Fanfic: Glamour -Portiñón- | Tema: Portiñón

São Paulo.

- Oi Dul, meu amor!

- Any! - Exclamou a cantora ao ouvir a voz que ansiara escutar o dia inteiro – Eu tenho tentado falar com você desde que cheguei…

- Dul anota esse numero e me retorna. Ele é novo.

- Claro linda, já te ligo.

Anahí esperou o telefone tocar apreensiva.

- Linda como você está? – Perguntou Dulce preocupada.

- Péssima. Tudo isso caiu como uma bomba na minha cabeça.

- Eu queria tanto estar ai com você…

- O que está sendo noticiado ai?

- Tudo o que você imaginar… Querem saber se o nosso relacionamento é serio, tem jornalistas na frente da casa vinte e quatro horas por dia, mas o alvo principal é minha orientação sexual que foi descoberta. E ai no Brasil?

- Um inferno. Estão batendo na tecla de eu ser uma mulher casada que saia com Dulce Saviñón.

- Colocaram em algumas revistas aqui também que você é casada… E na sua casa?

- A Angel as vezes me odeia, as vezes quer que eu fique do lado dela…

- E qual o lado dela?

- O lado do pai.

- Não parece bom…

- E nem de longe é… O Poncho está irredutível em relação a separação. Disse que de forma alguma vai me dar o divorcio. Conversei com um advogado no período da tarde e ele me orientou sobre um processo litigioso…

- Podemos oficializar nosso relacionamento na imprensa assim ele não vai ter como agir desse modo.

- Pensei nisso, mas eu não posso. Ele pode pedir a guarda da Angel, como disse que faria, e eu não posso ficar sem ela…

- Mas ela pode decidir por si mesma com ela vai querer ficar, afinal ela já é uma adolescente.

- Ela te odeia Dul. Todo aquele amor que você viu se transformou em raiva. Falei com ela no telefone pouco antes de te ligar e ela nem consegue pronunciar seu nome.

- Não tiro sua razão. Nós a enganamos…

- Eu sei, mas o Poncho está trabalhando na mente dela. Tenho certeza que ele enchendo a cabecinha dela de coisas ruins em relação a nós. Eu vou pra casa agora. Queria adiar a conversa com ela, mas não posso deixá-la sozinha com o pai. Não posso dar brechas para ele manipulá-la.

- Pelo que você conhece do Alfonso acha que ele seria capaz de jogar com a própria filha?

- Ele me disse que estou com você pelo que pode me dar e outras coisas que não quero repetir… Eu não conheço esse Poncho. Não sei do que ele é capaz.

- Onde você está agora?

- Em um hotel. Não tinha como permanecer em casa.

- Eu vou ir ai. Amanhã no meio do dia saio daqui.

- A imprensa vai saber Dul. Acha que seria uma boa ideia?

- Talvez nesse momento não, mas não posso ficar longe. Não importa o que dirão. Eu quero ficar perto nesse momento. Vamos atravessar tudo isso juntas.

Eu adoro você… Amo esse seu desprendimento – Falou Anahí se sentindo reconfortada pelo apoio – Promete que não vamos nos deixar abater?

- Prometo… Vamos resolver tudo isso. Eu te amo Any… Nos vemos amanha a noite.

- Eu também linda… Beijos.

Anahí desligou o celular se sentindo mais leve. Respirou fundo colocando os pensamentos em ordem. A primeira coisa a fazer era assumir seu erro e colocar as coisas no lugar.