Fanfics Brasil - Capítulo 76 Codinome Beija-Flor (Portiñon)

Fanfic: Codinome Beija-Flor (Portiñon) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 76

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Capítulo 76 – Home.


 


Anahi...


 


Ajudei Dulce no banho e a deixei descansando. O desgaste não era só físico, mas, principalmente, emocional. Liguei para o delegado. Ele deu-me a notícia de que o processo já tinha sido encaminhado para o fórum e o pai de Dulce estava, realmente, encrencado. O delegado recebeu um telefonema anônimo, denunciando todos – os vários – crimes que ele cometeu. Eu estava certa de que a justiça seria feita. Desliguei o telefone e já bateram na porta. Corri para atender, conhecendo bem aquelas três batidinhas. Era Alfonso e logo atrás dele,  Mateus. Fiquei olhando para aquele rostinho inocente, meu filho, minha vida. Foi inevitável não lembrar dos pais de Dulce e das mães que abandonam os filhos. Depois de um ciclo de nove meses, sentindo a criança crescer, se desenvolver. De onde vem a coragem para abandoná-los em sacos de lixo, em represas, vasos sanitários, ruas desertas ?
Uma criança.
Indefesa.
Seu filho.
Um ser humano.
O rompimento do cordão umbilical, não significa o rompimento do laço familiar.
Pais que espancam, estupram. Maltratam.
Pais que matam.
Um amor incondicional se transformando. Desfazendo.
Amor incondicional não é exigir demais nem pressionar. Muito menos, maltratar.


“Amor incondicional é amar uma criança sem restrições; quanto ao que esperamos que ela seja e, o mais difícil, quanto ao seu modo de ser.”


"Os pais fazem dos filhos, involuntariamente, algo semelhante a eles – a isso denominam `educação` nenhuma mãe duvida, no fundo do coração, que ao ter seu filho pariu uma propriedade: nenhum pai discute o direito de submeter o filho aos seus conceitos e valorações." 


Peguei Mateus em meu colo e o abracei forte. Era isso que eu esperava da minha mãe todas as vezes em que precisei de apoio.


“Nossos filhos nos dão a oportunidade de sermos os pais que sempre desejamos ter tido.”


-- Eu te amo, filho. – O apertei em meus braços. – Amo demais.

“É melhor sujeitar seus filhos a você por meio do sentimento de respeito e pelo carinho, do que pelo medo.”
-- Eu também te amo, mamãe. Senti saudade!


Beijei sua bochecha e sorri, colocando-o novamente no chão.


-- Filho, conta pra mamãe o que você trouxe.
-- Ah é.


Ele saiu correndo e eu fiquei olhando para Alfonso, sem entender. Minutos depois, Mateus voltou com uma caixinha e um buquê de flor na mão.


-- É pra Dul, mãe. O papai me contou que ela voltou.


Agachei e passei a mão em seus cabelos, tirando-os do rosto.


-- E você ficou feliz, filho?
-- Muito, mamãe. Eu tava com muita saudade da Dul. E eu pensei que ela nunca mais fosse voltar.

Seus olhinhos estavam marejados. A voz tinha um tom de choro. Aconcheguei sua cabeça em meu peito e fechei os olhos, lembrando de todos os desencontros.

-- Eu também pensei, filho. Mas agora ela está aqui e vai ficar pra sempre.
-- Posso ir lá levar pra ela, mamãe?
-- Pode sim, filho. Só toma cuidado que a Dul está um pouquinho machucada, tá bom?
-- Tá bom, mãe. Eu vou cuidar dela agora.


Sorri.
A felicidade voltando aos poucos.
Enchendo meu peito de ternura. Olhei para Alfonso. Ele sorriu de volta.
Foi a minha vez de receber um abraço forte e apertado.


 


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Sentia um carinho gostoso, delicado. Meus cabelos eram afagados lentamente.
Fui abrindo os olhos devagarzinho. Aos poucos fui reconhecendo o quarto e não demorou muito para que eu reconhecesse o dono daquelas mãozinhas. Mateus.
Ele estendeu um buquê de flores e uma caixinha. O sorriso luminoso que brotou em meus lábios, foi inevitável. Eu vi meus olhos refletidos nos olhos dele. Peguei os presentes e os coloquei do lado da cama Puxei Mateus e cobri de beijos. O carinho com que ele acariciava meu rosto era uma cumplicidade inexplicável e silenciosa. Abri meus braços. Ele se jogou. Abracei Mateus como quem abraça a vidae e ali, ao lado daquela criança, eu redescobria a minha. Eu voltava a enxergar as coisas boas e bonitas da vida.


-- Senti tanto a sua falta, Dul.
-- Eu também, campeão. – Coloquei o dedo na pontinha do seu nariz, como antes. Ele sorriu, mostrando a covinha. Como sempre. – Eu também senti muito a sua falta.
-- Fiquei com tanto medo. A mamãe disse que você nunca mais ia voltar. Eu gosto tanto de você, Dul.


Sinceridade. Os olhos límpidos e claros mostravam uma sinceridade pura. Abracei Mateus e prometi que nunca mais o deixaria. Ficamos por longos e apreciados minutos assim, abraçados.

-- Quem fez isso no seu rosto, Dul? – Passou a pontinha do dedo em volta do meu machucado.


Fiquei em dúvida se contava ou não a verdade, preferi omitir.


-- Qualquer dia desses, eu te conto a história toda. Agora – Fiz cócegas nele. – o senhor vai me contar como tá a escola.

Fiquei observando o modo com que ele falava e gesticulava. " É a Anahi em miniatura. "
Entre cócegas e sorrisos, fizemos planos, refizemos lembranças, brincamos.


-- Dul, outra coisa que eu queria te perguntar..
-- Pergunta, seu curioso. – Respondi sorrindo e fazendo carinho em seus cabelos.
-- Meu pai falou que você e a mamãe estão namorando, é verdade?


Levantei a cabeça e o olhei, assustada.


-- Calma, Dul. Eu já sou um homem. Sei entender essas coisas.


Gargalhei.


-- Você tá ficando muito abusadinho, moleque. Onde já se viu fazer uma pergunta dessas.
-- Eu perguntei, Dul porque sei que minha mãe gosta muito de você. Ela chorou muito quando você foi embora. – Ele respondeu, sério. – E eu quero saber se vou ter que cuidar de você também, porque meu pai já arrumou uma namorada. Agora eu sou o homem da casa.


Sorri. Apertei sua bochecha. Ele fez careta.

-- Eu amo você, seu molequinho abusado.
-- Eu também te amo, Dulcinha. Mas você ainda não respondeu minha pergunta.
-- Moleque.
-- Moleque não – Ele me interrompeu. – Me chama de homem, por favor.

Gargalhei e apertei Mateus em meus braços.

-- Dul, um homem como eu precisa de ar.

Sorri, afrouxando o abraço.

-- Homem mais lindo desse mundo, eu e sua mãe, nós nos amamos. E você sabe que o amor não escolhe sexo.


-- É. eu sei! Meu pai me disse, mas eu já sabia disso, porque os anjinhos não tem sexo. São todos anjos.


-- Então, eu amo muito sua mãe . E quero ficar com ela pra sempre.

-- E comigo não?


-- Com você também, seu bobo. Vocês dois são minha família.

-- Eu vou te ajudar a cuidar de mim e da mamãe, Dul.


-- Até porque você é o homem da casa, né?! – Perguntei, achando graça.

-- É isso aí, Dul. Eu sou o homem da casa.


" O sorriso. A persistência. A teimosia.. Mateus era idêntico a mãe. "


Aliás, falando na mãe dele..


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Alfonso se ofereceu para fazer o café. Eu, conhecendo seu dom, apoiei totalmente. Ele, como sempre, me expulsou da cozinha. Fui ver o que o Mateus estava fazendo com Dulce no quarto. Entrei devagarzinho. Parei na porta e suspirei embevecida. Mateus tinha os bracinhos em volta do corpo de Dulce, a cabeça descansava em seu peito, os braços de Dulce, abraçavam e aconchegavam o corpo de Mateus. Ambos estavam com os olhos fechados. A respiração tranqüila. Senti meu coração ser preenchido por uma alegria plena.
Intensa.
Eu olhava para os dois e sorria, sem conter a emoção.


-- Vai continuar olhando ou vai pular e ficar abraçadinha aqui com a gente também, amor?!


Dulce perguntou, abrindo os olhos e sorrindo lindamente. Não pensei duas vezes. Corri e deitei junto deles. Nos abraçamos e embolamos na cama. Fortalecendo os laços, aumentando a cumplicidade e o amor que nos unia. Eu olhava para Dulce e Mateus e sabia estar no lugar certo. Era ali, junto deles que eu sempre quis estar. Dulce segurou meu rosto e deu-me um beijo demorado nos lábios. Eu correspondi, mas não entendi. Ela, no tempo em que estivemos juntas, sempre evitou demonstrações mais calorosas na frente de  Mateus.


-- Agora ele já é um homem, tenho certeza que ele pode saber que nós estamos namorando. – Ela disse, piscando para Mateus. 

-- E a Dul prometeu que vai ficar com a gente pra sempre, mamãe. Agora eu vou cuidar das duas.


Ele respondeu, pulando em cima e cobrindo, nós duas, de beijos. Mateus só saiu dali quando a campainha começou a tocar. Olhei para ela. Seus olhos me fitavam com tanta intensidade.


Eu via amor.

Sentia.


Transbordava amor.


Acariciei seu rosto.


Beijei seus olhos.

Nariz.


E lábios.


Sussurrei sorrindo, ainda com a boca colada na sua. Ainda aconchegada em seus braços.


-- "Eu encontrei no teu abraço a certeza e a proteção pra descobrir que é você que eu amo.


Ela mordeu e puxou meu lábio inferior.


Também sorrindo.


-- “ Eu sou muito sua, do meu jeito mais bonito e desmedido.” Você sabe, Any. "Eu enfrento o mundo com uma mão, se você segurar a outra." 

-- Eu vou te segurar inteira, sua gostosa! – Mordi seu pescoço, lambi. Ela suspirou. – Tô com saudade de ter você, amor.



Deitei em cima dela. Dulce deslizou as mãos por dentro da minha blusa, arranhou minhas costas. Beijei sua boca com paixão, loucura, saudade. Aos mãos dela percorrendo meu corpo todo. Dulce inverteu as posições, ficando em cima de mim.


-- Mamãe, vocês estão namorando ou brincando de lutinha?


Ainda de olhos fechados, eu sorri. Dulce caiu na cama, sorrindo também. Olhamos para Mateus e ele estava parado na porta do quarto, com a mão cobrindo os olhos.


-- Brincando de lutinha, filho.

-- Então eu posso abrir os olhos?


Nos olhamos, felizes.


-- Pode sim, molequinho. – Dulce respondeu.


-- Nós já conversamos sobre isso, Dul. Mas, eu vim avisar sobre a campainha.

-- Quem é, Má?


-- A tia maite e a tia Angel.


Olhei para Dulce e vi seu semblante endurecer. Ela ainda estava muito magoada com as amigas.


-- Diz pra elas que a Dul já ta indo, filho.


Dulce esperou que ele saísse e me respondeu, chateada.


-- Eu não vou falar com elas, Any. Com a Maite então, nunca mais.


-- Não faz isso, amor. Elas fizeram o que qualquer pessoa faria.


-- Esse é o problema. Elas eram minhas melhores amigas. Me conheciam como ninguém. Eu esperava que elas fizessem diferente e não que agissem como qualquer pessoa.


-- Meu amor, tenho certeza que as duas estão arrependidas. Vamos começar de novo, sem mágoas. Sem desencontros.


-- Eu to magoada, Any. Passei por tanta coisa nesses últimos dias.


-- Eu sei, amor. Mas você não tem que descontar todos os problemas em cima das suas amigas. Ficar brigada com elas, não vai apagar as mágoas e nem os momentos ruins que você viveu.


Ela se calou, acariciei sua mão, entrelacei meus dedos nos seus.


-- É. você tem razão, Any. Eu preciso delas também pra ser, completamente, feliz.


Sorri. Dulce era toda coração. Da cabeça aos pés. Seu coração, de ouro, ampliava-se e abrigava todos.


-- Eu te admiro muito, Dulce.


Beijei seus lábios e fiz com que ela se levantasse e fosse falar com as meninas.


 


Continua...


 


Phillip Phillips -Home


http://www.youtube.com/watch?v=HoRkntoHkIE


 


Hold on to me as we go


As we roll down this unfamiliar road


And although this wave is stringing us along


Just know you`re not alone


`Cause I`m going to make this place your home


 


Settle down, it`ll all be clear


Don`t pay no mind to the demons


They fill you with fear


The trouble it might drag you down


If you get lost, you can always be found


 


Just know you`re not alone


`Cause I`m going to make this place your home


 


Settle down, it`ll all be clear


Don`t pay no mind to the demons


They fill you with fear


The trouble it might drag you down


If you get lost, you can always be found


 


Just know you`re not alone


`Cause I`m going to make this place your home


 


Lar 



Prenda-se a mim enquanto seguimos


Enquanto passamos por esta estrada desconhecida


E embora esta onda esteja nos amarrando


Apenas saiba que você não está sozinha


Porque vou fazer deste lugar o seu lar




Acalme-se, tudo vai ficar claro


Não dê atenção aos demônios


Eles enchem você de medo


A dificuldade pode trazer você para baixo


Se você se perder, sempre poderá ser encontrada




Apenas saiba que você não está sozinha


Porque vou fazer deste lugar o seu lar




Acalme-se, tudo vai ficar claro


Não dê atenção aos demônios


Eles enchem você de medo


A dificuldade pode trazer você para baixo


Se você se perder, sempre poderá ser encontrada




Apenas saiba que você não está sozinha


Porque vou fazer deste lugar o seu lar







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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 65



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  • flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 04:40:47

    Amei de verdade a fic,perfeita demais *-*

  • claricenevanna Postado em 06/12/2013 - 01:17:47

    Andei meio sumida daqui, mas não esqueci essa web que adoro de paixão. O final foi lindo, toda web foi linda, cara. Me emocionei muito com o amor puro delas. Parabéns! Uma história inteligente, instigante e marcada de muito amor. Estarei acompanhando na nova web.

  • angelr Postado em 05/12/2013 - 00:48:19

    Adorei a fic perfeita romantica e muito fofa amei foi bom ler *_*

  • annecristine Postado em 05/12/2013 - 00:31:28

    Crlh vc escreve muito! Amei o final da fc. Elas sao lindas o Matheus super fofo! Rs.. Parabens ameii.. ^_^

  • annecristine Postado em 04/12/2013 - 18:12:31

    Aiii q lindo! Amei o penúltimo cap. Foi perfeito! Pena q vai acabar.. :/ Parabéns!

  • Valesca Postado em 02/12/2013 - 23:49:59

    A sua web é maravilhosa, parabéns! ps.: posta mais

  • lunaticas Postado em 02/12/2013 - 22:50:48

    Acabei de postar dani_portinon haushuahsauu

  • dani_portinon Postado em 02/12/2013 - 22:48:15

    Vai postar o próximo capitulo que hrs ? *-*

  • dani_portinon Postado em 29/11/2013 - 23:07:22

    Posta mais, estou amando a web ><

  • annecristine Postado em 29/11/2013 - 01:58:05

    Ai q fdp nojento o pai da Dul.. Pena delaas.. :/ Tomara q a Dulce fique boa logo..


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