Fanfics Brasil - parte2 Em nome do amor ~~Vondy

Fanfic: Em nome do amor ~~Vondy


Capítulo: parte2

535 visualizações Denunciar


O casamento significava desistir do reinado de um ano como Miss Universo. Mas a mãe nunca aceitou isso. Ainda hoje, sempre que podia, lembrava desse fato.


A história completa do relacionamento da mãe com o filho veio à mente de Christopher enquanto a sra. Condor discorria sobre as minas de esmeraldas de Enrique na Bolívia, como se o filho tivesse direito a alguma coisa. A mãe se especializara em fazer acordos convenientes.


Christopher se perguntava se teria continuado sendo filho de Brian Saviñón se a mentira da mãe não tivesse sido descoberta. Mesmo depois do divórcio, Christopher ainda acreditava que Brian era seu pai natural. Até que se defrontou com Saviñón, perguntando por que não o visitava na escola, não comparecia aos eventos esportivos como os outros pais divorciados faziam.


— Pergunte à sua mãe 


— Não é minha culpa se você não ama mais a minha mãe — retrucou Christopher, sentindo-se injustiçado. — Não sou somente filho dela. Sou seu filho também.


— Não, não é.


Chocado, magoado, com raiva, Christopher lutara contra a frustração.


— Você é meu pai. Só porque agora tem outra família isso não significa...


— Não sou seu pai. — Brian gritara. — Nunca fui. Pelo amor de Deus, garoto! Veja-se no espelho. Não há nenhum traço meu em você.


Do choque à descrença. Não era ruivo, nem tinha pele clara ou olhos azuis. Assumira que herdara o cabelo escuro da mãe, e era isso que o pai odiava — a constante lembrança da ex-mulher.


— Não me quer? — foi embora, provando a amargura de ser vítima de um casamento desfeito. Ainda assim, tentando fazer com que Brian encarasse o fato de que era pai dele.


— Não, não quero. Por que iria querer o filho bastardo de outro homem? O seu verdadeiro pai se chama Enrique Uckermann. Quando não está competindo internacionalmente, jogando pólo, se encontra no Brasil. Duvido que Enrique vá à sua escola para vê-lo jogar. Mas você pode pedir à sua mãe para, em seu nome, entrar em contato com ele.


Aos sete anos de idade, depois de descobrir o verdadeiro parentesco, Christopher, determinado, tentou um contato com o pai biológico.


— Querido, lamento que esteja chateado pelo fato de Brian não ser o seu pai — dissera a mãe, sorrindo, ignorando a ferida que o filho alimentava dentro de si. — Mas você tem um padrasto perfeito. Harry é muito mais divertido...


— Quero saber sobre o meu verdadeiro pai — aborreceu-a com tanta teimosia.


— Bem, ele é casado, querido. Sem chances de se divorciar. Totalmente comprometido com a religião e a política do país dele. — As mãos graciosas da mãe tremiam como se suplicasse. — Nunca poderemos formar uma família, mesmo que quiséssemos.


— Ele sabe a meu respeito?


— Sim. Uma dessas infelizes coincidências da vida. Enrique veio à Austrália jogar pólo. O seu avô não o verdadeiro como você sabe agora o convidou para jogar. Imaginando-se um perfeito jogador, construiu um campo de pólo privativo na propriedade que tem perto de Singleton. Foi um fim de semana festivo. Impossível não ir. Imaginei que Enrique seria discreto e fingiria que não me conhecia.


— Ele me reconheceu como filho dele?


— Sua idade, assim como sua aparência... Tive que admitir... e Enrique usou o segredo para... — Chantageá-la a ir para a cama com ele.


Isso era tudo o que Christopher sabia sobre o pai biológico — um aproveitador que arranjou um jeito de ter a ex-Miss Universo novamente. Embora Christopher suspeitasse que o brasileiro arrogante, bonito e carismático não tivesse se empenhado tanto. Não importava o escândalo. Os dois correram o risco.


— Sua mãe me desejava tanto quanto eu a queria — Enrique se desculpou quando Christopher expôs as conseqüências do ato do pai. Nem uma pontada de culpa. Não deu muita importância. — Sua mãe poderia ter dito não. Nunca fiz amor com uma mulher que não quisesse. Foi escolha de Alexandra. A vida dela.


— E a minha vida era irrelevante para você. — Christopher o acusou.


Enrique mostrou indiferença.


— Eu lhe dei a vida. Vá em frente e encontre o prazer em viver. Revirar o passado não lhe trará alegria.


Bom conselho. Christopher o acatou. Era por isso que ainda não tocara no pacote vindo do Brasil.


— O que ganhou de presente? — a mãe perguntou, curiosa. O colar de esmeraldas aguçara o apetite dela por mais tesouros vindos do Brasil.


— Diria que a maior parte dos meus traços físicos — Christopher zombou.


— Verdade. Mas não foi o que perguntei. Não seja chato. Ele me escreveu dizendo que o colar era uma prova de gratidão por ter lhe dado um filho tão admirável. Se Enrique estava satisfeito com você, lhe deixaria muito mais do que um colar.


— Ainda não abri o pacote.


— Ande logo com isso. Espero saber de tudo quando chegar ao escritório. Isso é tão excitante que mal posso esperar. Seu pai era muito rico, sabe disso.


Sim, Christopher sabia, vira um verdadeiro tesouro na casa de Enrique — relíquias, o tipo que pertencia à aristocracia e era mantida em família, passada de pai para filho.


Mas Christopher não queria isso. O corpo queimava rejeitando tudo que estava atrelado à vida que tanto significara para o pai, mais do que saber ou brincar com o filho bastardo.


— Devo estar aí em 15 minutos — a mãe avisou. — Não é maravilhoso ser lembrada assim depois de todos esses anos?


Como sempre, vive centrada na própria visão do mundo. Christopher, preocupado, disse, com a fala arrastada:


— Não é maravilhoso, mãe.


— Não seja rabujento. O que passou, passou. Deve sempre aproveitar o melhor do que tem.


Esse era o princípio no qual Marie Christina Alexandra von Uckerman Karlsson Condor baseara a própria vida.


— Claro. Não vejo a hora de ver a senhora e o seu colar. — O filho sabia que o colar seria usado na primeira oportunidade.


Christopher desligou o telefone. Voltou a observar o pacote em cima da mesa. Parte dele queria jogar o embrulho na lixeira. Outra parte queria saber o que o pai julgara que ele merecia. Decidiu ir até o fim. Depois, deixaria tudo para trás.


Abriu o pacote. Havia duas cartas. Uma era de um advogado, Javier Estes, que agora lidava com a herança de Enrique. A outra havia sido escrita pelo pai. O conteúdo era surpreendente. O velho Uckermann conhecia cada detalhe da vida do filho. O grande desenlace da história revirava o mundo de Christopher, lançando-lhe um desafio.


Continuava pensando na carta quando a assistente abriu a porta para que a mãe entrasse. Tinha 55 anos... mas não aparentava mais do que 35. Nadia era um mostruário do que havia de mais novo em cosméticos, com um corpo de curvas exuberantes, sexy. Aonde quer que fosse, olhos se voltavam para vê-la e logo se mantinham presos para observá-la. Era muito atraente. Tudo e todos ao redor se tornavam insignificantes. A Miss Universo ainda se fazia notar.


O cabelo espesso, lustroso, longo e ondulado parecia um riacho de seda marrom-escura, tentador. Os olhos grandes, na cor âmbar, tinham o poder de hipnotizar. O nariz era perfeito. A boca sexy era muito atraente, assim como os dentes brancos, brilhantes.


O longo e gracioso pescoço estava, invariavelmente, adornado com jóias deslumbrantes que complementavam a beleza estonteante, e as roupas da última moda, sempre maravilhosas. Estava vestida de preto-e-branco com alguns toques de vermelho.


Assim que a porta se fechou, a sra. Condor gesticulava para que o filho lhe desse o que ela queria.


— Bem...? — Foi uma aguilhoada junto a um sorriso provocante e apelativo.


Christopher perambulava pela sala e, casualmente, se encostou na mesa. Divertia-se enquanto contava à mãe algumas notícias que poderiam enfraquecer a vaidade dela.


— Não acho que seja a única mulher que recebeu um colar de esmeraldas de Enrique Uckermann essa manhã.


O rosto suave desafiou os diversos tratamentos de Botox. A mãe ficou zangada.


— O que quer dizer?


— Aparentemente, meu pai deu muitas cabeçadas durante os anos em que jogava pólo. Tenho um meio-irmão na Inglaterra, e outro nos Estados Unidos. Ambos impressionaram muito o meu querido falecido pai, tanto quanto eu, apesar de nós três sermos bastardos. O que significa que também se sentia agradecido às mães deles.


— Oh! — Deu de ombros. A boca se contorceu em um sorriso tristonho. — Era irresistível. Não duvido de que qualquer mulher se deixaria ser seduzida por Enrique. Mas isso não é muito bom para você, Christopher. Acho que isso significa que a herança foi dividida em três partes.


A herança era irrelevante. Christopher queria conhecer os meios-irmãos. E, para fazer isso, tinha de satisfazer a fantasia maluca de um homem falecido. Experimentar de novo uma vida diferente através do filho ilegítimo... uma vida baseada em amor verdadeiro e compromisso, fidelidade e paternidade. Isso significava casar e engravidar a esposa nos próximos 12 meses, ou nunca mais saberia nada sobre os meios-irmãos.


Era esse o desejo básico de Enrique... o desafio que deixara para Christopher. Esquecer o resto. Christopher não acreditava em amor, casamento e famílias felizes. Cumpriria aqueles termos para conseguir um encontro com os meios-irmãos — sua real família de sangue por mais fragmentada que fosse, não meios-irmãos que vinham e iam conforme os casamentos da mãe dele. Queria encontrar os outros rebentos de Enrique Uckermann, saber se eram parecidos com ele, sentir que não era sozinho.


— Não há herança — mentiu, consciente de que a mãe não podia deixar de conspirar a respeito, caso lhe contasse a verdade. Sorriu, zombando, enquanto acrescentava: — Meu pai me concedeu conhecer uma família. Fui atrás disso quando tinha 18 anos. Para você é muito pouco e tarde demais. Não tenho nenhuma pista para encontrá-los. Diferente de mim, nem sabem que são filhos de Enrique. Então, o nome Uckermann não significaria nada para os dois. Fui informado de que as identidades deles serão reveladas a mim quando a questão da herança for resolvida. Posso esperar. Nesse meio-tempo, vou prosseguir com os meus negócios. Se me deixar trabalhar... Dirigiu-se à porta e a abriu para a mãe. — Obrigado pela visita. Fico contente que esteja feliz com o colar.


— Não está desapontado, Christopher?


Deu de ombros.


— Quem não espera nada não pode ficar desapontado.


— Oh, você... — Deu um tapinha no rosto do filho, os olhos de âmbar, dourados, procurando uma fresta na cínica armadura de Christopher. — Deveria ter lutado para que Enrique o reconhecesse como filho enquanto estava vivo. Você sempre foi muito orgulhoso. Muito independente.


— Resultado das circunstâncias. Adeus, mãe. - Sem ter nada de interessante que a prendesse ali, aceitou partir. Agora, ansiosa para que o colar de esmeraldas fosse avaliado para saber o quanto ela significava para Enrique Uckermann. Alexandra era muito boa em matemática quando o assunto era somar o lucro de cada relação que mantivera.


Sozinho novamente, Christopher se concentrou em formular a melhor maneira de alcançar o que queria sem pagar um preço muito alto. Não tinha informação suficiente — nada de nomes, descrições, idades — para tentar encontrar os meios-irmãos por conta própria. A única garantia de encontrá-los era percorrer o caminho que o pai traçara.


Não desperdiçaria de jeito nenhum a oportunidade de contatar uma família real. Então, isso significava que, primeiro, Christopher teria de encarar um casamento e a paternidade. O truque era criar uma situação com a qual pudesse conviver. Não queria nenhum filho seu sofrendo devido ao divórcio dos pais, ficando confuso por se sentir indesejado. Se tinha de ter um filho, precisava estabelecer um ambiente estável para isso.


O pensamento começou a se direcionar para uma mulher. Acreditava que Dulce atenderia às necessidades dele e às da criança. Tinha quase certeza de que conseguiria estabelecer um acordo com a moça — um acordo sensato, legal, que protegesse todas as partes envolvidas. Dulce não era como nenhuma das outras mulheres que conhecia — que se apressariam a se casar com ele por ser quem era. Dulce não queria nada dele, não queria nada de nenhum homem.


Mas talvez quisesse um filho. E sabia a origem Christopher. Dulce Maria Saviñón vinha do mesmo lugar. Não importava se era filha de Brian Saviñón— filha verdadeira. Tinha idéias próprias e construíra sua vida sozinha, assim como Christopher.


A grande questão era... Estaria interessada em forjar uma vida a dois com Christopher Uckermann devido ao incentivo de terem um filho juntos?



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): let.vondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Amanhã posto mais só se tiver  comentários  anapaulamaito2gmail.com Obrigada por comentar! 


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jacquevondy Postado em 28/10/2013 - 00:39:38

    Poxa posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais

  • jacquevondy Postado em 27/10/2013 - 02:40:24

    Posta maaaaaaaais tua web é perfeeeeita ><'

  • lovevondy14 Postado em 22/10/2013 - 08:49:06

    CO|TINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 22/10/2013 - 08:28:38

    Continua por favor é uma web muito boaaaaaaa

  • let.vondy Postado em 21/10/2013 - 19:59:25

    obrigada. Pode deixar que eu vou continuar. rsrs

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 21/10/2013 - 19:35:02

    continua.esta web e muito boa


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais