Fanfics Brasil - Capitulo 59 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo 59

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Capítulo 59 – Ainda bem.


 


Dulce...


 


Ainda estávamos no corredor, as roupas jogadas e espalhadas pelo chão.
O barulho, que antes incomodava e assustava, cessou. Por força própria ou sendo ofuscado por nossos gemidos. Nossos corpos se enroscavam e se comprimiam contra a parede. As mãos, sem direção, passeavam frenéticas por todo corpo. Sem conseguir controlar o desejo ardente que se espalhava em meu corpo, levantei e coloquei Anahi em meu colo. Ela envolveu suas pernas ao redor de minha cintura .


-- Vem pro quarto, Any.  – Eu tentava dizer, entre um beijo e outro. – Quero mais.


Sem interromper o beijo e as carícias urgentes, entramos no quarto e caímos na cama. Ela, invertendo as posições estava por cima.


Eu, invertendo o sentido. 
Alterando a rotação.
Estava estática.


Meus olhos captando e gravando cada movimento. Anahi estava com os cabelos loiros bagunçados, revoltos. Seus olhos azuis estavam tomados por um brilho felino, seu sorriso sendo invadido por ondas de sedução, tesão. Prendeu meus braços acima da cabeça e me olhou. Eu me sentia encurralada, entregue.


Anahi mordia o lábio e, pelo olhar, deixava claro que estava pronta para me devorar. Eu, como presa fácil que sou, me ofereci.
Aticei. 
Me entreguei e perdi naqueles olhos felinos me deixei ser envolvida por mãos hábeis, me deixei ser devorada pela boca caçadora. Os dentes passeavam e marcavam minha pele, as unhas demarcando território. Anahi demonstrava – em gemidos – o prazer que sentia ao me devorar inteir e eu, acuada e presa, sentia sua boca deslizando e deslizando, marcando e devorando. Incontrolavelmente perdida e acuada, eu me entregava ao prazer alucinante que Anahi me proporcionava.


Arqueava o corpo, rebolava.


Esfregando e buscando um contato maior com seu corpo até a mente se desligar e só o corpo sentir e desfalecer... e tremer.
Acompanhada de gemidos e mais gemidos, eu senti a inversão dos fatores. A rotação acelerada da língua. Eu senti o que é ser tocada e devorada por inteiro sem poder e nem querer agir, eu me dei.


Eu vivi e senti Anahi.
De novo e de novo...
A mesma mulher, diferentes sensações. Meu corpo correspondia ao seu toque como se fosse a primeira vez. E seria a continuação da nossa eterna primeira vez se não fosse a porta se abrindo violentamente. Um milésimo de segundo, três expressões chocadas.


Busquei o lençol e cobri nossos corpos.


-- Dulce. – Minha mãe balbuciou, ainda com a mão na maçaneta da porta. Chocada.


-- Mãe... – Exclamei. Perplexa. – Eu... eu posso explicar. Calma!


Ela não ouviu e se quer esperou minha explicação. Do mesmo jeito que abriu, fechou a porta, rápida e violentamente. Olhei para Anahi e vi, numa fração de segundos, o desespero se alojar em seu olhar. Passei a mão nos cabelos, ainda tomada pelo susto e sem saber o que fazer. Estava nos meus planos contar, mas não imaginava que não precisaria usar palavras.
Deixei meu corpo cair na cama e senti o de Anahi se aninhando ao meu, não mais com o desejo de antes, mas com tensão, temor... Apreensão.


Suas mãos buscaram e se entrelaçaram às minhas e foi ali, com o coração descompassado e com o corpo grudado ao dela, que eu senti. Estava na hora de enfrentar e exorcizar meus fantasmas.


-- Eu vou lá, Any. E vou contar tudo pra ela.


-- Dul, você não acha que ela já viu o suficiente?


-- Não quero mais esconder, Anahi. – Afirmei, enquanto levantava e procurava alguma roupa qualquer no guarda roupa. –  Se, além de consumista e socialite fútil, ela for minha mãe, terá que entender.


-- Não é tão simples assim, Dulce. – Anahi protestou. – Quem dera todas as mães fossem compreensivas.


-- Any, eu queria muito que você viesse e enfrentasse tudo isso comigo, mas não vou te cobrar nada. É um momento meu e eu vou enfrentar de cabeça erguida.


-- Eu...


-- Eu sei, amor. – A interrompi, me aproximando. Segurei seu rosto e rocei meu nariz no dela. – Só quero que ela saiba que eu nunca fui tão feliz e nada mais justo que ela, e todos os outros, saiba que você é a razão dessa felicidade.


Anahi sorriu e logo fechou os olhos, oferecendo seus lábios e procurando os meus.


Nos beijamos.

E pelo roçar doce de seus lábios, eu percebi que ela estava comigo. Pedi para que Anahi fosse embora e me esperasse em casa. Sai daquele quarto com a certeza de que teria braços abertos à minha espera. E foi assim, impulsionada pelo amor louco que batia em meu peito, que entrei no escritório de casa, disposta a conversar com minha mãe.


Só o pássaro que, ocasionalmente, pousou na janela, foi testemunha daquele diálogo. 
Muros e paredes se tornaram mudos.
O silêncio da casa permaneceu, deixando que as vozes soassem alteradas e feridas.
Dois lados. Nenhum laço harmonioso visível. 
Apenas o sangue. O mesmo sangue correndo pelas veias.
Laço sanguíneo.
Dulce argumentava. Sua mãe desfazia.

Imposição e sobreposição.
Dois lados. Dois timbres. 
Vozes alteradas.

Lágrimas e nenhum laço harmonioso visível.

Qual é o extremo da lucidez?
A loucura.


E o extremo da loucura?
A lucidez.

Ambas lúcidas e loucas.

Uma acusava. A outra se defendia.
Num eterno desacordo.

De valores e sentimentos.


Na mente de uma a cena se refazia.
Na mente da outra se desfazia.
Novas acusações e súplicas.
Novos ressentimentos e angústias.


A porta que se bateu.
A ponte.


Outra distância.

Fronteiras e barreiras.
Caindo e sendo construídas.


O eco reproduzindo o estrondo de portas e gritos abafados.


Saí de casa e tive a certeza de que encontraria braços abertos à minha espera. Enquanto olhava pela janela do táxi que me levava até ela, eu vi o meu reflexo no espelho. Lágrimas molhavam o vidro, não do carro, mas o vidro dos meus olhos que pareciam quebrados naquele momento. Cacos.


Mas, lá no fundo dos meus olhos, gravados na pupila da alma, estava o reflexo dela.


Anahi.


Foi então que eu pensei e descobri, redescobri como é bom estar ao seu lado. 
Viver. 
Sorrir. 
Beijar.
Amar intensamente.


E eu deixei que as palavras se formassem vagarosamente, embaçando o vidro molhado.


-- Ainda bem.


Duas palavras, tímidas e cálidas formando uma frase.

Certa. Correta. Certeira.


Uma frase que resumia anos, de momentos, acontecimentos e história.


Uma frase que resumia a intensidade de um amor.


Um amor que a imensidade não pode ser medida.


-- Ainda bem que você vive comigo...


 


Ainda Bem – Vanessa da Mata


http://www.youtube.com/watch?v=IvL67jOjItM


 


Ainda bem
Que você vive comigo
Porque se não
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me mandam são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque se não
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me mandam são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Entre tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.

Entre tantos anos
Entre tantos séculos
Que sorte a nossa hein?

Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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