Fanfic: Paixão inesperada | Tema: Portiñón

-- Garota ficou louca, porque gritar assim? Droga. – Disse a outra ruiva que terminava de por seu vestido.

-- Quem é você? O que está fazendo no meu quarto? – Perguntou Dulce ainda assustada.

-- Nosso quarto docinho – Disse a loira que saía do banheiro só de calçinha e sutiã indo em direção a ruiva.

Dulce desviou o olhar, ver Anahí assim a perturbava profundamente, e ver que ela estava com outra garota era pior ainda. Em seguida a loira se dirigiu a ruiva que estava ao seu lado.

-- Sai, não tem mais nada pra fazer aqui. – Piscou para a menina que rapidamente deixou o cômodo.

Dulce pegou seu material que estava no chão e soltou em cima da cama, evitava olhar para a loira que ainda estava seminua procurando algo em suas coisas. Dulce tinha a respiração acelerada.

-- Está nervosa? – Perguntou Any.

Quando Dulce se virou para a direção da loira seus olhos se arregalaram, sentiu seu coração acelerar. Any estava sentava em sua cama de frente para a ruiva, e mantinha seus lindos olhos azuis fixos nos olhos de Dulce. A ruiva suspirou e desviou o olhar.

-- Claro que estou, porque me assustei quando vi aquela estranha no meu quarto. – Mentiu.

Na verdade Dulce estava totalmente desconcertada com aquela loira a olhando, a provocando, e pior ela estava gostando, aqueles olhos azuis a deixava sem ar, como podia ser tão linda? Sentiu seu rosto ficar vermelho, virou de costas e fingiu estar distraída com seus livros e cadernos.

“Que fraca, olha só como ela fica só de me ver” Pensou Anahí admirando a ruiva, sorriu maliciosamente, mesmo que para ela Dulce seja uma perdedora, ela estava adorando deixar aquela menina constrangida com suas provocações.

Dulce sentiu um arrepio, Any estava bem atrás dela, apenas alguns centímetros separava ela da dona daqueles olhos que a deixava com as pernas tremulas. A loira chegou seu rosto bem perto do ouvido de Dul e sussurrou “Pois saiba que você é uma péssima mentirosa”, nesse momento o coração da ruiva parecia que iria saltar pela boca, ela mal conseguia ficar em pé, tinha seus olhos cerrados, mantendo-os fechados com força, em seguida sentiu a loira se afastar dando risada, Any foi para o banheiro e fechou a porta, Dul ouviu quando ela ligou a ducha. Sentou-se na cama em estado de choque, não conseguia pensar em nada, sua cabeça estava uma confusão, seu corpo tremia como nunca antes, nunca havia sentido algo parecido, sentia-se muito assustada, “O que está acontecendo comigo? Primeiro fiquei babando quando a vi nua ontem, e hoje eu senti CIUMES??????? E agora isso, Porque? Eu não sou assim, não quero ser assim, odeio ter que admitir, mas acho que me apaixonei por Anahí. Mas como pode? Mal a conheço? E ainda se não bastasse, ela é uma MENINA!!” Pensava Dulce, estava completamente apavorada com o que estava sentindo, não aceitava, não achava certo, e ia esquecer tudo isso, é loucura, não iria admitir isso jamais, e não deixaria mais Anahpi a intimidar, estava decidida. Pegou o celular, ligou para Denise que atendeu rápido.

-- Posso te ver? Não quero ficar aqui, pelo menos não agora, preciso contar algo, preciso de ajuda, acho que estou ficando louca – Disse rapidamente quase atropelando as palavras.

-- Calma Dul respira! Estou no restaurante, venha até aqui, se quiser vamos para outro lugar conversar – Disse a amiga.

-- Ok – A ruiva desligou e saiu batendo a porta.

Alguns minutos depois Anahí saiu do banheiro enrolada na toalha com um sorriso satisfeito no rosto, mas ao perceber que Dulce não estava o sorriso sumiu. “Droga, aonde ela foi? Idiota, porque ela sumiu, não havia acabado ainda” Pensou Any enquanto se vestia, mas no fundo ela queria que Dulce estivesse ali não apenas para tortura-la, mas porque gostava disso, ou melhor, gostava de fazer isso com a ruiva especificamente, só que ela é Anahí Portilla, e nunca vai admitir nem para ela mesma que “gosta” ou que sente falta de alguém, até parece, ela tinha tudo e quem quisesse aos seus pés, não seria aquela nerd que iria mudar isso. A loira fica tanto com homens quanto mulheres, não que ela já tenha se apaixonado, fazia isso principalmente para chamar a atenção do pai, e também porque sentia atração, mas paixão? Amor? Acho que a loira não conhece o significado dessas palavras... Ainda. Arrumou-se e saiu para a noitada de todos os dias na casa de algum amigo (a) cheio da grana.

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Mais tarde Dulce estava no bosque da universidade com sua amiga Denise, quase ninguém costumava ir até lá, era meio aos fundos e não tinha exatamente nada além de arvores e bancos velhos, era geralmente utilizado por pessoas que queriam ler ou algo do tipo. A ruiva havia se encontrado com a amiga no restaurante, estava ofegante, pois tinha corrido do quarto até lá, após a amiga pagar sua comanda as duas seguiram para o bosque.

-- Então, porque está assim? Foi a megera? O que ela fez? – Perguntou a amiga preocupada ao ver o nervosismo de Dul.

-- Eu estou confusa Dedê,quero sair daquele quarto, não sei o que eu faço – Disse a ruiva querendo chorar.

-- Ah qual é Dul, não deve ser tão grave assim, como se estivesse apaixonada pela maior patricinha desse lugar e virado sapatão. – Denise riu da própria piada.

Emily olhou assustada e começou a chorar desesperadamente.

-- O que foi? Não??! É isso Dulce? Meu Deus me desculpe, mas como?? – Perguntava a amiga desesperada.

A ruiva nada disse, apenas abraçou a amiga e chorou durante longos minutos, algum tempo depois quando estava mais calma Dul se afastou, enxugou as lágrimas que ainda estavam sob suas bochechas e suspirou.

-- Eu me apaixonei por ela Dedê, por aquela metida que só me provoca, por quê? Eu nem sou lésbica, como eu fui me apaixonar? – Dizia querendo chorar novamente.

-- Ei calma amiga, você tem certeza disso? – Perguntava Denise enquanto fazia um carinho na amiga.

-- Tenho, eu não consigo parar de pensar nela, todo minuto eu lembro, quando ela fala comigo, quando me olha, até só de estar no mesmo ambiente que eu isso me deixa totalmente perdida, meu coração acelera, nunca sei o que fazer ou como agir – Contou a ruiva.

-- É amiga, você está mesmo apaixonada, quando eu conheci o Vitor (namorado de Denise) eu me sentia exatamente assim, estou tão triste por estar longe dele – Denise fez beicinho.

-- Sabe o que é o pior? Ela é uma vadia, hoje quando voltei para o quarto tinha uma garota lá com ela, estava se vestindo quando entrei, e ela só com roupa intima, foi tão constrangedor e irritante ter visto aquilo. – Dizia Dul enquanto olhava para o nada.

-- É sério? Nossa, nem sabia que ela era assim, mas levar para o quarto de vocês foi muita sacanagem. Você ficou com ciúmes? – Denise cutucou Dulce.

-- Para Dedê, não tem graça – A ruiva fez beicinho.

-- Ta com ciúmes, ta com ciúmes – Cantarolava a amiga.

-- Sua bobona – Dulce deu um tapinha no braço da loirinha. As duas riram.

-- Você vai contar pra ela? – Denise fitava a ruiva.

-- Não! Claro que não! Isso seria só mais um motivo pra ela me perturbar, ela me odeia, só quer tirar com a minha cara, tenho que esquecer isso, aff! – reclamou Dulce.

-- Mas e se ela estiver apaixonada e faz isso pra chamar sua atenção? – Especulava a loirinha.

-- Duvido muito, do jeito que ela é, nem deve saber o que é isso. – Bufou.

-- Você está melhor? – perguntou Denise.

-- Tô sim, obrigada Dedê. – Abraçou a amiga bem forte.

-- Por nada bobona, sempre que precisar eu estarei aqui, agora vamos porque eu não estou afim de encontrar vampiros e zumbis no caminho de volta, já esta escuro – Disse a loirinha agarrando o braço da amiga.

-- Ai que besta, isso nem existe. - Dul ria da amiga assustada.

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Eram 2:30h da madrugada, Any estava no meio de centenas de jovens bêbados em uma mansão de uma amiga que ela conheceu à alguns anos atrás. E como nos últimos dias, Dulce vinha invadir seus pensamentos, a maneira como ela foi atenciosa com ela naquele dia em que viu a chorando, tinha deixado a loira distraída, em qualquer que fosse a situação. Any se irritou ao lembrar-se da dona dos olhos escuros e agarrou o primeiro cara que passou por ela, mas então durante o beijo ela estava lá de novo, a ruiva não saia de sua cabeça, quanto mais queria esquecê-la mais ela lembrava, “Droga Dulce! Me deixa em paz” a loira pensou e empurrou o menino com quem ela estava, saiu furiosa para fora da mansão e foi direto para universidade, ou melhor, direto para o quarto 112.

Abriu a porta do quarto com pressa, entrou e fechou-a com força, Dulce que já estava dormindo acordou com a batida da porta.

-- Você me assustou – Disse a ruiva enquanto Alison ligava a luz.

-- Porque você não me deixa em paz garota? Que droga! – Dizia a loira irritada.

-- O quê? – Dulce estava confusa.

Any revirou os olhos, se jogou em sua cama e começou a chorar. A ruiva virou de lado na cama, ficando de costas e tentou dormir novamente. Não queria perguntar nada para Anahí agora, ela não parecia bem. Dulce estava tentando dormir, mas ela não estava conseguindo, Any não parava de chorar e agora estava soluçando. Decidiu ir até a loira, levantou de vagar, foi até a cama de Any e agachou perto de onde ela estava.

-- O que você tem? – Perguntou enquanto acariciava o rosto da loira. Dulce estava apreensiva. Any sentiu um arrepio ao toque da outra.

-- Não é nada – Respondeu Any ainda chorando.

-- Tem certeza? – Dulce estava preocupada.

-- Uhum – Respondeu a loira em meio a um soluço.

-- Não parece... Mas tudo bem então, não precisa falar nada se não quiser. – Disse a ruiva enquanto se levantava para voltar para sua cama.

Any segurou a mão de Dulce que parou imóvel no mesmo instante, seu coração acelerou.

-- Fica aqui? – Disse a loira.

Dul virou-se para a loira que estava olhando com aqueles olhos azuis pidões, sentiu seu corpo todo estremecer, como ela poderia ficar longe disso? Como ela conseguiria evitar esses olhos? Esse rosto? Como ela evitaria ou esqueceria que estava apaixonada por Any? A ruiva não respondeu, apenas voltou para perto de Anahí e sentou-se na cama da loira encostada na cabeceira. Em seguida a loira se aproximou de Dulce e abraçou sua cintura apoiando sua cabeça no colo de Dulce, a ruiva respirava cada vez mais rápido, estava apavorada, nunca tinha visto Anahí assim tão frágil, queria saber o que estava acontecendo com a dona daqueles olhos lindos que agora estavam tristes, mas a loira insistia em negar que havia algo a perturbando. Dulce acariciou os cabelos da loira por um longo tempo, já estava menos nervosa em ter a dona de seus pensamentos em seus braços, sentia-se estranhamente bem em tê-la ali, aos poucos a loira foi parando de chorar, até que adormeceu. Dulce com certeza não iria sair dali e acordá-la, primeiro porque ela poderia voltar a chorar, ou perder o sono e também porque ela não queria se afastar de Any, nem por um segundo, ficou admirando a loira durante toda a noite, nem se importava se estaria cansada na aula no outro dia, até perderia se fosse preciso, só para não perder esse momento, e então um sorriso brotou no rosto de Emily, e ela não queria mais esquecer Any, não podia, ela estava completamente apaixonada e entregue aquele anjo que agora adormecia em seus braços.