Fanfics Brasil - Capitulo 69 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo 69

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Gente gostaria de indicar duas Webs muito boas da minha amiga. Quem ainda não leu eu super indico.


http://fanfics.com.br/fanfic/26090/um-doce-amor-fanfic-lesbica-amor/6


 


Essa é Portiñon muito engraçada Riso


http://fanfics.com.br/fanfic/28337/um-amor-improvavel-portinon-adaptada/2


 


Capítulo 69 – Como vai você.


 


Anahi...


 


Não.


De novo não.


Assim não há coração que agüente.


Eu estava começando a ter certeza de que aquele bar era o resumo do mundo: Pequeno demais. Depois de tantas voltas e reviravoltas, dores e quedas, eu voltava ao início.

Ao começo de tudo.


Dulce e eu, ali. Frente a frente.


Repetindo cenas.


Trocando olhares.


Eu me sentia sufocada.


Uma ânsia incontrolável e desconhecida apertava meu peito. Era como se eu voltasse à superfície depois de horas embaixo d’água. Meus pulmões procuravam e puxavam o ar desesperadamente. Dulce parecia sugar minha calma, minha alma com sua presença.


Apenas com a sua presença.

Me desestabilizei.

Regredi.


Deixei exposto no tremor das mãos e no acelerar estúpido do coração, que eu ainda a amava. Na verdade, eu não havia deixado de amar. Nem por um segundo.


"E essa falta cresce à cada dia, de forma avassaladora. Quando enfim penso que estou me acostumando, que estou te esquecendo, você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços, transbordando de dentro de mim.


 E é nessa inconstante loucura que vivo sem te ter.”


Acompanhei com alívio – e frustração – Dulce sair do bar e sumir do alcance dos meus olhos. Pena que o alcance no meu peito ainda fosse tão forte e presente. Na porta do bar, ainda com as mãos trêmulas e a boca seca, acendi um cigarro. No pensamento, palavras ecoando... Se debatendo.


“ A solidão é meu cigarro

Não sei de nada e não sou de ninguém


Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem

Quem saberá a cura do meu coração se não eu?


Não creio em santos e poetas


Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu


Melhor é dar razão a quem perdoa


Melhor é dar perdão a quem perdeu


O amor é pedra no abismo

A meio-passo entre o mal e o bem


Com meus botões à noite cismo


Pra que os trilhos, se não passa o trem?


Os mortos sabem mais que os vivos

Sabem o gosto que a morte tem


Pra rir tem todos os motivos


Os seus segredos vão contar a quem? ”



Os deles eu não sei, mas os meus. Os meus segredos tornavam-se cada vez mais secretos.


Maite e Angelique ainda tentavam descobrir, mas eu tranquei. Guardei e joguei a chave fora. Olhei para as duas e não pude evitar de sorrir. O segredo delas sim, era evidente.


A cumplicidade.


Os toques disfarçados e – quase ingênuos.


Os olhares ardentes.


A necessidade da presença.


Angelique olhava.


Maite correspondia.


E ali, parada do lado de fora daquele bar, eu vi as bocas se encontrarem com urgência. E, mais uma vez, minha mente viajou.

Lembrou.

Comparou.


Fechei os olhos.


Traguei o cigarro e suspirei por Dulce. Mais uma vez olhei para o céu, procurando Ele.


" Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem."


Sem que eu esperasse, Angelique se aproximou e tocou meu ombro. Me virei e encarei seus olhos.


-- Posso te contar um segredo, Any? – Olhei para os lados, procurando Maite. Não encontrei. Angelique percebeu e completou, chateada. – Ela foi atender o celular.


-- Qual segredo, Angel ?


-- Estou apaixonada. – Fiquei olhando aquela menina. Tão confusa. Suas palavras saíram esmagadas, como se não quisessem se materializar. Ela passava aos mãos pelo cabelo. Nervosa. –  E, não que as nossas histórias sejam, de todo, iguais, mas eu entendo sua dor.


-- Você se parece muito com a Dulce, Angel.


Comentei, sem me conter. Eu via na história delas, uma repetição da minha história. Maite estava no telefone com o namorado. Angelique sofria e se via do lado errado. O coração, pela primeira vez, apaixonado.


-- Posso te contar outro segredo? – Balancei a cabeça, permitindo. – Pode parecer impossível, por todas as circunstâncias, mas eu não acho que a Dulce se cansou de você, como ela diz.


Franzi o cenho. Sem conseguir compreender. Angelique prosseguiu:


-- Eu comentei com a Mai, mas ela está cega de raiva, rancor. Mas, por conhecer a Dulce há tanto tempo, eu posso afirmar Any, ela não está feliz. Não está aliviada por ter se livrado da “responsabilidade ” que era o relacionamento de vocês. Ela mal sai de casa. Não está e nem ficou com ninguém.


-- Como você sabe disso, Angel?


-- Nós temos, ou tínhamos, não sei os mesmos amigos, Any. Isso é fácil de descobrir.


-- Tá. Digamos que isso seja mesmo possível, o que você acha que aconteceu?


-- Não sei. Esse é o problema. Eu não sei.


-- Não é, Angel. “O problema é a espera. Esperamos. Das pessoas, das coisas, dos fatos, de nós mesmos.”


E por esperar demais, nos decepcionamos. Dulce foi mais uma decepção. Dessas que deixam marcas e ferem.


E fazem doer.

Demais.


Já em casa e, depois de uma noite de comemorações, eu me permiti comemorar novamente com as lembranças.


Imaginei.


Criei cenas e diálogos.


Forjei sorrisos. Abraços e beijos.

Reinventei a presença de Dulce ao meu lado. Acordei com o sol tocando meu rosto e, aos poucos, o barulho da campainha foi ficando mais audível. Mais uma vez, eu tinha passado a noite no sofá. Talvez, pra evitar o frio do quarto e o imenso vazio da cama. Ajeitei a roupa e abri a porta. Em choque, apenas deixei que as palavras escapassem de minha boca.


-- Mãe?


Ela não disse nada.


Apenas permaneceu em silêncio, olhando-me com os olhos marejados. Parada, sem conseguir raciocinar, eu vi seus braços se abrindo. Em um impulso, me joguei neles e fui envolvida por um abraço maternal. Saudoso e emocionado. Minha mãe estava ali, parada em minha porta, oferecendo o abrigo de que tanto senti falta.


-- Me perdoa, filha.


-- Senti tanto a sua falta, mãe.


E assim, entre lágrimas, sorrisos e abraços, entramos em casa. Minha mãe me ofereceu colo. Eu aceitei. E ali, deitada em seu colo, sentindo suas mãos acariciando meu cabelo, eu chorei. Chorei como nos velhos tempos. Mas, depois de muitos outros tempos, eu me senti segura, protegida. Minha mãe respeitou meu silêncio e nós permanecemos assim por um longo e reconfortante tempo. Levantei de seu colo apenas para tomar o chá que já estava esfriando na mesa.


-- Eu não entendo, filha. – Desviei os olhos da xícara e a olhei, sem entender. – Se você está tão triste sem ela, por que terminou o relacionamento?

Não consegui responder de imediato. Talvez, pelas inúmeras contradições contidas na pergunta. Ou pela naturalidade que minha mãe perguntou à respeito de um assunto que foi o causador de tantos rompimentos.


-- Ela...


-- O que tem ela, filha?


-- Foi ela quem terminou.

O semblante de minha mãe se modificou. Tornou-se pensativo.


-- Mas continuo não entendendo, filha.


-- O que, mamãe? Não tem nada pra entender. Ela disse que se sentia pressionada com a responsabilidade que nosso relacionamento trazia. Terminou e foi embora. Simples assim. Não tem nada para se entender.


-- Anahi, eu não sei o que aconteceu entre vocês, mas a única coisa que não falta naquela menina é amor por você.


Deixei a xícara na mesa e encarei minha mãe. Alguma coisa estava fora de ordem, a conversa não estava batendo. Não sei se, pela emoção ou pelos meses sem conversar.


-- Como assim, mãe? Do que a senhora está falando?


-- Ontem, ela esteve em minha casa e...


-- O que? – Perguntei, atônita. – Como assim Dulce esteve em sua casa?


-- Você não sabia? Eu cheguei a pensar que você tivesse pedido para ela fazer isso. Mas...


-- Mas o que, mãe? Me conta as coisas direito! Eu não estou sabendo de nada. Faz meses que não converso direito com Dulce.


Igualmente surpresa, ela contou. Contou cada palavra que foi dita naquela noite. E eu, sem saber o que levou Dulce a tomar aquela atitude, apenas ouvi. Em silêncio tentava pensar, entender. Mas...


“ Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. 
Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. 
Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma outra alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? ”


Antes de dormir, revirei algumas gavetas e encontrei o bilhete. O bilhete do adeus. Eu estava confusa. Lia e relia incansavelmente. A voz de Angelique e de minha mãe ecoavam fortes.
Meu coração queria acreditar que havia algo errado. Alguns trechos do bilhete não faziam sentido. Dulce diz que queria estar comigo. Depois diz que não pode mais.


Tão de repente.


Tão sem sentido.


Por que?


Nossos momentos juntas, os beijos, sorrisos. O seu olhar ferido no bar. Nosso encontro. Minha cabeça rodava, rodava.


E eu tive certeza:


“Tudo aquilo que você evitou pensar ao dia, simplesmente aparecem na hora que você deita para dormir. E você não consegue ignorar.


Onde você está agora, Dulce?


Quando foi que nós nos perdemos?


Que vontade de olhar nos seus olhos.


Só olhar.


Saber como você está.


Com quem.


Como vai.


Como vai você.


 


Como vai você – Interpretado por Daniela Mercury


http://www.youtube.com/watch?v=2SyMgETxB70


 


Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber


Como vai você ?


Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você


Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz


Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você


Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você


Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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