Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde

Capítulo 55 – Sou Dela.

Dulce...


Depois da chuva e do prazer, eu permaneci com o corpo em cima do dela. Contando com o apoio de um braço, eu tinha o privilégio de visualizar cada expressa dela de perto. Anahi tinha os olhos fechados, a respiração alterada fazia seu peito arfar, a boca permanecia entreaberta, as mãos, espalmadas em minhas costas, evidenciavam o prazer recente.A chuva ainda caía, mas já não era a atração principal da noite, a atração estava no enroscar de corpos.
Na ânsia do calor.
Nas mãos que se entrelaçam e se unem.
Senti uma rajada de vento bater em minhas costas e só então me dei conta de que estávamos ali há horas. O vento frio e a chuva, formavam a combinação perfeita para um forte resfriado. Tomei a mão de Anahi entre as minhas e a puxei, fazendo com que ela se levantasse. Já de pé, toquei seus lábios com os meus rapidamente e fiz Anahi me acompanhar.

-- Dul, onde você vai? – Ela perguntou assustada.
-- Te tirar do sereno e te dar um banho gostoso, Doutora.
-- Tá começando a ficar bom.

Sorrimos.
Sem conseguir manter nossos lábios afastados por muito tempo, nos beijamos mais uma vez. Com muito esforço, separei-me dela e a puxei, descendo da pedra. Entramos na cabana aos beijos. Tateei o interruptor e acendi a luz. O resto do caminho foi feito entre beijos e amassos, o banho demorou mais que o previsto, mas, ainda assim, não fora o suficiente para aplacar o desejo.
Eu estava faminta.
Dela.
Faminta dos beijos.
Do corpo.
Do Mel.
Eu tinha fome de amor.
De Anahi.

-- Amor, não tem nada pra comer aqui né? – Ela perguntou, abraçando-me. Meu corpo vibrou numa sintonia deliciosa.

Anahi havia me chamado de amor com uma familiaridade de anos. A sensação era de que ela sempre havia me chamado assim.

-- Depende do que você deseja comer. – Me virei e, puxando sua cintura, aproximei – novamente – nossos corpos, deslizei a língua pelo seu pescoço e parei na orelha. Sussurrei baixinho, enfatizando a palavra. – Amor.

Anahi sorriu, mordeu o lábio e me enlouqueceu, imitando meu gesto, ela se aproximou da minha orelha e, também sussurrando, respondeu:

-- Eu quero comer você... Inteirinha.

Com a excitação transbordando por cada poro, caminhei, com o corpo de Anahi grudado ao meu, até a cama, fiz com que ela deitasse e, afoita, deitei-me por cima. Explorei cada pedaço do corpo de Anahi.
Com saudade. Carinho e desejo.
Com amor.
Meus lábios passeavam cálidos pelo seu pescoço. Mordendo, sugando. Deixando marcas. Do pescoço, lambi até o colo, seus seios, eriçados, eram o convite perfeito para um banquete. Anahi se oferecia inteira.
Crua.
Nua.
Estava à mercê de meus desejos e fantasias.
E eu cobrei.
A tomei.
Me deliciei.
Com cada parte.
Numa exploração deliciosa, desci beijando e chupando sua barriga. Anahi gemia arqueando o corpo, mostrando-me o centro do prazer e eu segui e...

"... então compreendi que havia valido a pena esperar tantos e tantos anos, e haver sofrido tanto na escuridão, mesmo que tivesse sido só para viver aquele instante."

Mágico.
Encontrei seu sexo molhado e pulsante, com a língua, acariciei o clitóris, pressionei. Com os dedos, penetrei em sua cavidade, estoquei e senti.
Anahi, movimentava o corpo.
Arqueando.
Arfando.
Desejando.
E eu dei.
Eu recebi.
Prazer.
Paixão
Calor.
Amor.

Nós estávamos unidas. Não só por corpos que se encontram no calor do prazer, mas por corações que se encontram no pulsar do amor. Anahi não disse, mas eu senti agora, mais do que nunca, ela era minha. Sem obstáculos e impedimentos. Numa entrega que somente o abstrato do sentimento é capaz de explicar..
Sem palavras...
Aliás,

`` Palavras não descrevem os olhos, as bocas, os braços e abraços, nem a alegria até então desconhecida, surgida de um (re) encontro. Pra quem, há dias atrás, refletia tanto as obras do acaso, hoje compreende que realmente, o acaso não passa de um simples nada, e acredita em algo bem maior que isso. Que levará a um próximo reencontro, sem sombra de dúvidas. “Mas até lá, todas as músicas cantadas estarão na mente, todos os sorrisos que ainda não acreditavam no que estava acontecendo, todos os olhares que transpareciam toda a magia do momento.” 

E eu, que já havia sido dela.
Continuava sendo.
Pra sempre.
De Anahi.
Dela.
Sou dela.

Sou Dela – Nando Reis

http://www.youtube.com/watch?v=f2jyWT7KTtA

 Esperei por tanto tempo
Esse tempo agora acabou
Demorou mas fez sentido
Fez sentido que chegou...

Eu pensei
Que fosse nunca
Mas agora já se foi
Nunca mais parece triste
Triste eu era
Agora passou...

Porque eu estou com ela
Sou dela, sem ela
Não sou!

Porque eu preciso dela
Só dela, com ela
Eu vou!

Sempre olhei
À mim nos outros
Estava em toda a multidão
Sendo muito e tendo pouco
Dando muita explicação...

Eu quero olhar
Prá esse mundo
Ver o mundo em seu olhar
Quero ser, te quero muito
Ficar junto e respirar...

Porque eu estou com ela
Sou dela, sem ela
Não sou!

Porque eu preciso dela
Só dela, com ela
Eu vou!