Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ | Tema: Rebelde

Pov Miguel

Lupita de tanto chorar acabou dormindo. Não podia crer que isso estava acontecendo comigo. Como sou burro, mas também porque diabos fui ver na mulher a Lupita?

Lagrimas começaram a surgir em meus olhos. Como sou idiota! E o pior de tudo e que meu corpo me entregou por completo. Poderia ter dito à verdade que a mulher que deu de cima de mim, mas como se meu corpo estava todo “animado”? E o pior é que nem era pela mulher e sim por Lupita. Como é que eu ia dizer: “Amor, é que eu te vi nela, entende?” Ela vai me xingar e vai me dar um chute na bunda. Mas acho que de todo jeito ela vai fazer isso... Merda!

Por que amar tanto dói?

Olhei para o passageiro de meia idade ao lado, ele fumava. Isso, eu precisava de um trago.

- Senhor, - chamei-o. – Pode me dar um cigarro, por favor? – pedi sem jeito.

- Claro. – ele sorriu e me entregou o cigarro e o isqueiro. – Mas tenha cuidado, ninguém da companhia aérea pode ver. – disse ele.

- Claro. – sorri. – Sem problemas.

- Certo.

- Obrigado. – sorri de volta e acendi o cigarro lhe entregando o isqueiro em seguida.

Eu não fumava já há muito tempo, é a primeira vez desde o meu tratamento, não, na verdade era a segunda. Quando descobri do meu Pai também. Isso acontece somente quando estou mal, tipo, muito mal mesmo.

Traguei o cigarro e me senti mais aliviado. As lagrimas escorreram pelo meu rosto e todas as lembranças do que eu e Lupita passamos veio em minha mente como um flash.

Quando terminei o cigarro joguei no lixinho que havia em cada poltrona, no lugar onde descansa o braço.

Fechei meus olhos e adormeci em segundos.

***

Senti cutucadas em minhas costelas, estava até doendo inclusive. Resmunguei e abri os olhos sonolento, era Lupita.

- Chegamos. – ela disse seca.

Suspirei cansado e me levantei, Lupita fez o mesmo.

- Não vai se despedir de sua amante? – Lupita me olhou sínica.

- Não tenho amante nenhuma Lupita. – respondi frustrado.

- Hm, não parecia, até algum tempo atrás estava quase transando com uma mulher no banheiro do avião.  – ela me provocou.

Fiquei calado, estava quase sem paciência já. E quando perco a paciência, só Deus na causa.

Fomos calados até o trajeto até o interior do aeroporto. Consultei o relógio de pulso, eram exatamente 20h45min da noite.

- Escuta, vamos jantar em um restaurante daqui do aeroporto. O que acha? – puxei assunto.

- Tanto faz. – Lupita deu de ombros.

- Vamos sim, assim poderemos conversar. – falei serio.