Fanfic: O escritor - Laliter | Tema: Laliter

P.O.V Peter

Logo chegaram os pratos, e começamos a comer em um silêncio desconfortável. 

Eu: Então, - disse tentando quebrar o gelo. – Como vai à agência?

Paula: Bem – disse voltando a tomar um pouco de vinho -  O ultimo livro que você lançou tem feito muito sucesso.

Eu: Isso é ótimo – disse sorrindo.

Paula: Espero que seu próximo livro também tenha sucesso – disse ao me olhar. – Você sabe que é um escritor excelente, só te falta mais compromisso, e responsabilidade.

Eu: Fico feliz que você pense isso de mim, mesmo sendo coisas boas e más. – disse bebendo vinho.

Passamos o resto da refeição trocando poucas palavras, na verdade nem sei o porquê de estar ali naquele jantar.

Paula: Já volto, meu celular tá tocando- disse olhando para a tela do Iphone, provavelmente comprado com o meu dinheiro, vindo do nosso divorcio – Deve ser muito importante. Já volto.

Ela saiu e a acompanhei com o olhar. Olhei para a comida, que eu mal havia tocado. Era pouca comida, e também muito ruim. Olhei ao redor e vi que as pessoas mais falavam que comiam. Também com uma comida dessa não tirava a razão delas. Voltei a olhar para Paula que já tinha uma expressão bastante irritada ao telefone.

Olhei de volta ao meu prato e peguei a taça de agua e comecei a beber. Logo, a madame poderosa, apelido dado por Caro, voltou a mesa em um nível acima do mega furioso. Disfarçadamente ri de seu estado de nervosismo, se havia uma coisa que eu adorava em Paula, era vê-la nesse estado de pura raiva, sendo eu ou não o motivo.

Eu: Paula, tudo bem? – disse a olhando. – Vejo que sua conversa não foi muito agradável. – disse tentando não rir diante a situação.

Paula: Você gosta não é Lanzani? – disse me encarando. – Me adora ver zangada.

Eu: O quê? – disse com um pequeno sorriso – Não, claro que não perola.  – disse provocando-a

Paula: Me chame de perola outra vez e te mato. – disse bebendo a agua da taça – Você sabe muito bem que odeio esse apelido.

Eu: Havia esquecido – disse sorrindo. Estava cutucando onça com vara curta. Outra vez naquela noite. Mas, quem disse que eu me importava? – Ah, é por causa da sua tia não é mesmo? Tia – Disse fingindo pensar – Catarina – disse estralando o dedo – Uma mulher incrível – disse bebendo agua vendo seu estado de fúria.

Paula: Case com ela querido – disse me olhando irônica. - Tenho que ir – disse me olhando superiormente.

Eu: Mas já? – disse sorrindo. – Problemas com o trabalho, com o novo namorado ou com a tia Catarina? – disse bebendo mais agua.

Paula: Estou cercada de idiotas – disse se levantando e indo embora a passos furiosos. Sorri com a reação, e imaginei como seria a reação de Caro quando eu contar o que aconteceu com Paula. Primeiro, seria me chamar de doido, e depois cair na risada comigo, já que nem ela era muito fã da minha ex-mulher. Acenei para o primeiro garçom que vi.

Garçom: Sim? – disse chegando perto de mim.

Eu: A conta pelo amor de Deus – disse olhando ao redor. Ele saiu e continuei olhando ao redor – Até minha mãe faz uma comida melhor que essa. – disse pegando minha carteira – Olha que minha Mãe nem sabe cozinhar direito – disse tentando localizar o garçom. Um casal ao lado me olhou e eu sorri – Não sou louco – disse sem graça – Só falo – disse tentando explicar – Sozinho.

Garçom: Amigo? – disse me olhando – A sua conta.

Eu: Obrigado – disse olhando para ele. Logo paguei a conta e me levantei sem graça, sob o olhar daquele casal.

Sai daquele restaurante que havia acabado de entrar para a minha lista de lugares não frequentáveis. Entrei no meu carro e liguei-o. Disquei o numero e Caro pelo celular e coloquei no viva voz.

Eu: Caro querida – disse saindo do estacionamento. – Espero que você não esteja dormindo princesa.-  Disse parando no sinal - Porque preciso te contar como foi o jantar com a madame – disse rindo. – Se você estiver dormindo quando eu chegar, se prepare. Vai acordar com uma surpresa. – disse sorrindo – Logo logo to chegando. Te amo, e beijo. – disse desligando o celular.