Fanfic: Watermark Fight - 2 | Tema: Enya, Sarah Brightman
Bernd ainda não consegue acreditar no que acabara de acontecer. Ele a vê correndo de volta para dentro do Manderley, cada vez mais distante:
- Ela... terminou tudo. Eu não fiquei com...
Ele observa as fotos novamente:
- O que foi que eu fiz? Como pude fazer isso com Eithne?
Ainda sentindo o impacto do tapa dado pela a agora ex-namorada, ele sai apressadamente do castelo, pega o carro e dirige voltando para Dublin, de maneira acelerada. Por pouco, Bernd não derrapa na pista a ponto de bater o seu automóvel.
Dopp não consegue parar de pensar em Enya. Memórias felizes, momentos que ninguém pode saber. Coisas que agora nada mais são do que passado. Passado de um romance que ruiu como um castelo de areia.
Quando acaba de chegar à capital irlandesa, o CEO deixa seu carro e as fotos na garagem do prédio onde mora e liga imediatamente para Frank:
- Atende, atende, atende... Frank?
- Bernd?
- Ainda bem que atendeu!
- O que houve? Não estou gostando da sua voz, parece triste...
- Ela terminou, Frank!
- Ela? Enya terminou com você?!
- Sim! Não sei o que fazer, cara!
- Mas como? Por que ela terminou assim, de repente? Vocês estavam tão bem!
- Até agora estou sem entender!
- Quer que eu vá ao seu apartamento? Quer desabafar?
- Quero conversar, mas em outro lugar. Vou pegar um táxi e ir para o Temple Bar.
- Não prefere que eu te busque?
- Não, não precisa, ficará muito fora de mão para você.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Então está bem, vou sair daqui a pouco. Até lá!
- Até.
Assim que Frank desliga o telefone, se preocupa:
- Sei não, Bernd pode fazer alguma besteira. Quando ele fica de cabeça quente... tudo pode acontecer. O que eu faço? Já sei, vou ligar pro Nicky! Mas será que eu ainda tenho o número?
Depois de procurar bastante, ele encontra o que queria.
Nicky está vendo um filme com a esposa, Roma, no sofá de sua casa, quando seu celular toca:
- Ué, é o Frank. Estranho, ele não é de ligar... Alô?
- Oi Nicky! Sou eu, Frank!
- Olá! Como está?
- Mais ou menos. Preciso da sua ajuda.
- Da minha ajuda? Por quê?
- O Bernd me ligou, disse que Enya terminou o namoro com ele!
- COMO? – Diz Nicky, surpreso, deixando Roma preocupada.
- E ele está desesperado! Tenho medo de que faça alguma besteira!
- Ele te contou a razão do término?
- Não, estou indo para o Temple Bar encontrá-lo. Sei que pode ser meio difícil, mas se puder, tem como nos encontrar lá? Você é muito próximo da Enya, pode saber o que fazer...
- Certo, certo. Estou a caminho.
- Ok, nos vemos no bar.
Nicky desliga, atônito.
- Que cara é essa, Nicholas? Aconteceu alguma coisa, tenho certeza – diz Roma
- Eithne terminou com Bernd e Frank teme que ele faça alguma besteira.
- O quê??
- Ela te disse algo sobre isso? Ela estava pensando em acabar com o namoro?
- Não! O que deu na cabeça dela?
- Eu sei lá! Achei que você sabia alguma coisa, já que vocês duas seeeempre estão de conversa.
- E ela me conta tudo mesmo, mas dessa vez não me disse nada. Será uma boa ideia ir ao castelo agora?
- Olha, eu não sei. Bernd está indo para o Temple Bar e aposto que vai beber muito para afogar as mágoas. E gente bêbada pode aprontar todas! Vou ir atrás dele em Dublin, tentar saber o que houve.
- Está bem, qualquer coisa me ligue.
O irlandês beija a esposa rapidamente, pega seu carro e segue em direção à capital.
Não demora para que Bernd consiga um táxi e vá para o bar. Já Frank não conta com um acidente no meio do caminho, que congestiona o trânsito:
- Acidente? Ai, merda! – diz, com raiva.
O amigo de Frank não pegou nenhum transtorno no caminho. Na verdade, é sua mente que está transtornada:
- Eu a perdi... ela escapou de minhas mãos... de meus braços... mas do meu coração, ah! Dele não escapará, jamais! Mas... e agora? Ela não voltará pra mim...
Seus pensamentos são interrompidos pelo taxista:
- Senhor? Já chegamos.
- Já? Foi rápido.
- Sim. Demos sorte de não termos nenhum atraso no caminho.
Bernd paga o taxista e deixa que o mesmo fique com o troco.
O Temple Bar está bem cheio, mas não chega a estar lotado. Dopp se senta junto ao balcão:
- Ei, garçom!
- Boa noite, senhor. O que deseja?
- Boa noite. Quero uma dose de Poitín, por favor.
- Pra já!
Ele procura por Frank, mas nada:
- Deve estar atrasado – pensa
O garçom chega com a bebida:
- Aqui está, senhor. Mais alguma coisa?
- Por enquanto não, obrigado.
- Disponha.
O celular do CEO toca:
- Cadê você, Frank?
- Vou demorar um pouco, aconteceu um acidente no caminho e não tenho como desviar.
- Tudo bem, vou te aguardar, até!
- Tchau!
Ele toma o Poitín em um só gole:
- Esse negócio é forte demais! Mas não mais que a minha tristeza.
De repente, um homem lhe dá um tapa nas costas. Ele se vira:
- Ciáran! O que faz aqui?
- O mesmo que você: tomando uns goles! – ri o músico do Clannad
- Sente-se, estou esperando um amigo.
- Obrigado. Mas o que houve? Parece abatido, cara.
- É, estou triste mesmo. Sua irmã terminou comigo.
- Como??
- Estou atordoado com isso. Estávamos tão bem... ela não deu qualquer sinal de que queria terminar.
- Mulheres, mulheres. Você se lembra de ter feito algo que a possa ter magoado?
- Não, não.
- Hum... Então, pra matar a tristeza, só na mesa de bar! Garçom! Traz uma Guiness no ponto pra mim e pro meu amigo aqui.
O garçom traz os pint’s imediatamente:
- Obrigado. Olha Bernd, te entendo. Sei como é sofrer por uma mulher. Tenho muita experiência no assunto. Hoje estou bem, feliz no amor, porém, já levei muitas rasteiras da vida.
- Também já tive várias experiências amorosas, mas... vou ser sincero: Nenhuma mulher mexeu comigo como Eithne fez. Sabe quando você não consegue ficar um dia sequer sem pensar na pessoa que ama? Quando você anseia tê-la em seus braços sempre que pode? Quando seu coração nem cabe mais no peito de tanta felicidade e amor? Eu achava que sabia o que era amor quando me casei pela primeira vez, mas estive enganado o tempo todo. Descobri o verdadeiro amor com Enya. E não quero outra pessoa em minha vida. Faço qualquer coisa para tê-la de volta – diz Dopp, bebendo a cerveja, triste.
- Você realmente a ama...
- Sim, e muito!
- Espero do fundo do meu coração que você e Eithne possam se entender. Minha irmã merece um homem de bem e respeito, e sei que você é assim.
- Obrigado, amigo.
- Já sofri como você, mas por um amor impossível e não correspondido. Ela era linda, gentil, mas não gostava de mim. E era casada ainda por cima. Alimentei esperanças de que ela me amasse e fosse deixar o marido para ficar comigo. No entanto, ela só me via como músico e amigo. Não foi fácil esquecê-la, mas consegui.
- E o marido dela, percebeu seu interesse na mulher dele? – indaga Bernd.
- Não sei... talvez... – responde Ciáran, distante, como se estivesse mergulhando nas brumas do passado.
Entre copos de Guiness e doses de Poitín, Dopp e Brennan relembram histórias de amores não correspondidos, namoros, noivados, casamentos, términos...
Não demora muito para que os dois comecem a ficar com a visão embaçada, a fala embolada e aquelas coisas típicas que acontecem com quem bebe além da conta.
- Bernd... estou acooss... tumado a be... beber muito, masss hoje passei da... da conta.
- Neeem... me fale! Nunnnca... maiss tomo Poitín dess... desse jeito.
Enquanto isso, Nicky consegue chegar a Dublin e não pega nenhum tipo de congestionamento. Já o trânsito começa a fluir lentamente na região do acidente que atrapalha a chegada de Frank ao bar:
- Pelo menos, essa porcaria começou a andar!
Nicholas estaciona o carro em uma rua próxima ao Temple e anda apressadamente a caminho do local:
- Espero não encontrar Dopp bêbado... Não alimente tolas esperanças, Nicky!
Ele entra no bar, olhando atentamente para os presentes no lugar, e tentando achar Bernd. Depois de esbarrar em algumas pessoas, ele encontra o CEO bem abatido e visivelmente embriagado perto do balcão:
-Bernd! Meu Deus, você está terrível!
- Ora, ora... ora! Então nosss... encontramos de novo!
Nicky reconhece a voz e se surpreende. Não, a voz não é de Bernd. Ele responde de forma séria:
- Então você está aqui, Ciáran! O destino nos coloca frente a frente mais uma vez.
- Olá, antigo amigo! Ou... devo diiizer... antigo rival?
Autor(a): bruninharz10
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Nicky e Ciáran se encaram seriamente. Já foram amigos no passado, mas agora, tudo mudou: - Bêbado como sempre, não é? – diz Nicky - O que... eu bebo... ouuuu deeeixo... de beber não... é da sua... conta! – responde o irmão de Enya, com a fala enrolada e irritada ao mesmo tempo. - Sim, é verdade, n&a ...
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