Fanfics Brasil - Capítulo 64 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 64

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VAMOS MATAR A CURIOSIDADE? HAHAHA


 


 


Capítulo 64 – Seus olhos, agora tristes.


 


Um mês atrás...


 


Acordei Anahi com o café da manhã na cama. Na verdade, nós acordamos, Mateus e eu.
Como de costume, comemos entre risadas e carinhos.
Conversamos tanto que nem vimos a hora passar. Estávamos, os três, atrasados.

Anahi deixaria Mateus na escola e seguiria para o escritório.
Eu, de folga, aproveitaria para resolver algumas pendências na rua.


Me despedi de Anahi e prometi deixar a louça limpa.
Só ela para me fazer estragar a unha lavando a louça.
Sorri, lembrando da chantagem emocional – e sexual – da qual estava sendo vítima


Saí de casa e caminhava lenta e despreocupadamente pela rua quando um carro encostou, abordando-me.
Por um milésimo  de segundo, eu me assustei. Mas logo vi Carlos, o motorista eterno e fiel, descer do carro.


-- Carlos, que susto! Como você chega assim? Quer me matar?

Comentei sorrindo, enquanto caminhava para abraçar meu velho amigo.
Carlos, diferentemente do habitual, não sorriu de volta. 
Esperou que meu riso morresse seco, para então se pronunciar.


-- Seu pai está esperando a senhorita dentro do carro.


Gelei.


Há meses não o via e nem tinha notícias. E o semblante de Carlos não deixava dúvidas que minha intuição estava certa. Não era por saudade que papai havia me procurado.


Entrei no carro. De óculos escuro, eu não sabia onde pousava seu olhar.


-- Quero que você leia atentamente esse papel e só me responda quando acabar de ler, certo?


Não respondi, apenas peguei de sua mão os papéis que me eram estendidos. Passei os olhos e não acreditei no que estava lendo.


-- O que... O que significa isso, pai?


-- Pai? – Ele debochou – Eu não tenho nenhuma filha.

-- Vai me explicar o que é isso?


-- Quem dita as regras aqui sou eu, mocinha. Isso – Me interrompeu, apontando para o papel – É o resultado do concurso que sua namoradinha sapatão prestou.


Ainda com o papel em mãos, eu não conseguia entender e nem ligar os fatos.


-- E...


-- E, não sei se ela te contou, até porque não entendo como funciona a relação de pessoas doentes, ela passou. Passou na primeira e em todas as outras fases.


-- Anahi é muito competente e uma excelente profissional.


-- Aposto que ela comprou ou seduziu alguém lá de dentro. É uma depravada mesmo


-- Se eu fosse você, eu media as palavras ao falar da minha mulher


Ele sorriu. Gélida e ironicamente. Em um gesto de defesa, afastei meu corpo, encostando-me na porta do carro.


-- Se eu fosse você, eu pensaria duas vezes ao chamá-la de sua mulher.


-- O fato, Dulce... é que você tem duas escolhas. Escute bem... Duas escolhas.


-- O que? Do que você está falando, papai? Enlouqueceu?


-- Eu já disse que não tenho nenhuma filha. – Ele esbravejou, perdendo o controle – Deixa de ser petulante, menina. Eu não estou aqui para brincadeiras e muito menos para escutar o que uma anormal tem a dizer.


Engoli em seco.
Sentindo toda a minha calma se esvair
A respiração se tornou lenta e pesada. Como nos velhos tempos, nos encaramos. Duelando com o olhar. Nos olhos dele, eu via um poço escuro e sem fim. Nos meus, eu exibia uma coragem quase inexistente.
Eu tinha medo.
Medo do que viria.


-- Você não imagina o quanto eu sou influente, Dulce. E, por coincidência, acabei de descobrir um podre que pode arruinar a carreira do futuro chefe da sua namoradinha. Ferdinando faria qualquer coisa para me agradar. Fraudar esse concurso, é o menor e mais simples dos agrados.
Eu poderia também pedir para que ele desse um jeito de, além de ficar sem o emprego de promotora, acabar com a carreira de advogada de sua querida mulher.

Senti uma vertigem forte me atingindo.

A cabeça rodou


O estômago doeu


O coração disparou


Lembranças de Anahi dizendo o quanto amava a profissão, a expectativa pelo resultado final do concurso, o orgulho com que ela exibia seus processos ganhos, vinham como flashes assustadores e repentinos.


Eu não tenho esse direito.
Eu não tenho o direito de acabar com a carreira de Anahi. Respirei fundo, controlando a imensa vontade de chorar.


-- O que você quer?


-- Quero apenas que você pare com essa estupidez de ser homossexual. E pra isso, você vai ter que deixar aquela mulher.


Olhei para meu pai e senti nojo


Nojo de ter algum tipo de parentesco com ele


-- É só isso?


-- Nós faremos um trato, Dulce. Um trato entre cavalheiros. – Sorriu, cinicamente – Se eu sonhar que você rompeu o trato, não vou destruir só a carreira da sua ex-mulher, mas a vida dela também.


Ele completou, apontando para a arma que mantinha na cintura. Senti o ar fugindo de meus pulmões
Por alguns segundos, eu acreditei estar vivendo um pesadelo.
Meu pai não seria capaz de cometer aquela insanidade


-- Então, Dulce? Qual é a sua escolha?


Desorientada.

Ferida


Eu estava sem chão. Não conseguia acreditar. Ódio. Dor. Pavor. nEu era uma mistura e confusão de sentimentos.


-- Eu tenho nojo de você. Nojo...


-- Acho que agora você se colocou no meu lugar, f-i-l-h-a. Eu também senti nojo de você. Bastante nojo.


-- Eu te odeio, pai. Com todas as minhas forças.


-- Você tem direito a uma carta de despedida. E quanto antes cumprir o nosso trato, melhor vai ser para sua queridinha. Agora pode descer do carro que eu tenho mais coisas para fazer.


Desci do carro e, antes dele se afastar completamente, eu gritei – sem força.


-- Covarde! Desgraçado. Filho da puta! Eu te odeio. Eu te odeioooo!


Deixando que as lágrimas tomassem conta do meu rosto. Mais uma vez. Sentei na calçada e, limpando os vestígios de lágrimas, tirei um bloquinho de anotações da bolsa. E, assim, através de um pequeno papel, eu me despedi de Anahi.

Deixando para trás ela, Mateus, minha vida e felicidade.


Ali, no deslizar trêmulo da caneta, eu assinava meu atestado de óbito.


E, sem o acordo de nenhuma das partes, mais um desencontro estava celebrado.


Um mês depois, eu ainda sentia o peso dessa decisão.
Ainda não tinha me encontrado com Anahi, mas sabia, por Angelique e Maite, que ela me odiava e não queria – nunca mais – me ver. Agora, novamente sozinha, relendo as anotações e abraçada à sua blusa, eu era capaz de sentir e – quase – apalpar seu cheiro.


"E seria cruel demais para mim lembrar agora que cheiro era esse, aquele, bem na curva onde o pescoço se transforma em ombro, um lugar onde o cheiro de nenhuma pessoa é igual ao cheiro de outra pessoa."


Seu sorriso, tão vivo e marcante, iluminava o meu criado.
Nossos sorrisos, espontâneos e felizes eram a personificação do momento perfeito que estávamos vivendo e eu ficava por horas e horas ali, observando... Relembrando...
Revivendo...


Os dias passavam e eu não conseguia mais me encontrar naquele sorriso feliz. Eles eram de outra pessoa.
De uma outra Dulce.


Do tempo em que eu era feliz.


Hoje, hoje eu sou triste. Solitária. Infeliz.
Aos poucos, eu fui e vou afastando os meus amigos. Não tenho mais vontade de comer e nem de chorar.
As lágrimas secaram.
O desencontro encontrou o ponto fraco do meu coração.


E `` é bastante irônico que, na vida, a pessoa que te faz forte é a sua maior fraqueza. ``


Mas, entre tanta dor e sofrimento, eu prefiro que Anahi me odeie. Ou que simplesmente se lembre dos momentos bons que nós vivemos.


Momentos.

Pena serem tão passageiros.


Ah, como eu sinto falta dos meus momentos ao lado dela.


Dos olhos.

`` Os  meus olhos sentem a falta dos seus. ``


Do corpo.


`` O meu corpo sente a falta do seu ...


Da alma...


"A minha alma, sente a sua falta. "

Não agüentaria fraquejar e nem me mostrar triste.

Não...

Anahi merecia meu sorriso

Porque ela era a razão dele.

Triste não.

Isso eu nunca quis que ela visse.


 


Seus Olhos – Capital Inicial.


http://www.youtube.com/watch?v=2bgDbE34sV0


 


Você já me viu sério
Já me viu de porre
Me viu fazendo drama
Por sua desordem
Mas triste, isso eu nunca quis
Que você visse

Os meus olhos sentem a falta dos seus
O meu corpo sente a falta do seu
A minha alma sente a sua falta

Quis que o nosso mundo
Fosse um conto de fadas
Amando o tempo todo
Em todo canto da casa
Mas isso, hoje eu aprendi
Que não existe

Os meus olhos sentem a falta dos seus
O meu corpo sente a falta do seu
A minha alma sente a sua falta 


 


 


NÃO POSTARIA UMA WEB COM MORTE TBM NÃO GOSTO HSAUSUAHS



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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