Fanfic: Paixão inesperada | Tema: Portiñón

Ao pôr do sol Anahi chegou ao aeroporto, seu pai estava a esperando. Quando ela se aproximou o homem abraçou a loira.

-- Minha filha que saudades.

-- Saudades? Mas se você já até arrumou outra família. – Disse afastando-se de Antônio.

Seu pai a fitou com uma expressão de dor, já sabia que ela ficaria com ciúmes, mas no fundo tinha esperanças de que Any aceitaria.

-- Filha não é bem assim, você é quem eu mais amo nesse mundo, e eu sinto falta da sua mãe todos os dias, mas eu preciso de alguém, e eu também amo Alice, e você vai gostar dela. – Disse Antônio acariciando os cabelos da filha.

-- Duvido muito, e não ouse falar da mamãe quando você está trocando ela por qualquer outra. – Grunhiu a loira afastando-se.

Antônio suspirou e seguiu a filha até o estacionamento. No carro não trocaram nenhuma palavra.

No jantar seu pai havia convidado Alice e seus filhos, Mariana e João. Anahi passou o jantar todo revirando olhos, respondendo seca e quase nem comeu. Isso que seu pai chamava de família agora? Que babaquice.

-- Tenho certeza que Anahi gostou da companhia de vocês tanto quanto eu. – Disse Antônio despedindo-se dos convidados que em breve morariam ali na mansão com ele.

-- Oh querido, nós também à adoramos, até logo. – Disse Alice despedindo-se do noivo, partindo com seus filhos.

Any já estava em seu antigo quarto.

-- Filha abra. – Disse Antônio batendo na porta.

Anahi abriu a porta após algumas batidas insistentes do pai.

-- Que é?

-- Filha não haja assim, entenda não quero substituir sua mãe, eu realmente a amo e assim como você sinto falta dela, mas eu preciso seguir minha vida, olhe em breve você também estará de volta morando todos juntos.

-- Se eu voltar não é. – Disse rabugenta.

-- Não seja má, dê um abraço no seu velho pai que estava morrendo de saudades.

Any estava chateada com o noivado de seu pai, mas mesmo assim sentia falta dele, abraçou seu pai com toda a força que tinha.

-- Quer que eu te ponha para dormir? – Perguntou Antônio.

-- Pai, eu não tenho mais 5 anos.

O homem riu e após isso beijou o rosto da filha.

-- Eu amo você querida.

-- Também te amo pai.

Quando Alison fechou a porta uma lágrima caiu sobre sua bochecha. Ainda não aceitava o fato de seu pai se casar, mas isso a deixava frágil, e a Alison postiça que todos conheciam só desaparecia quando se tratava de seus pais e agora de Emily...

Any estava tentando dormir, mesmo tendo dormido naquela cama a vida toda, agora parecia que não era mais seu quarto, sentiu falta do quarto que dividia com Dulce, e sentiu ainda mais falta da presença da ruiva.

Lembrou-se de que havia sido grossa e fria depois de que beijou ela, sentiu-se horrível por isso, sabia que quando voltasse precisava concertar isso, mesmo tendo perdido o amor de Dul que havia acabado de declará-lo, ela precisava acima disso, de seu perdão.

Havia feito tanta coisa errada, agia sempre da pior maneira, enganava a si mesma, pois ela não era assim, má, mas sentia-se esquecida por seu pai, contrariada por tê-la colocado naquela universidade, achava que ele queria castigá-la.

Pobre Any não sabia o quanto estava enganada, Antônio apenas queria que sua filha estuda-se, deixa-se essa vida de baladas e noitadas, afinal Anahi era sua única herdeira.

Ainda tinha Dulce, no fundo Any tinha medo da força do amor que sentia pela ruiva, medo de se envolver e se machucar, medo da repulsa de Dulce, de ser repudiada, mas espera ai, quem havia enxotado alguém não foi ela?

Pobre Dul, Any precisava parar de agir assim, não fazia de propósito, mas apenas queria prevenir por medo, medo esse que só existia na sua cabeça, pois Dulce a amava também e ela sabia disso, só não havia parado para pensar na enorme besteira que havia feito.

BjãO pra quem ta acompanhando <3