Fanfic: Férias em Família. | Tema: ♥ Laliter ♥

Não preciso dizer que a nossa primeira semana foi maravilhosa! Miami é perfeita. As praias, a cidade, tudo, tudo era lindo, animado e empolgante. Acontece que, é sempre inevitável, depois de uma semana longe de sua casa, da família e dos amigos, o tédio começa a bater. E isso, na senhora Mariana, se agravava, pelo simples fato de meu irmãozinho crescer ali, no ventre dela. 

Ah... Os hormônios! Senti que seriam eles os responsáveis pelo fim das nossas férias quando, eu, mamãe e Agustina, saímos para as compras e deixamos Santino e papai, sozinhos em casa, com o maldito playstation.

- Alle, você precisa se arrumar mais, ser mais vaidosa, essa coisa de só livros e cadernos não te leva a nada além de uma nerd sem sexo. – Revirei os olhos, não acreditando que ela estava falando aquilo comigo.

- Mãe... Por favor.

- Estou falando para o seu bem! Assim, nunca vai arrumar um namorado.

- Concordo com a mamãe!

- Fica quieta, pirralha. – Resmunguei para Agustina. – Quem disse a vocês que não tenho um namorado?!

- QUE?! – Sorri, para a cara de espantada que as duas fizeram. 

Mas, antes que eu pudesse explicar qualquer coisa, ouvimos risadas de dentro da casa. Risadas essas que não eram só de meu irmão e meu pai. Franzindo o cenho, mamãe entrou pé ante pé, sendo seguida por nós duas logo atrás. Quando chegamos à sala, percebi que era hora de Horatio Caine passar a existir. Teríamos uma cena de crime em 3,2...

- O que está acontecendo aqui?!

Vamos aos fatos: Não que a cena fosse tão grave, digna de “Oh meu Deus, Juan Pedro, como pôde fazer isso?” Mas levando em conta que grávidas exageram e, a grávida em questão é Mariana, exagerada mor, temos um excesso de exagero. Sendo assim, ver a tal da Stacey jogando videogame com os dois, no maior riso, não foi uma coisa muito boa de ver. Ainda mais que, desde o primeiro dia que chegamos, a tal não se importava com o fato de papai ser casado e de ter quase um time de handball, como filhos, e, praticamente, gritava através de expressões corporais: “Me coma!”

- Nós estávamos jogando. Quer dizer, Ticie estava só aprendendo. – Explicou-se papai, porém, errou ao chamar a mulher pelo o que parecia ser o apelido dela. Isso significava intimidade, e mamãe não queria nenhuma loira, siliconada e sem cérebro, íntima de papai.

- Ticie? – Perguntou, de modo perigoso, largando as sacolas e a bolsa no chão. Oh-ou, mau sinal, número um.

- Ah, é meu apelido de infância. – Sorriu a tal, fechando a fileira de dentes quando percebeu que a expressão de mamãe não era das melhores. Oh-ou, mau sinal, número dois. – Bem... Eu acho que já vou.

- Não devia, ao menos, ter vindo. Agora, se quiser manter seu rostinho sem mais nenhuma plástica, além das que já fez, saia daqui neste exato momento. – Ameaças... Oh-ou, mau sinal, número três.

Alguém tem dúvida de que papai estava totalmente ferrado?

Puxei Agustina pela mão, sentando no sofá, ao lado de Santino. É, o show começaria.

- Juan Pedro...
- Amor, eu posso explicar. – Hum! Esse é o tipo de frase que homem nenhum nunca deveria dizer para tentar explicar qualquer burrada.

- Ah, Juan Pedro, não me diga isso.

- Crianças, por que não sobem?

- Ficou louco? E perder a melhor parte?! Nem pensar! – Respondi, recebendo a afirmação silenciosa de meus irmãos. – Podem continuar, nós não vamos interromper.

- Me responda, por que raios uma mulher daquele tamanho vai querer aprender a jogar videogame? Ela sequer deve saber ler, quando mais aprender pra que serve esse maldito triângulo. – Agora a coisa ficaria interessante.

- Eu não te responder pra que serve, porque já aprendi que você fica ainda mais revoltada quando explico e isso não fará bem ao bebê. – Droga, odeio quando papai parece aprender alguma coisa de útil. Ainda bem que, na maioria das vezes, ele só parece aprender. – Portanto, não vou discutir! Quer me bater? Me bate.

- Não quero bater em você...

- Ah! – Exclamamos em uníssono. Essa seria uma cena interessante de se ver.

- Ainda. – E sorrisos são vistos na torcida dos filhos.

- Então, o que quer fazer?

- Vamos voltar para o  Buenos Aires.

- QUE?! – Gritamos todos, até papai.

Como eu havia dito antes... Hormônios. Eles são capazes de acabar com qualquer alegria. Até com a de quem não devia ter culpa. Adeus férias.

Continua....... ?