Fanfics Brasil - Capitulo 52 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo 52

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Capítulo 52 – Tanto.


 


Anahi...


 


Ficar sem saber de Dulce estava sendo torturante. Eu andava de um lado pro outro, pensando no que fazer. Quando já havida desistido de achar uma solução, lembrei-me de uma pessoa. Corri em direção ao meu celular, sem pensar duas vezes, disquei rapidamente.

-- Maite? Sou eu, Anahi.
-- Oi, Any
. – Ela respondeu surpresa 
-- Bom, eu imagino que Dulce esteja aí com você, vou ser breve. – Ela silenciou-se, escutando-me atentamente. – Queria te agradecer pelos conselhos e pelo apoio daquele dia.
-- Imagina, Any. Eu gosto muito de você, de verdade.
-- Separei do meu marido
. – Falei rapidamente, interrompendo-a.
-- O que?
-- Não consigo mais esconder Maite.
– Suspirei, cansada. – Não consigo mais viver sem a Dul.
-- Você já falou com ela? Ela precisa saber Any.

-- Eu já tentei todas as formas de contato, mas ela não responde.
-- Já tentou falar pessoalmente
? – Ela sugeriu – Ela precisa saber logo.
-- Como? Dulce só me ignora Maite.
-- Hoje à noite nós estaremos naquela boate, a GLSexy, conhece? 
-- A da rua principal?
-- Isso! Você vai até lá, finge que foi uma coincidência e aproveita pra falar com ela.


Deixei que minha mente processasse toda e qualquer conseqüência que aquele encontro inesperado – por Dulce – pudesse trazer. Maite, quebrando o silêncio e interrompendo meus pensamentos, disse:


-- Quando nós estivermos na porta, eu te dou um toque, certo?
-- Certo. 
-- Espero que vocês se acertem Any. 
-- Eu também.
– Concordei apreensiva. – É ahm... Maite?
-- Oi?
-- Obrigada. Por tudo.
-- Dois pontos na média, professora
. – Ela respondeu, divertida.
-- Chantagista.

Antes de desligar, ainda consegui ouvi a risadinha marota do outro lado da linha. Sorri.
Maite estava sendo uma `` surpresa risonha pelo caminho ``
Ansiosa, passei a tarde no apartamento da frente. Na nova casa de Alfonso.
Depois de conversarmos com nosso filho, decidimos anunciar a separação.
Mateus, reagindo melhor do que eu esperava, aceitou sem maiores problemas.
O fato do pai estar no apartamento da frente, contribuiu muito para essa aceitação, nossa rotina pouco havia mudado não tive conhecimento e nem presenciei a conversa dos `` homens da casa ``, mas pela reação de Mateus, Alfonso soube explicar e contornar muito bem a situação. Mais uma vez, eu seria grata por toda vida. Ainda sem explicar o motivo para os familiares e amigos, eu fugia, incansavelmente, de conversar e dar explicações para minha família. Principalmente, minha mãe.
Por toda complicação da situação, eu sabia que enfrentaria reações desagradáveis. Ainda não estava preparada para enfrentá-los.
Ali, sentada no sofá do apartamento de Alfonso, o qual eu mesma ajudei a decorar, dando um toque familiar ao ambiente, eu lhe contava todos os detalhes da minha história com Dulce.
Ele quis saber e entender. No começo, eu não quis lhe dizer, mas Alfonso estava aberto, sem resquícios de mágoa.
Admirável.
Eu só conseguia lhe dirigir olhares carregados e transbordando admiração. Eu o julgava tão distante e alienado, tão focado em si mesmo. A cada dia que se passava, ele me provava o contrário. Com palavras de incentivo e apoio, com os braços abertos, com o coração puro.
Alfonso provou-me que o egoísmo era – e estava – na primeira pessoa do singular.


Eu.
Meu. 
Me culpava não por ter descoberto esse egoísmo, mas por ter descoberto tarde demais. Observei Alfonso voltar da cozinha com duas xícaras na mão.
Sorri.
Depois que ele aprendeu a fazer café, o meu foi substituído rapidamente.

-- Nós já conversamos de mim, Poncho. – Eu disse, enquanto pegava a xícara. Provei e sorri, aprovando o sabor do café. Olhei para ele e completei: – Agora eu quero saber de você.
-- De mim? – Ele se assustou. 
-- Durante todos esses anos, em alguma das viagens, nenhuma mulher?
-- É estranho falar disso com você. – Ele disse, arrumando-se no sofá.  – Ficou desconfortável. 
-- Ah, Poncho. – Protestei. – Vai inventar timidez agora? 
-- Não me lembrava de você tão insistente e teimosa. 
-- Fala logo.

Sorrimos.


-- Sim, foram várias mulheres. – Ele admitiu, visivelmente sem graça. – Mas nenhuma que me fizesse perder a vontade de voltar para casa.
-- E agora? 
-- Agora o que?
-- Ah, Poncho. Vai me dizer que você não tem ninguém em vista? Sempre foi um conquistador.
-- Não completa a frase, Anahi. – Ele pediu, fingindo-se de ofendido. – Sempre fui muito seletivo.
-- Não desvia o assunto eu ainda te conheço, esqueceu?
-- Advogados. – Ele deixou escapar, arrancando-me um sorriso. – Ainda está muito recente nossa separação, mas devido aos fatos, que nós já sabemos de cor e salteado, eu estou tentando voltar a ser um conquistador e ganhar o coração da nossa vizinha.


Franzi a testa, tentando puxar na memória os dados dos nossos vizinhos.
Carlos e Patrícia, casados. Descartei.
Só sobrava.
Não... Me assustei só em pensar que Alfonso. Não... Não pode ser.
Interrompi o pensamento e, sem conter a surpresa na voz, questionei:


-- Você quer conquistar a Dona Amélia?

Alfonso se engasgou com o café, gargalhando logo em seguida. Por mais impossível e absurdo que fosse a idéia , nada era absurdo no amor. Eu era a maior prova disso.

-- Anahi, a Dona Amélia, praticamente, me viu nascer.. – Ele respondeu, ainda com resquícios de riso na voz. – Tenho por ela um apreço e um respeito imenso. Mas é uma relação maternal.
-- Ué, se não é ela, não sobrou mais nenhum vizinho.
-- Carlos e Patrícia se mudaram mês passado. Ela chegou tem pouco tempo.
-- Sério? – Perguntei, surpresa. – Preciso prestar mais atenção nos nossos vizinhos.
-- Anahi, nem pense nisso.
-- Nisso o que querido?
-- Em se sentir o cupido da vez. Nunca deu certo.
-- Nem com o Julinho. – Completei, sorrindo.

Ah, Julinho meu querido amigo. Nunca esquecerei do dia em que tentei lhe arrumar uma namorada. Foram desastres consecutivos. Encontros e Desencontros.
E no final das contas, a namorada já tinha namorado e Julinho já estava apaixonado.

Julinho... Julinho.

Sorri, enquanto repetia seu nome mentalmente. Só de lembrar dele meus olhos se enchiam de lágrimas. Seria tão bom se você ainda estivesse aqui pena que a vida te levou tão cedo. Tão jovem. Lembrei-me de papai, que também se foi tão jovem. Foram duas perdas, duas pessoas essenciais em minha vida.
As lembranças traziam a presença.
A realidade, a perda.
A saudade apertava e comprimia o peito.
Trazendo a dor. Aumentando a saudade.
Saudade...


“ Ai. Saudade é uma coisa azul e amarga com carne por fora e espinho por dentro ”


Concordei mais uma vez que: Os bons morrem jovens.

-- Ei, não pensa nisso agora. – Alfonso se aproximou, limpando uma lágrima saudosa que teimou em cair. – Você tem um encontro e tem que estar bem.

Sorri. Olhei para o relógio e vi que estava na hora de me arrumar.
Fui para casa e, após tirar o guarda roupa todo para fora, encontrei o vestido perfeito. Tomei um banho e me arrumei.
Maite, como combinado, me deu o toque, avisando que elas já estavam lá. Antes de sair, voltei ao apartamento de Alfonso e, após receber vários elogios, segui, confiante, até a boate. Lá dentro, tudo aconteceu muito rápido. 
Cheguei e, um pouco perdida, caminhei diretamente para o bar. Pedi uma bebida e fiquei por ali. Algumas mulheres me abordaram, mas nada muito diferente do que eu estava acostumada.
Até chegar Olívia. Ela se apresentou e, simpática, permaneceu ali. Conversávamos distraidamente quando, no meio da conversa, Dulce me encontrou acendendo uma ponta de esperança quando, possessivamente, enlaçou minha cintura e encarou Olívia de frente. Tentei não deixar que meu nervosismo comprometesse o `` acaso `` do encontro, mas Dulce, a cada instante, me surpreendia agindo como se fosse minha namorada, ela enfrentou Olívia, quando a mesma me beijou. Puxou-me até um canto qualquer da boate e, a partir dali, éramos só nós duas. Sem diferenças e descrenças.
Éramos a concretização do amor.
Beijos sem fim.
Arfar de peitos.
Corações descontrolados.
Éramos dois em um.
Um só coração.
Eu me derretia nos braços e na boca de Dulce.
Ela me beijava com delicadeza
Eu correspondia com amor.
A saudade multiplicou os beijos.
As mãos tatearam no escuro dos corpos, um caminho iluminado pelo desejo.
A cada abraço, eu sentia que ali, nos braços de Dulce, eu me encontrava.
Eu me perdia em anseios e desejos.
Eu me refazia em seus lábios
Eu era dela
Eu estava com ela.
Pra sempre.


-- Moça – Senti alguém me cutucar. Separei-me dos lábios de Dulce e virei, prestando atenção no que ele falava. – A sua namorada tá te esperando lá fora.


Sem saber o que responder, limitei-me a observar o senhor à minha frente com o uniforme da boate, ele apresentou-se como o vigia do estacionamento. 


-- Acho melhor a senhora se apressar, ela está bastante irritada e nervosa. 
-- Deve estar havendo algum engano, eu não tenho namorada. O senhor...
-- Não, dona. – Ele me interrompeu. – Fica tranqüila que eu não vou contar nada do que eu vi.
-- Não se trata disso, senhor Nelson. – Eu disse, após ler no seu crachá. – Eu não tenho namorada nenhuma.


Dulce tirou os braços que envolviam minha cintura e deu um passo para trás, encostando-se na parede. Olhei para ela de relance e vi sua expressão fechada. Virei-me novamente para o vigia, disposta a esclarecer e dar aquele assunto como encerrado.

-- Obrigada por vir até aqui, mas o senhor se enganou.
-- Dona, não faz isso comigo eu posso até perder meu serviço. A sua namorada...
-- Eu já disse para o senhor que não tenho namorada.  – O interrompi, irritada.
-- Faz o seguinte, dona: a senhora me acompanha até lá se for sua namorada bem, se não, a gente resolve isso de uma vez.


Aceitei desejando resolver aquele mal entendido e voltar para os braços de Dulce. Caminhei até ela e pedi para que esperasse alguns minutos. Ela não respondeu apenas balançou a cabeça. Alguma coisa dentro de mim gritou para não ir.
Mas eu fui.
Depois de provar que a namorada brava não era minha, voltei correndo para dentro da boate. Caminhei para o local em que estava com Dulce e não a vi. Fiquei alguns minutos parada observando o vazio. Pensei na possibilidade dela ter ido comprar uma bebida. Procurei pelo bar e nada. Comecei a me chatear quando vi Maite, sentada em uma das mesas sozinha.
Fui até lá.


-- Any, eu estava te procurando.
-- Você viu a Dulce? – Perguntei desesperada.
-- Eu ia te perguntar sobre isso agora ela passou como um furacão por mim. Vocês brigaram de novo?
-- Acho que não é pra gente ficar se acertar Maite.
-- Por que, Any? – Ela perguntou, preocupada. – O que aconteceu?


Contei rapidamente a história e Maite se indignou com a falta de maturidade de Dulce.


-- Any, ela sabe que você não tem namorada nenhuma não acredito que ela agiu assim.
-- Dulce não confia em mim eu sei e até entendo que ela tinha motivos para isso, mas agora não. – Desabafei, chateada.
-- Ela tá com tanto medo de se machucar novamente que tá perdendo a oportunidade de ser feliz.


Eu estava frustrada. Aquele beijo ainda queimava em meus lábios. Senti a fugacidade da felicidade. Tinha medo de não alcança-la nunca mais. 


-- Ela disse pra onde ia ? – Perguntei.
-- Ela disse que iria embora, mas eu liguei na casa dela e pra lá ela não foi. Aliás, desde que chegou de viagem ela não vai lá.
-- E na sua casa?
-- A chave está comigo. – Eu ainda olhava para os lados, com a esperança que ela estivesse ali. – Não faço a mínima ideia de onde ela esteja.

De súbito, lembrei-me da cabana, na praia. Dei um beijo em Maite, agradeci mais uma vez e sai de lá. Durante o caminho, praguejei a falta de paciência de Dulce. Será que ela não sabe o tanto que eu a amo? Bati no volante, com raiva.


`` Eu te quero tanto, Dulce. Tanto se você soubesse. ``

Acelerei o carro, disposta a chegar o mais rápido possível. Coloquei a cabeça para fora do vidro e gritei, escutando minha voz ecoar pelas ruas desertas.


-- Eu te quero Dulce... Sua idiota. Te quero tanto... Tanto... Se ao menos você soubesse.


 


Tanto – Skank


http://www.youtube.com/watch?v=wN7-XmpHcGA


 


Coveiros gemem tristes ais
E realejos ancestrais juram que
Eu não devia mais querer você
Os sinos e os clarins rachados
Zombando tão desafinados
Querem, eu sei, mas é pecado
Eu te perder

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto

Políticos embriagados
Dançando em guetos arruinados
E os profetas desacordados
A te ouvir
Eu sei que eles vem tomar meu
Drinque em meu copo a trincar
E me pedir pra te deixar partir

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto

Todos meus pais querem me dar
Amor que há tempos não está lá
E suas filhas vão me deixar
Por isso não me preocupar
Eu voltei pra minha sina
Contei pra uma menina
Meu medo só termina estando ali
Ela é suave assim
E sabe quase tudo de mim
Ela sabe onde eu
Queria estar enfim

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto
..

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto
É tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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