Fanfics Brasil - 1 Em nome do amor ~~Vondy

Fanfic: Em nome do amor ~~Vondy


Capítulo: 1

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Um pacote vindo do Brasil... entregue por um mensageiro com instruções para que o próprio Christopher Uckermann assinasse o recibo ao receber a encomenda. Assim, o recebimento estaria garantido, não haveria chance de extravio.


Christopher observou o mensageiro deixar o escritório. Não queria ver o pacote sobre a mesa, não queria abri-lo. O embrulho havia sido enviado pelo pai que não tinha o direito de intervir na vida do filho. Essa porta se fechara há dezesseis anos. Não. Muito antes.


Agora, Christopher estava com 34 anos. Tinha somente sete quando se sentiu rejeitado. A lembrança de quando era um menino que não entendia nada fez com que o rapaz, antes sentado, se levantasse. Uma dose de adrenalina o afastou do pacote vindo do Brasil. Aos sete anos, era um menino inocente, preso em uma rede de decepções, tentando encontrar onde se encaixava, e a verdade brutal... não pertencia a lugar nenhum. Então, aprendera a criar o próprio espaço. O escritório fazia parte do seu lugar, a direção central da agência de publicidade que ocupava dois andares de um edifício respeitável em Circular Quay com vista para o porto de Sidney. Era a empresa de Christopher. Somente dele. Uckermann a construíra, prosseguindo com a idéia de que o mercado corresponderia. E estava certo.


Enquanto permanecia à janela, avistando a Ópera e o enorme vão da ponte atrás, Christopher se conscientizava de que todo mundo sabia que sexo dava dinheiro. Sexo e glamour. Mas ele sabia tanto que tinha aptidão para descartar, melhor do que ninguém, os dois itens. Gerava impacto, fixando o produto-alvo na mente das pessoas. Seu estilo de criar publicidade o transformara em um homem muito rico, capaz de comprar aquela vista de um milhão de dólares, tanto no escritório quanto na cobertura que tinha em Woolloomooloo.


Ali estava, no topo do próprio mundo, auto-suficiente, um homem bem-sucedido. Não precisava de nada de nenhum dos pais — os homens ricos, poderosos, que a mãe atraíra, obtendo deles tudo o que o coração dela desejava e cobiçava.


Ao longo da infância e da adolescência de Christopher, esses homens lhe deram muito dinheiro na tentativa de agradar à mãe dele. Usara o dinheiro para financiar seus objetivos e a própria ambição. Por que não? Ganhara essa quantia por não ser um estorvo na vida deles. Mas não recebia mais nada de ninguém. Não precisava. Não queria.


E era muito tarde para Enrique Uckermann lhe oferecer alguma coisa. O brasileiro tivera duas chances para fazer diferença na vida de Christopher. Foi embora na primeira vez. Assim como na segunda oportunidade, quando o filho apareceu no Rio de Janeiro. Um jovem de 18 anos procurando se familiarizar com um pai que nunca conhecera. Encontrara ressentimento.


O rapaz foi imprudente ao se apresentar como filho de Enrique na própria casa do pai.


— O que quer? O que pensa que pode tirar de mim? O desprezo do brasileiro, bem-posicionado, estimulou Christopher a retrucar:


— Nada. Só queria conhecê-lo. Mas usarei o seu nome. Posso ver agora que me pertence.


Não dava para negar o padrão genético que lhe tinha sido passado — o mesmo cabelo espesso, preto. Olhos profundos com pestanas grossas. Um nariz longo e aristocrático. Maçãs do rosto salientes. Queixo quadrado com uma fenda central que teria diminuído a impressão de uma masculinidade agressiva, mas lhe proporcionara um poder imoral. Uma boca esculpida para a sensualidade. E o porte alto, musculoso, combinando força e atletismo.


Era realmente filho de Enrique. Ao retornar para casa, na Austrália, reivindicou legalmente o nome Uckermann. Pelo menos, não era mentira. Mas não importava o conteúdo do pacote vindo do Brasil... Christopher se rebelava contra qualquer influência que o pai pudesse pensar ter sobre o filho.


O interfone do escritório tocou. Christopher atendeu.


— A sra. Condor está na linha, querendo falar com você — informou a assistente.


A mãe dele. Nessa manhã, duas intromissões dos pais que não eram bem-vindas. Uma sensação de ironia incitou Christopher a dizer:


— Coloque-a na linha.


Um clique. Então, o convite seco para iniciar a conversa.


— Mãe?


— Querido! Algo extraordinário aconteceu. Temos que conversar.


— Estamos conversando.


— Quero dizer, precisamos nos encontrar. Pode arranjar um tempinho para me receber essa manhã? Estou a caminho. É importante. Recebi um pacote vindo do Brasil.


— Eu também — comentou.


— Oh! — Surpresa e desapontamento. — Bem, ia lhe dar a notícia uma vez que ele é seu pai, mas acho que não preciso mais. — Um suspiro dramático. — Que desperdício! Enrique devia estar na faixa dos sessenta. Muito cedo para um homem como ele morrer. Tão viril, determinado.


Christopher sentiu uma pontada no coração. Recuou ao saber que o pai morrera. Nunca o conheceria realmente. Não havia mais chances. Olhava fixamente para o pacote em cima da mesa — o último contato!


— Ele me presenteou com um magnífico colar de esmeraldas...


Prazer na voz da mãe enquanto descrevia cada detalhe do colar. A sra. Condor adorava coisas bonitas. Ensinou a Christopher o valor do glamour sensual. Cada homem com quem dividira a cama — marido ou amante — pagara, generosamente, pelo privilégio.


Estava no quinto casamento. E se mais algum sujeito riquíssimo aparecesse, Christopher quase não duvidava de que os lindos olhos dourados, repletos de cobiça, iriam vaguear novamente.


Com relação a Enrique Uckermann, a mãe não queria se casar com um brasileiro e se estabelecer em outro país. Sem dúvida, tinha sido suficiente que o jogador de pólo internacional fosse o juiz no Concurso Miss Universo, sediado no Rio de Janeiro, no ano em que Nadia Kilman ganhara o título.


Não pretendia ter engravidado. Foi um acidente. Planejava se casar com Brian Steele, filho e herdeiro de um magnata australiano, Andrew Steele, dono de uma mineradora. Mas, era fácil para uma mulher como ela, charmosa e persuasiva, deixar que o homem que escolhera como marido pensasse ser o pai da criança que carregava no ventre. Prendera o noivo bilionário.



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Autor(a): let.vondy

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O casamento significava desistir do reinado de um ano como Miss Universo. Mas a mãe nunca aceitou isso. Ainda hoje, sempre que podia, lembrava desse fato. A história completa do relacionamento da mãe com o filho veio à mente de Christopher enquanto a sra. Condor discorria sobre as minas de esmeraldas de Enrique na Bolívia, como se o filho ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • jacquevondy Postado em 28/10/2013 - 00:39:38

    Poxa posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais

  • jacquevondy Postado em 27/10/2013 - 02:40:24

    Posta maaaaaaaais tua web é perfeeeeita ><'

  • lovevondy14 Postado em 22/10/2013 - 08:49:06

    CO|TINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 22/10/2013 - 08:28:38

    Continua por favor é uma web muito boaaaaaaa

  • let.vondy Postado em 21/10/2013 - 19:59:25

    obrigada. Pode deixar que eu vou continuar. rsrs

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 21/10/2013 - 19:35:02

    continua.esta web e muito boa


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