Fanfic: - Desabafo | Tema: Rebelde
Como deixar de pensar? Como silenciar todas as palavras que foram ditas? Como abandonar todos os planos? Como sufocar um sentimento? Como seguir em frente?
São tantas perguntas e nenhuma resposta. Para mim nenhuma resposta. Alguns costumam dizer que a resposta é o tempo. Ora, que se dane o tempo! Eu estou sofrendo hoje. E o hoje me maltrata, me machuca, me destrói.
Sei que essa história de que o tempo acerta tudo é bastante válida. Eu mesma já a usei para aconselhar inúmeras pessoas, inúmeras vezes, mas acho que até hoje nunca havia parado para pensar em como ela parece vazia. Pensar no tempo implica pensar num futuro, e, se durante tantos meses o único futuro que você imaginava era ao lado dele, como pensa-lo? Não há resposta, e, se houvesse, seria vazia. Vazia como todas as outras respostas, vazia como as horas que se arrastam, vazia como um coração que bate fora do compasso, vazia como todas essas palavras.
Sempre fui do tipo de pessoa que duvidava que existisse aquele amor tão grande quanto o dos livros de romance. Oh, o que digo agora é que ele existe. É grande, intenso e incrível. Acalora toda a sua alma e te enche de uma felicidade tão grande que é impossível mensurar. Mas eis aqui a verdade dolorosa: Ele nem sempre acaba tão bem como nos livros. Aliás, toda a beleza está no fato de que ele não acaba. Mas, às vezes (fato que eu ainda reluto a acreditar), ele acaba. E não é fácil, nem bonito. Todo aquele calor que existia antes se transforma num infindável mar de gelo, e, agora, a tristeza é que se torna imensurável.
Sinceramente, não sei lidar com isso. Talvez seja esse o motivo de todas essas palavras vãs. Palavras que desabafam, mas que não amenizam em nada a dor que sinto no peito. Dor que não sei quando vai passar, e tampouco sei se quero que passe. Como um horroroso vício, ou uma espécie de masoquismo, parece que agora é ela, afinal, o meu único elo com ele. Como se eu não pudesse abandonar meus pensamentos e a dor que eles trazem consigo, porque isso seria aceitar. E eu ainda não aceito. Não consigo. Entendo. Mas não aceito.
Mas, ora, eu aceitar ou não em nada muda o fato de que aconteceu. De que para uma das partes não foi o suficiente. Então vou da indignação à culpa em questão de segundos. E ao desespero. E à esperança, quem sabe tola, de que, talvez, se era mesmo assim tão grande e real, ainda tem volta.
Disse bem Fernando Pessoa: “Alague teu coração de esperança, mas não deixes que ele se afogue nela”. Bem, eu estou tentando não me afogar, contudo, disse também ele: “Quem amas? Guarda dentro de um porta joias, tranca, perde a chave! Quem amas é a maior joia que possuis, a mais valiosa”. Eu não perdi a chave, perdi a joia. Eu não perdi só o amor, perdi a paz.
Autor(a): rosuemi
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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rosuemi Postado em 22/10/2013 - 21:50:01
lcia_10: Deve ser profundo porque sai realmente lá de dentro. Lá do fundo da alma. Obrigada.
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lcia_10 Postado em 22/10/2013 - 18:47:55
Nossa, isso é tão profundo, cada palavra que eu li parecem ter entrado no meu coração, inacreditável =)