Fanfics Brasil - Capítulo 62 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 62

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Capítulo 62 – Iguais.


 


Anahi...



Saímos da casa de Maite e, apesar de ter tentado esquecer, a nossa conversa ainda me incomodava. Aproveitei que Dulce estava distraída, conversando com Angelique e desabafei com Maite. Desde que Dulce conversara com seus pais, eu vinha pensando em fazer o mesmo, só não conseguia encontrar a mesma coragem. Eu tinha medo de como a minha família reagiria. De como as pessoas passariam a olhar pra mim. Eu tinha medo, simples e aterrorizante. Medo. Ao dividir meu medo com Maite, ela levantou uma hipótese interessante.


`` -- Até onde você está disposta a levar esse relacionamento, Any?``


Foi aí, exatamente aí, que eu percebi. Não conseguiria viver sem Dulce, também por covardia, já havia tentado uma vez. Sem sucesso.


Com Dulce, eu descobri o amor.


Com Dulce, eu estava disposta a enfrentar todas as conseqüências do nosso amor.


Por mim. 

Por ela.

Por nós.


Eu quero viver intensamente.

Desfrutar dos momentos –  felizes ou não –  que esse amor me proporciona.


E "que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados."


-- Dul, vira à direita.. – Eu pedi, interrompendo Dulce, que conversava animada sobre o filme.


-- O que?


-- Vira à direita e segue reto.


-- Ué, esse é o caminho da casa da sua mãe. – Ela afirmou, me olhando de relance. – Por quê?


-- Vou contar sobre nós.


-- Agora?


Em uma palavra, Dulce expressou a importância contida naquela minha decisão – de certa forma – precipitada. Olhei em seus olhos, segurei sua mão e, certa do que queria e estava fazendo, respondi:


-- Sim. Vou aproveitar que meu irmão está por lá e a família deve estar toda reunida e vou contar agora.


-- Any, você não quer esperar, contar devagar. Olha o que aconteceu comigo. Eu...


-- Dul, essa é uma decisão minha. E eu não poderia ter tomado de maneira mais coerente e sincera. Agora, por favor, vire à direita.


Dulce me olhou chateada, mas virou e tomou o caminho até a casa de minha mãe. Virei o rosto e, pela janela, observando o céu que passava rápido, pedi para que fosse forte o suficiente para sair ilesa daquela situação. Afaguei a mão de Dulce e suspirei, dizendo em seguida:


-- Desculpa se fui rude, Dul. É que eu estava... Estou nervosa.


-- Eu sei, Any. Só queria que você não se precipitasse.


-- Eu estou fazendo por nós, Dul. Por te amar. Você queria tanto... Por que não quer mais?


-- Não é que eu não quero, amor. Você disse que a nossa situação era delicada e, de fato, é. Não quero que você sofra como eu sofri, só isso.


Paramos em frente à casa que, por tantos anos, havia sido meu lar e que, hoje, poderia ser o palco do rompimento dele. Dulce me olhava com temor. Eu, ignorando a situação que se seguiria, a olhava com amor. Entrelacei sua mão na minha e sorri, afagando seu rosto.


-- Se você estiver aqui, me esperando, quando eu sair de lá. Eu vou saber que minha decisão foi correta, mesmo se eu sofrer.


-- Tem certeza? – Ela perguntou, enquanto me abraçava forte. Com carinho. – Não quero te ver sofrer.


-- Tenho, amor. Tenho certeza. Por você vale a pena..


O pássaro que, ocasionalmente, estava pousado na janela, voou. 
As pessoas, que antes conversavam animadas, se calaram.
Só uma falou. Desabafou. Dialogou. Sozinha.
Suas palavras causaram choque. Espanto. Surpresa.
Silêncio.


Outra história. Outra vida. Outra incompreensão.
Verdades não ditas. Verdades cobradas. 
Inverdades ditas e cobradas.
A mesma dor. De um mesmo mal. Preconceito.

Revolta. Separação.
A ausência se fazendo presente. Um ente. Distante.
Falta de apoio. Distanciamento.
Do mesmo jeito que entrou, rápida e abruptamente, Anahi saiu carregando o filho nos braços e um mundo de lágrimas nas costas. Não olhou para trás, mas sentiu as reviravoltas que a vida traz. Mateus se jogou nos braços de Dulce saudoso, feliz. Anahi se jogou nos braços de seu amor. Buscando abrigo, cumprindo a promessa. Não estava arrependida. Mas também não saíra ilesa.


Marcas. Dores.
Dissabores.

Momentos e fases da vida.


Iguais e Distintas

De uma. De outra.


De duas vidas que se encontram e que decidem se fundir.


Dulce, conhecia o peso da dor. Reconhecia nos olhos molhados de Anahi, a agonia do abandono.
Mais um amor incondicional havia se perdido.
Mas, em meio a tanta dor, um laço infinito havia sido firmado contradizendo o abandono, Dulce e Anahi se fortaleciam. Juntas.

E Mateus, com suas duas mãozinhas ocupadas, entrelaçava não só os dedos, mas a sua vida às duas mulheres.
Os três juntos seguiram para casa.
Para o mundo perfeito. O silêncio, rompido por suspiros e promessas ocultas, celebrava o fim. O fim de uma história escondida. Vivida e marcada por segredos. O sorriso, ainda contido, mas brilhante. Significante.
Carregava significado. Diversos.
Reluzia a diversidade.
Iluminando.


As vozes se manifestaram, celebrando o começo.
De uma nova fase. De uma nova história sem segredos.
Agora, elas estavam expostas para quem quisesse ver. E, para inaugurar a vitrine, escolheram o parque de diversões. Aquele velho parque de diversões que fora palco do começo dessa história.
Uma. Duas.
Várias histórias.


De duas vidas que se encontram e decidem se fundir, criando uma só vida!


 


Iguais – Isabella Taviani


http://www.youtube.com/watch?v=5ZAFrBcc9Tc


 


No dia em que ela se declarou a cidade inteira
silenciou
Todos queriam ouvir a resposta
Águias com seus vôos rasantes, urubus à espreita
de um pobre instante
Rezando pelo não nas suas costas


E ela cantava o seu amor
Com a sua garganta branca
E ela jurava o seu amor
Com sua garganta Santa


No dia em que a outra decidiu enfrentar o mundo
por aquele amor
Sentiu o peso sobre seus ombros
Pai, mãe, filho, irmãos, amigos e um casamento
antigo


Julgamentos e seus escombros
Mas elas se amavam tanto
Que já não cabia engano
Mas elas se desejavam tanto
Mesmo o futuro uma tela em branco


Nunca foi tarde demais
O medo, a verdade desfaz
Águias, urubus, julgamentos, fobias, força bruta
Tudo é pouco demais


Código civil, onde se viu, nêgo que enrustiu não
separa os iguais 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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