Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde
Capítulo 71 – Tudo bem.
Anahi...
Ódio.
Eu estava com um ódio intenso.
Ódio das circunstâncias.
Da maldade das pessoas.
Da perfeição de Dulce.
Ódio.
De tudo e de todos
Não podia acreditar nas palavras que Dulce me dizia. Era muita loucura. Mas, ao mesmo tempo, fazia muito sentido. A forma com que ela foi embora, o modo como seus olhos brilhavam ali, mais uma vez, diante de mim. E pensar que eu a deixaria ir embora mais uma vez, fez meu coração bater descompassado. Segurei Dulce e a prendi na parede, colei meu corpo no seu, rasguei sua blusa, tomei seus lábios com pressa e fúria.
-- Eu odeio você, Dulce. – Mordi seu lábio inferior e puxei. – Odeio esse seu jeito perfeito e gostoso.
Ela se assustou. Mas, sorriu abertamente e completou:
-- Eu te amo, Any. Amo quando você me pega e me arranha assim.
Eu respondi. Enlouqueci.
-- Odeio esse teu cheiro. – Mordi seu pescoço com força. – Odeio essa sua mania de aparecer e desaparecer.
Eu puxava Dulce pela blusa rasgada e colava meu corpo no seu com fúria. Batendo nossos corpos na parede.
Suando.
Ofegando.
Transpirando desejo.
-- Eu amo seu toque. Sua boca. Seu corpo.
Ela respondia trêmula mordendo o lóbulo da minha orelha. Tentando se agarrar ao meu corpo.
-- Odeio quando você me faz sofrer. Me faz chorar.
Prendi suas mãos acima da cabeça e desci lambendo seu colo, mordendo. Explorando o corpo que se exibia e que era meu. Todo meu. Arranhei sua barriga. Segurei forte em sua cintura e me ajoelhei. Trouxe seu corpo até a minha boca e beijei. Desabotoei sua calça com pressa. Desci a calcinha. Dulce segurou forte em meus cabelos e puxou.
Implorou.
Eu neguei.
Ela declarou.
-- Eu te amo, Anahi.
Jurou.
Chorou.
E eu.
Eu menti
Iludi.
Desabafei.
-- Eu odeio te amar, Dulce. Odeio.
Amor e ódio.
Duas faces de um mesmo desejo.
Dois pares de olhos se encarando.
O meu me desmentindo
O dela confirmando
Dulce voltou a puxar e forçar minha cabeça. A direção eu já conhecia. E seguiria, sem mais delongas, até o caminho do prazer.
Desci pela barriga.
Mordi as coxas.
Lambi a virilha.
Mergulhei no sexo quente e pulsante de Dulce.
Ela estremeceu.
E gemeu.
E jurou, a cada toque meu, que eu viveria para sempre... Sempre e sempre. Ao lado seu. Da parede, nós caminhamos para o sofá. Não com a urgência de antes, mas com o mesmo amor de sempre.
Dulce me despiu calma e vagarosamente. Peça por peça. Fez com que eu me deitasse lentamente no sofá e se deitou por cima. Seus olhos passearam e exploraram meu corpo sem ao menos toca-lo. Ali, naquele momento – surreal e inesperado –, eu percebi que estava, eternamente, ligada a ela.
Dulce tinha um jeito mágico de olhar.
Tocar.
Sorrir.
A vida com ela tinha outro sabor.
Tinha sentido.
As cores eram vivas
E as luzes acesas
A noite era clara.
A lua cheia
O gosto doce.
Doce gosto de felicidade.
Acariciei seu rosto com carinho.
Ela sorriu.
Linda.
E o mundo parou de girar.
Mais uma vez.
O mundo parou pra acompanhar o nosso giro.
O nosso ritmo.
Dulce uniu nossos corpos e sexos e o atrito se fez dança. O ódio se fez amor. As bocas se encontraram e bailaram. Os lábios sôfregos.
O desejo.
O desejo se uniu.
As mãos se encaixaram.
As pernas entrelaçaram
E o tempo não passou.
Parou.
E refez.
Refez gemidos.
Suspiros.
Renovou orgasmos.
Gerou go*zos
E toques incessantes.
Eu pulsava amor.
Saudade.
Dulce exalava ardor.
Amor.
Suavidade.
Depois de dias perdidos, nós nos encontrávamos novamente com a mesma intensidade.
Corações pulsantes.
Olhares fixos.
-- Eu pensei que nunca mais sentiria isso. – Dulce disse, quebrando o silêncio. Pegou minha mão e levou até seu peito. Senti as batidas aceleradas. – Essa felicidade louca. Esse descompasso gostoso.
Sorri.
Eu também me sentia assim.
Estava mais leve.
Estava feliz.
Pena que a felicidade não podia ser plena. Ainda havia um rastro de tristeza.
No seu olhar.
No meu peito.
E na nossa história.
-- É, Dul. " Eu preciso te falar. Tanta coisa já mudou. Tanto tempo se passou desde o momento em que o tempo parou em você "
-- Queria ter uma máquina do tempo. Só pra voltar e apagar todos os dias que nós ficamos separadas.
-- Eu ainda não consigo acreditar em tudo isso, Dul. – Comentei sem conseguir associar todos os fatos. – Seu pai... ele foi muito...muito...
-- Não tenta achar uma palavra, amor. Não existe. Acho que foi a maior decepção da minha vida.
Nós estávamos deitadas. Abraçadas e entrelaçadas no sofá. Dulce repousava seu corpo sobre o meu. Seu tom de voz era melancólico. Triste demais.
-- Você já tinha comentado que vocês não se davam bem, mas eu nunca poderia imaginar que ele fosse capaz de uma coisa dessas.
-- O pior você não sabe, Any.
-- E tem pior? – Perguntei indignada.
Dulce suspirou longa e desanimadamente, respondendo logo em seguida.
-- Naquele mesmo dia em que eu te vi no bar, eu passei na casa da sua mãe.
-- Espera. – Interrompi. – Você passou mesmo na casa da minha mãe?
-- Passei, Any. Não agüentei ouvir você dizer que sentia falta dela. Não agüentei ouvir e saber que a culpa era minha.
Beijei seus lábios com força. Doçura. Cobri seus lábios com beijinhos de amor.
-- Ai, amor... Deixa eu... falar.
Sorri.
-- Chata! Pode falar, tô ouvindo.
-- Com a boca ocupada é meio difícil.
Sorrimos.
-- Então, depois que eu saí da casa da sua mãe, meu pai apareceu. Ele, com certeza, já estava me seguindo. E ao descobrir que eu havia te encontrado, ele ficou maluco.
-- Você tinha quebrado o acordo.
-- Exatamente. E, ao quebrar o acordo, eu desrespeitei mais uma ordem dele. A partir dali, não era mais você. Era eu. Sou eu, na verdade.
-- Mas, ele fez alguma coisa com você, Dul? Ele chegou a...
-- Não. A me bater não. Mas ele me trancou. Me trancou em casa.
-- Não acredito nisso! – Levantei. Alternando entre espantada e indignada. As coisas iam se encaixando. Fazendo sentido. – Você não tinha viajado...
-- Viajado?
-- A Angel, ela chegou a te procurar. A ir até sua casa. Sua mãe disse que você tinha resolvido viajar de novo.
-- Mentira, Any. Mais uma mentira que minha mãe inventa para encobrir as falcatruas do meu pai. Eu estava lá, trancada no meu próprio quarto. Sem poder nem sentir o cheiro da rua.
-- Meu Deus do céu que loucura! Você deve ter sofrido tanto, meu amor.
Apertei Dulce em meus braços. Estava me sentindo pequena. Pensei tantas coisas ruins ao seu respeito. Lamentei e sofri tanto, achando que havia sido abandonada. E ela havia me dado a maior e mais bonita prova de amor. Dulce havia salvado e preservado a minha vida, deixando a dela em segundo plano.
Me emocionei.
-- Não chora, meu amor. Eu tô aqui com você!
-- Eu vou te proteger do mesmo jeito, Dul. Eu juro. Vou te proteger do mesmo jeito lindo que você fez comigo.
Eu repetia incansavelmente.
Abraçando.
Apertando Dulce.
Eu cobria seu corpo com o meu.
Eu sentia frio.
Medo.
-- Eu te amo, Dul. Te amo muito.
Voltamos a nos abraçar.
Dividindo o incerto.
Misturando as lágrimas.
-- Não vou deixar aquele crápula fazer mais nada de ruim com você, minha pequena. Nunca mais.
Prometi pra ela e pra mim. Esperei que Dulce adormecesse e saí do sofá. Apanhei meu celular, tomei o cuidado de desativar o ID, deixando o número desconhecido, e disquei. Não demoraram a atender.
Conversei.
Esbravejei
E, depois de alguns minutos, desliguei. Fiquei ali, parada. Observando e admirando Dulce sem que eu pudesse evitar, vieram flashes de uma vida inteira.
De todos os momentos.
Desde a morte do meu pai.
O casamento com Alfonso.
O nascimento de Mateus.
O primeiro beijo com Dulce.
Todas as dificuldades.
A superação.
O medo.
Toda uma vida revivida e revista em flashes. Até aquele momento, eu nunca havia sentido tanto medo.
Medo de perder.
De nunca mais ter.
Eu olhava Dulce ressonando tranqüila e só conseguia pensar na sua coragem e grandeza. Deitei novamente junto dela e me aninhei em seus braços.
-- Só o seu amor me cura, Dul. De toda e qualquer loucura.
Sussurrei, antes de me juntar à ela, e me entregar a um sono profundo.
Tudo Bem – Lulu Santos
http://www.youtube.com/watch?v=kAODvbNCEI8
Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver
Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum
defeito
Por mim tudo bem
tudo bem
Já não tenho dedos pra contar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem
Tudo bem, tudo bem
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47
Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*
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claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47
Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.
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angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19
Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*
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annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28
Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^
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annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31
Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!
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Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59
A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais
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lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48
Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu
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dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15
Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*
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dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22
Posta mais, estou amando a web ><
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annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05
Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..