. Como a senhora não escutou, resolvi traze-lo até aqui.
-- Obrigada, Anita. – Respondi sorrindo, grata pelo gesto gentil da jovem estagiária.
Olhei o nome de quem havia ligado e meu sorriso foi morrendo lentamente.
Ela. Sempre ela... Dulce.
Já havia decidido a não retornar a ligação. Ela tentou uma, duas, três, várias vezes.
Até que não resisti. Não mais. Atendi...
-- Any? – Ela perguntou, surpresa.
-- Oi, Dulce.
-- É... – Ela exitou. Aparentemente, sem saber o que falar. Após alguns segundos de silêncio e indecisão, completou: – Tudo bem contigo?
-- Bem e você?
-- Bem também.
Novamente o silêncio se fez. Constrangedor e imenso.
-- Eu liguei... Liguei... É...
Eu sorri. Dulce gaguejava, sem conseguir articular uma frase completa.
Ela sorriu também. E, de alguma forma, serviu para que o clima tenso e constrangedor fosse amenizado.
-- Eu liguei por três coisas.
-- A primeira? – Perguntei interessada.
-- Queria ouvir sua voz. – Ela falou baixinho, como se confessasse um segredo. Fazendo-me fechar os olhos e sorrir, involuntariamente. – A segunda é que eu queria muito conversar com você.
-- Hum... E a terceira?
-- Te ver. Preciso te ver, Any...
-- Dul...
-- Eu sei que você também quer.
-- Por que você insiste tanto? – Questionei-lhe sem entender. Querendo entender.
-- Porque eu te amo!
E ela acabou explicando-me de forma que não deixava espaço para dúvidas. Aceitei. Dei-me por vencida. Cedi. Uma hora depois eu estava no mesmo quarto, do mesmo motel. Esperando Dulce. Ela estava de carro e não demorou muito a chegar. Linda. Com o mesmo brilho nos olhos. Chegou tímida. Sem saber como agir e nem onde colocar as mãos. Cumprimentou-me com um beijo no rosto e sentou-se ao meu lado, na cama. Na verdade, eu também não sabia como agir. Foi ela quem quebrou o silêncio. Tentando se explicar, visivelmente sem graça:
-- Queria te pedir desculpas por aquele dia, no bar, Any.
-- Tudo bem, Dul. Já passou.
Respondi compreensiva, tentando deixa-la à vontade.
Dulce, abaixou o olhar e disse baixinho:
-- É que eu sabia, mas ver é diferente, sabe?! `` Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque, por um segundo, essa pessoa está segurando meu mundo inteiro. ``
Sorri ao reconhecer aquela frase. Dulce citara, com maestria, um de meus escritores preferidos: Caio Fernando Abreu. Não precisei falar nada. Apenas a olhei. Nossos olhos conversaram e se entenderam por longos minutos. Fecharam-se apenas para dar lugar à conversa de gestos e toques.
Línguas e lábios.
Corpos quentes e saudosos.
Beijos cálidos.
Dulce tirou minhas roupas e as suas. Sentei no seu colo. Deixando que meu sexo, já molhado, entrasse em contato com o seu, também molhado. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e, sem desviar meus olhos dos seus, passei a me movimentar.
Dulce apertou minha cintura. Trazendo meu corpo para mais junto do seu. Beijou minha boca. Mordeu o pescoço. Sugou e apertou os seios. Eu respirava, ofegante, encostada em seu pescoço. Mordendo. Lambendo. Gemia e mordia sua orelha. Dulce incitava. Provocava.
Me fazendo entregar. Sussurrar. Gozar. Deitou-me na cama e explorou. Amou. Sugou.
Cada pedacinho.
Cada gota dos gozos causados por ela. Pra ela.
Eu entreguei. Senti. Gemi.
Sem deixar que a barreira do incerto me impedisse,
Me doei. Me dei. Toda.
Inteira. Completa.
Completamente inteira.
`` De repente fico rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer
E, confesso, tive medo, quase disse não.
Mas o seu jeito de me olhar, a fala mansa meio rouca
Foi me deixando quase louca já não podia mais pensar
Eu me dei toda para você
De repente... ``
Cheiro de Amor – Maria Bethânia
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47
Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*
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claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47
Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.
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angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19
Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*
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annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28
Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^
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annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31
Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!
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Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59
A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais
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lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48
Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu
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dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15
Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*
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dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22
Posta mais, estou amando a web ><
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annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05
Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..