Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde
Capítulo 56 – Penumbra.
Anahi...
Exausta, eu repousava abraçada ao corpo de Dulce. Ela, igualmente exausta, mantinha seu braço ao redor do meu corpo.
Aconchego.
Segurança.
Porto seguro.
Nos braços de Dulce, eu me sentia assim, flutuando.
Dulce tirou sua mão, que antes acariciava meus cabelos, e desceu até encontrar a minha mão, entrelaçou as duas, deu-me um beijo na testa e falou baixinho:
-- ``Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso de você que eu tanto amo. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. ``
Sorri apreciando cada palavra. Dulce tinha a respiração calma, contrastando com o bater descompassado de seu coração. Ali, deitada em seu corpo, eu podia ouvir e sentir as batidas exatas. Levantei minha cabeça, encarando seus olhos. Dulce sorria para mim com olhos e lábios. Pupilas e dentes.
Retribui, sem conter minha curiosidade, perguntei-lhe baixinho, tentando não quebrar a magia do momento:
-- Dul, " Você acha que o nosso amor pode fazer milagres?``
-- "Eu acho que o nosso amor pode fazer tudo aquilo que quisermos. É isso que te traz de volta pra mim o tempo todo"
Quando fiz a pergunta, não imaginava o que Dulce responderia. Mas, diante de sua resposta, foi a vez do meu peito pulsar forte, descompassado. Feliz. Respirei fundo e não mais controlei a vontade de contar.
A razão havia sido ela.
A vontade de estar com ela.
-- Separei do Alfonso, Dul.
Dulce levantou-se rápida e abruptamente. Parou ao lado da cama e olhou-me. Assustada, ela questionou.
-- O que?
-- Eu me separei, Dul. – Repeti, calmamente, enquanto me sentava na cama, cobrindo meu corpo com o lençol. – Fui te procurar na boate com a intenção de te contar, mas...
Dulce continuava em pé, ao lado da cama, me olhando sem acreditar. Diante de seu silêncio, continuei falando.
-- Já não agüentava mais viver fingindo, Dul. Estava ao lado dele, querendo, imaginado e procurando você. Só tenho corpo, alma, coração, boca e olhos pra você. Só quero e preciso de você.
-- Eu... – Ela passou a mão no cabelo e no rosto, ainda incrédula. – Eu não consigo acreditar, Any.
-- Eu te amo, Dulce. Amo muito.
Ela sorriu. Sentou na cama e acariciou meu rosto.
-- Você não tem noção do quanto eu esperei por isso, Any. Do quanto esperei ouvir isso da tua boca. – Desceu sua mão até minha boca e, com a ponta dos dedos, contornou meus lábios. – Essa boca que me beija e me arranca suspiros.
De olhos fechados, eu sentia seus dedos deslizando por todo meu rosto. Olhos, boca, nariz. Dulce tateava deixando suas digitais misturadas ao contorno dos meus traços.
Ela estava em mim.
Eu era dela.
Abri os olhos e me enxerguei no fundo dos seus.
Límpidos.
Serenos.
Sorridentes.
Eu estava nela.
Ela era minha.
Nós estávamos rodeadas pela aura doce do amor. Dividíamos a mesma contemplação pelo ser amado e os lábios se encontraram e misturaram no mesmo beijo doce de amor. Envolvendo as línguas na mesma sincronia e os corpos se juntaram novamente na mesma direção, bailaram trôpegos, cálidos. Num encontro de amor. Na eterna contemplação do ser amado. Dulce olhava-me intensamente e repetia constantemente:
-- Você é minha, amor. Minha Anahi. Só minha.
E eu respondia, sem dúvidas, sem ter que pensar.
-- Só sua, Dulce. Sua e de mais ninguém.
E, mais uma vez, a entrega era completa. Sussurros e gemidos revestidos de prazer ecoavam pelo quarto. Nós descobríamos a delícia de amar sem pressa, redescobríamos a urgência de amar. Amamos com urgência de descobrir, nos deliciamos com a redescoberta de cada parte do corpo. Nada escapou do alcance de mãos e bocas sedentas. Sem querer, deixei que meu pensamento se materializasse, tomando forma de música, cantado em forma de sussurro.
-- ``E se eu achar a tua fonte escondida, te alcanço em cheio, o mel e a ferida e o corpo inteiro como um furacão. Boca, nuca, mão e a tua mente não.
Eu quero sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida. Nós na batida, no embalo da rede. Matando a sede na saliva.
Ser teu pão, ser tua comida. Todo amor que houver nessa vida. ``
E pelo gemido rouco de Dulce, descobri que era só eu.
`` Só eu que podia, dentro da tua orelha fria, dizer segredos de liquidificador. ``
E, como em uma repetição de gestos, momentos e sensações. Exausta, eu repousava abraçada ao corpo de Dulce. Ela, igualmente exausta, mantinha seu braço ao redor do meu corpo.
Aconchego.
Segurança.
Porto seguro.
Nos braços de Dulce, eu me sentia assim.
Flutuando.
-- Sabe qual foi a primeira coisa que pensei depois que te vi, Any?
Ela perguntou, quebrando o silêncio.
-- Qual?
-- `` Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. ``
-- Sabe qual foi a primeira coisa que pensei depois que te vi, Dul?
Ela sorriu, antes de me imitar e perguntar:
-- Qual?
-- “Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura.”
Dulce me apertou mais forte em seu corpo e continuou:
-- `` Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. ``
Imitei seu gesto e também prossegui...
-- `` Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. ``
-- Você é o amor da minha vida, Anahi.
-- `` Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. – Continuei dizendo, enquanto roçava meus lábios nos seu.– Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."
Dulce sorriu, presenteando-me com seu brilho intenso.
Silenciosamente, nós falávamos a mesma língua.
A língua dos gestos e olhares..
A língua de sorrisos e corações descompassados.
A língua de quem ama.
Vi seus olhos fecharem vagarosamente.
Sua respiração cada vez mais suave.
Toquei sua pele.
Beijei seu cabelo.
Olhei para frente e vi o dia clarear.
Sorri.
Com a certeza de que ali era onde eu mais queria estar.
Penumbra – Interpretado por Jorge e Mateus.
http://www.youtube.com/watch?v=q-GkntZwp0M
Penetra a luz de fora
Na fresta da janela
Sobre o seu corpo adormecido
Vem pousar o luar
Eu toco a sua pele
Eu beijo o seu cabelo
E a brisa leve
Faz meu corpo
Procurar seu calor
Você sentindo meu carinho
Seu perfume pelo quarto
De repente aquele medo
De te perder
E na penumbra desse quarto
Me acolhe em seu abraço
Então vejo em seus olhos
Outro dia nascer
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47
Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*
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claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47
Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.
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angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19
Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*
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annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28
Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^
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annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31
Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!
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Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59
A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais
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lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48
Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu
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dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15
Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*
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dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22
Posta mais, estou amando a web ><
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annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05
Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..