Fanfics Brasil - 4 - Alguns Infinitos São Maiores Do que Outros Sweet Nightmare

Fanfic: Sweet Nightmare | Tema: Famosos diversos.


Capítulo: 4 - Alguns Infinitos São Maiores Do que Outros

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- Ah, por favor, ele é tipo um... badboy super sexy – Ela deu aquele sorriso meio presunçoso meio sarcástico que me fazia pensar um milhão de vezes nas palavras que eu iria usar dali por diante:


- Não, ele não é tipo um badboy super sexy. – Eu disse dando ênfase nas palavras super esexy:


- A qual é, eu estava bem do seu lado. E a menos que as veias saltadas do Sr Fitzburnestejam me deixando louca eu vi um badboy muito sexy gritando por você nos corredores daEastSchool – Ela fez uma daquelas expressões engraçadas que dizem “é isso aí garota, manda haver” e eu dei risada, depois de um longo suspiro resolvi falar:


- Sabe ele não é um “badboy”, ele é... Diferente. – peguei meu copo com suco de maracujá e beberiquei um gole do canudo nem percebendo a cara de paisagem com qual eu estava até que Maddie me interrompeu:


- Sei, sei. E então o que é tão diferente nele, afinal? – Ela sabia que eu estava longe, muitomuito longe, como se ela pudesse ver o outro lugar no universo no qual meus pensamentos estavam e sabia que podia se aproveitar da situação para que eu dissesse tudo o que estava pensando no momento, então me incentivou a continuar, e embora eu tivesse noção de tudo aquilo, não hesitei:


- Ele definitivamente não é um badboy, ele não tem nem ar de badboy. Quer dizer... Ele tem um sorriso amistoso, e bobo, e além do mais ele é engraçado, gosta de fazer graça de tudo, chega até a ser irritante. – Dei um meio sorriso lembrando isso, e continuei - Certo que ele tem algumas características “badboylescas” como a autoconfiança, o charme, ele também é bem alto e forte, mas fora isso ele é doce e... Pé no chão. Isso, ele é seguro de si, muito seguro de si. – Eu dei um sorriso involuntário com a minha última colocação. Ele realmente era muito autoconfiante, mas não era só isso. Tudo nele parecia fluir da “árvore da sinceridade”. E eu nem o conhecia direito, mas parecia que já nos conhecíamos á vidas. Ele era mais do que apenas um garoto novo na EastSchool ele era tão puro ao ponto de ser impossível descreve lo, era impossível dizer quem era Jake Hosmannd porque tudo o que ele era estava ali bem á sua frente, sempre com aquela expressão impassível que dizia “está tudo bem confie em mim!” mas quer saber?! Não estava. Não tinha como estar. Era impossível conhecer uma pessoa no corredor da escola e em alguns minutos sentir como se ela sempre estivesse ali, como se você sempre a conhecesse. Jake era literalmente como um grande jardim do éden, lindo e calmante por fora, repleto de uma diversidade inimaginável de atributos. Estar com o Jake era ter certeza de cada passo a dar a seguir. Era como estar perdido e saber exatamente a onde se estava indo:


AIMEUDEUS! Você gosta dele! – Saltei dos meus devaneios quando Maddie praticamente gritou aquilo:


- O que? Gostar dele? Você deve estar muito apaixonada pelas veias do Sr Fitzburn. – Eu tentei demonstrar tranquilidade então peguei meu copo com suco e tomei mais um gole eu sabia que se a Maddie visse como eu fiquei surpresa e tensa com a afirmação dela teria ainda mais motivos para me encurralar:


- Qual é Wen?! Você praticamente admitiu isso para mim agora.


- Maddie. Eu nem conheço ele. – Revirei os olhos para tentar dar entonação nas palavras e por um fim no assunto, eu não estava me sentindo confortável falando sobre aquilo, e eu nem entendia muito bem o porquê eu sempre falei sobre garotos com as minhas amigas e OK que nenhum deles se autonomeou um papel de balas amassado e saiu gritando o meu sobrenome nos corredores, mas aquilo não era o problema. O problema era o Jake. O fato de eu não conseguir nem pronunciar o nome dele sem tremer era o que, de fato, me incomodava:


- Isso vai mudar a partir de amanhã depois da aula, baby. E eu espero que role uns beijinhosfaz um tempo que você tá na seca, merece um pouco de diversão de verdade. – Ela riu com desdém e isso me deixou irada:


- O.K! Quando foi que a minha vida virou esse reality show? Desde quando você acha que eu estou na seca?


- Ah, por favor, Wendy Marie, eu não preciso comprar um pay per view para saber que você não se envolve com ninguém a pelo menos 6 meses. – Ela falou aquilo um pouco irritada, mas depois continuou com um tom de voz calmo, sereno, como se estivesse com medo de prosseguir – Desculpa honey, mas parece que depois do acidente nós... uhm... Perdemos você também. – Ela pegou a minha mão e me olhou com os olhos cheios de compaixão – Eu não consigo nem imaginar como deve ter sido difícil para você, mas eu estou aqui pra te ajudar com isso. Eu sempre estive. E eu quero que você saiba que pode confiar em mim. – Ela suspirou e continuou – Lembra quando eu estava naquela fase gótica depressiva e o meu peixinho, Laurenci, morreu? Eu tinha 13 anos e mesmo assim acreditava que a minha vida tinha acabado porque o meu peixinho havia ficado muito tempo sem comida – nós duas rimos – Sabe Wen, eu nunca vou me esquecer do que você me disse naquele dia – então ela fez uma pausa e afinou a voz para tentar imitar a minha – “Não chora Maddie, sabe, talvez o Laurenci tenha morrido porque ele seria mais feliz morando no esgoto do seu banheiro” – Nós duas estávamos dando gargalhadas enquanto ela continuou – Aquilo foi o pior conselho que eu já recebi, sério. Quem raios é mais feliz no esgoto do meu banheiro? – ela suspirou – O importante Wen foi que... Você me fez enxergar uma coisa muito importante naquele dia, todos nós somos submetidos à vida e uma das suas consequências é a morte, mas não importa o que vier depois, se vier algo depois, o que importa é o que nós temos e somos agora, e o que nós fomos e deixamos em nosso legado. Cada um de nós tem uma razão de estar nesse lugar imenso a qual chamamos planeta terra, o Sr Laurenci,que Deus o tenha, foi o melhor peixinho de estimação que uma garota de 13 anos em uma fazegótico-depressiva poderia ter, mas você minha amiga, você vai ter um legado muito mais memorável e definitivamente nós não te jogaremos no esgoto do meu banheiro, você não merece tanta felicidade. – Ela riu, e eu sorri. Madison era minha quase irmã. Nós duas éramos como parte uma da outra. Embora Alli fosse minha melhor amiga, ninguém no mundo poderia me entender melhor do que a Madison entendia, ou então, fingia entender. Ela era a melhor em me fazer enxergar a verdade de uma nova perspectiva e aquilo sempre acabava me dando forças. Nos últimos 6 meses a minha vida estava mesmo de cabeça para baixo, mas de uma forma estranha a Madison sempre acabava me convencendo de que talvez ter uma vida de cabeça para baixo não era um problema, talvez ter uma vida de cabeça para baixo significasse viver de uma forma diferente, e aquilo poderia ser estranho no começo, mas também poderia ser incrível e único. Era bom saber que eu a tinha por perto. E mais confortante ainda era saber que eu tinha tantas pessoas incríveis ao meu redor.



Á 6 meses atrás provavelmente meu maior luxo seria ter TV acabo na sala, mas depois do acidente, minha avó paterna acabou se tornando minha tutora legal e ela vivia a vida da maneira mais luxuosa que podia, tipo, literalmente. Ela nasceu e foi criada na Carolina do Sul, e embora meu pai e minha mãe também tivessem nascido lá eles decidiram se mudar pro Oregon, mais precisamente, para Roseville logo após terem se casado, mas parece que a minha avó, meio que, detesta o Oregon e por esse motivo eu quase nunca via ela, mas depois do acidente ela foi obrigada a se mudar para Roseville comigo, até que toda a parte burocrática da minha guarda fosse resolvida, então logo depois que o juiz concedeu a minha guarda definitiva para ela, ela voltou a viver na Carolina do Sul vindo me visitar uma vez por semana e ligando quase diariamente para ver como eu estava. Ela sabia que eu não iria embora, e ela me entendia. Ela até me convidou para ir morar com ela na mansão gigante, mas eu recusei. E ela não insistiu muito, ou pareceu decepcionada, ela simplesmente assentiu positivamente com a cabeça e meio que usou a varinha de condão para fazer com que eu tivesse a vida mais confortável o possível em Roseville. Infelizmente ou felizmente o meu conceito de confortável e o da minha avó eram completamente diferentes. Ela acabou me dando uma casa suficientemente grande para 5 pessoas morarem e eu era uma pessoa sozinha lá dentro, o que era bem assustador quando, Moira, que era a governanta que minha avó contratou para tomar conta da casa, não estava. Mas como se a casa não fosse suficientemente boa, minha avó também me deu um carro, e uma mesada bem gorda que eu poderia retirar no banco todo mês, fora que todas as despesas como água, energia e comida eram pagas por ela. Ela havia me enchido de roupas caras, sapatos, bolsas e joias e, principalmente no primeiro mês, era como se ela se sentisse na obrigação de comprar o mundo inteiro para mim. Era uma vida bastante confortável. Eu tinha tudo o que qualquer adolescente de Bervelly Hills deve ter. Mas eu não gostava. Quer dizer, não é como se eu fosse ingrata por tudo o que a minha avó fez por mim, jamais, mesmo se eu trabalhasse uma vida inteira eu jamais teria tudo o que ela me proporcionou e eu era muito agradecida por ela ter feito isso, mas sabe, aquilo tudo, todo aquele brilho de joias, todas aquelas roupas de marca e sapatos com preços inestimáveis continuavam sem uso nenhum. Eu simplesmente não era aquela garota. Eu fui criada da maneira mais humilde e simples que alguém poderia, meus pais trabalhavam muito para me darem o suficiente para me sentir, verdadeiramente, confortável, e apenas confortável, nenhum luxo ou mimo apenas o necessário. E por mais que eu gostasse da ideia de ter tudo aquilo a minha disposição, as cores do letreiro de Hollywood simplesmente não combinavam comigo. Eu era a garota que tinha nascido em uma pequena cidade no Oregon, e não uma Barbie estadunidense. Mas mesmo sabendo disso eu jamais diria algo assim para a minha avó, ela fez tudo o que achou certo fazer para me deixar feliz, e ela é minha avó, afinal, é meio que instinto dela querer me mimar. Embora fosse minha tutora legal, eu não sabia muito sobre ela. Como ela não gostava de nos visitar eu a via muito pouco não tínhamos um relacionamento saudável e depois do acidente ela se sentia um pouco insegura em tentar se relacionar comigo. Tudo o que eu sabia sobre ela, era o mesmo que ela sabia sobre mim. Ela é minha avó e, segundo o juiz, minha responsável legal perante a lei. Mas embora eu não soubesse muito sobre quem era minha avó, em seus telefonemas ela sempre me contava as novidades e eu fazia o mesmo, nós estávamos nos relacionando melhor, mas sempre falando sobre o presente ou futuro, nunca tocávamos no passado.


Quando eu cheguei em casa depois do café com a Maddie eu fui correndo pro segundo andar, peguei um pijama no meu quarto e fui para o banheiro. Eu estava tensa. E tecnicamente tinha muito no que pensar, então optei por um delicioso banho de banheira. Depois de alguns minutos no banho com os sais caríssimos que a minha avó fazia questão que eu tivesse em casa, eu saí da banheira, me vesti e fui para cama. Como já era um pouco tarde resolvi apenas colocar os fones de ouvido, e dormir embalada pelo som de alguma das minhas músicas favoritas. Não precisou de muito tempo para que eu fosse levada pelo vórtice dos meus sonhos e em segundos já estava tudo preto.


Quando me dei conta do que estava acontecendo eu estava correndo. Correndo desesperadamente para algum lugar longe de onde eu estava. Eu não tinha uma direção, só sabia que deveria correr. Eu estava ofegante, e cansada. Eu não sabia o porquê de eu estar correndo tão freneticamente, e principalmente, sem rumo nenhum. Eu não aguentaria correr mais meio metro, eu estava desesperada por deitar meu corpo no gelo que se estendia por toda a floresta. Estava frio. E a terrível sensação de que meu corpo poderia entrar em erupção e congelar ao mesmo tempo me deixava ainda mais irritada... Por que eu estava correndo afinal? Do que eu estava fugindo? Foi então quando eu olhei para meus pés que eu pude ver com clareza que eu não precisava correr, eu simplesmente queria. Comecei a diminuir o ritmo, até que em fim, encontrei uma árvore que me serviu de apoio. Primeiramente eu apenas coloquei a mão nela para equilibrar o corpo enquanto recobrava um pouco do ar perdido, mas alguns segundos depois me joguei no chão e embora estivesse recuperando o fôlego a adrenalina que percorria o meu corpo no inicio do percurso continuava ali, pulsante, como se gritasse para que meu corpo reagisse e saísse do lugar. Não reagi. Embora fosse estranho parecia que eu tinha completa noção do que realmente estava acontecendo ali, e por algum motivo, eu resolvi enfrentar o que quer que eu tenha pela frente.


“Não precisa mais correr, confie em mim!”


Uma voz pareceu sussurrar na minha cabeça aquelas palavras e eu comecei a olhar em volta fervorosamente à procura de quem quer que tenha dito aquilo:


QUEM É VOCÊ? – Gritei para o vazio. Mesmo que eu estivesse, aparentemente, sozinha, eu sabia que a tinha escutado. Aquela voz. Eu a conhecia. Era quase como se eu pudesse identifica lá, mas não, não podia – VAMOS APAREÇA! – Esbravejei. Aquela altura eu já estava com mais raiva do que com medo. Eu ainda estava olhando ao redor a procura de algum sinal de vida, humana, ou animal, aquela altura eu já não sabia nem mais o que procurar, exatamente. Foi então que eu vi um movimento nos arbustos logo a minha frente, minha respiração ficou acelerada, eu senti novamente aquela dose de adrenalina tomar conta de mim, e enquanto eu via a figura sair das sombras minha garganta parecia se comprimir aos poucos:


- Só não corra. Nem grite. – Ele sorriu. Sorriu como se estivesse reencontrando um antigo amigo que não via há anos. E aquele sorriso inexplicavelmente me trouxe calma.


- Quem é você?


- Ah, é verdade. Você ainda não se lembra não é?! – Ele me perguntou aquilo claramente decepcionado, decepcionado de uma maneira estranha, como se existisse uma faísca de esperança nos olhos dele e de repente ela fosse terrivelmente apagada. Eu continuei encarando-o fixamente com a expressão confusa e então ele não precisou que eu dissesse nada ele sabia – Só não se apavore ta bom, eu não quero te fazer nenhum mal minha mikrés... – Ele deu alguns passos e se sentou a minha frente, longe o suficiente para que eu não entrasse em pânico, esticou as pernas longas no gelo, como se simplesmente não se incomodasse com todo o gelo a sua volta – Eu sei que você deve estar cansada, mikrés, mas será que podemos conversar? Sem que você saia correndo por aí e tudo mais?– E então um canto da boca dele se elevou revelando um sorriso sincero, e foi como se alguém acionasse um botão na minha cabeça, de repente estava tudo lá, todos os sonhos que eu vinha tendo desde o meu aniversário de 15 anos, todo o desespero, toda a beleza, ele, o estranho sentado a minha frente era a voz misteriosa que me assombrava noites seguidas, eu não entendia porque os olhos que antes eu me lembrava verdes agora estavam azuis ou porque o tom da voz que antes era forte e auto confiante agora suava mais como uma linda e calma sinfonia, mas era ele quem havia me dado uma sensação de segurança tantas vezes e era ele também quem á havia me arrancado dando inicio ao vácuo sem fim que me sufocava, que me prendia. Eu só não entendia o porquê eu simplesmente não sentia o mesmo desespero, muito pelo contrário, eu me sentia segura ali. A partir do momento em que eu o vi sair de trás dos arbustos foi como se o dia finalmente clareasse, eu me senti calma o suficiente para relaxar e até a adrenalina que antes percorria meu corpo fervorosamente pareceu desaparecer com o simples som da voz dele. Não, definitivamente, não era a mesma criatura. Mesmo que a aparência física fosse a mesma, os olhos azuis cor d’água não mentiam. Depois de olhar naqueles olhos comparar a criatura dos meus sonhos com ele, era como comparar um anjo e um demônio:


- Quem é você? – Eu perguntei gaguejando. Mesmo confiando plenamente nos meus instintos e acima disso me sentindo tão segura com ele a ponto de poder levantar e abraça-lo eu não sabia o que esperar, e resolvi ter cautela.


- Você pode me chamar de Wademikrés...- Ele pareceu notar a minha desconfiança e deu outro daqueles sorrisos incríveis, se eu não estivesse tão assustada com a situação eu provavelmente teria apreciado mais a visão daquele sorriso.


- Por que você está me chamando de Mikrés? Meu nome não é mikrés, meu nome é...


Wendy, eu sei. – Ele me interrompeu.


- Como você sabe meu nome? – Eu perguntei praticamente apavorada. Mas ele não respondeu, apenas deu um longo suspiro, que me fez pensar no porque parecia ser tão difícil para ele à ideia de não poder me contar as coisas, porque claramente, ele queria, mas então ele continuou:


Mikrés é uma palavra grega – Ele sorriu novamente e de repente ele estava longe. Como se estivesse em um devaneio de memórias ternas e vividas que fizeram com que o sorriso dele se abrisse ainda mais.


- E o que ela significa? – Eu não estava tão curiosa assim, mas eu queria traze lo de volta de onde quer que os pensamentos dele estivessem. E então ele me lançou um olhar intimo, tão intimo que me fez sentir constrangida, parecia que ele conseguia ver além da carne, como se apenas com os olhos fixos nos meus conseguisse ver minha alma, os olhos dele começaram a percorrer todo o meu corpo demoradamente, e de um olhar penetrante os olhos dele se suavizaram para uma expressão apaixonada e melancólica, e ele continuou assim apenas me analisando até falar:


- Acho que já está na sua hora de ir, mikrés, você já ficou tempo de mais aqui. – Ele se levantou do gelo com um simples movimento, rápido e gracioso, o que me levou a pensar se ele já tinha praticado algum tipo de arte marcial, o que, a julgar pelo físico perfeitamente esculpido dele, não deveria ser a única coisa que ele praticava:


- Não, espera. Eu acabei de chegar. Eu preciso de respostas, e eu acredito, que só você as tenha.


Alguns infinitos são maiores do que outros, e infelizmente o nosso tempo é curto. – ele suspirou – Mas não se preocupe mikrés, vai ficar tudo bem, você está segura agora.


- Segura? Espera, segura de quem? E por que você fica me perseguindo nos meus pesadelos? – Eu deveria ter sido mais clara, e perguntar “Hey, por que você quer me matar?”, mas de alguma maneira eu sabia que ele não queria, ele simplesmente não era o mesmo monstro que havia me perseguido tantas vezes neste mesmo lugar e eu não poderia culpa-lo por isso, nem se quisesse.


- Não era eu mikrés, eu jamais faria aquilo com você. Você realmente precisa ir agora minha, glykó agápi, mas antes de ir eu quero que saiba que vai ficar tudo bem. Eu não vou deixar mais ninguém interromper seus sonhos, agora descanse oneiriká, você tem uma longa jornada pela frente. – Eu queria dizer alguma coisa, mas minha garganta começou a se comprimir, minha visão começou a ficar turva. A sensação era parecida com a de um desmaio, não era como o vórtice do final dos meus pesadelos, era mais sutil, mas ainda assim turbulento o suficiente para me fazer sentir tonta e desequilibrada. Eu já nem sabia mais o que estava acontecendo, todos os meus sentidos pareciam se misturar e se enrolar entre si, a última coisa que consegui ver foram os olhos azuis água me fazendo sentir que eu não precisava me preocupar, pois eles cuidariam de mim, depois daquilo eu só lembro de acordar no meu quarto:



- Pelo amor de Deus você está bem?




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Autor(a): Breamer

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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